Autor Tópico: NYT: juros no Brasil fariam agiota americano sentir vergonha  (Lida 880 vezes)

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NYT: juros no Brasil fariam agiota americano sentir vergonha
« Online: 05 de Dezembro de 2014, 22:01:06 »
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/nyt-juros-no-brasil-fariam-agiota-americano-sentir-vergonha

Jornal destaca o lucro das lojas de penhores no país, citando taxas do cartão de crédito em mais de 240% ao ano

"Os juros praticados no Brasil fariam um agiota americano sentir vergonha." A afirmação foi feita pelo The New York Times (NYT), em reportagem publicada nesta semana. O jornal americano aborda os ganhos das lojas de penhores no Brasil, citando as taxas do cartão de crédito em mais de 240% ao ano e 100% cobrados por empréstimos bancários. Conforme o NYT, "o crescente sucesso das lojas de penhores é o mais recente sinal de que a orgia de endividamento dos consumidores do país pode estar chegando ao seu limite”.

Em um cenário de desaceleração econômica e de dificuldade para pagar contas, as lojas de penhores se apresentam como alternativas que crescem, na contramão de outras formas de crédito. A Caixa Econômica Federal, que detém o monopólio do serviço, planeja dobrar o número de agências que oferecem esse tipo de empréstimo até o final do ano que vem.

Segundo a reportagem, de junho de 2004 a junho de 2014, o crédito ao consumidor aumentou 658%, alcançando 297 bilhões de dólares, enquanto os empréstimos oferecidos por penhoras pela Caixa mais do que dobrou nos últimos quatro anos, atingindo 670 milhões de dólares.

O NYT explica que as lojas de penhores são usadas para quitar as dívidas do cartão de crédito, cobrir despesas imprevistas ou oferecer linhas de crédito mais baratas. A reportagem também remonta as origens do serviço, cujo monopólio por parte da Caixa veio do governo Getúlio Vargas. Para baixar os juros, o presidente aboliu as lojas de penhores particulares em 1934.
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Rhyan

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Re:NYT: juros no Brasil fariam agiota americano sentir vergonha
« Resposta #1 Online: 06 de Dezembro de 2014, 04:45:12 »
Não existe agiotagem, existe preço, e os juros são um preço. Se o preço é alto ou baixo quem vai dizer é o mercado, ou seja os consumidores e seu consumo. Reclamar de "agiotagem" é a mesma falácia de pedir por "preço justo".

O que estimula o endividamento é a política governamental inflacionista, consumista e sustentada por bancos estatais super alavancados. Fora a inflação e a cultura anti-poupança.

O fato de ser um monopólio da CEF pode explicar muitas coisas também. Custo do mercado negro.

Offline Partiti

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Re:NYT: juros no Brasil fariam agiota americano sentir vergonha
« Resposta #2 Online: 06 de Dezembro de 2014, 15:05:46 »
Não se esqueçam que muito do mercado financeiro no Brasil é financiado pelo "parcelado sem juros", o que no fundo encarece todos os produtos vendidos à vista e gera uma seleção adversa, deixando somente as pessoas que não conseguem financiar pelo cartão sem juros para usar as linhas de cartão, cheque especial e afins, e por natureza essas pessoas tem pior crédito que a média da população.
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Re:NYT: juros no Brasil fariam agiota americano sentir vergonha
« Resposta #3 Online: 07 de Dezembro de 2014, 17:15:25 »
Não existe agiotagem, existe preço, e os juros são um preço. Se o preço é alto ou baixo quem vai dizer é o mercado, ou seja os consumidores e seu consumo. Reclamar de "agiotagem" é a mesma falácia de pedir por "preço justo".

O que estimula o endividamento é a política governamental inflacionista, consumista e sustentada por bancos estatais super alavancados. Fora a inflação e a cultura anti-poupança.

O fato de ser um monopólio da CEF pode explicar muitas coisas também. Custo do mercado negro.

Nao entendi a relação da parte em negrito.
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

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Re:NYT: juros no Brasil fariam agiota americano sentir vergonha
« Resposta #4 Online: 07 de Dezembro de 2014, 19:37:37 »
Quanto mais um povo poupa, menores serão as taxas de juros desse país, porque os juros (quando não são manipulados) refletem a demanda e oferta de poupança. Demandar poupança é o investimento.

Irônico que o texto fale sobre crédito ao consumidor como se fosse algo bom, você empresta dinheiro para pessoa consumir, não tem sentido. A função do crédito é investimento. Esse é o problema de ter um sistema de crédito que não é baseado em poupança, os ciclos econômicos e a inflação de preços são as consequências disso.

