Refletir sobre os preceitos de uma determinada religião é uma caminhada pelo parque para os céticos, mas sugerir tal exercicio ao crente é quase como propor uma caminhada pela área de exclusão de Chernobyl. "Eu não preciso disso pois já tenho minhas verdades!", "Eu não quero pensar como você!" e "Porquê você tem tanta inveja da minha paz?" são algumas das frases que já ouví ao sugerir novas perspectivas sobre milagres bíblicos e revelações espirituais.
Mesmo havendo participado de um bom número de (semi-)debates sobre religião e/ou fé nesses últimos anos, às vezes eu me pego tentado plantar a semente da dúvida/curiosidade na mente dos crentes "no seco" (e.g. fazendo perguntas, apresentando artigos...). Aqui pelo fórum, não é muito diferente. Quando alguém chega apresentado um ""estudo"" sobre complexidade irredutível tirado de um site criacionista, essa pessoa será confrontada com artigos da Science, observações sobre a idoneidade altamente questionável da fonte e perguntas duras porém pertinentes. Tudo muito bom... pra gente!
Sabe... Passar KY e fazer carinho depois também têm sua importância, if you know what I mean. Nessa linha, penso que valha a pena investir numa abordagem multiperspectiva. Tipo como levantar a moral do amigo que levou corno: Não basta falar mal da ex. Você tem que levar ele pra festa, apresentar suas amigas e, no dia seguinte, tomar umas brejas jogando PS3. O tempo se encarrega do resto.
Entendo que o foco do fórum seja discutir idéias, porém, se houver um interesse em estimular o sujeito que chega aqui arrotando D.I. a considerar o admirável mundo da Ciência Ambiental, seria interessante entrar no terreno da ligação emocional que essa pessoa tem com as idéias que ela apresenta, e trabalhar também em cima disso.
Queria saber das(os) senhoras(es) qual seu o posicionamento sobre essa questão.