Autor Tópico: O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".  (Lida 1279 vezes)

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Offline Bulldog

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O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Online: 02 de Maio de 2014, 19:16:52 »
Rapaz, fui assistir "Noé".
Fiz um esforço tremendo para ficar pensando "é uma ficção de mau-gosto, baseada em uma lenda medonha"..."assista como quem assiste Harry Potter ou Senhor dos Anéis", mas não dá!
Tem uma hora em que a propaganda e a mensagem vegana mostrada no filme é tão forte que eu não sabia o que me dava mais repulsa, a loucura, maldade e insanidade baseadas na adoração ao deus judaico (mesmo deus cristão) ou a filosofia vegana querendo ser imposta goela abaixo pelo diretor.
Pra começar, Sauron ou Valdermort são anjinhos, perto do deus judaico cristão...noobs, iniciantes...sabem nada inocentes!
Em matéria de sadismo, maldade, vaidade e egoísmo, além de claro, punir os outros quando os planos deles não dão certo, eles precisam leer a biblia eo Talmud para aprenderem com o "todo-poderoso".
E a mensagem que só com a extinção da humanidade o mundo teria equilíbrio, resgatada no último minuto pela proposta de que se só sobrar uma família vegana "seremos redimidos e a Terra salva é nauseante!
« Última modificação: 03 de Maio de 2014, 21:41:39 por Bulldog »
"Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada."
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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #1 Online: 02 de Maio de 2014, 20:17:01 »
Estranho, judeus não eram nada vegans...
--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
derecho ande el sol se esconde
tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
despues sabremos a dónde.

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Offline Donatello

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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #2 Online: 04 de Maio de 2014, 00:26:48 »
E deus é carnívoro inveterado, como bem nos lembra a lenda de Caim e Abel.

Offline Skeptikós

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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #3 Online: 04 de Maio de 2014, 02:10:24 »
Agora me respondam uma coisa, o que o deísmo tem a ver com isso?
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
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Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Muad'Dib

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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #4 Online: 04 de Maio de 2014, 07:39:27 »
Estranho, judeus não eram nada vegans...

Era comum no VT as oferendas, ou sacrifícios, não sei o termo, com cordeiros.

Não tenho a menor vontade de ver esse filme. E eu gosto bastante de temas religiosos.


Offline Bulldog

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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #5 Online: 05 de Maio de 2014, 21:16:49 »
Agora me respondam uma coisa, o que o deísmo tem a ver com isso?

Você tem razão em questionar o uso do termo.
Explico: se considerarmos somente a história de Noé e o deus dele, ao me referir ao deus de Ur, adotado pelos Hebreus, de fato Teismo seria mais específico.
Entretanto, entendo que Deísmo "contém" o Teísmo, por isso optei por ele.
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Offline Skeptikós

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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #6 Online: 06 de Maio de 2014, 13:37:16 »
Agora me respondam uma coisa, o que o deísmo tem a ver com isso?

Você tem razão em questionar o uso do termo.
Explico: se considerarmos somente a história de Noé e o deus dele, ao me referir ao deus de Ur, adotado pelos Hebreus, de fato Teismo seria mais específico.
Entretanto, entendo que Deísmo "contém" o Teísmo, por isso optei por ele.
O fato é que parece que não existia deísmo na antiguidade, não existia deísmo nas primeiras eras cristãs, e só passou a existir deísmo posteriormente, na idade média, muito depois da época onde a história de Noé tenha sido escrita e onde era muito popular.

Sendo o deísmo ainda por cima, muito diferente do fideísmo por exemplo, que segue as escrituras sagradas, a tradição, as figuras de autoridade e os dogmas institucionalizados com fé cega, sem questionar, enquanto o deísmo rejeita todas essas coisas, e por uma inclinação a aceitar a existência de Deus advoga que ele só pode ser conhecido por meio da razão.

Na história de Noé não parece em nenhum momento existir de alguém manifestar uma postura de investigação racional sobre Deus, característica determinante do deísmo, logo, seu uso do termo neste contexto continua a ser um equivoco.

