Já tive a impressão, e certamente muita gente aqui já teve, que as grandes empresas (as gigantes da economia) costumam se dar muito bem com governos altamente intervencionistas e reguladores do mercado, muitos deles com viés esquerdista, social-democrata ou mesmo socialista. A maior oposição a esse tipo de governo vem mais de setores "médios" do empresariado e da população do que dos "gigantes".
" Em outras palavras, o socialismo de guerra de [Woodrow] Wilson permitia aos capitães da indústria fazer o que sempre almejaram — conspirar contra seus competidores menores —, mas sempre foram impedidos devido às leis antitruste.
Não foi a troco de nada que Adam Smith escreveu que “pessoas do mesmo ofício raramente se encontram, mesmo em momentos de alegria e diversão, mas quando isso ocorre a conversa termina em conspiração contra o público ou em algum artifício para fazer subir os preços”. A visão romantizada da política coloca os Grandes Negócios como sinônimo de capitalismo e como arqui-inimigo do socialismo. Na verdade, os Grandes Negócios normalmente vão de encontro à maior parte dos fatores associados com o capitalismo: liberdade de comércio, liberdade de empresa, liberdade de mercado e estado de direito imparcial. Os Grandes Negócios buscam usar o Estado para angariar vantagens no comércio e esmagar os concorrentes menores (e muitas vezes mais inovadores).
Os Grandes Negócios adoravam o socialismo de guerra de Wilson, assim como interesses industriais obscuros apoiariam o nacional socialismo de Mussolini e Hitler. Se a Rússia tivesse uma grande economia industrial na época, provavelmente seus industriais teriam procurado um modo de se aproximar dos planejadores centrais, assim como os industriais da China hoje são os mais fervorosos apoiadores de um governo comunista autocrático unipartidário."
Kevin D Wiliamson