Autor Tópico: DI X Evolução Parte IV  (Lida 675 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Res Cogitans

  • Nível 14
  • *
  • Mensagens: 335
  • Sexo: Masculino
DI X Evolução Parte IV
« Online: 29 de Agosto de 2005, 01:25:08 »
Os Elusivos Ícones da evolução

O que nos dizem na realidade os tentilhões de Darwin e as moscas de fruta?

Por Jonathan Wells


Charles Darwin escreveu em 1860 que "parece não haver mais design na variabilidade dos seres orgânicos e na ação da seleção natural, que no curso que segue o vento quando sopra”. Apesar de muitas características dos organismos vicos parecerem projetadas, a teoria de Darwin expressa que elas foram na realidade o resultado de processos sem direção, tais como a seleção natural e a variação ao acaso.

Entretanto, as teorias científicas devem se ajustar com a evidência. Dos exemplos de evidência a favor da teoria da evolução de Darwin, utilizadas tão freqüentemente que eu as tenho chamado de “ícones da evolução”, são os tentilhões e a mosca de fruta (de quatro asas), do gênero Drosophila. Entretanto, me parece, que ambos os casos mostram que a teoria de Darwin não pode dar conta de todas as características dos seres vivos.

Os tentilhões de Darwin consistem em várias espécies das Ilhas Galápagos que diferem principalmente no tamanho e na forma de seus bicos.  As diferenças nos bicos estão relacionadas com o que as aves comem, sugerindo que várias espécies podem ter descendido de um ancestral comum por meio de sua adaptação a diferentes comidas através da seleção natural. Em 1970, os biólogos Peter e Rosemary Grant foram a Galápagos observar este processo em campo.

Em 1977, os Grant observaram como uma seca severa eliminou 85% de uma espécie em particular em uma das ilhas. Os sobreviventes teriam, em média, bicos um pouco mais largos que os permitiram quebrar as sementes mais duras que haviam sobrevivido à seca. Isto era a seleção natural em ação. Os Grant estimaram que vinte episódios como este poderiam incrementar o tamanho dos bicos o suficiente para criar uma nova espécie.

Entretanto, quando regressaram as chuvas, o tamanho médio dos bicos regressou ao normal. Desde então, o tamanho tem oscilado ao redor de uma média a medida que o abastecimento de alimentos flutua com o clima. Não tem habido un cambio reto e não tem emergido novas espécies. De fato, pode estar ocorrendo o oposto, já que várias espécies de tentilhões das Galápagos parecem estar unindo-se por hibridismo.
Os tentilhões de Darwin e muitos outros organismos, provem evidência que a seleção natural pode modificar características existentes, mas somente em espécies estabelecidas. Os criadores de espécies domésticas de plantas e animais fazem a mesma coisa por centenas de anos com a seleção artificial. Mas, onde está a evidência de que a seleção natural produz novas características em novas espécies?

As novas características requerem novas variações. Na versão moderna da teoria de Darwin, esta variação provém das mutações de DNA. A maioria das mutações no Dna são daninhas e portanto são eliminadas pela seleção natural. Entretanto, algumas trazem vantagens, como por exemplo, as mutações que aumentam a resistência a antibióticas a bactérias e a resistência a pesticidas em plantas e animais. A resistência aos antibióticos e aos pesticidas são freqüentemente citadas como evidência de que as mutações de DNA provem as matérias primas para a evolução, mas elas afetam somente processos químicos. As mudanças evolucionárias maiores requerem mutações capazes de produzir também mudanças anatômicas vantajosas.

Normalmente, as moscas de fruta têm duas asas e dois "estabilizadores," pequenas estruturas por detrás das asas que as ajudam a se estabilizarem quando voam. Nos anos 70, os geneticistas descobrem que uma combinação de três mutações em um gene individual produz moscas nas quais os estabilizadores se desenvolvem como asas aparentemente normais. A mosca resultante, com suas quatro asas, às vezes é usada para ilustrar como as mutações podem produzir os tipos mudanças anatômicas que a teoria de Darwin necessita.

Mas as asas não são estruturas novas, senão duplicações de estruturas já existentes.  Além do mais, as asas extras não tem músculos e são, de fato, mais que inúteis. As moscas de fruta com quatro asas estão severamente incapacitadas, como um pequeno aeroplano com suas asas extras pensuradas em sua cauda. Tal e como é o caso com outras mutações anatômicas que se tem estudado até agora, estas mutações em moscas não podem prover matéria prima para a evolução.
Na ausência de evidência de que a seleção natural e as variações aleatórias podem dar conta das características aparentemente projetadas que possuem os organismos vivos, a questão inteira  do design deve ser revisitada. Os estudantes devem aprender lado a lado com os argumentos de Darwin, que o design permanece como uma possibilidade.
"Conhecer a verdade não é o mesmo que amá-la, e amar a verdade não equivale a deleitar-se com ela" Confúcio

Offline Res Cogitans

  • Nível 14
  • *
  • Mensagens: 335
  • Sexo: Masculino
Re.: DI X Evolução Parte IV
« Resposta #1 Online: 29 de Agosto de 2005, 01:26:29 »
A Natureza da Mudança

Os mecanismos evolutivos dão início a diferenças estruturais básicas.

Por Eugenie C. Scott


Sem ter definido "design," Wells afirma que "muitas características dos organismos vivos parecem ter sido projetadas”. Disto ele contrasta a seleção natural (não dirigida) com um projeto (dirigido), aparentemente tratando de retornar a noção pre-Darwiniana de que um projetista é diretamente responsável pela forma em que os organismos encaixam com seus ambientes. Darwin propôs uma explicação científica, não religiosa: a forma em que os organismos encaixam em seus ambientes é resultado da seleção natural. Como todas as explicações científicas, ele se baseia na causalidade natural.

