Autor Tópico: Charlie Hebdo: liberdade de expressão para tudo?  (Lida 3174 vezes)

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Offline Skeptikós

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Re:Charlie Hebdo: liberdade de expressão para tudo?
« Resposta #25 Online: 21 de Janeiro de 2016, 13:41:48 »
Sim. Tudo depende da escala de valores. Para alguns é "vida humana >>>> vestuário/ausência em protestos", para outros estas coisas se equilibram, ou até se revertem, com a nudez justificando a execução.
Não tem nada a ver com a vida humana valer mais ou menos do que a nudez em protestos, e sim que uma coisa negativa em favor de outra positiva dificilmente será visto com bons olhos. Os muçulmanos não aprovam a nudez explícita em público, e independente de acharem a vida humana mais valiosa do que deixar de estar nu em público, é perfeitamente coerente que sejam contrários que se use nudez para protestar pela vida humana. Pois para eles, usarem a nudez para protestar pela vida, seria o mesmo que usar algo negativo para se conseguir algo negativo, seria semelhante a usar a violência para se alcançar a paz, para Mahatma Gandhi, por exemplo, para deixar as coisas mais evidentes.

E como colocou o DVD, a nudez no oriente médio como forma de protesto, traria mais prejuízo a causa das mulheres do que se a mesma não fosse usada como ferramente de protesto. E não precisa analisar isso no contexto do oriente médio, sendo a maioria das nações do mundo ocidental cristãs, onde se repudia também a nudez, estas manifestações costumam ser negativas inclusive por aqui.

Abraços!
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Skeptikós

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Re:Charlie Hebdo: liberdade de expressão para tudo?
« Resposta #26 Online: 25 de Janeiro de 2016, 15:33:36 »
Não sei se é o tópico mais indicado, mas no momento me pareceu: No Canada, homem é censurado durante mais de 3 anos por discordar de feministas na internet. O canadense Gregory Alan Elliott, artista plastico, foi acusado de ter feito ameaças criminosas contra duas feministas, Stephanie Guthrie e Heather Reilly, após um intenso debate em que ele e elas apresentaram opiniões divergentes no twitter. Após a acusação, o homem foi preso, e só foi libertado sob o pagamento de uma caríssima fiança, e a proibição de se manifestar nas redes sociais enquanto durasse o processo. Além disso, ele perdeu o emprego, foi perseguido por apoiadores das acusadoras e sua arte foi vandalizada. Após três anos e dois meses desde a data da acusação formal, ele foi finalmente inocentado, e as acusações contra ele consideradas infundadas. Mas a que custo, eu lhes pergunto? A liberdade de expressão no fim venceu, mas foi bastante abalada, já que por mais de 3 anos, a censura imperou, e a vida de um homem inocente, injustamente prejudicada.

<a href="https://www.youtube.com/v/uR0vaSQ7t68" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/uR0vaSQ7t68</a>
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Charlie Hebdo: liberdade de expressão para tudo?
« Resposta #27 Online: 25 de Janeiro de 2016, 16:33:04 »

Citar
Gregory Alan Elliot, 53, is on trial for criminally harassing feminist Stephanie Guthrie and 2 other women; repeatedly calling them out on Twitter after they had blocked him and making a show of knowing their whereabouts and doings on the platform. The verdict will be reached in the coming weeks, and hinges upon whether the women had a reasonable fear for their safety after Elliot began to take note of their physical whereabouts and broadcast them on Twitter.

https://archive.is/xTxi8


Existe uma "regra" do tipo, lei de Poe, Murphy, etc, como de que as coisas dominadas por polarização ideológica serão sempre dificílimas de se conseguir ter uma perspectiva não-enviesada a respeito? Algum fraseamento menso tautológico e mais engraçado disso.

Offline Skeptikós

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Re:Charlie Hebdo: liberdade de expressão para tudo?
« Resposta #28 Online: 25 de Janeiro de 2016, 17:48:08 »
A imagem que você postou não aparece, e a conclusão do Juiz com base em todos os twitters analisados foi a de que ele não realizou nenhuma ameaça física contra as mulheres e que justificasse que elas temessem por suas vidas. Tanto que ele foi inocentado no final do processo, dia 22 de janeiro deste ano.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Charlie Hebdo: liberdade de expressão para tudo?
« Resposta #29 Online: 25 de Janeiro de 2016, 18:53:26 »
A imagem seria a manchete, "meet the guy who earned $40k in legal fund donations after stalking feminists on twitter". Sob sua foto, "apparently, stalking Canadian feminists on Twitter can be a lucrative enterprise."

