O Estado está aprisionado por essa estrutura.
Quando FHC começou a mexer um milímetro nessa esfera, sofreu uma crítica tal que hoje ainda é odiado pela maioria dos servidores do executivo. O brasileiro nasce e cresce com a certeza de que o Estado é seu pai e mãe e que, além da obrigação de lhe dar tudo o que precisa para viver, tem que garantir seu emprego.
No entanto, num estado tão gigante, intervencionista, com uma constituição babá que dá mais mimos ao cidadão do que um pai dá a seu bebê, não resta outra alternativa a não ser conquistar uma vaga de emprego no maior empregador que existe - o Estado. Ou isso ou a forca de um mercado que é constantemente atrapalhado, prejudicado e dilapidado pelo Estado. Os tentáculos do Estado estão em todas as áreas, o que significa que só se submetendo a esse Leviatã (seja no público ou no privado) se tem a esperança de sobrevivência.
Se a pesquisa se estendesse para a iniciativa privada que só se sustenta pela existência do Estado, veríamos um quadro onde uma percentagem ínfima de pessoas seriam verdadeiramente independentes. Muitos empresários são prósperos em criar empresas para vender e atender ao Estado, o que significa que se o Estado fechar as torneiras, uma cascata de desempregadas são despejados no mercado.
Enquanto o Estado for tão monstruosamente intervencionista (e quem acompanha o Senado e Câmara sabem que esses idiotas só trabalham para aumentar o tamanho do Estado), veremos o quadro exposto na matéria acima aumentar. E juntamente com o aumento desse quadro, o aumento do corporativismo e do poder de aprisionar ainda mais o Estado para seus interesses.
Liberdade, ainda que tardia!
Saudações