Tópico: Nascer pobre ou morrer - qual o preferível?

[DDV]

?

[Skorpios]

Não entendi. Você quis dizer:Nascer pobre ou morrer pobre?

[Sergiomgbr]

Ninguém joga sementes entre rochas e onde não chove, então não creio que alguém vá querer o mesmo pra si. Ninguém também desperdiçaria sementes, então, nenhuma das duas opções, caso seja possível essa resposta, mas caso não, em se tratando de uma escolha utilitarista, a menos estapafúrdia seria nascer pobre.

Mas pelo visto o Skorpios levantou uma questão pertinente: nascer pobre ou morrer pobre, nesse caso, parece razoável apostar que já que se nasce com um propósito mínimo de evoluir positivamente na vida, obviamente escolher nascer pobre é a única alternativa, já que não há uma terceira via de nascer rico e morrer rico.

[Moro]

depende o que é pobre. Se for aqueles que morrem de fone na etiopia preferiria morrer. Mas isso analisando pelo meu padrão de comportamento. As pessoas costumam arrumar energia sei lá de onde, principalmente se não têm uma referência melhor do que aquela.

[DDV]

É preferível nascer em uma família pobre, talvez com mãe solteira e família desestruturada, nascer indesejado (mesmo que em família não-pobre), ou morrer/não existir?

Eu escolheria a vida/existência, caso ela estivesse em minhas mãos.

[Moro]

Como vivem essas pessoas? Conseguem ser felizes?

Eu nasci em uma familia desestruturada emocionalmente, hiper religiosa e em minha infância convivia pouco com meus pais, professores em 3 turnos, e quando os via apenas mais parecia a casa da mãe joana.

Nada nem remotamente parecido a esse cenário traçado por você, imagino, ou apenas levemente semelhante.

Mas realmente não tenho idéia. Minha empregada é feliz, sempre rindo. Minha anterior era claramente uma pessoa triste.

Não queria viver uma vida toda triste.

[DDV]

Como vivem essas pessoas? Conseguem ser felizes?

Eu nasci em uma familia desestruturada emocionalmente, hiper religiosa e em minha infância convivia pouco com meus pais, professores em 3 turnos, e quando os via apenas mais parecia a casa da mãe joana.

Nada nem remotamente parecido a esse cenário traçado por você, imagino, ou apenas levemente semelhante.

Mas realmente não tenho idéia. Minha empregada é feliz, sempre rindo. Minha anterior era claramente uma pessoa triste.

Não queria viver uma vida toda triste.

Mas a pergunta só se refere a uma situação ao nascimento. Nada diz sobre o futuro.

[Moro]

queria viver e apostar, claro.

[Moro]

Quanto ganha um professor? Nasci filho de dois professores,  isso quer dizer que devo ter nascido classe média baixa?

Acho que professores ganhavam mais há 40 anos..

[Sergiomgbr]

É preferível nascer em uma família pobre, talvez com mãe solteira e família desestruturada, nascer indesejado (mesmo que em família não-pobre), ou morrer/não existir?

Eu escolheria a vida/existência, caso ela estivesse em minhas mãos.

Como disse, entre escolher plantar uma semente no asfalto sob o sol e não plantar, já que não há um mínimo suporte para que a semente viceje, eu escolheria não plantar, ou seja, não vou fazer um bebê que não tenha por que nascer, aliás, aproveitando o ensejo, existe objetivamente razão para se pôr novos seres humanos no mundo?

[Johnny Cash]

Como vivem essas pessoas? Conseguem ser felizes?

Eu nasci em uma familia desestruturada emocionalmente, hiper religiosa e em minha infância convivia pouco com meus pais, professores em 3 turnos, e quando os via apenas mais parecia a casa da mãe joana.

Nada nem remotamente parecido a esse cenário traçado por você, imagino, ou apenas levemente semelhante.

Mas realmente não tenho idéia. Minha empregada é feliz, sempre rindo. Minha anterior era claramente uma pessoa triste.

Não queria viver uma vida toda triste.

Mas a pergunta só se refere a uma situação ao nascimento. Nada diz sobre o futuro.

Diz sobre o futuro quando uma das opções é morrer. Só se pode morrer depois de nascer.

Já que as condições de morte não estão explícitas na enquete, votei em "nascer pobre".

Outra pergunta melhor, se eu entendi seu propósito, seria: nascer pobre ou não nascer.

[DDV]

Outra pergunta melhor, se eu entendi seu propósito, seria: nascer pobre ou não nascer.

Dá no mesmo.

No sentido biológico* e existencial**.