Ele pode não ter feito ameaça física, mas acho que nem foi essa a acusação direta, e sim de que ele estava expondo sobre os paradeiros dela na internet, "nós sabemos onde você mora e por onde você anda", o que era ainda associado à defesa dele de um jogo online de esmurrar a Anita Sarkeesian. Então não é um salto tão grande fazer alguma associação de ameaça implícita, mesmo que indireta.


Eu também acho condenável o que motivou isso, que seriam ações de uma outra feminista em tentar fazer o responsável pelo jogo "se dar mal", como perder emprego e etc. Esse tipo de coisa é simplesmente nojenta. Eu normalmente me declararia "progressivo", e até "esquerdista", mas as ações de alguns (não tão poucos quanto gostaria) me fazem não só querer evitar esses rótulos, como temer a pessoas que teoricamente seriam aqueles do lado "do bem", contra as injustiças, de acordo com a visibilidade que possa ter alguma crítica ou divergência que eu faça.

Um dos casos mais grotescos que vi superficialmente teve um cara tentar conseguir a demissão de uma pesquisadora que estuda o vírus HIV e coisas assim. Por falta de alinhamento ideológico com o feminismo dele. Ao menos essa é a aparência da história para mim, do que me lembro.

Offline Feliperj

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Re:Charlie Hebdo: liberdade de expressão para tudo?
« Resposta #30 Online: 25 de Janeiro de 2016, 19:15:23 »
Não sei se é o tópico mais indicado, mas no momento me pareceu: No Canada, homem é censurado durante mais de 3 anos por discordar de feministas na internet. O canadense Gregory Alan Elliott, artista plastico, foi acusado de ter feito ameaças criminosas contra duas feministas, Stephanie Guthrie e Heather Reilly, após um intenso debate em que ele e elas apresentaram opiniões divergentes no twitter. Após a acusação, o homem foi preso, e só foi libertado sob o pagamento de uma caríssima fiança, e a proibição de se manifestar nas redes sociais enquanto durasse o processo. Além disso, ele perdeu o emprego, foi perseguido por apoiadores das acusadoras e sua arte foi vandalizada. Após três anos e dois meses desde a data da acusação formal, ele foi finalmente inocentado, e as acusações contra ele consideradas infundadas. Mas a que custo, eu lhes pergunto? A liberdade de expressão no fim venceu, mas foi bastante abalada, já que por mais de 3 anos, a censura imperou, e a vida de um homem inocente, injustamente prejudicada.

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Caminhando a passos largos para totalitarismo......
A imagem seria a manchete, "meet the guy who earned $40k in legal fund donations after stalking feminists on twitter". Sob sua foto, "apparently, stalking Canadian feminists on Twitter can be a lucrative enterprise."

Ele pode não ter feito ameaça física, mas acho que nem foi essa a acusação direta, e sim de que ele estava expondo sobre os paradeiros dela na internet, "nós sabemos onde você mora e por onde você anda", o que era ainda associado à defesa dele de um jogo online de esmurrar a Anita Sarkeesian. Então não é um salto tão grande fazer alguma associação de ameaça implícita, mesmo que indireta.


Eu também acho condenável o que motivou isso, que seriam ações de uma outra feminista em tentar fazer o responsável pelo jogo "se dar mal", como perder emprego e etc. Esse tipo de coisa é simplesmente nojenta. Eu normalmente me declararia "progressivo", e até "esquerdista", mas as ações de alguns (não tão poucos quanto gostaria) me fazem não só querer evitar esses rótulos, como temer a pessoas que teoricamente seriam aqueles do lado "do bem", contra as injustiças, de acordo com a visibilidade que possa ter alguma crítica ou divergência que eu faça.

Um dos casos mais grotescos que vi superficialmente teve um cara tentar conseguir a demissão de uma pesquisadora que estuda o vírus HIV e coisas assim. Por falta de alinhamento ideológico com o feminismo dele. Ao menos essa é a aparência da história para mim, do que me lembro.

Já estudou algo sobre as origens desse movimentos politicos-ideologicos? Repare que existe uma diferença gritante entre ser a favor de direitos para todos, vamos colocar dessa forma, e ser desses movimentos. Um Libertário também é um "progressista", sem ser ligado a esses movimentos políticos ideológicos!


