Autor Tópico: Pergunta e Resposta da Montfort  (Lida 904 vezes)

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Offline Südenbauer

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Pergunta e Resposta da Montfort
« Online: 07 de Setembro de 2005, 20:20:03 »
Pergunta[/size]

Da última vez que te escrevi, vocês me responderam com uma série de ataques pessoais e nenhuma lógica. Pois, bem; desta vez foi ser direto para que não possam fugir da pergunta: vocês criticam a teoria da evolução por não ter validade científica. Não quero discutir esta questão com vocês porque é perda de tempo. Minha questão é a seguinte: me apresente uma única prova, veja bem prova não argumento, científica que justifique o criacionismo.

Resposta[/size]

Espanta-me profundamente sua consulta. Não pelos erros conceituais (prova não é mais argumento? Um argumento correto não serve de prova? Os argumentos que demos são lógicos e corretos, mas não valem para você? Se um argumento é perda de tempo, por que você freqüenta um curso superior, onde se aprendem argumentos? Você sabe a diferença entre prova e evidência? Prove para mim que você existe!).

Erros conceituais todo estudante tem, por isso não me causam espanto.

Mas você deve estar em busca, na verdade, de uma evidência - algo que se vê! - e não prova. O que se prova, assim se faz por não ser evidente. O que é evidente não necessita de prova. Óbvio! É evidente que uma gaivota voa, mas que ela esteja doente pode não ser evidente. Nesse caso, é necessário uma prova.

Pois é evidente que há uma ordem na natureza. Desde a matéria bruta, passando pelos vírus, bactérias, fungos, algas, plantas, animais, até o homem, há uma escala! Uma régua é uma escala, e você não vê (evidencia) uma régua na natureza, resultado de um processo aleatório e desordenado. Quem evidencia que existe uma escala ordenada na natureza, deduz - numa conclusão óbvia - que há ordenador e inteligente, ainda que tenha Ele atuado por causas segundas.

E os seres vivos, seguem uma evidente orientação? Seria loucura afirmar que as criaturas irracionais têm intenção em si mesmas, mas seria um absurdo maior ainda, dizer que a natureza é caótica e sem lógica. É tão evidente, que qualquer homem, por mais ignorante, pode dominar a natureza, pois vê que ela é previsível e compreensível. E só é previsível aquilo que obedece leis fixas e compreensíveis.

É também evidente que a ordem interna de qualquer ser vivo é frágil. Tire uma foto das fibras neurais do globo ocular, veja e conclua você mesmo: o que aconteceria se eu mudasse cegamente apenas um desses "fiozinhos". Quem não vai mais ver nada é o dono daquele olho!

Quem não quer ver são os evolucionistas. Os evolucionistas que são "cegos ao meio-dia" e vêem o que não existe. O próprio Dobzhanski diz que as mudanças lentas evolutivas o homem nunca as poderá ver, por causa da dimensão temporal! (in Organic Diversity, 1937). Eis meu assombro: antes, onde estão as evidências da Evolução? Se você as têm, mostre às grandes academias de ciências naturais, que as buscam incessantemente. Quem sabe você conseguem uma publicação colorida nas revistas Galileu ou Super Interessante...

E onde estão as evidências fósseis. A paleontologia só complicou a situação dos evolucionistas. Onde estão os intermediários? Quem evidenciou um caso real de especiação?

Sugiro que leia "A Caixa-Preta de Darwin", de Michael Behe. Mas se quiser, não precisa ler a argumentação, só observe as muitas evidências de uma ordem real bioquímica nos organismos.

Sugiro também que não despreze a argumentação. Pois a ciência sem a argumentação é como sal sem gosto. Não serve para mais nada.

In Corde Iesu, Fábio Vanini

Fonte: Montfort

Offline Südenbauer

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Re: Pergunta e Resposta da Montfort
« Resposta #1 Online: 07 de Setembro de 2005, 20:24:48 »
Citação de: Fábio Vanini
Pois é evidente que há uma ordem na natureza. Desde a matéria bruta, passando pelos vírus, bactérias, fungos, algas, plantas, animais, até o homem, há uma escala! Uma régua é uma escala, e você não vê (evidencia) uma régua na natureza, resultado de um processo aleatório e desordenado. Quem evidencia que existe uma escala ordenada na natureza, deduz - numa conclusão óbvia - que há ordenador e inteligente, ainda que tenha Ele atuado por causas segundas.

