Autor Tópico: Programa Mais Advogados  (Lida 2373 vezes)

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Offline DDV

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #25 Online: 09 de Agosto de 2014, 12:29:12 »
Não dá pra comparar com o Mais Médicos. É um programa do governo que paga para uma ditadura trazer médicos com capacidades suspeitas.

Dado que você é contra exames como Revalida e OAB, por que você diria que esses médicos teriam "capacidades suspeitas"?  :)

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Cumpadi

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #26 Online: 09 de Agosto de 2014, 13:13:29 »
Comunista. Nossa, estou me formando na profissão errada, falou de saúde já começa um duplipensar, um vale tudo. As pessoas não conseguem pensar claramente no tópico.
« Última modificação: 09 de Agosto de 2014, 13:25:50 por parcus »
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline Derfel

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #27 Online: 09 de Agosto de 2014, 19:27:25 »
Ninguém está tirando mercado de ninguém. É apenas uma profissão auxiliar. Quem vai continuar advogando são os advogados.  Reação similar aconteceu quando surgiu os TSB, os Técnicos em Enfermagem, os próprios enfermeiros.

Rhyan

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #28 Online: 10 de Agosto de 2014, 01:47:22 »
Não dá pra comparar com o Mais Médicos. É um programa do governo que paga para uma ditadura trazer médicos com capacidades suspeitas.

Dado que você é contra exames como Revalida e OAB, por que você diria que esses médicos teriam "capacidades suspeitas"?  :)



Por causa da conhecido caos que é a saúde cubana. Mas sem problemas trazer médicos cubanos ou de qualquer lugar, basta não gastar um centavo do dinheiro "público" (roubado). Se os médicos são ruins eles não trabalharão em bons hospitais.

Offline DDV

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #29 Online: 10 de Agosto de 2014, 09:48:34 »
Não dá pra comparar com o Mais Médicos. É um programa do governo que paga para uma ditadura trazer médicos com capacidades suspeitas.

Dado que você é contra exames como Revalida e OAB, por que você diria que esses médicos teriam "capacidades suspeitas"?  :)



Por causa da conhecido caos que é a saúde cubana. Mas sem problemas trazer médicos cubanos ou de qualquer lugar, basta não gastar um centavo do dinheiro "público" (roubado). Se os médicos são ruins eles não trabalharão em bons hospitais.

Em hospitais privados talvez, mas em hospitais públicos eles seriam colocados para economizar no salário (principalmente no interior) e o povão que não tem condições de pagar o particular se foderia. Talveeeez  o médico pudesse até ser processado e afastado, mas para quem morreu ou sofreu sequelas isso não faria muita diferença.

É por isso que o melhor é prevenir.

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Rhyan

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #30 Online: 10 de Agosto de 2014, 22:36:48 »
Em hospitais privados talvez, mas em hospitais públicos eles seriam colocados para economizar no salário (principalmente no interior) e o povão que não tem condições de pagar o particular se foderia. Talveeeez  o médico pudesse até ser processado e afastado, mas para quem morreu ou sofreu sequelas isso não faria muita diferença.

É por isso que o melhor é prevenir.



Que hospital público? Isso nem deveria existir.

Rhyan

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #31 Online: 10 de Agosto de 2014, 22:40:46 »
Isso aqui funciona:

Médicos do Sírio e do Einstein abrem clínica particular em Heliópolis
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,medicos-do-sirio-e-do-einstein-abrem-clinica-particular-em-heliopolis,903810

Só não existem mais modelos como esse por causa de bizarrices como MEC, CFM, SUS, estado gerenciado economia, etc..