Offline Partiti

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Re:NYT: juros no Brasil fariam agiota americano sentir vergonha
« Resposta #5 Online: 07 de Dezembro de 2014, 19:59:46 »
Não entendo o problema do crédito ao consumidor. Se uma pessoa quer consumir agora, não tem o total, mas tem crédito suficiente, ela pode pegar dinheiro a credito por uma taxa de juros. A função do crédito é receber um principal, seja em dinheiro ou bens, por pagamento futuro, não tem nenhum sentido especial por causa disso.

E todo sistema de crédito é baseado em "poupança", da onde você acha que o sistema bancário tira a maior parte do dinheiro que empresta?
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Re:NYT: juros no Brasil fariam agiota americano sentir vergonha
« Resposta #6 Online: 08 de Dezembro de 2014, 01:04:35 »
O crédito ao consumidor é o responsável pelo endividamento e pela falta de investimento. Nada contra as escolhas pessoais, mas isso tem um custo econômico.

O sistema de crédito atual não é baseado em poupança, o sistema bancário cria dinheiro do nada em cima do depósito compulsório.


Offline Partiti

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Re:NYT: juros no Brasil fariam agiota americano sentir vergonha
« Resposta #7 Online: 08 de Dezembro de 2014, 02:05:32 »
O crédito ao consumidor é o responsável pelo endividamento e pela falta de investimento. Nada contra as escolhas pessoais, mas isso tem um custo econômico.

Então o que devemos fazer, proibir o credito ao consumidor? E porque um país rico como os EUA possui um nivel de credito ao consumidor muito mais elevado que o Brasileiro?

Esse não é um mercado de soma zero, se houver demanda por credito para investimento ele existirá. O problema é de fato o custo desse crédito, mas isso tem muito mais a ver com o nível de risco observado, com a estrutura da maioria das instituições financeiras, com impostos, tarifas e regulações e com a propria elasticidade da demanda ao preço do crédito. A existencia do crédito ao consumidor pouco importa.

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O sistema de crédito atual não é baseado em poupança, o sistema bancário cria dinheiro do nada em cima do depósito compulsório.

Sério? Então é só eu criar mais dinheiro que eu bato a minha meta de final de ano?

Essa história de criar dinheiro do nada vem de uma confusão do fator multiplicativo que vêm do depósito compulsório. A quantidade de dinheiro de fato não aumenta, o que aumenta é a circulação do dinheiro. E esta, quando não constrita por depósitos compulsórios, segue a lei da oferta e demanda como qualquer outra mercadoria, e restringir isso não é muito diferente do que estabelecer quotas de fabricação de produtos.

Para qualquer empéstimo que um banco faz, ele tem que captar o dinheiro para entregar ao cliente. Os bancos em geral tem duas opções: ou eles pedem emprestado do mercado (outros bancos ou governos) ou eles usam dinheiro depositado de clientes. Em ambos os casos você tem um custo de capital embutido nesse dinheiro, que é o custo de imput da operação.

Se você tirar um balanço financeiro de todas as pessoas do mundo em um dado instante vai ver que o total de dinheiro devido é exatamente igual ao de dinheiro emprestado, e que nenhum dinheiro foi criado no banco. Mas se você tirar a soma do dinheiro em circulação num dia ou mês vai ver que sim, há mais dinheiro em circulação porque os bancos emprestaram mais. E eles emprestaram mais porque havia essa demanda pelo dinheiro. Ninguém aponta uma arma e obriga as pessoas ou empresas a tomarem empréstimos.

O unico jeito dos bancos não "criarem dinheiro" seria se o depósito compulsório fosse 100%. O que de fato mataria o sistema bancário eliminando a possibilidade de se fazer qualquer empréstimo a qualquer pessoa ou empresa, a não ser que o governo emprestasse para os bancos, só que aí você teria um depósito compulsório "liquido" inferior a 100% e "criação de dinheiro". Não preciso nem contar o tamanho da recessão que isto causaria, né?
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Re:NYT: juros no Brasil fariam agiota americano sentir vergonha
« Resposta #8 Online: 09 de Dezembro de 2014, 09:51:47 »
Então o que devemos fazer, proibir o credito ao consumidor? E porque um país rico como os EUA possui um nivel de credito ao consumidor muito mais elevado que o Brasileiro?

A solução é desestatizar o crédito, desregulamentar e acabar com o sistema de reservas fracionárias.