*Não faz diferença se a morte ocorre antes ou depois de cruzar a vagina.

** Mesmo nos casos ainda não completamente formados (até no máximo 12 semanas de gestação), ainda assim é uma existência em potencial que é abortada. É uma pessoa que poderia existir e não mais terá esse 'privilégio' por decisão consciente de outrem (o que eticamente é muito bizarro).

[Fabrício]

O instinto de sobrevivência é muito forte, duvido muito que em uma situação destas alguém optaria por não existir.

Quando trabalhava em fazendas tive muito contato com peões e trabalhadores braçais, gente muito pobre, que em muitos casos moravam em barracas de lona preta. E a grande maioria deles era muito positiva e bem humorada, sempre  fazendo piadas, brincadeiras, mesmo nas piores condições.

Pelas minhas experiências anedóticas me parece que o ser humano sempre quer viver, a não ser em situações limites de miséria e fome absoluta, tortura, prisão, etc. Ser apenas pobre, mesmo que bastante pobre, não é o bastante para a maioria das pessoas desistir da vida.

[DDV]

O instinto de sobrevivência é muito forte, duvido muito que em uma situação destas alguém optaria por não existir.

Quando trabalhava em fazendas tive muito contato com peões e trabalhadores braçais, gente muito pobre, que em muitos casos moravam em barracas de lona preta. E a grande maioria deles era muito positiva e bem humorada, sempre  fazendo piadas, brincadeiras, mesmo nas piores condições.

Pelas minhas experiências anedóticas me parece que o ser humano sempre quer viver, a não ser em situações limites de miséria e fome absoluta, tortura, prisão, etc. Ser apenas pobre, mesmo que bastante pobre, não é o bastante para a maioria das pessoas desistir da vida.

Verdade.

E é interessante o quão relativo é a sensação de felicidade e bem-estar.

 Enquanto esses peões que vivem em barracas de lona ficam fazendo piadas e brincadeiras, há uma porrada de madames de classe alta por aí vivendo na base de anti-depressivos e desgostosas com a vida, porque não apareceram naquela coluna social, porque Fulana de Tal "arrasou" mais do que ela naquele evento, porque está 5 quilos acima do peso, ou simplesmente por não ter porra nenhuma pra fazer, levando a uma sensação de vazio.

[Sergiomgbr]

O instinto de sobrevivência é muito forte, duvido muito que em uma situação destas alguém optaria por não existir.

Quando trabalhava em fazendas tive muito contato com peões e trabalhadores braçais, gente muito pobre, que em muitos casos moravam em barracas de lona preta. E a grande maioria deles era muito positiva e bem humorada, sempre  fazendo piadas, brincadeiras, mesmo nas piores condições.

Pelas minhas experiências anedóticas me parece que o ser humano sempre quer viver, a não ser em situações limites de miséria e fome absoluta, tortura, prisão, etc. Ser apenas pobre, mesmo que bastante pobre, não é o bastante para a maioria das pessoas desistir da vida.

Verdade.

E é interessante o quão relativo é a sensação de felicidade e bem-estar.

 Enquanto esses peões que vivem em barracas de lona ficam fazendo piadas e brincadeiras, há uma porrada de madames de classe alta por aí vivendo na base de anti-depressivos e desgostosas com a vida, porque não apareceram naquela coluna social, porque Fulana de Tal "arrasou" mais do que ela naquele evento, porque está 5 quilos acima do peso, ou simplesmente por não ter porra nenhuma pra fazer, levando a uma sensação de vazio.

Tudo uma questão de químicas agindo no cérebro. Trabalho braçal possivelmente sem muita demanda mental pode ser a solução, já que ativa hormônios ligados à sensação de bem estar sem muito estresse.

[Muad'Dib]

Que pergunta estranha.

Eu acho que só nascendo em uma família paupérrima para saber como se sente uma pessoa nesta condição. Imagino que todos no mundo, mesmo os somalis, mesmo os favelados, mesmo os moradores de rua preferem viver, não importa sua condição. Se o sentimento de "desejo de não existência" fosse avassalador haveria uma quantidade de suicídios estatisticamente significante que apontasse esse desejo.

Mesmo aqueles esqueletos na África também são humanos, como qualquer branco heterossexual rico. Apesar das diferenças culturais não é baboseira esquerdinha dizer que todos somos iguais.

[Fabrício]

O instinto de sobrevivência é muito forte, duvido muito que em uma situação destas alguém optaria por não existir.

