O que me preocupa é que a oposição a essa tendência é muito fraca, devido a alguns motivos:
1) As minorias religiosas (religiões africanas, ateus, espíritas, etc.) são muito desunidas e não há uma entidade amplamente aceita para representar os interesses dessas pessoas. Só entre céticos e ateus há a ATEA, a LiHS, a ARCA e nenhuma é tida como unanimidade, e nessas religiões minoritárias isso acontece também em algum grau.
2) A oposição partidária à bancada evangélica é fraquíssima. Os poucos partidos que enfrentam abertamente seus interesses são o PSOL e, às vezes, o PV. Ambos são vistos com desconfiança pela maior parte da sociedade.
3) O governo federal está em momento de grande impopularidade, e os evangélicos são uma das forças de oposição. Sendo assim, a sociedade acaba dando grande apoio aos evangélicos em razão do "inimigo em comum" (PT).
Vejo esse problema como um dos maiores a longo prazo na política brasileira, com altíssimo potencial de dar merda se lembrarmos que os evangélicos devem ser maioria no Brasil dentro de algumas décadas, elegendo cada vez mais políticos.