Offline Buckaroo Banzai

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Re:Charlie Hebdo: liberdade de expressão para tudo?
« Resposta #31 Online: 25 de Janeiro de 2016, 19:32:24 »
A minha percepção das origens desses movimentos é a de que se dão na insatisfação dos grupos de pessoas afetadas negativamente pelo status quo, que então se organizam e reivindicam direitos e etc.

O problema é que a coisa pode ir "evoluindo" e não se limitar mais a reivindicações razoáveis, conforme o ativismo se corrompe em algo praticamente de fachada, onde o interesse maior é o ganho individual de alguns líderes, se dando através de um populismo que se aproveita da vitimação das pessoas, real ou imaginária, cultuando a última forma, e talvez até promovendo a primeira em alguns casos (espero, na maior parte do tempo, apenas por acidente, ingenuidade - prefiro acreditar nisso, ainda que custe).






Ainda no tema liberdade de expressão, a seguinte frase caracteriza ódio aos nordestinos?

"Parabéns aos eleitores do Nordeste que votam no PT e depois vão para SP governado pelo PSDB atrás de uma vida melhor"

Offline Skeptikós

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Re:Charlie Hebdo: liberdade de expressão para tudo?
« Resposta #32 Online: 27 de Janeiro de 2016, 12:38:58 »
Ele pode não ter feito ameaça física, mas acho que nem foi essa a acusação direta, e sim de que ele estava expondo sobre os paradeiros dela na internet, "nós sabemos onde você mora e por onde você anda"
Eu não sei se ele realente fez isso, será que fez? O site em questão não mostrou provas de que teria feito e nem mesmo citou qualquer opinião do juiz que julgava o caso até o momento, que levasse a concluir algo deste tipo.

o que era ainda associado à defesa dele de um jogo online de esmurrar a Anita Sarkeesian. Então não é um salto tão grande fazer alguma associação de ameaça implícita, mesmo que indireta.
Eu acho que existe uma grande diferença entre a realidade e um jogo virtual. Mas o problema todo começou pelo fato de uma das feministas que abriu o processo ter dito que a Anita poderia se suicidar por ver um vídeo como aquele, e o réu do processo retrucou que o autor do jogo poderia igualmente se suicidar devido a perseguição que ele sofreu das feministas na internet após a criação do jogo. Ai começou o embate que culminou neste processo (se ele insinuava saber onde elas moravam ou estavam, eu nunca tinha ouvido falar até a sua postagem daquela noticia [bastante tendenciosa]).

Ainda no tema liberdade de expressão, a seguinte frase caracteriza ódio aos nordestinos?

"Parabéns aos eleitores do Nordeste que votam no PT e depois vão para SP governado pelo PSDB atrás de uma vida melhor"
Na minha opinião não, ela só mostra que a autora da frase considera incongruente aqueles nordestinos que votaram no PT , posteriormente se mudarem para um lugar governado por um governo não petista.

Abraços!
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Charlie Hebdo: liberdade de expressão para tudo?
« Resposta #33 Online: 27 de Janeiro de 2016, 15:00:25 »
É por isso que é sempre um saco esse tipo de tema polarizado. A tendência é só encontrar versões "maquiadas" das coisas, seja maquiagem para melhorar, ou maquiagem de monstro. Omissões, acréscimos... enche o saco.

Online Pedro Reis

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Re:Charlie Hebdo: liberdade de expressão para tudo?
« Resposta #34 Online: 31 de Janeiro de 2016, 07:31:52 »
Putz, que charge infeliz.

Offline Pagão

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Re:Charlie Hebdo: liberdade de expressão para tudo?
« Resposta #35 Online: 03 de Fevereiro de 2016, 16:55:15 »
Liberdade de Expressão para tudo? Não... Mas o Charlie Hebdo é um exemplo de liberdade de expressão para tudo?... É legítimo fazer a associação Charlie Hebdo = Liberdade de Expressão para Tudo?

O Charlie Hebdo usou liberdade de expressão para defender o dano e a coerção efetiva contra terceiros? Ou apenas se limitou a ser considerado ofensivo por terceiros? Fez discurso do ódio incitando à violência, degradando terceiros com base na sua crença, religião ou orientação sexual? Ou foi apenas considerado ofensivo para terceiros especialmente sensíveis que querem uma proteção especial para as suas crenças?

Incitamento à violência é uma coisa, ser ofensivo é outra...
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Online Pedro Reis

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Re:Charlie Hebdo: liberdade de expressão para tudo?
« Resposta #36 Online: 04 de Fevereiro de 2016, 05:20:01 »
Liberdade de Expressão para tudo? Não... Mas o Charlie Hebdo é um exemplo de liberdade de expressão para tudo?... É legítimo fazer a associação Charlie Hebdo = Liberdade de Expressão para Tudo?