Nossa, ótima lógica.
1 - Há ordem na natureza? Não é o que dizem os criacionistas que usam o argumento da entropia. E aí?
2 - Há ordem na natureza. Logo, foi Deus. Ah, tá. Esse cara já ouviu falar de seleção cumulativa? Ela ocorre sem propósito e pode gerar ordem.


E onde foi que responderam a pergunta do cara? Não responderam, só ficaram enrolando e atacando a evolução. Como sempre!

Offline Südenbauer

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Re.: Pergunta e Resposta da Montfort
« Resposta #2 Online: 07 de Setembro de 2005, 20:46:22 »
Putz, essa resposta aqui deve ser a pior que alguém da Montfort já escreveu:

Caro Sr. Giovani, salve Maria,

Tomo a liberdade de responder sua carta, em nome do Sr. Orlando Fedeli, a quem foi endereçada, por conhecer um pouco sobre o tema tratado.

Em primeiro lugar, para podermos tratar de questões cientificas, da forma objetiva como requer o assunto, é preciso que abandonemos nossas opiniões. Se nos fundamentássemos meramente em nossas opiniões, qualquer discussão seria inútil, vã, e não mudaria numa vírgula o conhecimento acerca da verdade sobre o Universo. Na Ciência não há terreno para opiniões. Muito menos na Filosofia. Menos ainda na Religião. O que importa é o que a realidade nos mostra.

Portanto, se segundo a "sua opinião" a Teoria da Evolução explica tudo e, segundo a nossa, a Teoria da Criação também explica tudo, alguma das duas obrigatoriamente tem que estar errada. Conforme o senhor escreve, a Teoria da Evolução é "logicamente coerente" e o Criacionismo é "uma conclusão baseada totalmente em um raciocínio lógico". E essas duas preposições se contradizem.

Para condenar assim o Criacionismo, seria necessário um conhecimento profundo – longe de palpites - acerca dos princípios filosóficos e metafísicos que o regem, bem como dos fenômenos naturais - que não o desaprovam. E isso a ciência moderna e sua mídia ocultam, para que estudantes e cientistas permaneçam na obscuridade.

Mas, por enquanto, seria mais adequado tratarmos imparcialmente da raiz do problema. É assim que um cientista sincero deve agir. E o problema fundamental é a existência de Deus. Pois, como o senhor mesmo admite "se em algum momento houver uma prova irrefutável que Deus exista, neste caso iremos repensar nossas soluções". E se Deus existisse mesmo, você abandonaria as teorias contrárias a Ele? E por que aceita tão amorosamente o Evolucionismo, se sua explicação "não é perfeita e não responde a tudo" (sic)?

Recomendo, portanto que leia, neste mesmo site, as provas da existência de Deus (http://www.montfort.org.br/cadernos/existencia.html). São provas (não teorias) de que um ser criador, inteligente, superior e transcendente ao Universo é absolutamente necessário, e dessa necessidade, nem mesmo o Evolucionismo escapa. Pois é óbvio que o Universo nem sempre existiu. Houve um tempo em que ele não existia. Os que negam isso, transferem obrigatoriamente as qualidades de Deus para o Universo, e caem rapidamente numa espécie de panteísmo. O evolucionismo é uma tentativa de explicar o Universo causado, sem causa.

Quanto ao fato de que o Evolucionismo é "logicamente coerente", se realmente o fosse, não seriam seus princípios tão amplamente discutidos e modificados desde sua proposta por Darwin e Wallace. O Evolucionismo quer demonstrar um Universo sem Deus, mas utilizando-se de certos sofismas, buracos (se é que é possível valer-se deles, para uma explicação científica) e distorções da análise dos fatos. Não podemos nos esquecer das distorções dos próprios fatos, isto é, das fraudes (como as do famoso Homem de Piltdown e do Homem de Java). Os evolucionistas adaptam os fatos uma teoria amarrada com barbante. O Evolucionismo é uma ideologia. Ou ainda, o Evolucionismo é uma tese metafísica. Mais ainda: o Evolucionismo é um sistema teosófico, com dogmas e tudo! É por isso que o senhor escreve - ingenuamente - logo no começo de sua carta que o homem é incompleto!