Offline Eu

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #32 Online: 11 de Agosto de 2014, 11:21:35 »
CÂMARA DOS DEPUTADOS REDUZ
ADVOGADOS A DESPACHANTES


Tenho, entre outros diplomas inúteis, o de advogado. Estudei filosofia. Mas primum vivere, deinde philosophari, como diziam os romanos. Primeiro viver, depois filosofar. Acreditava que do Direito poderia tirar meu sustento. Já no segundo ano do curso, descobri que jamais advogaria. As razões não eram poucas. Não me concebia usando terno e gravata, anel no dedo e chamando juiz de Meritíssimo. Além do mais, a fúria legiferante do pais me assustava. Advogado, ou se atualiza todos os dias, ou morre profissionalmente. Na época em que terminei o curso,1969, não havia exame da OAB. Era só pegar o diploma e sair advogando.

Preferi jornalismo, que na época não exigia curso, como ocorre hoje em todos os países, menos no Brasil. Mas se considero meu diploma inútil, o mesmo não digo da profissão. Há momentos em que é mais importante que a de médico. Quanto ao exame da OAB, é mais um subterfúgio da guilda para anular o diploma de Direito, que passa a não servir para coisa alguma. Diria que é o único diploma no Brasil que só tem valor decorativo. Bom pra pendurar na parede e mostrar para as visitas.

Há muita gente no país advogando sem diploma algum. Já contei, há uns sete anos, as peripécias de minha mulher. Ao longo de toda sua vida, trabalhou com legislação. Uma vez aposentada, passou a dar consultoria, sem ter diploma de Direito. Considerou que seria melhor obtê-lo, para poder assinar petições. E decidiu fazer o curso de Direito da Mackenzie. Eu a adverti que não o suportaria três meses. Ela elaborava pareceres em um Conselho Fiscal em Brasília, pareceres que geravam legislação, e não iria agüentar o beabá do Direito. Ela insistiu, fez vestibular e decidiu-se a freqüentar o curso. Pois bem: não esquentou banco por mais de três dias. Eu havia superestimado sua capacidade de tolerar a mediocridade.

Na primeira aula de Direito Constitucional, um decrépito professor perguntava a seus alunos:

- O direito é uma emanação da so.. da so...?
Ninguém conseguia terminar a frase.
- Da socie... da socie...?
Os alunos, demonstrando invulgar inteligência, responderam em coro:
- Da sociedade!!!
- Muito bem - disse o professor, com um sorriso beatífico. - Ao direito dos costumes, costumamos chamar de Direito con... Direito con...?
Silêncio total.
- Direito consue...? Consue...?
Silêncio ainda mais espesso.
- Consuetu...? Consuetu...?
Nada feito.
- Consuetudi...? Consuetudi...?
Muito menos. O brilhante professor exclamou então com um sorriso sapiente na face, sorriso de quem detém o saber:
- Consuetudináááááário!!!

Foi o terceiro e último dia de curso de minha mulher. Preferiu continuar dando consultoria sem diploma algum.

Não bastasse o atual baixo nível dos cursos de giz e quadro negro, a Câmara dos deputados acaba impor uma caput diminutio à a profissão de advogado, ao aprovar projeto permitindo que bacharéis sem OAB atuem em funções jurídicas. Os milhões, de postulantes ao papelucho da guilda, que não passaram no exame, poderã0 consolar-se com uma profissão que não escolheram. Chamado de paralegal, o cargo serviria para auxiliar advogados em escritórios, o que os reduz a despachantes. Mas ainda precisa passar pelo Senado. Vamos à notícia:

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (ontem), um projeto de lei que cria a figura jurídica de assistente do advogado, o chamado paralegal. Se não houver recurso, o projeto segue para a apreciação dos senadores.

A idéia é possibilitar aos 5 milhões de bacharéis em Direito no Brasil a chance de atuar com registro nos escritórios de advocacia, mas com funções limitadas e que não ultrapassem a prerrogativa do advogado.

Inspirado no modelo norte-americano, o paralegal não pode assinar sozinho petições, tampouco defender um cliente ou um réu nos tribunais. Ele atuará, de acordo com a proposta, executando funções burocráticas e jurídicas, como ajudar na preparação de documentos e estratégia de defesa.