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Esse não é um mercado de soma zero, se houver demanda por credito para investimento ele existirá. O problema é de fato o custo desse crédito, mas isso tem muito mais a ver com o nível de risco observado, com a estrutura da maioria das instituições financeiras, com impostos, tarifas e regulações e com a propria elasticidade da demanda ao preço do crédito. A existencia do crédito ao consumidor pouco importa.

Considerando o total disponível para empréstimo, mais crédito ao consumidor é menor crédito para investimento.

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Sério? Então é só eu criar mais dinheiro que eu bato a minha meta de final de ano?

Você é dono de um banco?

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Essa história de criar dinheiro do nada vem de uma confusão do fator multiplicativo que vêm do depósito compulsório. A quantidade de dinheiro de fato não aumenta, o que aumenta é a circulação do dinheiro. E esta, quando não constrita por depósitos compulsórios, segue a lei da oferta e demanda como qualquer outra mercadoria, e restringir isso não é muito diferente do que estabelecer quotas de fabricação de produtos.

Para qualquer empéstimo que um banco faz, ele tem que captar o dinheiro para entregar ao cliente. Os bancos em geral tem duas opções: ou eles pedem emprestado do mercado (outros bancos ou governos) ou eles usam dinheiro depositado de clientes. Em ambos os casos você tem um custo de capital embutido nesse dinheiro, que é o custo de imput da operação.

Se você tirar um balanço financeiro de todas as pessoas do mundo em um dado instante vai ver que o total de dinheiro devido é exatamente igual ao de dinheiro emprestado, e que nenhum dinheiro foi criado no banco. Mas se você tirar a soma do dinheiro em circulação num dia ou mês vai ver que sim, há mais dinheiro em circulação porque os bancos emprestaram mais. E eles emprestaram mais porque havia essa demanda pelo dinheiro. Ninguém aponta uma arma e obriga as pessoas ou empresas a tomarem empréstimos.

O unico jeito dos bancos não "criarem dinheiro" seria se o depósito compulsório fosse 100%. O que de fato mataria o sistema bancário eliminando a possibilidade de se fazer qualquer empréstimo a qualquer pessoa ou empresa, a não ser que o governo emprestasse para os bancos, só que aí você teria um depósito compulsório "liquido" inferior a 100% e "criação de dinheiro". Não preciso nem contar o tamanho da recessão que isto causaria, né?

Não entendi o que você quis dizer.

O sistema funciona assim: você vai num banco e coloca $10.000 na sua conta corrente, ou seja, depósito a vista. Digamos que o compulsório seja de 10% (EUA se não me engano), então o banco cria dinheiro eletrônico do nada, $9.000 e empresta para um terceiro, você pode usar os seus $10.000 a qualquer momento isso não muda o fato que outro dinheiro foi criado e outra pessoa está usando. Como empréstimos são feitos para serem usados, esses $9.000 vão parar em um banco, o novo banco (ou o mesmo) cria em cima desse dinheiro mais $8.100, e assim por diante. Seus $10.000 se tornaram $100.000, $90.000 surgiu do além através de números em computadores.

Assim que se aumenta o agregado M1, assim que se cria inflação e ciclos econômicos.

O crédito deveria ser lastreado em poupança, não num meio fiduciário.

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Re:NYT: juros no Brasil fariam agiota americano sentir vergonha
« Resposta #9 Online: 09 de Dezembro de 2014, 10:04:44 »
Quando o banco central cria dinheiro também se cria do nada. É um belo poder que só o governo e o sistema bancário cartelizado e regulado pelo governo possuem.

Se os bancos operassem com 100% de reservas para depósitos à vista não existiria corrida bancária, insolvência nem necessidade de banco central.

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Re:NYT: juros no Brasil fariam agiota americano sentir vergonha
« Resposta #10 Online: 10 de Dezembro de 2014, 01:00:21 »
A solução é desestatizar o crédito, desregulamentar e acabar com o sistema de reservas fracionárias.

Então porque não existe um único país sequer na história que deixou de usar o sistema de reservas fracionárias? Porém concordo com o governo sair da grande maioria do mercado bancário, concordo com algumas regulamentações mas acho que elas são de fato excessivas e ultrapassadas.

Considerando o total disponível para empréstimo, mais crédito ao consumidor é menor crédito para investimento.