Tratemos, pois, da incompletude do homem. Embora o senhor a tenha colocado como sua opinião – o que vale tanto quanto a nossa, isto é, nada! – tal é exatamente a tese dos filósofos e teólogos gnósticos e panteístas. O homem é um ser em formação, pois, na verdade, um deus imanente ao mundo estaria em formação. E, no momento, sua expressão mais "evoluída" é a consciência humana. E por que será que não se fala, nas academias de ciência, ou nos tão importantes periódicos científicos, do que há de suceder o homem? Por que a evolução teria parado em nós?

Alguns tentaram acelerar esse processo, buscando uma raça "mais evoluída", superior. Na Alemanha, esse movimento de aplicação do Evolucionismo chamou-se Nazismo (em busca do super-homem). Na Inglaterra, por exemplo, chamava-se Eugenismo, cujas cabeças principais propuseram, ao mesmo tempo, fórmulas matemáticas em genética de populações - para a corrente clássica selecionista - e a esterilização de doentes físicos e mentais! E nessas ações se vê a aplicação de um sistema doutrinário, com direito a dogmas, sacerdotes e tudo!

E a "lógica coerente" do Evolucionismo? Enquanto todo o Universo tende ao caos, o Evolucionismo propõem uma inversão dessa lei. Os organismos tenderiam naturalmente a se organizar, e em sistemas cada vez mais complexos. Os efeitos seriam maiores do que suas causas. E como bom físico, o senhor deve saber que isto é fisicamente impossível. Não é à toa que as diversas experiências em torno da "geração espontânea" da vida fracassaram ou foram fraudadas (ver Klaus Dose, 1988 – The Origin of Life: More questions than answers. In Interdisciplinary Science Reviews, vol. 13, no. 4). Contudo, continuam sendo ensinadas e tidas como comprovações da viabilidade da teoria.

Outro grande problema da teoria, que seria suficiente para eliminar a corrente darwinista, é a famosa tautologia da seleção do mais apto. Segundo Darwin, a seleção natural atuaria, selecionando o indivíduo mais apto. Ora, e quem é o mais apto? Resposta: o que foi selecionado. É um típico pensamento cíclico de princípios mal fundamentados. É um dogma darwinista.

A Evolução, segundo a corrente clássica, Darwinista, ocorreria gradualmente, ao longo de uma escala temporal geológica. E seria um processo contínuo. A partir deste princípio, pergunta Dobzhansky (Genetics and the Origin of Life, 1941): como pode um processo contínuo gerar produtos descontínuos? Produtos descontínuos seriam as espécies, que, como reconhece o importante geneticista, são categorias reais, e não convencionais (como ensina a filosofia escolástica medieval).

Este mesmo princípio, isto é, da contínua e gradual mudança dos seres vivos, ao longo de milhões de anos, deveria levar a uma evidência obrigatória: o registro fóssil. Ora, exatamente o que mais intriga os biólogos evolucionistas são os fósseis. Eles aparecem de repente em camadas geológicas e somem, sem mostrar mudanças. E a obra de Stephen Jey Gould está aí para descrever este fenômeno. Não é à toa que ele propôs a teoria do equilíbrio pontuado, em que a evolução ocorreria em saltos... e os evolucionistas vão saltando as contradições!

O senhor acerta em um ponto, quando afirma que a teoria da Evolução está "parcialmente correta". Pois não há um falso sistema sem algumas verdades, para poderem sustentar as outras mentiras. Uma mentira é tanto mais bem feita, quanto mais se esconde sob verdades. E quais seriam essas verdades?

Uma coisa é certa: muitas coisas mudam. As gerações de indivíduos são muito diferentes entre si. A freqüência gênica muda ao longo do tempo. Isso é uma evidência e um fato testável. A este fato, os evolucionistas atribuem erroneamente o nome de micro-evolução. É um nome equivocado, pois Evolução, micro ou macro, implica em mudança de forma. E isso não há.