O Charlie Hebdo usou liberdade de expressão para defender o dano e a coerção efetiva contra terceiros? Ou apenas se limitou a ser considerado ofensivo por terceiros? Fez discurso do ódio incitando à violência, degradando terceiros com base na sua crença, religião ou orientação sexual? Ou foi apenas considerado ofensivo para terceiros especialmente sensíveis que querem uma proteção especial para as suas crenças?

Incitamento à violência é uma coisa, ser ofensivo é outra...

Tem que haver liberdade de expressão para tudo. O que é apenas ofensivo para você é incitamento à violência para outro, o que é incitamento à violência para você é apenas ofensivo para outro. E ambos podem não ser nenhum dos dois para alguma outra pessoa.

E quem, então, arbitra o que é e o que não é?

A charge foi de um mau gosto inclassificável, quando supõe-se que humor deva ser pelo menos engraçado. Mas se não há liberdade de expressão plena, então quem determina os limites do que se pode ou não pensar?

A quem pertence o direito de ser a "polícia do pensamento"?

Porque expressar é equivalente a pensar. Se eu tenho opiniões execráveis, odiosas, preconceituosas, racistas, se acredito que pedofilia não deva ser crime, ou qualquer outra opinião que possa causar repulsa na maioria ou não, mas de todo modo se esta é realmente a minha opinião, se é realmente o que eu penso, então a censura da minha livre expressão de opinião cria a situação esdrúxula onde o cidadão está obrigado por lei a mentir sobre o que realmente pensa.

Alguém imaginar que o holocausto nazista não ocorreu, que tudo é uma fantasia criada pela propaganda sionista, que milhões de testemunhas são na verdade atores treinados para mentir ao mundo, é de uma estupidez insuperável. Mas ocorre que há pessoas que realmente acreditam nisso! Se há os neonazistas que panfletam esse tipo de propaganda, há também os idiotas que genuinamente acreditam.

Mas em alguns países, onde negar o holocausto é qualificado como crime, se você questionar um desses idiotas este cidadão está obrigado por lei a mentir sobre o que ele realmente acredita.

É uma aberração!

E na esteira dessa aberração muita coisa que poderia ou deveria ser questionada na chamada "História Oficial" é silenciada também. Porque acaba recebendo a mesma rotulagem.

Como por exemplo os bombardeios genocidas de Churchill e Roosevelt sobre os civis da Alemanha e do Japão.

Offline Pagão

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Re:Charlie Hebdo: liberdade de expressão para tudo?
« Resposta #37 Online: 04 de Fevereiro de 2016, 10:33:15 »
Tem que haver liberdade de expressão para tudo.

Não há um direito absoluto, nem jurídico nem moral, à liberdade de expressão. As nações soberanas definem os respetivos limites à liberdade de expressão, embora tenham a obrigação de cumprir os acordos internacionais e as normas das instituições a que aderem...(ex:ONU; UE...).

Conforme as circunstâncias concretas, um governo pode e deve decidir se a liberdade de expressão terá de se submeter a outro valor superior... o que, em países reconhecidamente livres, remete para o nível de danos reais que pode causar a terceiros... casos de guerra, segurança nacional, terrorismo, promoção de crimes, etc... levam a limitações da liberdade de expressão em face de valores superiores...
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Offline JJ

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Re:Charlie Hebdo: liberdade de expressão para tudo?
« Resposta #38 Online: 30 de Novembro de 2016, 08:31:56 »
A  meme  "Eu sou Charlie"


O ataque à redação de Charlie Hebdo chocou o público, horrorizado pela morte violenta de 12 pessoas, no centro de Paris. As imagens de vídeo, vistas por milhões, dos pistoleiros disparando e matando um policial já ferido, deram extraordinária atualidade aos eventos da 4ª-feira (7/1/2015).


Imediatamente depois do tiroteio, estado e imprensa-empresa imediatamente se puseram a tentar explorar o medo e o estado de confusão em que a opinião pública foi lançada. Mais uma vez, aí está exposto o caráter do terrorismo, de total fracasso político e de ação essencialmente reacionária. Serve aos interesses do Estado, que se serve da ocasião que os terroristas lhe dão, para mobilizar o apoio ao militarismo e ao autoritarismo.