Não, não é. Você está caindo na falácia da soma zero. Se um banco tem como servir um mercado e os juros são atrativos dado o custo de capital, o mercado será atendido. Se falta dinheiro o banco busca mais, seja tomando mais empréstimos ou aumentando o rendimento de quem deposita lá para atrair mais depósitos. Simples lei da oferta e procura, os preços (no caso, juros), servem para sinalizar e levar o mercado ao equilíbrio no longo prazo.

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Sério? Então é só eu criar mais dinheiro que eu bato a minha meta de final de ano?

Você é dono de um banco?

Eu trabalhei durante toda a minha vida profissional (desde 2008) e ainda trabalho com gestão, concessão e análise de crédito ao consumidor, tanto no Brasil anteriormente quanto agora nos EUA. Se eu, ou qualquer um dos meus colegas ou superiores, pudesse apertar um botão, criar dinheiro e, consequentemente, empréstimos e lucro, apertaríamos sem pensar.

Ninguém obriga ninguém a tomar empréstimo nenhum. Você pode ter o tamanho de reservas que quiser, se não há demanda no mercado o banco não vai ter a quem emprestar. Esse é o maior problema dessa falácia da "criação de dinheiro", assume que não há um mercado livre de empréstimos.

Não entendi o que você quis dizer.

Leia de novo.

O sistema funciona assim: você vai num banco e coloca $10.000 na sua conta corrente, ou seja, depósito a vista. Digamos que o compulsório seja de 10% (EUA se não me engano), então o banco cria dinheiro eletrônico do nada, $9.000 e empresta para um terceiro, você pode usar os seus $10.000 a qualquer momento isso não muda o fato que outro dinheiro foi criado e outra pessoa está usando. Como empréstimos são feitos para serem usados, esses $9.000 vão parar em um banco, o novo banco (ou o mesmo) cria em cima desse dinheiro mais $8.100, e assim por diante. Seus $10.000 se tornaram $100.000, $90.000 surgiu do além através de números em computadores.

Primeiro, isso existe desde antes dos computadores. Segundo, se o primeiro cara tentar tirar os $10.000 do banco, e o banco só tiver $1.000, o que você acha que acontece?

Nesse caso, ele ou tenta captar mais dinheiro no mercado, seja por outros depósitos, ou pelo mercado interbancário, ou ele quebra. Se ele pudesse criar dinheiro, bastaria ele apertar um botão e imprimir/depositar os $10.000 pro primeiro cara, mas ele não pode, só o governo pode.

Assim que se aumenta o agregado M1, assim que se cria inflação e ciclos econômicos.

O crédito deveria ser lastreado em poupança, não num meio fiduciário.

Então na sua visão, os bancos deveriam ser tão somente uma caixa forte?

Vamos imaginar esse mercado então:

Com os bancos restritos a 100% de cobertura de reservas, a enorme maioria dos bancos iria drasticamente contraír o volume de empréstimos, o que iria obviamente aumentar drasticamente todas as taxas de juros, tendo em vista que o dinheiro é mais escasso.

Obviamente, a maioria dos bancos reduziria ou eliminaria os ganhos em depósitos, tendo em vista que eles não tem como emprestar esse dinheiro. Para haver algum mercado de empréstimos, os bancos (ou fundos) deveriam aplicar então 100% do dinheiro investido em fundos diretamente em empresas ou empreendimentos. Porém, para manter a cobertura, os bancos deveriam restringir a capacidade de sacar dinheiro destes fundos dos cotistas. Ou seja, se o fundo emprestar para uma empresa em um papel de 10 anos, nenhum cotista poderia retirar 100% do dinheiro antes de 10 anos.

Esse casamento de liquidez, captar um dinheiro barato e liquido e aplicar num mecrcado caro e iliquido, que é a principal função dos bancos no mercado. Sem ninguém para fazer essa função, o dinheiro captado tem que ser iliquido. Aí se você tiver uma emergência qualquer, se aparecer uma ótima oportunidade de negócios, ou um investimento imperdível, e tiver dinheiro preso nesses fundos, você não teria como sacar.
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Rhyan

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Re:NYT: juros no Brasil fariam agiota americano sentir vergonha
« Resposta #11 Online: 10 de Dezembro de 2014, 17:38:53 »
Então porque não existe um único país sequer na história que deixou de usar o sistema de reservas fracionárias? Porém concordo com o governo sair da grande maioria do mercado bancário, concordo com algumas regulamentações mas acho que elas são de fato excessivas e ultrapassadas.

Porque nenhum governo gostaria de abrir mão desse poder que o permite ter déficits.