Wells afirma que "a teoria de Darwin não pode dar conta de todas as características dos seres vivos." Entretanto, não tem porque dá-la. Hoje em dia os cientistas explicam as características dos seres vivos não só invocando a seleção natural como também a uma série de processos biológicos que Darwin desconhecia, incluindo a transferência de genes, a simbiose, a recombinação cromossômica, e a ação de genes reguladores. Ao contrário do que Wells afirma, a teoria evolucionista não é inadequada. Ela encaixa muito bem com a evidência.

Lendo o que escreve Wells, alguém pode não se dar conta da importância dos cuidadosos estudos dos Grant, os quais demonstraram a seleção natural em tempo real. O fato de que a seca terminou antes que os cientistas observassem a emergência de novas espécies é particularmente irrelevante; o tamanho dos bicos oscila em curto prazo, mas dada uma tendência em largo prazo na mudança climática, uma mudança maior no tamanho médio pode ser esperada. Wells também sobreestima a importância da hibridação nos tentilhões; esta é extremamente rara e pode ainda estar contribuindo a uma nova especiação. Os tentilhões das Ilhas Galápagos continuam sendo um exemplo magnífico do princípio da radiação adaptativa. As várias espécies que diferem morfologicamente ocupam diferentes nichos. As explicações de Darwin foram que elas evoluíram todas de um ancestral comum e as análises genéticas provem evidência que confirmam isso.
Wells admite que a seleção natural pode operar em uma população e corretamente vê a genética como responsável por este tipo de variação que pode levar “novas características em novas espécies”. Mas ele afirma que as mutações, tais como aquelas que produzem as moscas com quatro asas, não produzem o tipo de mudança necessária para mudanças evolutivas maiores. Não pode ele ver mais além do exemplo e ver o princípio? O fato de que a primeira demonstração de um mecanismo genético poderoso produziu uma mosca que não pode voar é irrelevante. Edward Lewis compartilhou um Prêmio Nobel pela descoberta destes genes, conhecidos como o complexo Ubx. Eles têm uma importância extraordinária porque os genes deste tipo ajudam a explicar os diferentes tipos de planos corporais, os quais representam as diferenças básicas estruturais entre um molusco e um mosquito, entre uma esponja e uma aranha.

Os genes Ubx são parte dos genes HOX, os quais se encontram em animais tão diferentes como esponjas, moscas de fruta e mamíferos. Eles ativam ou desativam genes envolvidos em, entre outras coisas, segmentação e produção de apêndices tais como antenas, patas e asas. O que especificamente é construído depende de outros genes mais tarde no processo. Os diversos planos corporais dos artrópodes (insetos, crustáceos, aracnídeos) são variações dos temas da segmentação e dos apêndices, variações que parecem ser o resultado de mudanças nos genes HOX. Pesquisas recentes mostram que os genes Ubx das moscas suprimem a formação de patas nos segmentos abdominais, mas os genes Ubx dos crustáceos não fazem isso. Uma pequena mudança no Ubx resulta em uma grande diferença no plano corporal.

As mutações nestes interruptores primários estão envolvidos na perda das patas nas cobras, na mudança de aletas lobulares para mãos, e na origem das mandíbulas nos vertebrados. A duplicação dos segmentos iniciada pelos genes HOX permite a duplicação dos segmentos iniciada pelos genes HOX permite a experimentação anatômica e a seleção natural eescolhe os resultados. “Evo-Devo", O estudo da evolução e do desenvolvimento, é uma área muito ativa de investigação científica, mas Wells insinua que tudo que isto produz são moscas de fruta aleijadas.
Wells argumenta que as explicações naturais são inadequadas e, por isto, que "os estudantes devem aprender...que o design permanece como uma possibilidade." Porque em sua lógica o design implica um Desenhista, ele está recomendando de fato que a ciência permita a causalidade não natural. Na realidade, temos explicações com que trabalhar, mas ainda no caso que não as tivéssemos, a ciência só tem ferramentas para explicar as coisas em termos de causalidade natural. Isso foi o que Darwin fez e o que estamos fazendo hoje.
"Conhecer a verdade não é o mesmo que amá-la, e amar a verdade não equivale a deleitar-se com ela" Confúcio

Offline Südenbauer

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 10.297
  • Sexo: Masculino
Re.: DI X Evolução Parte IV
« Resposta #2 Online: 05 de Setembro de 2005, 19:47:45 »
Citação de: Res Cogitans
Charles Darwin escreveu em 1860 que "parece não haver mais design na variabilidade dos seres orgânicos e na ação da seleção natural, que no curso que segue o vento quando sopra”. Apesar de muitas características dos organismos vicos

Vivos.
Citação de: Res Cogitans
Não tem habido un cambio reto e não tem emergido novas espécies.

Ei, esqueceu de traduzir?  :D

Offline Res Cogitans

  • Nível 14
  • *
  • Mensagens: 335
  • Sexo: Masculino
Re.: DI X Evolução Parte IV
« Resposta #3 Online: 05 de Setembro de 2005, 21:00:10 »
é...sempre passa alguma coisa. uqer q eu te mande a parada toda???
"Conhecer a verdade não é o mesmo que amá-la, e amar a verdade não equivale a deleitar-se com ela" Confúcio

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!