Em 2003, quando o governo Bush invadiu o Iraque, a oposição do público francês foi tão clara e avassaladora que o governo do então presidente Jacques Chirac foi obrigado a opor-se à guerra, mesmo sob a mais furiosa pressão política que os EUA aplicavam à França.


Hoje, 12 anos depois, com o presidente François Hollande dedicado a fazer da França o principal aliado dos EUA na “guerra ao terror”, o ataque em Paris lhe cai ao colo.


Novo cão de Obama - Um poodle francês chamado "Hollande"


Para o sucesso de seus esforços, Hollande pode confiar na imprensa-empresa, que nessas circunstâncias dirige todas as próprias energias para manipular emocionalmente os públicos audientes e para desorientá-los o mais possível, na discussão política. A imprensa-empresa capitalista sabe combinar astutamente a supressão da informação, meias verdades e deslavadas mentiras; e assim “monta” uma narrativa que é pensada para apelar não só aos instintos mais basais da população, mas, simultaneamente, também aos seus mais elevados sentimentos democráticos e idealistas.


Por toda a Europa e nos EUA, o que se diz é que o ataque contra a revista Charlie Hebdo foi assalto contra a liberdade da imprensa-empresa e contra o inalienável direito de jornalistas, em sociedade democrática, de expressarem-se com liberdade, sem, por isso, terem a vida ameaçada. O assassinato dos cartunistas e editores de Charlie Hebdo está sendo proclamado um assalto aos princípios da liberdade de manifestação que, supostamente, seriam muito importantes e sempre respeitados pela Europa e pelos EUA.


O ataque à revista Charlie Hebdo é, então, apresentado como mais um ultraje perpetrado por muçulmanos que não conseguiriam tolerar as “liberdades” ocidentais. A partir disso, dever-se-ia concluir que a “guerra ao terror” – quer dizer, o massacre, pelos imperialistas, de populações inteiras no Oriente Médio, Ásia Central e África do Norte e Central – seria necessidade urgente e inevitável.


Nessa orgia de hipocrisia democrática, ninguém faz qualquer referência aos militares norte-americanos, cujas guerras no Oriente Médio resultaram na morte de, pelo menos, 15 jornalistas. Na narrativa em curso, segundo a qual a “Liberdade de Expressão Está sob Ataque”, ninguém faz qualquer menção ao míssil ar-terra disparado em 2003 contra a redação de Al Jazeera em Bagdá, que matou três jornalistas e feriu quatro.


Nem nada se escreveu sobre o assassinato de dois jornalistas da Reuters, em julho de 2007, que trabalhavam em Bagdá, o fotógrafo Namir Noor-Eldeen e seu assistente, Saeed Chmagh. Os dois foram mortos num ataque deliberado de atiradores a bordo de um Apache norte-americano, quando trabalhavam no leste de Bagdá.



O público norte-americano e planetário viu pela primeira vez o vídeo que prova que aqueles jornalistas foram assassinados a sangue frio, com um grupo de civis iraquianos, filmado por um dos soldados norte-americanos matadores – porque o vídeo foi “vazado” por Wikileaks, com outros materiais sigilosos, depois que chegou às mãos do ex-soldado dos EUA, cabo Bradley-Chelsea Manning.


Bradley Chelsea Manning e Julian Assange



E como agiram os EUA e a Europa, quando se tratou de proteger o direito ao livre exercício de expressão de WikiLeaks? Julian Assange, fundador e editor de WikiLeaks, foi e continua alvo da mais incansável perseguição. Figuras conhecidas no mundo político e “midiático” nos EUA e no Canadá denunciaram Assange como “terrorista” e exigiram que fosse preso. Houve “democratas” que pregaram publicamente, até, o assassinato de Assange.


Até hoje prossegue um processo fraudulento, em que Assange foi alvo de acusações falsas de “estupro”, armado por serviços de inteligência dos EUA e da Suécia. Foi obrigado a buscar abrigo na Embaixada do Equador em Londres, onde permanece sob vigilância constante da polícia britânica – que pode prendê-lo se Assange deixar o território da embaixada. Quanto a Chelsea Manning, continua presa, já condenada a 35 anos de prisão por crime de traição.


Eis como as grandes “democracias” capitalistas dos EUA e da Europa demonstraram, até hoje, o seu compromisso com a livre expressão e a segurança dos jornalistas!


A narrativa desonesta e hipócrita que estado e imprensa-empresa encarregam-se de construir e distribuir exige que Charlie Hebdo e os cartunistas e jornalistas assassinados sejam convertidos em mártires da livre manifestação e representantes de uma sempre reverenciada tradição democrática do jornalismo hardcore pressuposto “iconoclasta”.


