(Deixando de lado o resto das questões já que não quero defender um "caso libertário a favor da pedofilia/prostituição/pornografia infantil", parece que é até meio perturbadoramente fácil encontrar textos assim se procurar)
Só dá para argumentar que estaria havendo algo contra a propriedade privada se as crianças não estivessem sendo seduzidas pelos próprios pais, ou se os próprios pais não permitissem, mas poderiam estar até mesmo recebendo por prostituição infantil. (Diferentemente do espantalho do Dâniel Fraga, não tenho problemas com "exploração" em geral, mas tenho contra esse tipo de "exploração" sexual, como deve ser o caso com a maior parte das pessoas não-espantalho)
Essa tal Melody se prostitui?
Não queria nem continuar o assunto, mas vou responder por essa parte. Não, não pretendi sugerir isso. Apenas é comum o uso do termo "exploração sexual", nesse sentido que a vasta maior parte da humanidade não-socialista considera negativo, e ainda estava "balançando a cabeça em facepalm" por ter lido aquilo de "quem fala mal de exploração é geralmente comunista".
Não vejo problema algum nos pais "explorarem" o talento dos filhos, se as crianças não estiverem sendo prejudicadas, como é argumentavelmente o caso, mesmo que as letras por hora sejam apenas de ostentação -- pelos quadros parados do vídeo já é visível que é algo bem mais sexualizado do que, digamos, Sandy & Jr. A menina usa até enchimento nos "peitos", pelo amor de deus.
O texto ao menos em alguns momentos coloca coisas como que, é possível não se considerar essas coisas como sendo morais, mas nem por isso significa que não devessem ser legais. A visão do youtuber (e vários outros libertários de internet) no entanto parece simplesmente ser de tentar derivar toda a moral de direitos sobre propriedade.
O Fraga sempre puxa pro lado do PNA, o que é meio cansativo. O que importa é que não existe nem crime nem vítima, a criança tá fazendo o que gosta e que quer, e ganhando muito dinheiro. As pessoas estão moralistas demais, tem preconceito contra funk e são meio machistas, e pior de tudo, querem resolver problemas morais através da autoridade estatal.
Não sei se existe muito "preconceito" contra o "funk" não. As pessoas
sabem que é muito comumente pornográfico (na minha opinião, o menor dos problemas) mesmo, e reprovam isso (bem como o som e a cultura associada), então não é "preconceito". E, mesmo que nesse caso não seja pornográfico, já é evidente que está havendo uma sexualização da "novinha".
Não sei o quanto machismo tem a ver com isso, acho que muito pouco, ou apenas no que concerne ao menino de 12 anos que canta funks pornográficos não ter despertado a mesma preocupação do estado, até agora.
Acho que "crime sem vítima" era justamente um dos títulos de textos libertários defendendo pornografia infantil com que esbarrei agora há pouco. A linha é turva, e não é de se estranhar a reação das pessoas, levando em consideração o que costuma ser o "funk". Também é complexo isso de idealmente se deixar o estado fora de questões "morais", é argumentável que não há questão "legal" que não seja também moral, não é como se o que é "legal" fosse matéria de "física".
Mas, pode estar havendo algum exagero, não sei. Meu interesse pela questão não é exatamente tremendo. Mas fico aliviado em estar havendo alguma intromissão do estado, em vez de negligência. Com sorte ajuda a dar uma freada nisso tudo.
A vasta maior parte das pessoas não deve estar preocupado com eles estarem ganhando dinheiro, só em "como", no desenvolvimento da menina e no que essa "cultura" de sexualiação infantil traz à sociedade.