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Não, não é. Você está caindo na falácia da soma zero. Se um banco tem como servir um mercado e os juros são atrativos dado o custo de capital, o mercado será atendido. Se falta dinheiro o banco busca mais, seja tomando mais empréstimos ou aumentando o rendimento de quem deposita lá para atrair mais depósitos. Simples lei da oferta e procura, os preços (no caso, juros), servem para sinalizar e levar o mercado ao equilíbrio no longo prazo.

Bom, num sistema inflacionário, isso é possível sim, mas com um custo, o aumento dos preços. Num sistema com oferta monetária estável, não.

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Então na sua visão, os bancos deveriam ser tão somente uma caixa forte?

Para depósito à vista, sim. Para investimentos óbvio que não. O crédito teria lastro em poupança sempre.


Vou recomendar alguns artigos para você entender melhor minha posição:

A esquisitice do sistema bancário de reservas fracionárias
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=705

Propostas para uma reforma bancária completa e estabilizadora
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1553

Como funcionaria o padrão-ouro puro (parte 1)
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=687

Como funcionaria o padrão-ouro puro (parte 2)
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=710

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Re:NYT: juros no Brasil fariam agiota americano sentir vergonha
« Resposta #12 Online: 14 de Dezembro de 2014, 20:01:34 »
Desculpe o atraso, eu queria dar uma resposta mais bem pensada.

Então porque não existe um único país sequer na história que deixou de usar o sistema de reservas fracionárias? Porém concordo com o governo sair da grande maioria do mercado bancário, concordo com algumas regulamentações mas acho que elas são de fato excessivas e ultrapassadas.

Porque nenhum governo gostaria de abrir mão desse poder que o permite ter déficits.

Como assim? Mesmo sem reservas fracionárias e num padrão metálico qualquer governo pode ter déficit. Só arranjar alguém disposto a emprestar dinheiro para o governo.

Você realmente acredita que os governos só passaram a ter déficits a partir do surgimento dos bancos? :roll:

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Não, não é. Você está caindo na falácia da soma zero. Se um banco tem como servir um mercado e os juros são atrativos dado o custo de capital, o mercado será atendido. Se falta dinheiro o banco busca mais, seja tomando mais empréstimos ou aumentando o rendimento de quem deposita lá para atrair mais depósitos. Simples lei da oferta e procura, os preços (no caso, juros), servem para sinalizar e levar o mercado ao equilíbrio no longo prazo.

Bom, num sistema inflacionário, isso é possível sim, mas com um custo, o aumento dos preços. Num sistema com oferta monetária estável, não.

Inflação tem nada a ver com isso. Mesmo num sistema vinculado a um padrão metálico, a oferta e procura de capital que regula a quantidade disponível e preço (juros) do mesmo. Se mais gente quer dinheiro emprestado, seja para investir ou não, o preço (juros) do dinheiro sobe. Se menos gente quer, o preço (juros) cai. Oferta e procura.

Acho muito estranho essa demonização da inflação. Inflação demais é ruim, mas só tem uma coisa pior que isso: deflação. Na deflação ninguém que pode faria alguma compra no dia de hoje; é mais vantajoso esperar para comprar amanhã. Isso só faz com que as empresas tenham menos receitas, tendo que diminuir a produção e gerando recessão, o que joga os preços mais para baixo ainda, gerando mais incentivos para as pessoas adiarem as compras e mais recessão. Por isso todos os economistas sérios recomendam um pouco de inflação (bem menos que a que existe no Brasil, a propósito), para previnir cenários como esse.

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Então na sua visão, os bancos deveriam ser tão somente uma caixa forte?

Para depósito à vista, sim. Para investimentos óbvio que não. O crédito teria lastro em poupança sempre.

Você não acha isso contraditório? Eu acho isso uma das maiores contradições dos "libertários": exigir 100% de reservas para os bancos é uma das maiores interferências que um governo pode fazer em qualquer setor, não muito diferente das "quotas de produção" que vemos em sistemas socialistas. Por que não deixar o mercado regular a oferta e o preço de dinheiro?

Vou recomendar alguns artigos para você entender melhor minha posição:

Eu sinceramente preferiria que você explicasse com as suas próprias palavras, assim como não gosto de ficar lendo texto de sites tendenciosos criacionistas ou cheios de teorias da conspiração. Mas vou ser bonzinho, só dessa vez:

A esquisitice do sistema bancário de reservas fracionárias
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=705

Absurdo este artigo. O segundo cenário que ele cita simplesmente não acontece. Se um banco fica com caixa negativo no final do dia ele quebra, simples assim. Por isso que existe o mercado interbancário, pra cobrir os bancos que emprestaram mais do que receberam. Este dinheiro é de longe um dos dinheiros mais caros que um banco pode coletar, por isso eles evitam isto o máximo possível, sem contar no risco de reputação que um banco que vive caindo no interbancário sofre.

