Autor Tópico: Lucy  (Lida 1094 vezes)

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Offline Brienne of Tarth

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Lucy
« Online: 14 de Janeiro de 2015, 09:11:49 »
Assisti o tal filme com a poderosa Scarlett.

Excelentes efeitos, interpretações fantásticas (amo o Freeman), uma ideia aparentemente plausível; mas depois de me emocionar até as lágrimas com o flashback até a célula primordial, fiquei chocada com a alusão à transformação da protagonista em uma espécie de "deusa": I AM EVERYWERE".

Essa de dizer que usamos apenas 10% da capacidade cerebral é balela, como provam a evolução, os exames de dano cerebral, as imagens do cérebro quando de seu ativamento e a localização de funções, porém a maioria ainda crê que é um fato.

Mas pergunto se uma consciência tão ampla de si mesmo e do que se passa ao redor não seria a ideia de deus que pessoas como o Criaturo defendem.

No meu ver, essa hiperconsciência se assemelha muito com a imanência, mas não sei como seria isso, nem posso imaginar, seriam tantos estímulos que seria possível existir? Como indivíduo?

GNOSE

Offline Dr. Manhattan

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Re:Lucy
« Resposta #1 Online: 14 de Janeiro de 2015, 09:25:09 »
Primeiro você tem que definir consciência. :)

E note que ter experiências sensoriais "amplificadas" não necessariamente implicaria maior insight ou sensibilidade ou seja lá quais forem os atributos da personagem. Tem um relato interessante no livro (que nunca deixo de recomendar a qualquer um) "O homem que confundiu sua mulher com um chapéu", de Oliver Sacks, em que uma pessoa, após o uso de drogas relatou um estado persistente de hipersensibilidade olfativa e visual: ele alegou conseguir discernir quem estava em uma sala antes de entrar pelo cheiro da pessoa, distinguir uma variedade maior de tonalidades de cores e ver detalhes que passavam desapercebidos a outros. O efeito foi temporário, mas segundo o sujeito, foi acompanhado de uma espécie de enfraquecimento da sua autoconsciência (se lembro bem, não tenho o livro aqui perto). Acho que o título do relato foi "Vida de cão", por causa do olfato aguçado do sujeito.
You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

Alan Watts

Offline John_Thompson

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Re:Lucy
« Resposta #2 Online: 18 de Janeiro de 2015, 17:09:34 »
O filme "Lucy" é baseado no conceito do "Idealismo" . O filme deixa perceptivel que o 100% da capacidade cerebral não pode ser atingido apenas com o cérebro limitado e primitivo de lucy,necessitando que todos as particulas do universo se tornem "neurônios" da mente dela para ela atingir o estado divino dos 100% . Álem do idealismo,há muitos conceitos esotéricos sutilmente adicionados neste filme .


Offline Fernando Silva

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Re:Lucy
« Resposta #3 Online: 23 de Janeiro de 2015, 10:18:51 »
Essa de dizer que usamos apenas 10% da capacidade cerebral é balela, como provam a evolução, os exames de dano cerebral, as imagens do cérebro quando de seu ativamento e a localização de funções, porém a maioria ainda crê que é um fato.
Usamos 100% do cérebro, apenas não temos acesso consciente a talvez mais que 10%.

A observação em tempo real da atividade do cérebro mostra que as decisões são tomadas e só depois tomamos consciência delas. O que temos, nesse momento, é poder de veto.

Além disto, o que é "100% do cérebro"? Temos um número mais ou menos fixo de neurônios, mas as sinapses entre eles, que armazenam a informação, são continuamente criadas ou destruídas.
« Última modificação: 23 de Janeiro de 2015, 10:22:21 por Fernando Silva »

Offline Brienne of Tarth

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Re:Lucy
« Resposta #4 Online: 23 de Janeiro de 2015, 10:34:40 »
O que temos, nesse momento, é poder de veto.