Abraços!
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Offline Geotecton

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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #7 Online: 06 de Maio de 2014, 15:05:34 »
O fato é que parece que não existia deísmo na antiguidade, não existia deísmo nas primeiras eras cristãs, e só passou a existir deísmo posteriormente, na idade média, muito depois da época onde a história de Noé tenha sido escrita e onde era muito popular.

Uma correção: É 'estória de Noé' e não 'história de Noé' porque não existe nenhuma evidência de que ele tenha existido e muito menos que tenha ocorrida aquela inundação. Pelo contrário, são abundantes os indícios de que se trata de um mito recontado.


Sendo o deísmo ainda por cima, muito diferente do fideísmo por exemplo, que segue as escrituras sagradas, a tradição, as figuras de autoridade e os dogmas institucionalizados com fé cega, sem questionar, enquanto o deísmo rejeita todas essas coisas, e por uma inclinação a aceitar a existência de Deus advoga que ele só pode ser conhecido por meio da razão.

Uma recomendação: Dada a crença em uma multiplicidade de deuses por parte das pessoas e sendo o deus judaico-cristão apenas mais um e ainda tendo um nome (Yaweh), não use a palavra "Deus" com grafia maiúscula a menos que você queira agradar o statu quo de plantão.

 
Na história de Noé não parece em nenhum momento existir de alguém manifestar uma postura de investigação racional sobre Deus, característica determinante do deísmo, logo, seu uso do termo neste contexto continua a ser um equivoco.

Eu me divirto muito quando alguém insiste em que é possível investigar racionalmente um deus (neste caso, o judaico-cristão). Não é possível porque não se pode esquecer o conjunto de informações que existem sobre este deus no compêndio de mitologia narrativa, da qual os seus seguidores chamam de 'bíblia', e que mostram claramente a inconsistência racional deste deus. A não ser que se faça uso de petições de princípio em profusão.
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Offline Derfel

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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #8 Online: 06 de Maio de 2014, 16:23:17 »
É história mesmo.  Estória é um anglicismo.  :P

De qualquer forma, é um filme. É para se divertir sem pretensões.

Offline Geotecton

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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #9 Online: 06 de Maio de 2014, 16:30:26 »
É história mesmo.  Estória é um anglicismo.  :P

Pelo que eu li na Wiki, a palavra 'estória' é um neologismo criado em 1919, sem correlação com o anglicismo.

Então eu fico com 'estória' mesmo.


De qualquer forma, é um filme. É para se divertir sem pretensões.

Para você e para qualquer outro indivíduo minimamente culto e sem influência religiosa.

Para uma parcela expressiva da população, não é "apenas um filme".
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Offline Derfel

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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #10 Online: 06 de Maio de 2014, 17:10:16 »
Tem relação com story e é mais antiga que a acepção de 1919. Ainda assim, é um brasileirismo que não deve ser usado na linguagem culta, segundo o Aurélio.
http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Est%C3%B3ria
http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/consultorio/historia-x-estoria-um-conflito-historico/

Ainda assim, Geo, acho que a grande parte das pessoas que vai ver ao filme, vai apenas pelo divertimento. Os que criticam não diferem muito dos que criticam o Hobbit ou O Senhor dos Anéis porque não seguem a risca Tolkien.

Offline Skeptikós

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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #11 Online: 06 de Maio de 2014, 18:30:09 »
Sendo o deísmo ainda por cima, muito diferente do fideísmo por exemplo, que segue as escrituras sagradas, a tradição, as figuras de autoridade e os dogmas institucionalizados com fé cega, sem questionar, enquanto o deísmo rejeita todas essas coisas, e por uma inclinação a aceitar a existência de Deus advoga que ele só pode ser conhecido por meio da razão.