Cinco anos de estudo universitário para exercer uma profissão que não exige nem curso superior, como a de psicanalista. Será necessário que o candidato se inscreva na Ordem e, passados os três anos, se o profissional não conseguir ser aprovado no Exame, ele voltará à condição de bacharel. A diferença em relação ao estagiário de Direito é que o estudante só pode atuar por dois anos. Com muita pompa, está ressuscitada a antiga condição de solicitador, que podia ser exercida a partir do quarto ano de Direito.

O autor do infeliz projeto de lei, deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ), diz que seu objetivo não é acabar com o Exame da Ordem, mas tirar o bacharel do "limbo profissional" onde não pode "exercer legitimamente a atividade" para a qual se preparou. Se querem tirar o bacharel do limbo, eliminem o exame da OAB, ora bolas!

Fica a pergunta: já que o diploma de Direito não vale nada, porque não conceder plenos direitos ao exercício da profissão ao candidato que, sem ter curso de Direito, passasse no exame da OAB?

Offline Sergiomgbr

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #33 Online: 11 de Agosto de 2014, 13:27:58 »
Acho que exames do tipo OAB deveriam ser estendidos a engenheiros e arquitetos e a médicos também.

A pergunta que não quer calar é, como pode alguém estudar tantos anos numa faculdade e não passar num simples examezinho qualquer?
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Cumpadi

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #34 Online: 11 de Agosto de 2014, 14:03:01 »
Acho que exames do tipo OAB deveriam ser estendidos a engenheiros e arquitetos e a médicos também.

A pergunta que não quer calar é, como pode alguém estudar tantos anos numa faculdade e não passar num simples examezinho qualquer?
Nos EUA há o famoso USMLE. Há vários problemas:
1. O que é cobrado na prova pode não ser útil para sua profissão (e muitas vezes não é). Qual a grande vantagem em reprovar candidatos por coisas que eles não precisam saber. Medicina é um campo muito aberto, cada especialização precisa saber uma coisa específica, mas é impossível uma pessoa saber de tudo.

O conceito de "médico geral" é arbitrário e deveria se adequar a cultura e necessidade de cada hospital e clínica. Um modelo "one size fits all" pode parecer bonitinho e tudo mais, mas não permite a constante filtrações dos modelos mais adequados para o atendimento aos pacientes. Como só há um, e só se modifica esse modelo com argumentos teóricos, não há as constantes melhorias e adaptações geradas pelo livre mercado a fim de alocar eficientemente recursos escassos.

2. Associado ao problema acima, as milhares e milhares de páginas sobre medicina tem de ser condensadas em X questões. Ninguém decora milhares e milhares de páginas e seus rodapés (e o USMLE pergunta sobre aquela doença rara que você nunca ouviu falar). Sendo assim, 70-80% das informações cobradas no exame magicamente aparecem em um livrinho de 700 páginas que é considerado obrigatório para a realização dos exames desde muito tempo atrás (pura coincidência).
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Rhyan

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #35 Online: 12 de Agosto de 2014, 03:51:13 »
Acho que exames do tipo OAB deveriam ser estendidos a engenheiros e arquitetos e a médicos também.

Se for uma organização privada que só aceita os melhor profissionais, tudo bem, mas uma organização que obriga seus exames e tem o monopólio da permissão para se praticar profissional é loucura.

Depois não reclame da baixa oferta de profissionais e do alto preço do dos seus serviços, que serão inacessíveis para os mais necessitados.

Offline Diegojaf

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #36 Online: 12 de Agosto de 2014, 08:21:52 »
Advogados? Baixa oferta?

Ok...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline DDV

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #37 Online: 12 de Agosto de 2014, 09:37:42 »
Acho que exames do tipo OAB deveriam ser estendidos a engenheiros e arquitetos e a médicos também.

Se for uma organização privada que só aceita os melhor profissionais, tudo bem, mas uma organização que obriga seus exames e tem o monopólio da permissão para se praticar profissional é loucura.

