O título do tópico não informa o que quero por falta de espaço.
A pergunta é: as instituições brasileiras já são maduras o suficiente para evitar que "malucos" no poder consigam fazer muito estrago ou subvertê-las? Conseguiriam expelir um extremista do poder sem precisar recorrer a medidas extra-legais?
Para ilustrar a minha indagação: suponha que Luciana Genro seja eleita, obtenha ampla maioria no Congresso e no STF. Digamos que ela proponha uma lei desapropriando todos os grandes empresários e banqueiros e proibindo demissões sem a autorização do estado, que crie "tribunais populares" formados por membros da comunidade para sancionar ou vetar decisões judiciais, etc.
(Tais coisa não estão muito longe do que a retórica dela propõe).
Tendo maioria no Congresso, ela poderia emendar a constituição à vontade e ficaria livre de qualquer risco de impeachment. Tendo maioria no STF, as leis seriam todas consideradas "constitucionais" (incluindo as que violassem cláusulas pétreas) através de uma interpretação bem "criativa" da constituição, tal como foi feito no caso das cotas raciais e (para alguns) no caso do casamento gay. Também estaria imune a processos judiciais que poderiam afastá-la do cargo.
Se uma situação como essa ocorresse, o que poderia ser feito? Haveria algum meio dentro da legalidade e das instituições de afastá-la ou impedir os estragos, ou somente um "golpe" resolveria?