Autor Tópico: DI Vs Evolução parte I  (Lida 696 vezes)

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DI Vs Evolução parte I
« Online: 29 de Agosto de 2005, 00:57:47 »
Design Inteligente?

Um 4/2002 informe especial reimpresso de la
revista Historia Natural (Natural History)

Pontos principais do relatório

Três proponentes do Design Inteligente (DI)  apresentam suas opiniões sobre o design inteligente no mundo natural. Cada perspectiva é seguida imediatamente por uma resposta de um proponente da evolução (EVO). O relatório, reimpresso em sua totalidade, começa com uma introdução da revista Natural History e conclui com uma revisão sobre do Design Inteligente.
 
Os seguintes autores contribuíram com a este relatório de Historia Natural:

  Richard Milner e Vittorio Maestro, ed. (introdução)

·Michael J. Behe, Ph.D. (DI) e Kenneth R. Miller, Ph.D. (EVO)

·William A. Dembski, Ph.D. (DI) e Robert T. Pennock, Ph.D. (EVO)

Jonathan Wells, Ph.D. (DI) e Eugenie C. Scott, Ph.D. (EVO)

Barbara Forrest, Ph.D. (perspectiva geral)

Biografia dos autores:

Richard Milner e Vittorio Maestro são da revista americana Natural History, que é  publicada pelo Museu Americano de História Natural. O museu foi criado em 1869 na cidade de Nova York, EUA. A revista foi criada em 1900. http://www.naturalhistorymag.com

Michael J. Behe, quem recebeu seu Ph.D. em bioquímica da Universidade da Pensilvânia em 1978, é professor de ciências biológicas na Univerdidade de Lehigh na Pensilvânia. Suas pesquisas recentes se concentram no papel do design inteligente e da seleção natural na construção de proteínas estruturais. Seu livro A Caixa Preta de Darwin: O Desafio bioquímico a Evolução encontra-se disponível pasta blanda (Touchstone Books, 1998) http://www.lehigh.edu/~inbios/behe.html

Kenneth R. Miller é professor de biologia da Universidade de Brown. Seus trabalhos de sobre a estrutura e a função da membrana celular foram publicados em revistas como: Nature, Cell e Journal of Cell Biology. Miller é coautor de vários livros de texto amplamente utilizados em nível colegial e universitário. Em 1999 publicou Finding Darwin's God: A Scientist's Search for Common Ground Between God and Evolution (Cliff Street Books).http://bms.brown.edu/faculty/m/kmiller/

William A Dembski, tem um Ph.D. em matemática e filosofia, é professor associado de pesquisa na Universidade de Baylor e Senior Fellow do Discovery Institute em Seattle. Seus livros incluem: The Design Inference: Eliminating Chance Through Small Probabilities (Cambridge University Press, 1998) and No Free Lunch: Why Specified Complexity Cannot Be Purchased Without Intelligence (Rowman and Littlefield, 2001).
http://www.designinference.com/

Robert T. Pennock é professor associado em estudos de ciências e tecnologias e professor associado em filosofia na Lyman Briggs School no Departamento de Filosofia da Universidade Estatal de Michigan. É autor de Tower of Babel: The Evidence Against the New Creationism (MIT Press, 1999) e editor de Intelligent Design Creationism and Its Critics: Philosophical, Theological, and Scientific Perspectives (MIT Press, 2001).
http://www.msu.edu/~pennock5/

Jonathan Wells recebeu dois doutorados, um em biologia celular e molecular da Universidade da Califórnia em Berkeley e um em estudos de religião da Universidade de Yale. Tem trabalhado com pesquisadro posdoutoral em biologia na Universidade da Califórnia em Berkeley e ensinado biologia na Universidade Estatal da Califórnia em Hayward. Wells é também autor de Icons of Evolution: Science or Myth? Why Much of What We Teach About Evolution Is Wrong (Regnery Publishing, 2000).

http://www.arn.org/wells/jwhome.htm

Eugenie C. Scott possue um doutorado em antropologia física. Em 1978, depois de ensinar antropologia física por 15 anos em nível universitário, aceitou o cargo de diretora executiva do National Center for Science Education. Ela também é presidente American Association of Physical Anthropologists.
http://en.wikipedia.org/wiki/Eugenie_Scott
Barbara Forrest é professora asociada de filosofia na Universidade de Southwestern Louisiana. Ela recebeu seu doutorado da Universidade de Tulane. Entre suas publicações acadêmicas recentes se encontram "The Possibility of Meaning in Human Evolution," Zygon: Journal of Religion and Science, Dec. 2000.

http://www.selu.edu/Academics/ArtsSciences/CAS_Endowed%
20Chairs/doc/dr_forrest.html
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Re.: DI Vs Evolução parte I
« Resposta #1 Online: 29 de Agosto de 2005, 01:31:08 »
Introdução

Preparado por Richard Milner e Vittorio Maestro, principais editores da revista  Natural History


A idéia de que a complexidade de um organismo é evidência da existência de um designer cósmico foi formulada vários séculos antes do nascimento de Charles Darwin. Seu expoente mais conhecido foi o teólogo inglês William Paley, criador da famosa analogia do relojoeiro. Se encontrarmos um relógio de bolso em um campo, escreveu Paley em 1802, imediatamente poderíamos inferir que foi produzido não por processos naturais atuando cegamente mas por um intelecto humano projetista. Da mesma maneira, ele raciocinou, o mundo natural contém abundante evidência de um criador sobrenatural. O argumento do design, como é conhecido, prevaleceu como explicação do mundo natural até a publicação de  A Origem das Espécies em 1859. O peso da evidência que Darwin acumulou tão pacientemente, convenceu rapidamente os cientistas de que a evolução por seleção natural explicava melhor a complexidade da vida. "Não posso crer," escreveu Darwin em 1868, "que uma teoria falsa possa explicar tantas classes de fatos”.

Entretanto, em certos círculos, a oposição ao conceito da evolução tem persistido até o presente. O argumento do design foi revivido recentemente por um número de acadêmicos com credenciais científicas, os quais mantém que sua versão da idéia (diferentemente das idéias de Paley) é apoiada fortemente pela microbiologia e pela matemática.  Estes antievolucionistas se diferenciam dos criacionistas fundamentalistas em que eles aceitam que algumas espécies se modificam (mas não muito) e que a idade da Terra é muito maior que 6.000 anos. Entretanto, igualmente aos seus predecessores, eles rechaçam a idéia de que a evolução dá conta da multiplicidade de espécies que vemos hoje em dia. Também buscam colocar seu conceito (conhecido como design inteligente) dentro do currículo de ciências das escolas.

A maioria dos biólogos tem concluído que os proponentes do design inteligente mostram ou ignorância ou um mau entendimento da ciência evolucionária. Apesar disto, suas propostas estão sendo escutadas em vários círculos políticos e educativos e atualmente são objetos de um debate dentro da Junta de Educação do estado de Ohio. Apesar de que a revista Natural History não apresenta ou analisa a fundo nas páginas que seguem o fenômeno do design inteligente, aqui oferecemos para a informação dos leitores várias opiniões curtas por três principais proponentes da teoria, conjuntamente com três respostas. A seção é concluída com uma revisão do movimento do design inteligente escrita por uma filósofa e historiadora cultural que tem monitorado sua história por mais de uma década.


Continua...
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