Foi isso que quebrou o Lehman Brothers e tantos outros na crise, eles ficaram com caixa negativo e ninguém quis emprestar dinheiro para eles. Se fosse fácil criar dinheiro bastaria um banco em dificuldades criar dinheiro do nada e fechar a conta.

Propostas para uma reforma bancária completa e estabilizadora
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1553

Sério, eu acho que essa demonização de dívidas e juros é algum ranço contra a "usura", ou com os bancos gnhando dinheiro "do nada". Basta entender um pouco de gestão de riscos para acabar com essa noção. Continuo a recomendar um estágio de uns 6 meses numa tesouraria qualquer para essa galera desses artigos, vai fazer bem.

Um coisa que acho bastante estranha em todas essas "propostas": ninguém considera que uma contração da disponibilidade de capital no mercado terá algum efeito nocivo. Pela simples lei da oferta e procura, isso jogaria os juros para a lua, restringiria e em muito a liquidez dos mercados, tornaria investimentos bem menos atrativos e geraria uma recessão brutal.

Como funcionaria o padrão-ouro puro (parte 1)
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=687

Como funcionaria o padrão-ouro puro (parte 2)
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=710

E aqui vamos ao tão famoso padrão-ouro. Eu acho muito conveniente que nestes artigos os problemas todos que ocorreram no padrão ouro, entre eles a maior recessão da história da humanidade, mas não esquecendo das recessões que ocorriam a cada 10 anos antes disso, são culpa das "reservas fracionárias"... :roll:

Também acho muito estranho que "libertários" sejam tão adeptos de tamanha restrição brutal à oferta e circulação de capitais, indo contra a livre oferta e demanda de capitais. Cade a liberdade disso?

O que o padrão ouro relamente traz é uma estabilização de preços (à custa de recessões), um limite à inflações e em teoria uma cotação de diferentes moedas estável. Ele é ótimo para quem tem dinheiro para emprestar e péssimo para quem precisa de capital para investir e/ou empreender. Sem contar que ele é ineerentemente instável, dado que todos os países teriam que combinar para respeitar as regras, o que nunca deu muito certo por motivos obvios... :roll: Além disso, a oferta de dinheiro não seria vinculada à demanda, mais sim tão somente à produção de ouro, o que não tem necessariamente nenhuma correlação com a demanda por capital.

Mas mesmo assim, apesar de extremamente anacrônico, recessivo e não-ortodoxo, um retorno ao padrão ouro tem alguma correspondência com a realidade. Já exigir 100% de reservas é algo sem igual na história da humanidade, talvez lá na idade média ou antes disso tenha tido algo parecido, mas não acho que esses sejam bons exemplos de prosperidade humana... :roll:

A propósito, você sabe qual é a taxa de compulsório no Brasil? Ela é 45%. Seria então o mercado bancário brasileiro um exemplo de prosperidade para o mundo, estimuldador de crescimento de longo prazo ou algo do tipo? :roll: (Nos EUA ela é menos de 10%)
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Re:NYT: juros no Brasil fariam agiota americano sentir vergonha
« Resposta #13 Online: 14 de Dezembro de 2014, 20:11:51 »
[...]
Acho muito estranho essa demonização da inflação. Inflação demais é ruim, mas só tem uma coisa pior que isso: deflação. Na deflação ninguém que pode faria alguma compra no dia de hoje; é mais vantajoso esperar para comprar amanhã. Isso só faz com que as empresas tenham menos receitas, tendo que diminuir a produção e gerando recessão, o que joga os preços mais para baixo ainda, gerando mais incentivos para as pessoas adiarem as compras e mais recessão. Por isso todos os economistas sérios recomendam um pouco de inflação (bem menos que a que existe no Brasil, a propósito), para previnir cenários como esse.
[...]

