Tópico: Médicos mal remunerados praticam 'medicina vingativa'

[4 Ton Mantis]

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudiacollucci/2015/09/1676178-medicos-mal-remunerados-praticam-medicina-vingativa.shtml?cmpid=fb-uol


O termo "medicina vingativa" foi usado pelo médico Cláudio Lottenberg, presidente do Hospital Albert Einstein, durante debate no Fórum Tecnologia e Acesso à Saúde, promovido pela Folha nesta segunda (31).

Segundo Lottenberg, o médico mal remunerado pratica a medicina vingativa. Pede exames demais, desnecessários, para diluir a sua responsabilidade.

Fiquei curiosa sobre essa tal de medicina vingativa e fui atrás para saber mais. Há registros desde 1998, exatamente o mesmo ano da criação da lei 9.656, que rege os planos de saúde. Naquela época, a Sociedade Brasileira de Auditoria Médica estimava que 20% dos médicos credenciados a grupos de medicina de grupo, convênio médicos, planos de autogestão e seguradoras cometiam algum tipo de fraude. Como achavam que ganhavam pouco, os médicos criavam métodos para arrecadar mais.

Os associados tinham (e ainda têm) uma mentalidade parecida: como pagam, costumam ir a vários médicos da mesma especialidade até encontrarem um que considerem mais simpático, por exemplo. Esquecem que carteirinha do plano não é um cheque em branco. Aquele custo será repassado para ele no próximo reajuste do plano.

Tudo conspira a favor dessa medicina perversa, a começar pelo atual modelo de remuneração, que premia a doença e não a saúde do pessoa. Que paga mais o especialista do que o generalista, o médico que deveria estar na porta de entrada do sistema de saúde.

Nenhum país do mundo com saúde universalizada acontece essa distorção que a gente vê por aqui, de o paciente marcando consulta direto com um especialista. No Canadá e Reino Unido, por exemplo, a regra é clara: passa primeiro com o médico de família, que é a referência dele dentro do sistema. É ele que, que, se for o caso, vai encaminhar o paciente para o especialista certo e dialogar com ele.

Com isso, evita-se o que a gente vê hoje por aqui: o paciente perdido dentro do sistema, passando de especialista em especialista, sem ninguém responsável por ele. Quando adoece, procura o pronto-socorro. Lá, faz um raio-X ou um outro exame qualquer e, pronto, está acabado o "cuidado".

Quando isso vai mudar? Quando nós, pacientes, sairmos da passividade. Foi a uma consulta e o médico mal te olhou e já pediu exames? Reclame.

Durante o fórum, uma das tendências discutidas foi o autocuidado, inclusive com o uso de aplicativos em saúde. Com mais acesso à informação, os pacientes terão maior responsabilidade dentro do tratamento, o que deverá ter impacto na própria atuação do médico.

"Os médicos têm que entender que terão papel diferente no futuro e que perderão o protagonismo para o paciente", previu Paulo Chapchap, superintendente de Estratégia Corporativa do Hospital Sírio-Libanês. Espero estar viva para ver isso.

[Geotecton]

[...]
Nenhum país do mundo com saúde universalizada acontece essa distorção que a gente vê por aqui, de o paciente marcando consulta direto com um especialista. No Canadá e Reino Unido, por exemplo, a regra é clara: passa primeiro com o médico de família, que é a referência dele dentro do sistema. É ele que, que, se for o caso, vai encaminhar o paciente para o especialista certo e dialogar com ele.
[...]

Típica notícia anti-estado.

Todo mundo sabe que o SUS é referência para países como Canadá e Reino Unido.

 

[Pasteur]

Se fosse tudo privatizado acabariam os problemas de má remuneração, afinal de contas a gestão é um ralo e o fato do financiamento do SUS ser apenas 1/6 do Reino Unido e Canadá é um detalhe insignificante.

 

[Pasteur]

Ah...no Reino Unido e Canadá o estado é predominante na saúde, mas também é um mero detalhe...

[Geotecton]

Se fosse tudo privatizado acabariam os problemas de má remuneração, afinal de contas a gestão é um ralo e o fato do financiamento do SUS ser apenas 1/6 do Reino Unido e Canadá é um detalhe insignificante.

 

O Canadá e o Reino Unido tem gestão de saúde (e quase tudo o mais) muito superior ao Brasil.

E não é uma questão somente de orçamento.

Ou seja, o SUS não fica nem no Canadá e nem no Reino Unido.

Fica aqui.

Se é que você me entende.


P.S.