Em coluna publicada no Financial Times na 4ª-feira (7/1/2015), o historiador liberal Simon Schama inclui Charlie Hebdo numa gloriosa tradição de irreverência “jornalística”, que seria “o próprio sangue vital da liberdade”. Relembra os grandes satiristas europeus entre os século XVI e XIX, que não poupavam os grandes e poderosos. Dentre seus alvos ilustres, Schama nos relembra do brutal Duque de Alba, que, nos anos 1500s afogou em sangue os holandeses que lutavam por liberdade; o “Rei Sol” francês, Luiz XIV, o primeiro-ministro britânico William Pitt; e o Príncipe de Gales.


Simon Schama


A sátira, ensina Schama, passou a ser o oxigênio da política, permitindo a risada saudável que tudo ventila nos cafés e nas tavernas, onde caricaturas circulavam todos os dias, todas as semanas.


Schama tenta pôr Charlie Hebdo numa tradição à qual, por justiça, a revista não pertence.Todos os grandes satiristas aos quais Schama refere-se foram manifestação de um Iluminismo democrático e esclarecido – que usava o escárnio como arma contra os poderosos e corruptos defensores do privilégio aristocrático. Em todos os seus muitos retratos em que Charlie Hebdo degradou os muçulmanos, a revista e seus autores zombaram, exclusivamente, dos mais pobres dos pobres e dos mais fracos dos fracos.


Falar com clareza sobre o caráter sórdido, cínico e degradado de Charlie Hebdo não é pactuar com os assassinatos. Mas quando o slogan “Eu Sou Charlie” passa a ser adotado e promovido pela imprensa-empresa [“Murdoch é Charlie” (NTs)] como “lema” das manifestações de protesto, todos os que não tenham sido completamente dominados e já sejam controlados pelo estado e pela imprensa-empresa de propaganda do capital são obrigados a replicar:


Nos opomos ao ataque violento contra o jornal, mas não somos, nem nada temos a ver com a revista Charlie Hebdo: nós não somos Charlie.


Os marxistas conhecemos há muito tempo a luta para superar a influência da religião nas massas. Mas os marxistas sempre fazemos essa luta com clara compreensão de que a fé religiosa é mantida por condições adversas e por miséria e sofrimentos desesperados. Não se zomba de nenhuma religião: temos de compreender e criticar a religião, como Marx compreendeu e criticou:


O fundamento da crítica não religiosa é: o homem cria a religião; não é a religião que cria o homem. E a religião é, bem entendido, a autoconsciência e o autossentimento do homem que ainda não é senhor de si mesmo ou que novamente se perdeu (...) A miséria religiosa é, de um lado, a expressão da miséria real e, de outro, o protesto contra ela. A religião é o soluço da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração, o espírito de uma situação carente de espirito. É o ópio do povo.


A abolição da religião como felicidade ilusória do povo é uma exigência formulada pela felicidade real. Exigir que alguém renuncie às ilusões acerca da própria situação é exigir que renuncie a uma situação que precisa de ilusões. Criticar a religião é pois, em germe, a crítica deste vale de lágrimas, de que a religião é a auréola. [Crítica da Filosofia do Direito de Hegel, 1843-1844, marxists.org]


E basta ler essas palavras para perceber a grande distância moral que separa o marxismo, de um lado, e, de outro lado, o cinismo político doentio de uma “ex-esquerda”, que se manifesta no discurso de Charlie Hebdo.


A imprensa-empresa



Nada há, em Charlie Hebdo que ilumine alguém ou alguma coisa, muito menos que ajude algum pobre a viver. Tudo, ali, é achincalhe obsceno, pueril, tolo, arrogante, zombaria para desqualificar a religião muçulmana (e também outras religiões) e suas tradições.



As caricaturas antimuçulmanos, cinicamente provocativas, que apareceram em tantas capas de Charlie Hebdo alimentaram, inflaram e facilitaram o crescimento de movimentos chauvinistas de direita na França. É absolutamente absurdo pretender, como argumento para defender Charlie Hebdo, que as charges eram objetos de “boa fé, bom riso” e não buscavam consequências políticas.