Depois não reclame da baixa oferta de profissionais e do alto preço do dos seus serviços, que serão inacessíveis para os mais necessitados.

Tem áreas que os mecanismos de livre mercado por si só não são suficientes para evitar tragédias. Um mau médico, por exemplo, poderia perder clientela (a "punição" do mercado), porém os danos que ele teria causado são graves demais e muitas vezes irreversíveis. São necessários mecanismos para avaliar o profissional ANTES dele começar a atuar, e não depois (como o mercado faz).

 
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Skorpios

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #38 Online: 12 de Agosto de 2014, 10:07:17 »
A residência para médicos não funciona como um exame para ver se está habilitado a ser solto sobre a humanidade?

Offline Derfel

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #39 Online: 12 de Agosto de 2014, 11:11:11 »
Não.

Rhyan

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #40 Online: 12 de Agosto de 2014, 15:47:22 »
Tem áreas que os mecanismos de livre mercado por si só não são suficientes para evitar tragédias. Um mau médico, por exemplo, poderia perder clientela (a "punição" do mercado), porém os danos que ele teria causado são graves demais e muitas vezes irreversíveis. São necessários mecanismos para avaliar o profissional ANTES dele começar a atuar, e não depois (como o mercado faz).

 

Os mecanismos que avaliam o profissional antes são as organizações particulares de avaliações, como conselhos privados, o hospital que o médico trabalha, e coisas do gênero. Para danos causados por maus médicos, essa seria a função dos contratos.

Offline Diegojaf

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #41 Online: 14 de Agosto de 2014, 08:43:30 »
Citar
OAB mantém posição contrária à carreira de paralegal

Da Redação

Apesar de ter sido aprovado em caráter terminativo na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados (CCJC), o projeto que cria a carreira de paralegal para formados em Direito (PL 5.749/2013) pode não seguir imediatamente à análise do Senado. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), contrária a carreira, busca apoio de deputados para que a matéria tenha de passar por votação do Plenário da Câmara.


O projeto, do deputado Sergio Zveiter (PSD-RJ), estabelece que os graduados em Direito podem exercer a atividade de paralegal, mesmo sem aprovação no Exame da OAB, contando com as mesmas prerrogativas do estagiário de advocacia. O exercício da carreira, no entanto, fica limitado a três anos.

http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2014/08/12/oab-mantem-posicao-contraria-a-carreira-de-paralegal
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Offline João da Ega

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #42 Online: 14 de Agosto de 2014, 09:10:38 »

1. O que é cobrado na prova pode não ser útil para sua profissão (e muitas vezes não é). Qual a grande vantagem em reprovar candidatos por coisas que eles não precisam saber. Medicina é um campo muito aberto, cada especialização precisa saber uma coisa específica, mas é impossível uma pessoa saber de tudo.

O conceito de "médico geral" é arbitrário e deveria se adequar a cultura e necessidade de cada hospital e clínica. Um modelo "one size fits all" pode parecer bonitinho e tudo mais, mas não permite a constante filtrações dos modelos mais adequados para o atendimento aos pacientes. Como só há um, e só se modifica esse modelo com argumentos teóricos, não há as constantes melhorias e adaptações geradas pelo livre mercado a fim de alocar eficientemente recursos escassos.


Mas não há um conhecimento básico que todo formando em medicina deve saber, e que poderia ser avaliado?
Né possível que o sujeito não saiba diagnosticar que o paciente tá com uma virose, ao invés de uma infecção bacteriana.

(isso já ocorreu comigo, fui numa emergência, e o fdp do médico passou antibiótico, como não melhorei, fui a outro, que disse que era apenas uma virose, e que o antibiótico não tava servindo pra porra nenhuma.
"Nunca devemos admitir como causa daquilo que não compreendemos algo que entendemos menos ainda." Marquês de Sade

Offline Cumpadi

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #43 Online: 14 de Agosto de 2014, 11:46:00 »
Mas não há um conhecimento básico que todo formando em medicina deve saber, e que poderia ser avaliado?
Né possível que o sujeito não saiba diagnosticar que o paciente tá com uma virose, ao invés de uma infecção bacteriana.

