Autor Tópico: Em que momento a USP Leste fracassou?  (Lida 1617 vezes)

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Offline Donatello

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Em que momento a USP Leste fracassou?
« Online: 25 de Julho de 2014, 22:21:17 »
De todas as muitas medidas tentadas pelos últimos governos para ampliar o número de pobres no ensino superior a única contra a qual eu não tenho (enormes) ressalvas é o movimento de ampliação do número de campi em regiões não centrais do país.

Sou contra o sistema de cotas social e radicalmente contra o PROUNI e o sistema de cotas racialista mas considero completamente necessário para que realmente haja uma maior democratização do acesso ao ensino superior que sejam oferecidos mais cursos noturnos e em regiões periféricas das metrópoles e nas cidades não metropolitanas.

No Rio foram abertos nos últimos anos campi de todas as grandes universidades públicas (exceto UNIRIO) em cidades do interior ou afastadas do Centro e da Zona Sul. A  UFRJ, onde estudo, ainda peca muito no quesito cursos noturnos, o meu prédio fica às moscas a noite enquanto o governo federal gasta mundos e fundos tranferindo verba eleitoreira para universidades de shopping via PROUNI.

Mas um dos mais desastrosos programas de expansão universitária que conheço é a USP Leste (no Rio há algo semelhante, a UEZO, que seria uma UERJ Oeste): um campus caríssimo e moderníssimo da USP construído na periferia tendo em vista o público "periférico" que oferece um monte de cursos superiores de mentirinha cuja conclusão joga os graduandos em mercados extremamente limitados em que basicamente você já precisa ser peixe de alguém em alguma empresa ou ter meios de criar seu próprio negócio para fazer valer seus anos de estudo.

Não por acaso, ao meu ver, algum tempo atrás li que todos os cursos com maior evasão da USP eram daquele campus: pudera, o cara pensa que passou num curso universitário de uma rica instituição e descobre que passou mesmo num curso técnico do SENAI com a grife USP.

O campus passou por problemas estruturais, foi fechado, agora vai reabrir, mas sua manutenção envolve polêmicas em diversos níveis. Trago a pauta :)

http://cartanaescola.com.br/single/show/294
« Última modificação: 25 de Julho de 2014, 22:23:33 por Pai Donna de Irôko »

Offline Moro

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Re:Em que momento a USP Leste fracassou?
« Resposta #1 Online: 25 de Julho de 2014, 22:31:14 »
tá explicado porque uma estagiária que tinha não performava legal..
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Offline Moro

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Re:Em que momento a USP Leste fracassou?
« Resposta #2 Online: 25 de Julho de 2014, 22:32:03 »
não sabia disso pensava que os cursos eram iguais, ao menos de níveis semelhantes
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Offline Donatello

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Re:Em que momento a USP Leste fracassou?
« Resposta #3 Online: 25 de Julho de 2014, 22:32:31 »
tá explicado porque uma estagiária que tinha não performava legal..
Ela era da USP Leste ou o quê? :biglol:

Offline Donatello

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Re:Em que momento a USP Leste fracassou?
« Resposta #4 Online: 25 de Julho de 2014, 22:34:44 »
Desculpe a não formatação do copy paste, hoje não dá mais... :lol: e a fonte é a Wikipedia, talvez a lista não esteja tão atualizada, mas aí estão os cursinhos :) :

Educação Física e Saúde (EFS) - 60 vagas (vespertino)
Gerontologia (Geronto) - 60 vagas (verspertino)
Gestão Ambiental (GA) - 120 vagas (60 matutino e 60 noturno)
Gestão de Políticas Públicas (GPP) - 120 vagas (60 matutino e 60 noturno)
Lazer e Turismo (LZT) - 120 vagas (60 vespertino e 60 noturno)
Licenciatura em Ciências da Natureza (LCN) - 120 vagas (60 matutino e 60 noturno)
Marketing (MKT) - 120 vagas (60 matutino e 60 noturno)
Obstetrícia (OBS)- 60 vagas (integral)
Sistemas de Informação (SI) - 180 vagas (60 matutino e 120 noturno)
Têxtil e Moda (TM) - 60 vagas (matutino)

Atualmente, a EACH oferece também os seguintes programas de pós-graduação:

Estudos Culturais
Modelagem de Sistemas Complexos
Mudança Social e Participação Política
Sistemas de Informação
Sustentabilidade
Têxtil e Moda
Gestão de Políticas Públicas
Turismo
Ciências da Atividade Física



