Acho que a discussão está fadada ao fracasso por diferentes assunções de partida.
Uma é na direção de que idealmente nem deveria haver estado e tudo que este fizer será ineficiente e/ou pior do que se não fosse feito, e a outra na direção de que o estado não é inerentemente falho e pode ser substancialmente maior do que "mínimo" e funcionar, trazer bons resultados à sociedade.
Sob a última assunção, vem junto a lógica de que se tratando de recursos, faz sentido se tirar de onde faça menos falta para aplicar onde faz mais falta, o que se traduz em políticas de impostos progressivos, com espaço para admissão de que não são todas iguais, e que algumas delas podem ser um tremendo erro.
Sob a primeira assunção, pode até ser verdade que "faz sentido tirar de onde faz menos falta para suplementar onde faz falta", mas o governo/estado simplesmente não fará isso, que terá maiores chances de ocorrer espontaneamente. Ao mesmo tempo em que, deve ser por definição o que ocorrer espontaneamente, e não aquilo que as pessoas possam conceber como ideal ou melhor do que o que ocorre espontaneamente. Talvez até com alguma tentativa de explicação de por que isso não será necessariamente o caso com o planejamento de investimentos de uma empresa, ao contrário do estado. Provavelmente algo como que o último não tem tanta preocupação em "não falir" por necessariamente ter "clientes" forçados, não havendo o mesmo incentivo para eficiência.