A essa mudança de forma (leia-se mudança de espécie), chama-se, em biologia evolutiva, macro-evolução. Macro, pois deveria ser visível, porém não é, nem experimentalmente. E isso seria fundamental para a evidenciação da teoria, antes de tudo.

A partir do fato de que a macro-evolução não é nem nunca será vista, medida ou registrada, transcrevo-lhe a conclusão acerca disto, de Dobzhansky (Genetics and the Origin of Life, 1941):


"Por esta razão estamos obrigados, ao presente nível de conhecimento, relutantemente a colocar um sinal de igualdade entre mecanismos de macro-evolução e micro-evolução, e, procedendo nesta premissa, empurrar nossas investigações tão longe quanto esta hipótese de trabalho nos permitir".


Eis um sofisma! Eis outro dogma! Eis a confissão de um cientista de peso sobre a submissão a uma ideologia anti-criacionista e anti-Deus, a qualquer custo. Essa famosa declaração foi Publicada em 1941, mas apoiada numa revisão recente feita por Gould. E é o que se assume em qualquer trabalho e pesquisa em Evolução. As experiências que o senhor faz menção (mas não cita nenhuma, como os cientistas e estudantes em geral), se baseiam em mudanças pequenas e sem implicações formais. Essas pequenas mudanças (mendelianas), medidas pelos cientistas, são extrapoladas para se coroar uma teoria em crise. Essa distância entre o que se mede e a teoria da Evolução, Lewontin classifica como "paradoxo epistemológico" (1974, in The Genetics Basis of the Evolutionary Changes). E é só mais um paradoxo.

Recomendo que leia "A Caixa-Preta de Darwin", de Michael Behe, que trata dos sistemas bioquímicos. Nesse livro se vê que a complexidade dos seres vivos, do ponto de vista bioquímico, não é possível de ser alcançada estocasticamente. Um só elemento que falte a um sistema, e este se torna inútil. E com ele, todo o indivíduo. Portanto, as mudanças e mutações não podem ultrapassar um limite de viabilidade do indivíduo. E para a Evolução acontecer, a probabilidade de surgirem novos sistemas complexos completos e viáveis se torna no mínimo caótica.

Enfim, os seres não mudam de forma. São o que são (primeiro e fundamental princípio da metafísica, de identidade). Minhoca é minhoca, melancia é melancia. Cada ser dando descendentes "segundo a sua espécie" (Dez vezes repetidas no primeiro capítulo do Gênesis). Pois as coisas que existem são semelhantes a sua causa. E Deus, que é o que é, fez as coisas idênticas a si mesmas, e semelhantes a Ele. E as fez boas e perfeitas, isto é acabadas. E fez tudo com ordem, de maneira a estarem necessariamente relacionadas. A ordem natural reflete a inteligência do ordenador. É contraditório assumir que a ordem vista na natureza seja um efeito estocástico e organizador ao mesmo tempo.

Portanto, Sr. Giovani, a teoria da Evolução é, antes de tudo, uma teoria imposta, que esconde suas contradições internas sob uma máscara de ciência imparcial e natural. E que obriga, sob pena de vergonha e desprezo, os estudantes e cientistas a defende-la a todo custo, imparcialmente contra Deus, mesmo que ela não seja "final, definida e irrefutável".

In corde Iesu et Maria,
Fabio Vanini

http://www.montfort.org.br/perguntas/evolucionismo7.html

Offline Cristiano

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Re.: Pergunta e Resposta da Montfort
« Resposta #3 Online: 08 de Setembro de 2005, 14:21:22 »
Eu não consigo ler a Montfot... a quantidade de falácias, deturpações e desonestidades intelectuais por parágrafo é muito alta... chega a dar um embrulho no estômago... :?

Offline Südenbauer

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Re: Re.: Pergunta e Resposta da Montfort
« Resposta #4 Online: 08 de Setembro de 2005, 15:04:49 »
Citação de: Cristiano
Eu não consigo ler a Montfot... a quantidade de falácias, deturpações e desonestidades intelectuais por parágrafo é muito alta... chega a dar um embrulho no estômago... :?

Eu criei imunologia a essas idiotices.

 

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