Uma recomendação: Dada a crença em uma multiplicidade de deuses por parte das pessoas e sendo o deus judaico-cristão apenas mais um e ainda tendo um nome (Yaweh), não use a palavra "Deus" com grafia maiúscula a menos que você queira agradar o statu quo de plantão.
Usei "Deus" com letra maiúscula pois é assim que os cristãos se referem a ele hoje, como se este fosse o seu nome. E como nomes próprios sempre se iniciam com letras maiúsculas, eis ai uma justificativa para tal uso. No entanto, para evitar confusões, atenderei a sua recomendação e passarei daqui por diante a usar outros termos para se referir ao deus judaico-cristão.

Na história de Noé não parece em nenhum momento existir de alguém manifestar uma postura de investigação racional sobre Deus, característica determinante do deísmo, logo, seu uso do termo neste contexto continua a ser um equivoco.

Eu me divirto muito quando alguém insiste em que é possível investigar racionalmente um deus (neste caso, o judaico-cristão). Não é possível porque não se pode esquecer o conjunto de informações que existem sobre este deus no compêndio de mitologia narrativa, da qual os seus seguidores chamam de 'bíblia', e que mostram claramente a inconsistência racional deste deus.

Algumas definições de deísmo segundo alguns dicionários:

deísmo
s.m. (1728) fil  doutrina que considera a razão como a única via capaz de nos assegurar da existência de Deus, rejeitando, para tal fim, o ensinamento ou a prática de qualquer religião organizada [O deísmo difundiu-se principalmente entre os filósofos enciclopedistas e foi o precursor do ateísmo moderno.] ¤ etim fr. déisme 'id.' ¤ ant ateísmo.

(Cf. Houaiss, V. 3.0.)

deísmo
[De de(i)- + -ismo.]
Substantivo masculino.
1.Filos. Sistema ou atitude dos que, rejeitando toda espécie de revelação divina e, portanto, a autoridade de qualquer Igreja, aceitam, todavia, a existência de um Deus, destituído de atributos morais e intelectuais, e que poderá ou não haver influído na criação do Universo. [Cf. teísmo1.]

(Cf. Aurélio, V. 5.0.40)

DEÍSMO (in. Deism; fr. Déisme, ai. Deismus; it. Deísmó). Doutrina de uma religião natural ou racional não fundada na revelação histórica, mas na manifestação natural da divindade à razão do homem.

O D. é um aspecto do Iluminísmo (v.), de que faz parte integrante. Mas as discussões em torno do D. foram iniciadas pelos chamados platônicos de Cambridge, especialmente por Herbert de Cherbury em sua obra De Veritate (1624). Entre os outros deístas ingleses devem ser lembrados os nomes de John Toland, Mathew Tindal, Anthony Collins, Anthony Shaftesbury. A obra principal do D. inglês foi Cristianismo sem mistérios (1696) de John Toland (1670-1722).

O D. difundiu-se fora da Inglaterra como elemento do Iluminismo: são deístas quase todos os iluministas franceses, alemães e italianos. Nem todos, porém, usam a palavra D. para designar suas crenças religiosas: Voltaire, p. ex., usa a palavra "teísmo" (Dictionnairephilosophique, \1(A, art. Athée, Théiste). Mas foi Kant que estabeleceu claramente a distinção.

As teses fundamentais do D. podem ser recapituladas assim:

Iª a religião não contém e não pode conter nada de irracional (tomando por critério de racionalidade a razão lockiana e não a cartesiana);

2ª a verdade da religião revela-se, portanto, à própria razão, e a revelação histórica é supérflua;

3ª as crenças da religião natural são poucas e simples: existência de Deus, criação e governo divino do mundo, retribuição do mal e do bem em vida futura.

Note-se, porém, que em relação ao conceito de Deus nem todos os deístas estavam de acordo. Enquanto os deístas ingleses atribuem a Deus não só o governo do mundo físico (a garantia da ordem do mundo), mas também o do mundo moral, os deístas franceses, a começar por Voltaire, negam que Deus se ocupe dos homens e lhe atribuem a mais radical indiferença quanto ao seu destino ( Traité de métaphysique, 9).

