O assunto abordado aqui mereceu um tópico próprio, tendo em vista os novos ingredientes que apareceram decorrentes das investigações que envolvem o doleiro Alberto Youssef e os seus envolvimentos com o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que está preso.
O fato novo é que entraram em cena políticos do alto clero do PT, gente graúda, autoridades influentes, que até então estavam atrás da porta, olhando tudo de longe, desconfiados e assombrados com a possibilidade do pastelão que a turma andou fazendo por todo lado, na Petrobras, no Ministério da Saúde e sei lá mais onde, respingasse neles, o que acabou acontecendo.
O Laboratório Laborgen, empresa de fachada que nem instalações técnicas possui, tinha sido contratado pelo Ministério da Saúde, na gestão de Alexandre Padilha, o mesmo que consta nos relatórios da Polícia Federal, indicando uma pessoa para esse tal laboratório de quintal.
Outro que promoveu encontros em sua própria casa com o doleiro das manchetes foi o deputado Cândido Vacarezza, que já foi líder de bancada e outros cargos de importância em nome do PT na Câmara. As trocas de mensagens entre ele (Vacarezza), Alberto Youssef e o outro deputado André Vargas (aquele mesmo das pantomimas nas costas de Joaquim Barbosa, na mesa da Câmara, braço erguido e tudo o mais) era intensa e deixa tudo muito claro.
Tem até Caixa Econômica Federal no rolo. E bota rolo nisso: Petrobras, Ministério da Saúde, Caixa Econômica...
Só até agora.
O Jornal Nacional traz tudo com muitos detalhes. Vou para com os
spoilers por aqui.
Tive que pegar a matéria do G1, porque o do JN não estava pronto, mas é tudo igual:
PF diz em relatório que ex-ministro indicou executivo para doleiro preso
Segundo PF, deputado André Vargas disse a Youssef que Padilha indicou.
Ex-ministro da Saúde negou indicação destinada a laboratório de doleiro.
24/04/2014 21h42 - Atualizado em 24/04/2014 21h56
Do G1, com informações do Jornal Nacional
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Documentos da Polícia Federal apontam indícios de envolvimento do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha com o doleiro Alberto Youssef, preso durante a Operação Lava Jato sob a acusação de chefiar um suposto esquema de lavagem de dinheiro que, segundo a PF, movimentou cerca de R$ 10 bilhões.
A Polícia Federal analisou o conteúdo de 270 mensagens trocadas de 19 de setembro do ano passado a 12 de março deste ano entre Youssef e o deputado André Vargas (PT-PR).
Em uma das trocas de mensagens, em 28 de novembro do ano passado, a PF encontrou a citação ao nome de Padilha que, para os policiais, é possivelmente o ex-ministro da saúde Alexandre Padilha.
Na ocasião, segundo documentos da PF, André Vargas diz a Youssef que Padilha indicou um executivo para o Labogen, laboratório do doleiro que teria sido usado no esquema de lavagem de dinheiro.
- Vargas diz: "Achei o executivo".
- Youssef responde: "Ótimo, traga ele para nos reunirmos e contratarmos".
- Vargas responde: "Sexta ele estará aí. Dá o número do celular e fala que é Marcos, estará em São Paulo no dia seguinte ou segunda e que foi o Padilha que indicou".
Segundo o relatório da PF, "Marcos" é Marcuz Cezar Ferreira de Moura, coordenador de promoção de eventos da assessoria de comunicação do Ministério da Saúde na gestão de Padilha. Depois, Moura participou de reuniões na Labogen.
A PF concluiu que existem "indícios que os envolvidos tinham uma grande preocupação em colocar à frente do Labogen alguém que não levantasse suspeitas das autoridades fiscalizadoras".
Em nota, o ex-ministro Alexandre Padilha repudiou o envolvimento do nome dele e negou que tenha indicado qualquer pessoa para o laboratório Labogen.
André Vargas afirmou que não recebeu de Padilha nenhuma indicação e disse que responderá a todos os questionamentos "nos foros competentes". Segundo o deputado, "vazamentos seletivos e fora do contexto não podem servir a qualquer prejulgamento".
Deputados
A investigação menciona também o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP). Em uma troca de de 25 de setembro passado, Youssef diz a André Vargas: "Achei que vc estivessse aqui na casa do Vacarezza". Vargas responde: "Tô indo;"
Para a polícia, o doleiro Alberto Youssef mantinha relações com o deputado federal Cândido Vaccarezza, "inclusive indicando que houve uma reunião na casa do deputado, reunião esta entre Alberto Youssef, o deputado André Vargas e Pedro Paulo Leoni Ramos", ministro no governo Fernando Collor e diretor de uma empresa que é sócia oculta do Labogen.
Vaccarezza disse que conhece Pedro Paulo Leoni Ramos e Alberto Youssef, mas não tem relações de amizade com eles. O deputado também negou que tenha realizado na casa dele uma reunião com Vargas e os demais mencionados na investigação da PF.
O relatório sobre as mensagens trocadas entre o doleiro e o deputado André Vargas mostra que a rede de contatos deles chegou também à Caixa Econômica Federal por meio do Funcef, o fundo de pensão da Caixa, terceiro maior do país.
Por mensagem, Youssef pergunta se pode falar em nome de Vargas em uma reunião no Funcef. O deputado responde que sim. A PF relata ainda que André Vargas tem um contato no Funcef: Carlos Borges, diretor de Participações Societárias e Imobiliárias, membro do conselho da Vale. Borges não foi localizado para comentar.
No relatório, a Polícia Federal demonstra a proximidade entre o doleiro e o deputado André Vargas, que combinam caronas e até uma visita para tomar café na casa do parlamentar.
Já se lê nas redes sociais que não se deve confundir
Carolina de Sá Leitão com
Caçarolinha de Assar Leitão e nem Alberto
Youssef com Dilma
Roussef.