Quando trabalhava em fazendas tive muito contato com peões e trabalhadores braçais, gente muito pobre, que em muitos casos moravam em barracas de lona preta. E a grande maioria deles era muito positiva e bem humorada, sempre  fazendo piadas, brincadeiras, mesmo nas piores condições.

Pelas minhas experiências anedóticas me parece que o ser humano sempre quer viver, a não ser em situações limites de miséria e fome absoluta, tortura, prisão, etc. Ser apenas pobre, mesmo que bastante pobre, não é o bastante para a maioria das pessoas desistir da vida.

Verdade.

E é interessante o quão relativo é a sensação de felicidade e bem-estar.

 Enquanto esses peões que vivem em barracas de lona ficam fazendo piadas e brincadeiras, há uma porrada de madames de classe alta por aí vivendo na base de anti-depressivos e desgostosas com a vida, porque não apareceram naquela coluna social, porque Fulana de Tal "arrasou" mais do que ela naquele evento, porque está 5 quilos acima do peso, ou simplesmente por não ter porra nenhuma pra fazer, levando a uma sensação de vazio.

Tudo uma questão de químicas agindo no cérebro. Trabalho braçal possivelmente sem muita demanda mental pode ser a solução, já que ativa hormônios ligados à sensação de bem estar sem muito estresse.

Acho que também é uma questão de falta de dificuldades na vida. Um trabalhador braçal como os que eu conheci não tem tempo para ficar se lamentando, o cara tem que trabalhar duro o dia todo para ganhar dinheiro para as necessidades básicas, como comida, abrigo (porque tem algumas moradias que não dá nem para chamar de casa), remédio, etc. E quando tem uma folguinha ele quer saber é de fazer um churrasquinho de carne de segunda, beber sua cerveja ou pinga, jogar futebol, etc., não tem tempo para ficar filosofando.

Essas frescuras, tanto de mulher quanto de homem (sim, porque se vida de trabalhador braçal homem é pesada, de mulher geralmente ainda é pior, porque além de tudo tem casa e filho pra cuidar) geralmente acontecem quando todas as necessidades básicas já estão satisfeitas. O sujeito não sabe o quanto é duro trabalhar de sol a sol para mal ganhar o suficiente para se alimentar, então não tem noção do que realmente é pesado na vida e fica inventando moda.

Claro, não incluo neste rol pessoas, sejam ricas ou pobres, que tem problemas realmente sérios de depressão patológica. Mas até isso se relativizou demais, agora qualquer frescura o sujeito já diz que está com "depressão", o que a meu ver é até uma tremenda falta de respeito para quem realmente tem depressão de verdade.

[Johnny Cash]

Outra pergunta melhor, se eu entendi seu propósito, seria: nascer pobre ou não nascer.

Dá no mesmo.

No sentido biológico* e existencial**.


*Não faz diferença se a morte ocorre antes ou depois de cruzar a vagina.

** Mesmo nos casos ainda não completamente formados (até no máximo 12 semanas de gestação), ainda assim é uma existência em potencial que é abortada. É uma pessoa que poderia existir e não mais terá esse 'privilégio' por decisão consciente de outrem (o que eticamente é muito bizarro).

 

Não consigo entender.

Não nascer é diferente de morrer, principalmente no sentido existencial. Pra morrer você tem que ter existido, pra não nascer você não precisa ter existido.

Além do que "morrer" não é uma opção pra quem nasce, sendo fim obrigatório. Não há como não escolher "morrer" pra alguém que já nasceu/existiu.

Não gosto quando me vejo preso nessas pelejas de essência semântica, mas aqui me parece ser básico.

[Sergiomgbr]

Outra pergunta melhor, se eu entendi seu propósito, seria: nascer pobre ou não nascer.

Dá no mesmo.

No sentido biológico* e existencial**.


*Não faz diferença se a morte ocorre antes ou depois de cruzar a vagina.

** Mesmo nos casos ainda não completamente formados (até no máximo 12 semanas de gestação), ainda assim é uma existência em potencial que é abortada. É uma pessoa que poderia existir e não mais terá esse 'privilégio' por decisão consciente de outrem (o que eticamente é muito bizarro).

 

Não consigo entender.

Não nascer é diferente de morrer, principalmente no sentido existencial. Pra morrer você tem que ter existido, pra não nascer você não precisa ter existido.

Além do que "morrer" não é uma opção pra quem nasce, sendo fim obrigatório. Não há como não escolher "morrer" pra alguém que já nasceu/existiu.

Não gosto quando me vejo preso nessas pelejas de essência semântica, mas aqui me parece ser básico.

Acho que talvez ele tenha se atrapalhado não querendo se comprometer ao tocar no assunto 'aborto'.