E é horrível.

[Geotecton]

Ah...no Reino Unido e Canadá o estado é predominante na saúde, mas também é um mero detalhe...

Logo o SUS é 'maravilhoso'.

[Pasteur]

Ah, entendi, ok, quando você disse típica notícia anti-estado você quis dizer: típica notícia anti-estado brasileiro.

Ah bom...

 

[Pasteur]

Faltou dizer que a notícia trata dos médicos de planos de saúde...

[Geotecton]

Ah, entendi, ok, quando você disse típica notícia anti-estado você quis dizer: típica notícia anti-estado brasileiro.

Ah bom...

 

De certa forma, sim.

A minha crítica não é contra o estado mas contra a forma do estado brasileiro.

Me causa espanto que você ainda não tenha percebido que não sou contra a existência e a atuação do estado.

[Pasteur]

Ok, perdão. 

[Fabrício]

Ah, entendi, ok, quando você disse típica notícia anti-estado você quis dizer: típica notícia anti-estado brasileiro.

Ah bom...

 

De certa forma, sim.

A minha crítica não é contra o estado mas contra a forma do estado brasileiro.

Me causa espanto que você ainda não tenha percebido que não sou contra a existência e a atuação do estado.

Para mim as áreas onde o Estado nunca pode deixar de atuar são segurança, saúde e talvez educação.

[Cumpadi]

Paciente perdido, muito raro e rapidamente se resolve, sem grandes transtornos. Paciente que não encontra vaga há anos por falta de especialista no SUS, isso eu vejo direto.

[DDV]

Eu conheço o termo "medicina defensiva", que é a prática "paranóica" de atos medicos, onde todo paciente é visto como potencial inimigo que pode processar o médico lá na frente. Isso resulta em pedidos de exames desnecessários e evitacao ao máximo de condutas onde haja risco importante (ex: fazer cirurgias só em pacientes "filé", evitar fazer alguns partos normais em unidades sem centro cirúrgico, etc).

[Derfel]

Ah...no Reino Unido e Canadá o estado é predominante na saúde, mas também é um mero detalhe...

Logo o SUS é 'maravilhoso'.

Não, mas funciona como o descrito.  O usuário é encaminhado para o especialista pelo médico da família (onde existe), que acompanha o caso depois. Um dos problemas que temos é que existem pouquíssimos médicos da família,  mesmo na saúde da família.

[Cumpadi]

Não, mas funciona como o descrito.  O usuário é encaminhado para o especialista pelo médico da família (onde existe), que acompanha o caso depois. Um dos problemas que temos é que existem pouquíssimos médicos da família,  mesmo na saúde da família.

Por favor Derfel... todo médico formado sai um "médico da família" inexperiente, não se adiciona muita coisa em uma residência em medicina da família. Se contar a legião de médicos que fazem clínica médica ainda...

[Sergiomgbr]

Poucos médicos de família, que são os são médicos de fato, a maioria é medicólogo.

[Cientista]

Quanta enrolação para o exercício de simples atividades...         aaaaaah, Proteus...

[Pilantrólogo]

Ah, entendi, ok, quando você disse típica notícia anti-estado você quis dizer: típica notícia anti-estado brasileiro.

Ah bom...

 

De certa forma, sim.

A minha crítica não é contra o estado mas contra a forma do estado brasileiro.

Me causa espanto que você ainda não tenha percebido que não sou contra a existência e a atuação do estado.

Bem... Acontece que:
1. Pessoas mudam de opinião;
2. Não é sempre que o conteúdo das mensagens (suas ou de outros foristas) permite concluir que o sujeito "Estado" em questão se trata (ou continua se tratando) do Estado brasileiro;
3. Não é todo forista que tem tempo ou paciência para fuçar o histórico de outros foristas em busca de opiniões sobre determinados assuntos e;
4. Novamente, pessoas mudam de opinião.

O custo de ser específico, nesse caso, é pressionar a barra de espaço e digitar 10 letras.
O benefício é a menor probabilidade de confusão e debates mais fluidos.

[Derfel]

Não, mas funciona como o descrito.  O usuário é encaminhado para o especialista pelo médico da família (onde existe), que acompanha o caso depois. Um dos problemas que temos é que existem pouquíssimos médicos da família,  mesmo na saúde da família.

Por favor Derfel... todo médico formado sai um "médico da família" inexperiente, não se adiciona muita coisa em uma residência em medicina da família. Se contar a legião de médicos que fazem clínica médica ainda...

Não é o que vejo.