Excelente observação.  :ok:
GNOSE

Offline Sergiomgbr

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Re:Lucy
« Resposta #5 Online: 23 de Janeiro de 2015, 12:23:13 »
Essa de dizer que usamos apenas 10% da capacidade cerebral é balela, como provam a evolução, os exames de dano cerebral, as imagens do cérebro quando de seu ativamento e a localização de funções, porém a maioria ainda crê que é um fato.
Usamos 100% do cérebro, apenas não temos acesso consciente a talvez mais que 10%.

A observação em tempo real da atividade do cérebro mostra que as decisões são tomadas e só depois tomamos consciência delas. O que temos, nesse momento, é poder de veto.

Além disto, o que é "100% do cérebro"? Temos um número mais ou menos fixo de neurônios, mas as sinapses entre eles, que armazenam a informação, são continuamente criadas ou destruídas.
Talvez usar 10% do cérebro diga respeito à intensidade, tal qual se usa uma lâmpada. Quando está acesa, uma lâmpada está sendo 100% usada, mas sua intensidade pode ser regulada por um dime,  para fique restrita a uma porcentagem de sua potência máxima de iluminação. O cérebro, semelhante a uma lâmpada com dime pode estar programado para ser usado com intensidades variáveis, e o que se fala quando se alude a estar usando 10% do cérebro pode dizer respeito portanto à intensidade.
« Última modificação: 23 de Janeiro de 2015, 12:44:21 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Brienne of Tarth

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Re:Lucy
« Resposta #6 Online: 23 de Janeiro de 2015, 12:30:22 »
Interessante sua comparação, pois existem diferenças entre um cérebro robusto e outro carente, entendido aqui como diferenças durante sua formação, como alimentação adequada da mãe, etc. 

Eu não posso colocar isso como fator definitivo, mas demonstra ser importante com relação à capacidade cognitiva...
GNOSE

Offline Sergiomgbr

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Re:Lucy
« Resposta #7 Online: 23 de Janeiro de 2015, 12:52:00 »
Interessante sua comparação, pois existem diferenças entre um cérebro robusto e outro carente, entendido aqui como diferenças durante sua formação, como alimentação adequada da mãe, etc. 

Eu não posso colocar isso como fator definitivo, mas demonstra ser importante com relação à capacidade cognitiva...
Eu acho que pode, sim. Ainda será inconclusivo, eu sei. Ou será incompleto? Questão godélica...
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Fernando Silva

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Re:Lucy
« Resposta #8 Online: 24 de Janeiro de 2015, 09:02:30 »
Pessoas com deficiências numa área são gênios em outras, como os autistas.
Dá a impressão de que, para ser gênio, é preciso roubar recursos de outras áreas e que pessoas normais são as que distribuem melhor esses recursos escassos.

Offline Gigaview

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Re:Lucy
« Resposta #9 Online: 24 de Janeiro de 2015, 09:34:01 »
Essa de dizer que usamos apenas 10% da capacidade cerebral é balela, como provam a evolução, os exames de dano cerebral, as imagens do cérebro quando de seu ativamento e a localização de funções, porém a maioria ainda crê que é um fato.
Usamos 100% do cérebro, apenas não temos acesso consciente a talvez mais que 10%.

A observação em tempo real da atividade do cérebro mostra que as decisões são tomadas e só depois tomamos consciência delas. O que temos, nesse momento, é poder de veto.

Além disto, o que é "100% do cérebro"? Temos um número mais ou menos fixo de neurônios, mas as sinapses entre eles, que armazenam a informação, são continuamente criadas ou destruídas.
Talvez usar 10% do cérebro diga respeito à intensidade, tal qual se usa uma lâmpada. Quando está acesa, uma lâmpada está sendo 100% usada, mas sua intensidade pode ser regulada por um dime,  para fique restrita a uma porcentagem de sua potência máxima de iluminação. O cérebro, semelhante a uma lâmpada com dime pode estar programado para ser usado com intensidades variáveis, e o que se fala quando se alude a estar usando 10% do cérebro pode dizer respeito portanto à intensidade.

Como se pode falar em 10% de um todo desconhecido?
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Rhyan

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Re:Lucy
« Resposta #10 Online: 24 de Janeiro de 2015, 14:38:10 »
Brienne, Lucy é uma mistura entre o filme Sem Limites e Transcendente. Alias, os dois são melhores. Recomendo.