À parte do fato de que o governo francês busca desesperadamente apoio para sua agenda cada dia mais militarista na África e no Oriente Médio, a França é país no qual a influência da Frente Nacional neofascista cresce sem parar, rapidamente. Nesse contexto político, Charlie Hebdo facilitou o crescimento de uma forma de sentimento politizado, antimuçulmanos, que se aproxima, muito preocupante e perturbadoramente, do antissemitismo politizado que emergiu como movimento de massas na França, nos anos 1890s.


Ao servir-se sempre de caricaturas horrorosas, vulgares, que criam e simultaneamente divulgam uma imagem sinistra e estereotipada dos muçulmanos, Charlie Hebdo faz lembrar as publicações racistas, baratas, que tiveram papel significativo no processo de incendiar a violência antissemita que enlouqueceu a França durante o famoso Caso Dreyfus, que irrompeu em 1894, quando um oficial judeu foi falsamente acusado e, na sequência condenado, por espionar a favor da Alemanha.


O mais infame dos jornais, usado para inflar o ódio aos judeus entre a população francesa levava o título, precisamente, de “A palavra livre”, La Libre Parole, animado pelo jornalista antissemita Edoard Adolfe Drumont. Esse jornal fazia uso efetivo e intensivo de charges, todas carregadas da mais empenhada propaganda antissemita. Aquelas caricaturas antissemitas inflamaram a opinião pública, incendiaram as massas contra Dreyfus e os que o defendiam, como Emile Zola (“J’accuse”).


O jornal antissemita "A Palavra Livre"


Este nosso website, The World Socialist Web Site, assentado sobre princípios políticos há muito tempo definidos e afirmados, opõe-se inequivocamente ao ataque terrorista contraCharlie Hebdo.


Mas absolutamente nos recusamos a aceitar que Charlie Hebdo seja apresentado como mártir da casa da democracia e da livre manifestação do pensamento. Ativamente alertamos nossos leitores para que não se deixem seduzir pela agenda reacionária que está motivando e dando alento à campanha hipócrita e desonesta que está chegando às ruas.



  • David North (nasceu em 1950) é norte-americano. Atualmente  é Presidente nacional do Partido da Igualdade Socialista nos Estados Unidos (SEP), anteriormente chamado Liga dos Trabalhadores. Serviu como secretário nacional do SEP. Foi o principal líder político e teórico do Comitê Internacional da Quarta Internacional (CIQI) após a cisão da organização com o Partido Revolucionário dos Trabalhadores. É também Presidente do Conselho Editorial Internacional do World Socialist Web Site , a voz do CIQI. Autor de vários livros e artigos sobre a história do movimento socialista. Ele ministra palestras sobre Política e História do marxismo.



http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2015/01/a-hipocrisia-do-meme-eu-sou-charlie-e.html
« Última modificação: 30 de Novembro de 2016, 08:41:43 por JJ »

Offline JJ

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Re:Charlie Hebdo: liberdade de expressão para tudo?
« Resposta #39 Online: 30 de Novembro de 2016, 08:35:27 »


Uma montanha de mentiras e hipocrisias.



 

Offline André Luiz

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Re:Charlie Hebdo: liberdade de expressão para tudo?
« Resposta #40 Online: 30 de Novembro de 2016, 08:42:53 »
Duvido que os sensores do apache tenham aquela resolução de gameboy que geralmente os videos militares mostram.

Mas os caras da Reuters vacilaram ao não comunicar as forças americanas que estariam dando um role pela cidade proximo aos milicianos

Offline Geotecton

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Re:Charlie Hebdo: liberdade de expressão para tudo?
« Resposta #41 Online: 30 de Novembro de 2016, 09:06:24 »
Ufa...

Agora que um marxista falou mal dos imperialistas, estou mais tranquilo. Afinal de contas marxistas são notórios por buscarem a verdade.

Agora que um marxista esclareceu que os órgãos de imprensa ocidentais são submissas aos governos, estou mais tranquilo. Afinal de contas, os órgãos de imprensa nos países socialistas e marxistas são totalmente livres.

Agora que um marxista escreveu contra uma revista que publica sátiras contra tudo, incluindo religião, estou mais tranquilo. Afinal de contas, os marxistas sempre se notabilizaram por defender a liberdade de manifestação de ideias e de culto nos países em que comandaram.


Ehh...

