Não dá pra responder isso.
Podia ser os 10 melhores filmes, os 5 melhores seriados, os 20 melhores artistas ou grupos, as 10 mil melhores músicas, o melhor jogo e os 10 melhores livros.
Mas, listando não os melhores, mas o que me vier primeiro a cabeça:
Filme: True Stories, com o cara do Talkiing Heads, Alma Corsária de Carlos Reichmbach, especialmente pela cena em que um negão parecendo um estivador toca Clair de Lune ao piano., Easy Rider pela trilha sonora, Johnny Vai a Guerra pra quem gosta de chorar no cinema, Alegro ma non troppo, e dois do Ettore Scola: A Viagem do Capitão Tornado e Casanova e a Revolução.
O pior filme seria mais fácil. É um do Fassbinder que não lembro o nome. A "história" de um cara que acorda de manhã, toma café, dá um beijo na mulher e nos filhos, vai trabalhar, trabalha, volta pra casa, janta com a família, vai dormir, no dia seguinte faz tudo de novo, recebe alguns amigos no fim de semana, uma daquelas visitas protocolares chatas que você não vê a hora da pessoa ir embora, assiste televisão, lê jornal... isso durante duas horas de filme. No final, na última cena, ele pega um abajur e mata a cacetadas a mulher e os filhos. E o espectador compreende a personagem porque a essa altura já estava com vontade de fazer o mesmo.
Seriado: Nada me vem à cabeça.
Música: É difícil. Palhaço, de Egberto Gismonti. Clube da Esquina 1 e 2. Mr. Sandman com The Chordettes, Stairway to Heaven, a interpretação sobre-humana de Janis Joplin em Summertime, eu chamaria a atenção também para a quase desapercebida interpretação magistral, beirando a perfeição, de Baby Consuelo no clássico da Bossa Nova "Eu e a Brisa", algumas do Quinteto Armorial, algumas do Chico Buarque tanto pela música mas especialmente pelas letras, Because dos Beatles, versão só com vocal, Bach dá pra escolher quase qualquer uma, Clair de Lune de Debussy ( escutem esta música ), Beijinho do Ombro com a Valeska Popozuda e Algodão Doce de Daniel Azulay.
Jogo Eletrônico: Chess Titans
Livro: Um que eu li com 14 ou 15 anos e me causou impacto na época. Viagem a Ixtlan, de Carlos Castañeda. Todos os do Castañeda são mortalmente chatos, mas esse é interessante.
Ah, e incrivelmente há uma música linda daquele compositor chato e brega que é casado com a Glória Pires ( não é o Fábio Júnior ). A música se chama O Circo, interpretada pela Maria Bethânia.
E eu ainda teria que acrescentar We'll Meet Again na voz de Vera Lynn.
We'll meet again,
Don't know where,don't know when,
But I know we'll meet again, some sunny day.
Na gravação em que se ouve um coro de vozes masculinas. São pilotos da RAF na platéia. muitos que voariam em combate ainda nesse dia, e, ao contrário do que diz a canção, alguns jamais retornariam.
Por falar em coro na platéia eu me lembrei de Trem das Cores de Caetano Veloso. Essa música é uma homenagem a Sônia Braga, com quem ele estava transando na época. Você tem que imaginar que está fazendo uma viagem bucólica pelos pacatos subúrbios do Rio em um trem da Central com a companhia da Sônia Braga.
Há uma gravação em que a platéia faz um coro tão perfeito e afinadinho como só um público com a musicalidade do brasileiro faria. Nesse momento os músicos baixam o volume e ele praticamente deixa a platéia cantar sozinha.
https://www.youtube.com//v/kS1zGVi3Uxs