Offline Sergiomgbr

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Re:Lucy
« Resposta #11 Online: 24 de Janeiro de 2015, 15:08:43 »
Essa de dizer que usamos apenas 10% da capacidade cerebral é balela, como provam a evolução, os exames de dano cerebral, as imagens do cérebro quando de seu ativamento e a localização de funções, porém a maioria ainda crê que é um fato.
Usamos 100% do cérebro, apenas não temos acesso consciente a talvez mais que 10%.

A observação em tempo real da atividade do cérebro mostra que as decisões são tomadas e só depois tomamos consciência delas. O que temos, nesse momento, é poder de veto.

Além disto, o que é "100% do cérebro"? Temos um número mais ou menos fixo de neurônios, mas as sinapses entre eles, que armazenam a informação, são continuamente criadas ou destruídas.
Talvez usar 10% do cérebro diga respeito à intensidade, tal qual se usa uma lâmpada. Quando está acesa, uma lâmpada está sendo 100% usada, mas sua intensidade pode ser regulada por um dime,  para fique restrita a uma porcentagem de sua potência máxima de iluminação. O cérebro, semelhante a uma lâmpada com dime pode estar programado para ser usado com intensidades variáveis, e o que se fala quando se alude a estar usando 10% do cérebro pode dizer respeito portanto à intensidade.

Como se pode falar em 10% de um todo desconhecido?
Fala-se em 10 % do que se sabe.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Brienne of Tarth

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Re:Lucy
« Resposta #12 Online: 24 de Janeiro de 2015, 18:16:43 »
Pessoas com deficiências numa área são gênios em outras, como os autistas.Dá a impressão de que, para ser gênio, é preciso roubar recursos de outras áreas e que pessoas normais são as que distribuem melhor esses recursos escassos.

Eu não quis dizer isso, mas boa alimentação e condições básicas de saneamento e acesso à água tratada são, sim, fatores auxiliares na boa formação física, mas supor que automaticamente daí sairão gênios não é lógico.
GNOSE

Offline Brienne of Tarth

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Re:Lucy
« Resposta #13 Online: 24 de Janeiro de 2015, 18:18:11 »
Brienne, Lucy é uma mistura entre o filme Sem Limites e Transcendente. Alias, os dois são melhores. Recomendo.

 :ok:
GNOSE

Offline Sergiomgbr

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Re:Lucy
« Resposta #14 Online: 24 de Janeiro de 2015, 19:32:39 »
Essa de dizer que usamos apenas 10% da capacidade cerebral é balela, como provam a evolução, os exames de dano cerebral, as imagens do cérebro quando de seu ativamento e a localização de funções, porém a maioria ainda crê que é um fato.
Usamos 100% do cérebro, apenas não temos acesso consciente a talvez mais que 10%.

A observação em tempo real da atividade do cérebro mostra que as decisões são tomadas e só depois tomamos consciência delas. O que temos, nesse momento, é poder de veto.

Além disto, o que é "100% do cérebro"? Temos um número mais ou menos fixo de neurônios, mas as sinapses entre eles, que armazenam a informação, são continuamente criadas ou destruídas.
Talvez usar 10% do cérebro diga respeito à intensidade, tal qual se usa uma lâmpada. Quando está acesa, uma lâmpada está sendo 100% usada, mas sua intensidade pode ser regulada por um dime,  para fique restrita a uma porcentagem de sua potência máxima de iluminação. O cérebro, semelhante a uma lâmpada com dime pode estar programado para ser usado com intensidades variáveis, e o que se fala quando se alude a estar usando 10% do cérebro pode dizer respeito portanto à intensidade.

Como se pode falar em 10% de um todo desconhecido?
Fala-se em 10 % do que se sabe.
Evidentemente a ideia de uma porcentagem é menos simplista que o valor da porcentagem.
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Offline Sergiomgbr

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Re:Lucy
« Resposta #15 Online: 24 de Janeiro de 2015, 19:33:29 »
Post repetido.
« Última modificação: 24 de Janeiro de 2015, 19:39:48 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

 

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