Os Elusivos Ícones da evolução
O que nos dizem na realidade os tentilhões de Darwin e as moscas de fruta?
Por Jonathan Wells
Charles Darwin escreveu em 1860 que "parece não haver mais design na variabilidade dos seres orgânicos e na ação da seleção natural, que no curso que segue o vento quando sopra”. Apesar de muitas características dos organismos vicos parecerem projetadas, a teoria de Darwin expressa que elas foram na realidade o resultado de processos sem direção, tais como a seleção natural e a variação ao acaso.
Entretanto, as teorias científicas devem se ajustar com a evidência. Dos exemplos de evidência a favor da teoria da evolução de Darwin, utilizadas tão freqüentemente que eu as tenho chamado de “ícones da evolução”, são os tentilhões e a mosca de fruta (de quatro asas), do gênero Drosophila. Entretanto, me parece, que ambos os casos mostram que a teoria de Darwin não pode dar conta de todas as características dos seres vivos.
Os tentilhões de Darwin consistem em várias espécies das Ilhas Galápagos que diferem principalmente no tamanho e na forma de seus bicos. As diferenças nos bicos estão relacionadas com o que as aves comem, sugerindo que várias espécies podem ter descendido de um ancestral comum por meio de sua adaptação a diferentes comidas através da seleção natural. Em 1970, os biólogos Peter e Rosemary Grant foram a Galápagos observar este processo em campo.
Em 1977, os Grant observaram como uma seca severa eliminou 85% de uma espécie em particular em uma das ilhas. Os sobreviventes teriam, em média, bicos um pouco mais largos que os permitiram quebrar as sementes mais duras que haviam sobrevivido à seca. Isto era a seleção natural em ação. Os Grant estimaram que vinte episódios como este poderiam incrementar o tamanho dos bicos o suficiente para criar uma nova espécie.
Entretanto, quando regressaram as chuvas, o tamanho médio dos bicos regressou ao normal. Desde então, o tamanho tem oscilado ao redor de uma média a medida que o abastecimento de alimentos flutua com o clima. Não tem habido un cambio reto e não tem emergido novas espécies. De fato, pode estar ocorrendo o oposto, já que várias espécies de tentilhões das Galápagos parecem estar unindo-se por hibridismo.
Os tentilhões de Darwin e muitos outros organismos, provem evidência que a seleção natural pode modificar características existentes, mas somente em espécies estabelecidas. Os criadores de espécies domésticas de plantas e animais fazem a mesma coisa por centenas de anos com a seleção artificial. Mas, onde está a evidência de que a seleção natural produz novas características em novas espécies?
As novas características requerem novas variações. Na versão moderna da teoria de Darwin, esta variação provém das mutações de DNA. A maioria das mutações no Dna são daninhas e portanto são eliminadas pela seleção natural. Entretanto, algumas trazem vantagens, como por exemplo, as mutações que aumentam a resistência a antibióticas a bactérias e a resistência a pesticidas em plantas e animais. A resistência aos antibióticos e aos pesticidas são freqüentemente citadas como evidência de que as mutações de DNA provem as matérias primas para a evolução, mas elas afetam somente processos químicos. As mudanças evolucionárias maiores requerem mutações capazes de produzir também mudanças anatômicas vantajosas.
Normalmente, as moscas de fruta têm duas asas e dois "estabilizadores," pequenas estruturas por detrás das asas que as ajudam a se estabilizarem quando voam. Nos anos 70, os geneticistas descobrem que uma combinação de três mutações em um gene individual produz moscas nas quais os estabilizadores se desenvolvem como asas aparentemente normais. A mosca resultante, com suas quatro asas, às vezes é usada para ilustrar como as mutações podem produzir os tipos mudanças anatômicas que a teoria de Darwin necessita.
Mas as asas não são estruturas novas, senão duplicações de estruturas já existentes. Além do mais, as asas extras não tem músculos e são, de fato, mais que inúteis. As moscas de fruta com quatro asas estão severamente incapacitadas, como um pequeno aeroplano com suas asas extras pensuradas em sua cauda. Tal e como é o caso com outras mutações anatômicas que se tem estudado até agora, estas mutações em moscas não podem prover matéria prima para a evolução.
Na ausência de evidência de que a seleção natural e as variações aleatórias podem dar conta das características aparentemente projetadas que possuem os organismos vivos, a questão inteira do design deve ser revisitada. Os estudantes devem aprender lado a lado com os argumentos de Darwin, que o design permanece como uma possibilidade.