Autor Tópico: Dependência dos Sentidos  (Lida 400 vezes)

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Offline Feliperj

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Dependência dos Sentidos
« Online: 12 de Novembro de 2014, 23:28:26 »
Até que ponto será que nosso conhecimento depende dos nossos sentidos? Claro que essa pergunta não é nova, mas a estou fazendo, pois uma situação me veio a cabeça :

Conseguiríamos criar a teoria da gravitação universal se fossemos incapazes de sentir o ar, sua pressão? Como ficariam conceitos como inércia, nesse caso? Teríamos que supor campos invisiveis na terra, que explicassem a dificuldade de se ganhar mais velocidade, em função do que conhecemos como resistencia do ar? E se chegássemos no espaço (acho que seria muito imporvável, pois acho que teriamos dificuldade para calcular a velocidade de escape), mesmo assim. Teriamos que gerar mais ad hocs? Existe uma relação ad-hoc x ausencia de sentidos ?

Offline Gigaview

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Re:Dependência dos Sentidos
« Resposta #1 Online: 12 de Novembro de 2014, 23:43:45 »
Ué, não criamos teorias para o eletromagnetismo? Eletricidade? Etc?
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Feliperj

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Re:Dependência dos Sentidos
« Resposta #2 Online: 12 de Novembro de 2014, 23:46:38 »
Não é isso que estou pontuando, é a pergunta velha de como seria uma ciência desenvolvida, caso tivessemos menos sentidos que temos! Só que aplicada a gravidade.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Dependência dos Sentidos
« Resposta #3 Online: 13 de Novembro de 2014, 00:04:57 »
É muito difícil imaginar qualquer coisa mais "séria" nesse sentido antes de se ter especificamente definido qual seria o sentido faltando ou como diferiria.

E antes de "conhecimento" nesse lado científico, isso também teria toda uma série de implicações culturais, sem falar na problemática "evolutiva". Talvez para fins "práticos" (se é que se pode chamar assim) possa se assumir que uma espécie assim evoluiu ou foi criada, com capacidades cognitivas de outra forma iguais às humanas, sem no entanto se preocupar em explicar a própria evolução dessa inteligência em seres com menor apreensão do ambiente, e a ligação disso com a cultura e acúmulo do conhecimento.

Acho de qualquer forma que a maior parte dos fenômenos naturais não depende tanto de uma apreensão direta pelos sentidos mais apropriados, mas de acumular-se uma série de observações indiretas em diversos graus, e então eventualmente poder se ter uma noção do quadro geral.

Não acho que por exemplo, o entendimento/modelamento da gravidade dependa muito de "sentirmos o ar", provavelmente não deve nem ter sido um "gatilho" de uma curiosidade inicial.

Offline Sergiomgbr

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Re:Dependência dos Sentidos
« Resposta #4 Online: 13 de Novembro de 2014, 00:37:18 »
Eu não sei em que proporção a máquina humana são os sentidos, apesar de intuir que seria 100%. Acho que uma boa investigação deveria questionar que tipo de entidade real pode haver completamente desprovida de sentidos, e a partir dai se descobrir qual seria seu respectivo potenciai cognitivo a cada acréscimo de sentido, e se a ordem do acréscimo de sentidos muda o potencial cognitivo desde o início até o final.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Cientista

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Re:Dependência dos Sentidos
« Resposta #5 Online: 15 de Novembro de 2014, 20:39:45 »
Eu não sei em que proporção a máquina humana são os sentidos, apesar de intuir que seria 100%. Acho que uma boa investigação deveria questionar que tipo de entidade real pode haver completamente desprovida de sentidos, e a partir dai se descobrir qual seria seu respectivo potenciai cognitivo a cada acréscimo de sentido, e se a ordem do acréscimo de sentidos muda o potencial cognitivo desde o início até o final.
Mas a situação é feia, hein, meu caro!? É muito alicerce para lançar antes de qualquer tentativa de esclarecimento! Como o Cientista lançou tanto desse alicerce naquele tópico sobre a mente sem bullshits filosóficos, nem se verifica boa expectativa de que alguma quantidade de alicerce seja suficiente...

Jogue fora tua intuição, porque os "100%" já são furados. Há sensores, atuadores e processamentos. Nem tente empreender cálculos para os pesos percentuais de cada desses. Não interessa, não tem sentido. Linguagens são processos dinâmicos informacionais. Ocorrem em substratos físicos, por obrigatórios sensoreamentos. Não há tal coisa como "funcionamento sem sensores". Até um pistão descendo no cilindro está o fazendo por sentir a pressão do gás. É uma resposta a um estímulo. Cada elemento que compõe um processo físico linguístico, seja um componente sonoro minimamente identificável, pelo ouvido, nervo auditivo, cérebro... é estímulo, é sensoriado, é sentido. O que há de diferenciado em algumas máquinas são os processamentos entre entrada e saída.

Isso aí é tudo divagação misticista, da pobre de doer.

 

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