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Chávez aceita desculpas de pastor e adverte sobre processo Caracas - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, aceitou hoje as "desculpas" pedidas por carta pelo pastor americano Pat Robertson, que propôs em um programa de televisão seu assassinato, mas alertou para processos judiciais no caso."Recebi uma carta, do mesmíssimo reverendíssimo Mr. Pat Robertson, pedindo desculpas. Bom, eu as aceito, como ser humano que sou", afirmou Chávez em seu programa dominical de rádio e televisão Alô Presidente.O líder esquerdista esclareceu que embora "aceite, de coração, as desculpas de Robertson", o pastor "cometeu um delito" e por isso "sofrerá ações penais".Chávez se negou a ler a carta de Robertson, que será respondida "no momento certo", e opinou que o próprio pastor e colaborador do Partido Republicano deveria torná-la "pública"."O senhor deveria ler essa carta em seu programa, onde pediu que me assassinassem violando as leis de Deus, os mandamentos, e violando as leis de seu país, as leis do meu país e as leis internacionais", declarou o presidente venezuelano.Robertson, fundador da Coalizão Cristã, disse em seu programa de televisão The 700 Club, exibido em 22 de agosto, que Chávez era "um perigo aterrorizante" para os Estados Unidos, e que "eliminar" o governante era mais "barato que ir a uma guerra" como a do Iraque.Dois dias depois, no mesmo programa, Robertson afirmou que tinha sido "mal interpretado" nas palavras contra Chávez, e também ofereceu "desculpas por essa declaração" em comunicado publicado em sua página de internet."O que eu disse é que nossas forças especiais poderiam eliminá-lo (a Chávez)", disse Robertson em seu programa. "A expressão ´eliminá-lo´ pode representar várias coisas, incluindo seqüestro", acrescentou.O Governo venezuelano assinalou que se a Casa Branca não responder judicialmente à proposta "terrorista" de Robertson levará o caso à ONU e à OEA.O chanceler venezuelano, Alí Rodríguez, disse em 25 de agosto que o pedido de Robertson para "eliminar" Hugo Chávez deixa dúvidas sobre eventuais planos americanos contra o governante venezuelano.O secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, fez pouco caso dos comentários do pastor evangélico e ex-aspirante à candidatura republicana à Presidência dos EUA nas eleições de 1988, ao assinalar que foram emitidos "por um cidadão comum".