http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2014/04/28/carta-mostra-que-ex-conselheiro-da-ccee-nao-saiu-por-motivos-pessoais-534055.aspO PT está fazendo agora o putsch na CCEE. O governo tem direito a um membro, mas já violentou as geradoras para indicar o seu, e agora está pondo mais um.
Com isso, o PT vai poder fazer mais merda no setor.
Carta mostra que ex-conselheiro da CCEE não saiu por motivos pessoaisO Ministério das Minas e Energia garantiu - e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CEE) também - que os conselheiros que saíram de lá o fizeram por motivos pessoais. Não é o que diz a carta de um deles que você pode ver abaixo. Dirigida ao presidente do Conselho da CCEE, Luiz Eduardo Barata Ferreira, e aos membros do Conselho, a carta de Luciano Macedo Freire deixa claro que ele discordava da saída encontrada para socorrer as elétricas:
a contratação de um empréstimo bilionário por parte da CCEE.Segundo ele, essa solução dá à Câmara uma “
atribuição que difere daquelas usuais a um operador de mercado e que pode, com isso, desviar seu foco de atuação e prejudicar a independência com a qual deve atuar”.
O ex-conselheiro afirma no documento que a contratação do empréstimo conflita com o princípio da
livre interação entre oferta e demanda, o qual defende. Segundo ele, “a solução se foca exclusivamente na oferta, como se ela fosse, em certa medida, 'infinita', proporcionando, com isso,
sinais econômicos distorcidos”.
Na avaliação de Luciano Freire, a adoção de medidas alternativas, como revisão tarifária extraordinária das distribuidoras, incentivos à redução da demanda e ao uso racional da energia, proporcionariam sinais econômicos mais adequados, atuando nas causas dos problemas enfrentados pelo setor elétrico, permitindo, assim, soluções de longo alcance.
Mesmo com a demissão de três dos cinco conselheiros, que não concordavam com a contratação do empréstimo de R$ 11,2 bi, ele foi assinado junto a bancos públicos e privados na semana passada. Uma parte dessa conta será paga pelo consumidor via aumenta da tarifa de energia elétrica. Mas só depois das eleições.