Caro Partiti

Eu não conheço nenhuma obra de algum economista "sério" que recomende um pouco de inflação. Ao que vi, todos eles afirmam que a economia deve tolerar um pouco de inflação (1% a 1,5% ao ano) na expectativa de que o conjunto da economia absorva-a.
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Re:NYT: juros no Brasil fariam agiota americano sentir vergonha
« Resposta #14 Online: 14 de Dezembro de 2014, 20:47:26 »
E o que seria 1.5% senão inflação? Era exatamente isso que eu tinha em mente, não conheço ninguém que ache que deflação seja bom.
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Re:NYT: juros no Brasil fariam agiota americano sentir vergonha
« Resposta #15 Online: 15 de Dezembro de 2014, 00:12:48 »
E o que seria 1.5% senão inflação? Era exatamente isso que eu tinha em mente, não conheço ninguém que ache que deflação seja bom.

Sim, eu sei que é inflação.

O que eu salientei é que os economistas "não recomendam" uma inflação (mesmo que baixa) e sim que ela deve ser, no máximo, tolerada.
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Re:NYT: juros no Brasil fariam agiota americano sentir vergonha
« Resposta #16 Online: 15 de Dezembro de 2014, 01:57:11 »
Sim, ela é melhor que a alternativa, no caso deflação.

Só os mais heterodoxos acreditam que inflação gera crescimento, o que é uma bobagem sem tamanho.
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Rhyan

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Re:NYT: juros no Brasil fariam agiota americano sentir vergonha
« Resposta #17 Online: 15 de Dezembro de 2014, 05:58:53 »
Como assim? Mesmo sem reservas fracionárias e num padrão metálico qualquer governo pode ter déficit. Só arranjar alguém disposto a emprestar dinheiro para o governo.


Você realmente acredita que os governos só passaram a ter déficits a partir do surgimento dos bancos? :roll:

Déficits significam mais dívidas, mais recursos poupados. Criar dívidas públicas faz as taxas de juros irem lá pra cima, se não houver uma compensação monetária (entenda: inflação monetário ou falsificação) os juros seriam extremamente altos e punitivos.

O economista Leandro Roque fala que culpar o ministro da fazenda pelos déficits é um erro, quem deve ser culpado é o presidente do BC que permite tal descontrole das contas públicas.

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Inflação tem nada a ver com isso. Mesmo num sistema vinculado a um padrão metálico, a oferta e procura de capital que regula a quantidade disponível e preço (juros) do mesmo. Se mais gente quer dinheiro emprestado, seja para investir ou não, o preço (juros) do dinheiro sobe. Se menos gente quer, o preço (juros) cai. Oferta e procura.

Acho muito estranho essa demonização da inflação. Inflação demais é ruim, mas só tem uma coisa pior que isso: deflação. Na deflação ninguém que pode faria alguma compra no dia de hoje; é mais vantajoso esperar para comprar amanhã. Isso só faz com que as empresas tenham menos receitas, tendo que diminuir a produção e gerando recessão, o que joga os preços mais para baixo ainda, gerando mais incentivos para as pessoas adiarem as compras e mais recessão. Por isso todos os economistas sérios recomendam um pouco de inflação (bem menos que a que existe no Brasil, a propósito), para previnir cenários como esse.

Sua visão sobre a deflação está errada, se a deflação fosse ruim o setor de tecnologia seria um caos. Achar que as pessoas não fariam comprar é maluquice, como se todos fossem passar fome, como se as pessoas preferissem um bem futuro à um bem presente.

Sugiro essas leituras:

Deflação: os maiores mitos
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=163

Deflação pode ser uma coisa boa?
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1011

Notícias deflacionárias (e interessantíssimas) sobre o Japão
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=894

Choque e espanto na Europa: países com deflação de preços são os que mais crescem
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1986

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Você não acha isso contraditório? Eu acho isso uma das maiores contradições dos "libertários": exigir 100% de reservas para os bancos é uma das maiores interferências que um governo pode fazer em qualquer setor, não muito diferente das "quotas de produção" que vemos em sistemas socialistas. Por que não deixar o mercado regular a oferta e o preço de dinheiro?

Não se você ver o sistema como fraudulento. Mas isso não é consenso entre libertário, existe a turma do free banking com influencia do FA Hayek e seu livro Desestatização do Dinheiro.

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Eu sinceramente preferiria que você explicasse com as suas próprias palavras, assim como não gosto de ficar lendo texto de sites tendenciosos criacionistas ou cheios de teorias da conspiração. Mas vou ser bonzinho, só dessa vez:

Onde já se viu ler economistas para entender assuntos econômicos, que absurdo. Eu não tenho nem 1% do conhecimento nem da capacidade de comunicação que os grandes nomes da Escola Austríaca de Economia.