"Só que não!!!!"
Foto USGS

Offline Lorentz

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Re:Charlie Hebdo: liberdade de expressão para tudo?
« Resposta #42 Online: 30 de Novembro de 2016, 12:32:04 »
Olha o Geotecton sendo irônico e piadista. É praticamente um jovem.  :hihi:
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Agnoscetico

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Re:Charlie Hebdo: liberdade de expressão para tudo?
« Resposta #43 Online: 30 de Novembro de 2016, 12:49:16 »
Não lembro dos detalhes, mas foi algo nas linhas de posar em fotinhas na internet segurando "não precisamos que protestem em topless por nós", coincidentemente quando algum femen/femenóide estava fazendo protestos topless contra a execução de uma mulher.









http://www.demotix.com/news/6122305/topless-femen-activists-protest-front-iranian-embassy-germany


Segundo as a polícia do Irã, a mulher de fato planejava assassinar o marido, não agiu em ímpeto de auto-defesa, e foi executada.

https://en.wikipedia.org/wiki/Reyhaneh_Jabbari

Citar
http://freethoughtblogs.com/maryamnamazie/2014/04/01/this-is-my-body-i-will-do-whatever-i-want-with-it-interview-with-amina-sboui-and-aliaa-magda-elmahdy/

...
Maryam Namazie: What would you say to Muslim women activists who say: “don’t force your nudity on me? I find my hijab liberating”.

Amina Sboui: we are not forcing our nudity. The pictures that they did of Muslim women against FEMEN made me laugh. It makes me feel that when Aliaa was in Egypt or I was in Tunisia, I was forcing women to get naked, telling them to take off their clothes in the street or with guns saying “take off your clothes”. We are not forcing any women.

Aliaa Magda Elmahdy: I did a campaign before to publish photos of women who willingly took off their hijab with their stories and how they were forced to put it on or how people reacted to it when they took it off. And people said “you want to force women to take off their hijab”. I said “No I want to give them a space to talk about how they are forced to wear it.”

Also the “Muslimah Pride” group posted pictures of children in hijab and then they are talking about us forcing people to take off their clothes!

...

Se forem criticas a nudez por ela ser inutil contra opressão, ok. Mas se por moralismo religioso e elas gostam de viver oprimidas no Islã, dane-se, que morram!
Mulher de terrorista, fanático pra mim é que nem mulher de bandido, se meteu que aguente! Se curte ser masoquista, que sofra!
Lembrei do caso das garotas que foram até o ISIS, com intenção aparente de querer contrariar as normas sociais anti-terror, e parece que foram estupradas.

Se alguem que seguir idiotice é livre pra pagar pelas consequencias.


________________

Sobre Charlie Hebdo critica religiao (e personagens religiosos da qual nao se tem evidencias, ou já são mortos faz muito tempo, ou não tem parentes que possam se ofender, etc) é valido, religiões são ideias e ideias muitas delas nao merecem respeito (democracia é uma das exceções). Como disse alguem num video, faz tempo, algo tipo se Alá tiver ofendido que ele venha e castigue ou processe quem ofendeu ele e a religião. As pessoas tem direito a acreditar em tolices mas a tolice nao merece respeito em si. 


Offline JJ

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Re:Charlie Hebdo: liberdade de expressão para tudo?
« Resposta #44 Online: 30 de Novembro de 2016, 14:31:44 »
Ufa...

Agora que um marxista falou mal dos imperialistas, estou mais tranquilo. Afinal de contas marxistas são notórios por buscarem a verdade.

Agora que um marxista esclareceu que os órgãos de imprensa ocidentais são submissas aos governos, estou mais tranquilo. Afinal de contas, os órgãos de imprensa nos países socialistas e marxistas são totalmente livres.

Agora que um marxista escreveu contra uma revista que publica sátiras contra tudo, incluindo religião, estou mais tranquilo. Afinal de contas, os marxistas sempre se notabilizaram por defender a liberdade de manifestação de ideias e de culto nos países em que comandaram.


Ehh...

"Só que não!!!!"



Pau que bate em Chico bate em Francisco. 


De forma semelhante alguém pode falar :

Ufa...

Agora que um capitalista   falou bem dos imperialistas, estou mais tranquilo. Afinal de contas capitalistas são notórios por buscarem a verdade.

Agora que um capitalista esclareceu que os órgãos de imprensa ocidentais são independentes dos governos, estou mais tranquilo. Afinal de contas, os órgãos de imprensa nos países capitalistas  são totalmente livres.

Agora que um capitalista escreveu a favor de  uma revista que publica sátiras, estou mais tranquilo. Afinal de contas, os capitalistas sempre se notabilizaram por defender a liberdade de manifestação de ideias nos países em que comandaram.


Ehh...

"Só que não!!!!"
« Última modificação: 30 de Novembro de 2016, 14:36:28 por JJ »

 

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