(isso já ocorreu comigo, fui numa emergência, e o fdp do médico passou antibiótico, como não melhorei, fui a outro, que disse que era apenas uma virose, e que o antibiótico não tava servindo pra porra nenhuma.
O médico pode ter raciocinado da seguinte forma: pode ser uma virose ou uma infecção, na dúvida da o antibiótico pois se for uma virose ou uma infecção, o paciente vai se curar de qualquer forma. Muitas vezes não se tem certeza do diagnóstico quando se começa o tratamente, isso não é erro médico.

Mas de volta ao tema, não, não existe o tal do "conhecimento básico" que todo mundo precisa saber, isso é uma criação arbitrária. Existe uma enorme variação entre o conhecimento de cada médico geral. Muitos ficam com medo do mercado profissional por não saberem lidar com a própria falta de conhecimento (A escola de medicina também deveria preparar o aluno para isso). Os professores da medicina adoram usar um ridículo argumento para amedrontar os alunos e justificar a cobrança de informação inútil X que o aluno irá esquecer em 1 ano: "A, e se você estiver no meio do sertão sem nenhum outro médico por perto, sem nenhum aparelho, etc?" "Tem que saber o que dar para o paciente, pode acontecer". "tem que saber operar uma apendicite sem bisturi" (exagerando aqui).
« Última modificação: 14 de Agosto de 2014, 11:49:29 por parcus »
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Offline Osler

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #44 Online: 14 de Agosto de 2014, 12:25:11 »
A residência para médicos não funciona como um exame para ver se está habilitado a ser solto sobre a humanidade?

Qualquer médico recém formado pode trabalhar como médico, a residência não é obrigatória.  Além disso ele pode exercer qualquer ramo da medicina apenas com o seu diploma, não precisa ter título de especialista para exercer uma especialidade.  As Sociedades Médicas não tem poder normativo.
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline Osler

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #45 Online: 14 de Agosto de 2014, 12:30:05 »
A formação na faculdade (deveria ser) suficiente para exercer a Medicina Interna/Familia.  Assim todos os  formandos tem de ter um mínimo de conhecimento geral, que se não vão fazer aplicação direta servem sempre de maneira indireta.
Claro que o que é ou não formação "mínima" é arbitrário e acho que cada colega tem uma idéia um pouco diferente do que é o mínimo necessário para ser um médico
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline Osler

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #46 Online: 14 de Agosto de 2014, 12:31:57 »
(isso já ocorreu comigo, fui numa emergência, e o fdp do médico passou antibiótico, como não melhorei, fui a outro, que disse que era apenas uma virose, e que o antibiótico não tava servindo pra porra nenhuma.

Medicina é uma profissão de meio, não de fim, o fato de ter sido atendido e não ter melhorado não significa que o médico errou. 
Como foi dito acima muitas vezes é impossível clinicamente distinguir uma infecção viral duma bacteriana.
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline João da Ega

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #47 Online: 14 de Agosto de 2014, 12:54:27 »
Mas de volta ao tema, não, não existe o tal do "conhecimento básico" que todo mundo precisa saber, isso é uma criação arbitrária.

A formação na faculdade (deveria ser) suficiente para exercer a Medicina Interna/Familia.  Assim todos os  formandos tem de ter um mínimo de conhecimento geral, que se não vão fazer aplicação direta servem sempre de maneira indireta.
Claro que o que é ou não formação "mínima" é arbitrário e acho que cada colega tem uma idéia um pouco diferente do que é o mínimo necessário para ser um médico.