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Absurdo este artigo. O segundo cenário que ele cita simplesmente não acontece. Se um banco fica com caixa negativo no final do dia ele quebra, simples assim. Por isso que existe o mercado interbancário, pra cobrir os bancos que emprestaram mais do que receberam. Este dinheiro é de longe um dos dinheiros mais caros que um banco pode coletar, por isso eles evitam isto o máximo possível, sem contar no risco de reputação que um banco que vive caindo no interbancário sofre.

Foi isso que quebrou o Lehman Brothers e tantos outros na crise, eles ficaram com caixa negativo e ninguém quis emprestar dinheiro para eles. Se fosse fácil criar dinheiro bastaria um banco em dificuldades criar dinheiro do nada e fechar a conta.

Num ambiente em que o emprestador de última instância garante que não terá falências, essa será a consequência do risco moral, hiperinflação.

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Sério, eu acho que essa demonização de dívidas e juros é algum ranço contra a "usura", ou com os bancos gnhando dinheiro "do nada". Basta entender um pouco de gestão de riscos para acabar com essa noção. Continuo a recomendar um estágio de uns 6 meses numa tesouraria qualquer para essa galera desses artigos, vai fazer bem.

Um coisa que acho bastante estranha em todas essas "propostas": ninguém considera que uma contração da disponibilidade de capital no mercado terá algum efeito nocivo. Pela simples lei da oferta e procura, isso jogaria os juros para a lua, restringiria e em muito a liquidez dos mercados, tornaria investimentos bem menos atrativos e geraria uma recessão brutal.

Não sei se você entendeu, essa solução é para acabar com os ciclos econômicos e a inflação. A consequência será a menor liquidez, mas a teoria monetária de Mises diz que a quantidade de dinheiro não importa desde não aumente bruscamente. A deflação fará os ajustes.

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E aqui vamos ao tão famoso padrão-ouro. Eu acho muito conveniente que nestes artigos os problemas todos que ocorreram no padrão ouro, entre eles a maior recessão da história da humanidade, mas não esquecendo das recessões que ocorriam a cada 10 anos antes disso, são culpa das "reservas fracionárias"... :roll:

Também acho muito estranho que "libertários" sejam tão adeptos de tamanha restrição brutal à oferta e circulação de capitais, indo contra a livre oferta e demanda de capitais. Cade a liberdade disso?

Não sei porque você acha que criar dinheiro do nada é legítimo e livre mercadista.

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O que o padrão ouro relamente traz é uma estabilização de preços (à custa de recessões), um limite à inflações e em teoria uma cotação de diferentes moedas estável. Ele é ótimo para quem tem dinheiro para emprestar e péssimo para quem precisa de capital para investir e/ou empreender. Sem contar que ele é ineerentemente instável, dado que todos os países teriam que combinar para respeitar as regras, o que nunca deu muito certo por motivos obvios... :roll: Além disso, a oferta de dinheiro não seria vinculada à demanda, mais sim tão somente à produção de ouro, o que não tem necessariamente nenhuma correlação com a demanda por capital.

Instável porque os câmbios estavam desajustados por causa do sistema de reservas fracionárias. Mas vc disse que é bobagem culpar o sistema de reservas fracionárias, rs. Também eram instáveis pelas fraudes, proibições de trocas e até proibições de ter ouro.

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Mas mesmo assim, apesar de extremamente anacrônico, recessivo e não-ortodoxo, um retorno ao padrão ouro tem alguma correspondência com a realidade. Já exigir 100% de reservas é algo sem igual na história da humanidade, talvez lá na idade média ou antes disso tenha tido algo parecido, mas não acho que esses sejam bons exemplos de prosperidade humana... :roll:

A propósito, você sabe qual é a taxa de compulsório no Brasil? Ela é 45%. Seria então o mercado bancário brasileiro um exemplo de prosperidade para o mundo, estimuldador de crescimento de longo prazo ou algo do tipo? :roll: (Nos EUA ela é menos de 10%)

Bancos que operam com baixas taxas de compulsório tendem a ser mais prudentes. O problema do Brasil é a alavancagem dos bancos públicos que deveriam ser privatizados urgentemente.

Não ache que o sistema monetário atual é algo tão permanente assim, só existe há 43 anos.

Rhyan

  • Visitante
Re:NYT: juros no Brasil fariam agiota americano sentir vergonha
« Resposta #18 Online: 15 de Dezembro de 2014, 05:59:29 »
E o que seria 1.5% senão inflação? Era exatamente isso que eu tinha em mente, não conheço ninguém que ache que deflação seja bom.

Really?

 

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