Todavia, a "religião natural" de Rousseau é uma forma de D. mais próxima da inglesa porque atribui a Deus também a tarefa de garantir a ordem moral do mundo. Em todo caso, o que há de peculiar ao D., em relação ao teísmo (v.), é a negação da revelação e a redução do conceito de Deus às características que lhe podem ser atribuídas pela razão. Essa é a distinção estabelecida entre D. e teísmo por Kant (Crít. R. Pura, Dialética, cap. III, seç. VII) (v. DEUS).

(Cf. Abbagnano, Dicionário de Filosofia, 2007, p. 238)

Segundo a Wikipédia:

Deísmo
O deísmo é uma posição filosófica naturalista que aceita a existência e natureza de Deus (Criador ou não) através da razão, do livre pensamento e da experiência pessoal, em vez dos elementos comuns das religiões teístas como a revelação direta, ou tradição. Deus é um Criador ou Organizador do Universo (comparável ao Demiurgo do filósofo grego Platão), é a primeira causa da filosofia deísta. Em palavras mais simples: um deísta é aquele que está inclinado a afirmar a existência de Deus, mas não pratica nenhuma religião, não negando a realidade de um mundo completamente regido pelas leis naturais e físicas. A interpretação de Deus pode variar para cada deísta.

[...]

As primeiras obras de críticas a Bíblia, tais como Thomas Hobbes no Leviatã e Spinoza no Tratado Político Teológico, bem como obras de autores menos conhecidos, como Richard Simon e Isaac La Peyrère, pavimentaram o caminho para o desenvolvimento do deísmo crítico.

(Cf. Wikipédia, Deísmo, Visitado em 06/05/2014)


Todas estas descrições acima sobre o deísmo me diz que as mesmas críticas geralmente direcionadas aos fideístas e demais tipos de teísmos que se guiam pela tradição e dogmas pré-estabelecidos, bem como a bíblia, as religiões institucionalizadas e etc. não podem serem direcionadas também aos deístas, visto que eles próprios foram talvez os pioneiros as realizarem, e pelo motivo de eles próprios rejeitarem e se oporem aos fatores citados acima que eram comum as religiões institucionalizadas, incluindo por exemplo as tradicionais interpretações bíblicas como revelações de Deus.

Abraços!
« Última modificação: 06 de Maio de 2014, 18:39:27 por Skeptikós »
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
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Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #12 Online: 06 de Maio de 2014, 18:48:48 »
Quanto ao uso de estória ao invés de história no caso de narrativas de cunho fictício, não me parece necessário, visto que história pode se referir tanto a narrativas fictícias quanto históricas (reais). A nota do dicionário Aurélio sobre o verbete "estória" desaconselha o uso da palavra1

Não obstante os artigos sugeridos pelo forista Derfel também desaconselham o uso da palavra, reforçando por tanto esta tese.

Abraços!


1 [Recomenda-se apenas a grafia história, tanto no sentido de ciência histórica, quanto no de narrativa de ficção, conto popular, e demais acepções.] (Cf. Aurélio, V. 5.0.40)
« Última modificação: 06 de Maio de 2014, 18:52:13 por Skeptikós »
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Offline Geotecton

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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #13 Online: 06 de Maio de 2014, 20:56:20 »
Tem relação com story e é mais antiga que a acepção de 1919. Ainda assim, é um brasileirismo que não deve ser usado na linguagem culta, segundo o Aurélio.
http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Est%C3%B3ria
http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/consultorio/historia-x-estoria-um-conflito-historico/
[...]

Quanto ao uso de estória ao invés de história no caso de narrativas de cunho fictício, não me parece necessário, visto que história pode se referir tanto a narrativas fictícias quanto históricas (reais). A nota do dicionário Aurélio sobre o verbete "estória" desaconselha o uso da palavra1

Não obstante os artigos sugeridos pelo forista Derfel também desaconselham o uso da palavra, reforçando por tanto esta tese.

Abraços!