São basicamente cursos tecnológicos em que o sujeito passa dois períodos estudando humanidades (psicologia, sociologia...) e outros fazendo um ciclo profissionalizante nas "áreas" supracitadas
« Última modificação: 25 de Julho de 2014, 22:38:24 por Pai Donna de Irôko »

Offline Donatello

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Re:Em que momento a USP Leste fracassou?
« Resposta #5 Online: 25 de Julho de 2014, 22:49:35 »
A lista dos cursos está atualizada sim, três dos cursos parecem ter competências compatíveis com graduações normais (embora os nomes diferentes e o caráter esquisito de um primeiro ano só de humanidade me diga que deve ter alguma pegadinha). Os outros são mais para cursos do SENAI (em termos de especificidade da formação e mercado de trabalho, embora sejam longos como um curso superior) mesmo.

Site com todos os cursos e as descrições de cada um: http://each.uspnet.usp.br/
« Última modificação: 25 de Julho de 2014, 22:53:55 por Pai Donna de Irôko »

Offline Moro

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Re:Em que momento a USP Leste fracassou?
« Resposta #6 Online: 25 de Julho de 2014, 23:04:10 »
tá explicado porque uma estagiária que tinha não performava legal..
Ela era da USP Leste ou o quê? :biglol:
USP leste ;) Na verdade não acho uma boa formação fundamental para ser um. bom profissional.  Eu paguei minha facu a noite, já trintão, depois meu MBA, nada de escolas de primeira linha. E tô levando..
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Re:Em que momento a USP Leste fracassou?
« Resposta #7 Online: 25 de Julho de 2014, 23:21:41 »
A minha implicância não é com o nome da instituição, até porque o nome é o melhor possível, mas com o fato de os cursos oferecidos neste campus especificamente serem mormente profissões não regulamentadas e de competência não bem definidas. Eu acho importante, sobretudo quando a meta for exatamente democratizar o acesso à formação superior para os "não abastados" que se abra vagas em cursos formais, com áreas de atuação bem definidas e com curriculos que preencham os requisitos dos conselhos federais, por exemplo. Essa é minha única crítica.

Dei uma bisoiada no curriculo do tal curso de Licenciatura em Ciências da Natureza (que formaria professores de Biologia) e a matriz curricular é totalmente experimental. Parece ser essa mesma a proposta do campus, manter cursos experimentais e usar a periferia como cobaias acadêmicas, realmente não consigo entender a proposta.

Na USP original: curso de enfermagem com currículo tradicional em que o sujeito poderá atuar em todas as competências de enfermeiro, inclusive em acompanhamento geriátrico; na USP Leste um arremedo de curso de enfermagem com curso técnico de acompanhante de idosos nomeado de curso de gerontologia em que o graduado não terá possibilidade de prestar a maioria dos concursos, não será aceito se tentar se registrar no COREN e vai ser olhado estranho quando for procurar emprego com seu diploma de uma profissão que a maioria dos empregadores, certeza, nem sabem que existe...

Na USP original: licenciaturas plenas de Ciências Biológicas, Física e Química que deixam claro a competência do egresso em lecionar para turmas de ensino médio e fundamental e sobre a possibilidade de se registrar no respectivo conselho e atuar na indústria ou na pesquisa. Na USP Leste uma quimera dos três cursos mais um ano de humanidades que jogam no mercado um cara que vai ser um ótimo professor de ensino fundamental de ciências, no máximo...

Não vejo o sentido :/ Pra mim é desperdício de dinheiro público, tempo e formação :|
« Última modificação: 25 de Julho de 2014, 23:25:05 por Pai Donna de Irôko »

Offline Donatello

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Re:Em que momento a USP Leste fracassou?
« Resposta #8 Online: 25 de Julho de 2014, 23:42:45 »
Depois de abrir o tópico cheguei a pensar que pudesse estar equivocado em minha percepção já que não sou de São Paulo e minha percepção era baseada em conhecimentos um tanto rasos. Joguei no Google e parece que é isso mesmo que eu percebia (embora o autor advogue por posições que nem concordo a descrição do cenário é coerente com o que eu via):



