A favor. Todo mundo tem direito de ser (in)feliz.
Hahahahahaha! O melhor comentário.
Me lembrou um cara que disse: " Hoje em dia só há dois tipos de pessoas que querem casar: padre e bicha"
Mas eu não sou contra. Não é possível que alguns sejam mais cidadãos que outros, que alguns tenham certos direitos e outros não. Além de tudo o impedimento seria uma vitória das forças retrógradas e neo-pentelhocostais que hoje representam uma ameaça à saúde democrática do país.
Mas eu também acho que o contrato de união civil poderia ser um expediente melhor que o casamento, porque seria mais abrangente.
Um casamento, de fato, é uma parceria que envolve várias e delicadas questões patrimoniais que precisam estar amparadas pelo arbítrio da Lei. E essa parceria pode acontecer - e acontece - também entre pessoas de mesmo sexo e não há nenhuma razão honesta para que estas pessoas tenham menos direitos que outras. Mas vocês já pensaram que uma parceria de vida pode existir também em um molde diferente daquele do casamento? Relacionamentos duradouros que não envolvem qualquer tipo de carnalidade e podem ser entre pessoas de qualquer sexo, idade, até mesmo parentes. E como ficam estas pessoas?
Cito um exemplo: uma pessoa que eu conheço teve uma tia que nunca se casou e não teve filhos. Ela vivia de alugar vagas na pensão em que transformou a própria casa, e nisso tinha a ajuda e a parceria de uma funcionária, com o tempo mais amiga e parceira do que empregada. As duas sempre foram solteiras, sempre viveram juntas na pensão, mas não eram lésbicas. Não tiveram um relacionamento que se pudesse classificar como "casamento" de qualquer tipo, porém quando esta senhora faleceu os parentes distantes e ausentes ficaram com tudo, enquanto a empregada e amiga que mais se dedicou a esta pessoa, se viu, de repente, desamparada, pois já era de certa idade e não tinha nenhum patrimônio.
Isso é justo? Mesmo que a falecida tivesse feito um testamento a lei só permitiria que ela dispusesse de cinquenta por cento de seus próprios bens.
Se fosse hoje estas duas poderiam "casar" mesmo não tendo nenhum relacionamento homoafetivo. Mas e se alguém vive com um parente, um irmão ou irmã, como fica a questão patrimonial se esse caso não permite um casamento homo ou hetero?
Por isso eu acho que um contrato de união civil poderia ser melhor. Afinal, também resolveria problema dos casais gays, sendo ainda mais abrangente.