1 [Recomenda-se apenas a grafia história, tanto no sentido de ciência histórica, quanto no de narrativa de ficção, conto popular, e demais acepções.] (Cf. Aurélio, V. 5.0.40)

Cavalheiros, pelo que li o Houaiss admite o uso na forma culta. E felizmente, sob o ponto de vista literário, pelo menos um grande autor usou a palavra, conforme cita a segunda fonte fornecida pelo forista Derfel:

Citar
Os adeptos do uso de “estória” me parecem francamente minoritários. De todo modo, depois que Guimarães Rosa usou a palavra no título de seu livro “Primeiras estórias”, de 1962 – cujo primeiro conto começa com a frase “Esta é a estória” – não se pode dizer que estejam desprovidos de credenciais literárias. No fim das contas, trata-se de mais um daqueles casos em que cada um deve decidir com a própria consciência e o próprio gosto seu caminho no mundo da língua.

Então eu fico, por enquanto e salvo melhor juízo, com a palavra 'estória' para designar narrativas fantasiosas.

P.S.

O fato de não constar no dicionário Aurélio ou dele desaconselhar o uso não significa que não possa ser usado, porque ele não é a 'palavra final' sobre o assunto.
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Offline Gabarito

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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #14 Online: 06 de Maio de 2014, 21:09:38 »
Cavalheiros, pelo que li o Houaiss admite o uso na forma culta. E felizmente, sob o ponto de vista literário, pelo menos um grande autor usou a palavra, conforme cita a segunda fonte fornecida pelo forista Derfel:

[...]

Então eu fico, por enquanto e salvo melhor juízo, com a palavra 'estória' para designar narrativas fantasiosas.

P.S.

O fato de não constar no dicionário Aurélio ou dele desaconselhar o uso não significa que não possa ser usado, porque ele não é a 'palavra final' sobre o assunto.

A palavra final, o registro oficial de um vocábulo do idioma português aqui no Brasil é dado pela Academia Brasileira de Letras, no seu VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa).
E ele registra sim, estória, como substantivo feminino.

Pode usar sem medo de errar.

Skorpios

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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #15 Online: 07 de Maio de 2014, 06:57:18 »
E, mesmo que não estivesse no Vocabulário da ABL, o MEC diz que pode escreve errado (tenho que me lembrar disso)... :hihi:

Offline Geotecton

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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #16 Online: 07 de Maio de 2014, 09:28:41 »
E, mesmo que não estivesse no Vocabulário da ABL, o MEC diz que pode escreve errado (tenho que me lembrar disso)... :hihi:

"Escrever"?  ::)   :P
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Skorpios

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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #17 Online: 07 de Maio de 2014, 10:00:21 »
Sim, acabei de dizer que pode escreve errado, portanto não estou errado. ;P

Offline Skeptikós

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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #18 Online: 07 de Maio de 2014, 12:50:53 »
Sim, acabei de dizer que pode escreve errado, portanto não estou errado. ;P
:histeria: :histeria:
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
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Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Derfel

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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #19 Online: 08 de Maio de 2014, 06:06:58 »
O MEC não diz que pode escrever errado, pelo contrário.

Offline Pregador

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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #20 Online: 08 de Maio de 2014, 11:43:31 »
Não vi o filme, mas tem que ter realmente muita "criatividade" em misturar Noé com veganismo...
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Bulldog

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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #21 Online: 13 de Maio de 2014, 20:33:46 »
Rapaz...tava com saudades disso..pena que meu tempo tem sido curto...começou com o filme, passou para a definição de deismo e foi para a gramática... :hihi: :hihi: :hihi:
"Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
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Re:O Deísmo e o Veganismo: duas fraudes unidas em "Noé".
« Resposta #22 Online: 13 de Maio de 2014, 20:38:41 »
É o melhor fórum de debates que já participei. Aqui se percebe não só existir um maior engajamento por parte dos membros, que são muito mais ativos e atuantes, como também uma flexibilidade e cultura para falar sobre vários assuntos, como também uma preocupação com a qualidade dos argumentos que são apresentados, características essas que enriquecem muito o ambiente de debate.
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
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