Citar
Mais vagas em cursos de alta e baixa demanda é solução para USP
Proposta de reformulação na USP Leste tem objetivo só de aumentar a concorrência dos cursos no vestibular

http://ultimosegundo.ig.com.br/colunistas/mateusprado/mais+vagas+em+cursos+de+alta+e+baixa+demanda+e+solucao+para+usp/c1238179384080.html

Quando iniciaram as discussões para a implantação de um campus da USP na zona leste de São Paulo, seus defensores diziam que a unidade poderia incluir as pessoas de menor renda pela localização geográfica. A lógica era simples. Colocar uma universidade na periferia da cidade talvez fizesse com que parte dos alunos oriundos da classe média paulistana não se dispusesse a, todos os dias, ir a esse lugar. Naturalmente, sobrariam mais vagas para os moradores da zona leste. Até poderia ter dado certo, mas não foi assim que o projeto foi implantado.

A USP Leste fica bem na divisa da zona leste com Guarulhos. Certamente é mais rápido chegar a essa sede da USP do Jardim Paulista ou de Higienópolis do que dos bairros mais pobres da zona leste. O campus é todo cercado e nem os moradores do vizinho Jardim Queralux têm acesso às suas dependências. Hoje, conta com uma estação de trem, que é o símbolo do isolamento da USP na Zona Leste. Um dos lados da passarela que dá acesso à estação fica dentro do campus, onde só entra quem tem a carteirinha da USP. Já quem, por exemplo, precisar ir ao centro de treinamento do Corinthians, ou ao da Portuguesa, não pode atravessar a passarela para ir ao local, que é ali do lado. Vai precisar descer em outra estação e andar cerca de 5 quilômetros.

A arquitetura dos prédios é estratégica. Construídos em terreno do Parque Ecológico do Tietê, têm a fachada de frente para a rodovia Ayrton Senna, uma das mais movimentadas de São Paulo, e estão um pouco antes do acesso da rodovia para o aeroporto de Guarulhos. Lembram aquele antigo projeto Cingapura, em que as construções eram sempre feitas em locais de grande circulação de automóveis. Sempre achei que essa USP era muito mais USP Ayrton Senna do que USP Leste. Quem tem acesso fácil à Ayrton Senna ou à linha de trem que passa ao lado tem muito mais facilidade de chegar à unidade do que quem mora no Jardim Grimaldi, no Parque São Rafael, no Jardim Elba, no Satélite, na Terceira Divisão ou no Iguatemi. Fosse a unidade em um desses bairros, talvez incluísse pela localização geográfica. Como não é, isso não aconteceu.

Na implantação, a reitoria fez de tudo para dar a impressão de que a unidade era uma espécie de USP de segunda linha. Foram várias as autoridades que disseram que lá os cursos tinham como foco o mundo do trabalho. Nada contra cursos técnicos. O problema é que o ensino técnico e tecnológico não é função da USP, e sim das Faculdades de Tecnologia do Estado (FATECs). Vários professores e alunos reagiram à possibilidade e, felizmente, não temos lá uma unidade da USP totalmente dedicada ao ensino técnico. Mas, alguns anos decorrentes da fundação, os cursos da unidade não são muito concorridos. Como o novo reitor está decidido a acabar com os cursos de baixa demanda na universidade, aqueles em que os estudantes de escolas públicas tem mais chances de passar, é na USP Leste que tentam iniciar a diminuição de vagas da universidade. Logo em uma unidade em que os cursos não atingiram sua maturidade (nenhum deles possui, sequer, um PPP - Projeto Político Pedagógico).

Um relatório, coordenado por Adolpho Melphi, que era o reitor da universidade na época da implantação da USP Leste, e divulgado com exclusividade pelo IG Educação, mostra que só nessa unidade podem acabar com cerca de 30% das vagas. O relatório espanta pela excessiva preocupação com a relação candidato/vaga de cada curso. Não é preciso muito tempo pra entender que o objetivo daqueles que fizeram a proposta é aumentar a concorrência de cada curso. Com menos vagas, se continuar a mesma quantidade de candidatos , há o aumento da concorrência. É isso mesmo, descoberta a febre, ao invés de tratá-la, resolvem quebrar o termômetro.

Alguns cursos não atraem candidatos simplesmente por causa de seus nomes. As formações, por exemplo, que começam seu nome com "Gestão", passam a impressão de que são sequenciais, aquelas de dois anos. Quem presta USP não quer isso. Como não tem todas as informações, prefere não arriscar. Se, por exemplo, “Gestão de Políticas Públicas” chamasse “Administração Pública”, a concorrência aumentaria, sem a necessidade de meses para fazer um relatório de poucas, e equivocadas, páginas.