Há uma contradição entre os colegas médicos aí... quero crer que a maioria dos médicos pensa como o Osler.
Semelhante ao exemplo do "no meio do sertão, etc": Pessoa com parada cardíaca num avião. Primeira coisa que acho que devem perguntar é se tem algum médico na aeronave, e que se pode pressupor que este sabe qual procedimento tomar, mesmo não sendo um emergencista.

Obrigado por explicarem que não foi "erro médico". Mas que o cara foi um fdp, isso foi. Me queixei de dor de garganta e febre, ele nem olhou pra mim e rabiscou na receita um antibiótico. Do jeito que dizem que o uso de antibiótico pode gerar bactérias mais fortes, teria sido mais prudente ele pelo menos examinar a garganta.
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Offline Cumpadi

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Re:Programa Mais Advogados
« Resposta #48 Online: 14 de Agosto de 2014, 13:02:03 »

Há uma contradição entre os colegas médicos aí... quero crer que a maioria dos médicos pensa como o Osler.
Semelhante ao exemplo do "no meio do sertão, etc": Pessoa com parada cardíaca num avião. Primeira coisa que acho que devem perguntar é se tem algum médico na aeronave, e que se pode pressupor que este sabe qual procedimento tomar, mesmo não sendo um emergencista.

Obrigado por explicarem que não foi "erro médico". Mas que o cara foi um fdp, isso foi. Me queixei de dor de garganta e febre, ele nem olhou pra mim e rabiscou na receita um antibiótico. Do jeito que dizem que o uso de antibiótico pode gerar bactérias mais fortes, teria sido mais prudente ele pelo menos examinar a garganta.

Você fez primeiros socorros na auto-escola? Teoricamente todo motorista deve saber o que fazer em caso de uma parada cardíaca em um avião. Uma situação de estresse em que possivelmente o médico terá menos experiência com isso do que um bombeiro, um policial ou um salva vidas. Quem faz ressucitação cardio-respiratória é médico de UTI, um médico pode se formar sem ter feito uma sequer na vida e durante seu trabalho em um hospital nunca irá precisar fazer. E fora do hospital ele chamaria uma ambulância e fazer uma RCP meia boca como qualquer outro cidadão "deveria".

Quanto ao médico não examinar sua garganta, você tem todo o direito de julgar o médico pelo fator que seja. Para mim isso é mais um indício de que a regulação do estado não previne nada.
« Última modificação: 14 de Agosto de 2014, 13:16:20 por parcus »
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Offline DDV

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« Resposta #49 Online: 14 de Agosto de 2014, 14:38:30 »
Mas não há um conhecimento básico que todo formando em medicina deve saber, e que poderia ser avaliado?
Né possível que o sujeito não saiba diagnosticar que o paciente tá com uma virose, ao invés de uma infecção bacteriana.

(isso já ocorreu comigo, fui numa emergência, e o fdp do médico passou antibiótico, como não melhorei, fui a outro, que disse que era apenas uma virose, e que o antibiótico não tava servindo pra porra nenhuma.
O médico pode ter raciocinado da seguinte forma: pode ser uma virose ou uma infecção, na dúvida da o antibiótico pois se for uma virose ou uma infecção, o paciente vai se curar de qualquer forma. Muitas vezes não se tem certeza do diagnóstico quando se começa o tratamente, isso não é erro médico.

Ele poderia ter passado sintomáticos junto com o antibiótico, que serviria mesmo no caso de virose.
Citação de: parcus
Mas de volta ao tema, não, não existe o tal do "conhecimento básico" que todo mundo precisa saber, isso é uma criação arbitrária.

Eu discordo. Pelo menos o diagnóstico e manejo das principais síndromes, estabilização clínica em situações de emergência e principais doenças em nosso meio são essenciais e inescusáveis para todo e qualquer médico.

Mas concordo que há muita informação supérflua para um médico geral ocupando muito tempo na grade curricular. Deveriam focar e martelar o básico durante todo o curso, deixando as picuinhas para a especialização.

 
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