Ciências da Atividade Física poderia muito bem ser uma opção do curso de Educação Física.

Vários cursos, e alunos que se formaram neles, sofrem pela falta da implantação das políticas necessárias para o sucesso de seus projetos. Gerontologia e Obstetrícia são cursos novos e não possuem apelo para o mercado de trabalho, apesar de serem importantes para o Estado e para o País. Mais acertado seria o Estado ter criado, em sua estrutura, essas carreiras fundamentais para o cuidado ao idoso e para a humanização do parto.

Em Gestão de Políticas Públicas, até que o Estado fez parte do combinado, abrindo um concurso para Gestor Público quando as primeiras turmas se formaram. Só cometeu o erro de permitir que qualquer pessoa com ensino superior pudesse concorrer ao cargo. Passaram muito mais concurseiros na carreira do que estudantes de Políticas Públicas da USP ou de qualquer outra universidade.

O curso de Licenciatura em Ciências da Natureza é o que, proporcionalmente, mais acolhe alunos oriundos da rede pública e alunos oriundos da zona leste. Tem poucos inscritos, obviamente, porque a carreira do magistério paga pouco e tem atraído cada vez menos pessoas. Por isso, o Estado deve parar de preparar pessoas para lecionar? Não, deve procurar caminhos, inclusive com incentivos financeiros, para que as pessoas optem pela carreira.

Essa obsessão, da nova reitoria, em analisar os cursos por sua relação candidato/vaga, seria muito boa se olhasse para a outra ponta. Ora, com tantos candidatos por vaga, não seria a hora de a USP aumentar, consideravelmente, o número de vagas em Medicina, Publicidade, Administração, Economia, Engenharia, Design, Direito e Arquitetura?

Por fim, é mesmo verdade, como diz o relatório, que algumas matérias optativas da USP Leste possuem menos de 10 alunos inscritos. Isso não acontece só nesta unidade, mas em toda a USP. Concordo que esse problema deve ser enfrentado, mas não é acabando com essas matérias que se resolve a questão. Uma das vantagens da USP é cada aluno poder ter uma formação diferente, focada em seus interesses. Isto é bom e deveriam, inclusive, ser ampliadas as matérias optativas na unidade. A solução para não termos centenas e centenas de matérias, na USP, com pouquíssimos inscritos, é aumentar, sem timidez, o número de alunos nas séries iniciais. A solução, caros reitor e ex-reitor, para diminuir a exclusão e para inverter o caminho de distanciamento da sociedade que a USP tem feito, é aumentar o número de vagas, nos cursos com muita e pouca demanda.



Ou seja: boa parte dos cursos oferecidos são experimentais, atendendo alguma demanda estratégica do Estado que no final das contas dá com os burros n'água (o Estado desiste da estratégia ou não consegue colocar em prática), o aluno deste campus acaba tendo sorte se pular do barco (o que a maioria faz) ou descobre que estudou 4 anos, ganhou um diploma e não tem o que fazer com ele já que a sua profissão não existe no mundo real, não é aceita em concursos, não é reconhecida no mercado privado, não é aceita pelos conselhos de classe... e o pior é que o egresso típico deste campus é precisamente o que menos tem condição de caminhar com as próprias pernas, um jovem abastado que se forme numa gerontologia da vida pode pedir dinheiro ao pai para montar uma clínica particular especializada em velhinhos, se junta com um amigo médico e faz a própria empresa, mas um pé-rapado filho de motorista de ônibus (público alvo desta unidade) faz o que com o diploma de uma profissão que não existe? Pra mim uma bosta completa :|
« Última modificação: 25 de Julho de 2014, 23:53:29 por Pai Donna de Irôko »

Offline SnowRaptor

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Re:Em que momento a USP Leste fracassou?
« Resposta #9 Online: 25 de Julho de 2014, 23:47:36 »
Aparentemente a universidade não pode oferecer os mesmos cursos em campi diferentes no mesmo município.

Com o rebu do terreno contaminado dá pra imaginar o motivo de eles não terem construído o campus 1km mais pra frente para que ficasse no município de guarulhos e pudesse oferecer cursos iguais.

Minha namorada fez gestão ambiental, que é um bacharelado com o mesmo nome de vários cursos técnicos por aí. Isso confunde o mercado de trabalho que não entende por que a pessoa tem um curso superior em GA mas não é engenheiro ambiental.


O de geriatria e aquele de cuidar de grávida são problemáticos porque tem muitas coisas que eles não podem fazer por não serem enfermeiros nem médicos, apesar de terem sido treinados para tanto. Também ferra o mercado de trabalho.
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Offline SnowRaptor

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Re:Em que momento a USP Leste fracassou?
« Resposta #10 Online: 25 de Julho de 2014, 23:49:10 »
Donatello, usa as tags  [quote]   quando estiver colando texto de outro lugar, senão fica difícil saber o que é seu e o que é da sua fonte.
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Offline Donatello

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Re:Em que momento a USP Leste fracassou?
« Resposta #11 Online: 25 de Julho de 2014, 23:53:56 »
Feito, geralmente faço isso, esqueci :)

Offline SnowRaptor

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Re:Em que momento a USP Leste fracassou?
« Resposta #12 Online: 25 de Julho de 2014, 23:57:54 »
:ok:
Elton Carvalho

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Offline Rocky Joe

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Re:Em que momento a USP Leste fracassou?
« Resposta #13 Online: 26 de Julho de 2014, 09:22:43 »
Quando li "Licenciatura em ciências da natureza" pensei que já era um curso com uma proposta que o MEC estava discutindo, de unificar as disciplinas de física/química/biologia no ensino médio. Ainda bem que não.

No mais, concordo com o que tu escreveu, Donna, e não tenho nada a acrescentar.

Offline Moro

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Re:Em que momento a USP Leste fracassou?
« Resposta #14 Online: 26 de Julho de 2014, 11:08:36 »
também concordo 100%.  Dona não quer escrever alguma merda tipo,  os cursos representam uma superação do modelo acadêmico burguês, aí agente sai para detonar você é o tópico esquenta?
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Offline Donatello

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Re:Em que momento a USP Leste fracassou?
« Resposta #15 Online: 26 de Julho de 2014, 13:10:56 »
também concordo 100%.  Dona não quer escrever alguma merda tipo,  os cursos representam uma superação do modelo acadêmico burguês, aí agente sai para detonar você é o tópico esquenta?
Que que foi? :susto:

Offline Donatello

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Re:Em que momento a USP Leste fracassou?
« Resposta #16 Online: 26 de Julho de 2014, 14:32:10 »
também concordo 100%.  Dona não quer escrever alguma merda tipo,  os cursos representam uma superação do modelo acadêmico burguês, aí agente sai para detonar você é o tópico esquenta?
Que que foi? :susto:

Ahhh, sim, claro!  :P

Os cursos representam um modelo de superação ao modelo acadêmico burguês patriarcal que subestimava as múltiplas competências e vocações dos seres humanos (e seras humanas) e pretendia modelar o trabalho ao gosto dos malditos homens brancos heterossexuais protestantes.

Creio que por exemplo, a rejeição do mercado e do COFEN ao curso de obstetrícia revela tão somente o desrespeito que a burguesia têm contra a saúde da mulher, que morre diariamente nas mãos de médicos obstetras e enfermeiros generalistas mesmo que muitos dos quais com pós-graduação em assistência ao parto nas tradicionais casas de saúde burguesas. Tais médicos e enfermeiros tradicionais não estão preparados a oferecer um atendimento humanizado às mulheres já que não as consideram exatamente humanas uma vez que passaram o curso superior todo focados em questões fundamentalmente biológicas como a anatomia do útero e a fisiologia envolvida no estancamento de processos hemorrágicos e não tiveram a oportunidade de passar pelos 2 períodos estudando Foucault, Jung e Habermas como os egressos da progressista USP Leste.

De modo análogo o curso de Licenciatura em Ciências da Natureza permite aos professores uma visão mais olhistica (de olho mesmo) da natureza menos focada nestas coisas chatas de bioestatística e genética molecular e mais focada em coisas triviais que são as que realmente interessam aos alunos.
 
« Última modificação: 26 de Julho de 2014, 14:40:13 por Pai Donna de Irôko »

Offline Moro

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Re:Em que momento a USP Leste fracassou?
« Resposta #17 Online: 26 de Julho de 2014, 18:55:19 »
pronto, agora podemos começar a detonar sua opinião  :biglol:
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