Autor Tópico: Encantamentos e magias  (Lida 963 vezes)

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Offline Sergiomgbr

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Encantamentos e magias
« Online: 02 de Dezembro de 2015, 02:28:19 »
Meu pai chegou a ter um exemplar do "O Livro de São Cipriano".



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Livro de São Cipriano é um grimório que contém diversos rituais de ocultismo e exorcismo, mais especificamente magias (branca e negra), com múltiplas finalidades, inclusive para o quotidiano

Minha teoria é que se trata de um repositório, como em muitos outros elementos do hermetismo aliás, com uma proposta de obtenção de resultados práticos pra toda uma sorte de intenções, colhidas de observações bastante acuradas do comportamento humano, menos mítica e mais cientificamente do quererão deduzir os mais céticos na questão.

Muita "ciência" relativa ao se humano sempre foi conhecida sem que houvesse uma "epistemologia" científica correlata, uma "ciência" sempre envolta em uma nuvem misteriosa de misticismo e simbolismos como magia, como algo "mágico". Há certamente uma "ciência" na "arte" da eloquência, na hipnose, ou mesmo na capacidade maior de psicopatas em realizar atos que pessoas empáticas normalmente não conseguiriam; bom, minha teoria complementar é que há técnicas "místicas" que fazem o indivíduo transpor certos limites comportamentais, limites estes auto impostos culturalmente mas não potencialmente.

Penso que  "ateus(ou nem tanto, eventualmente) antigos" sempre souberam divisar essa linha entre o "religioso" e o prático, e que esse tipo de conhecimento é um tratado psicossocial formidável. O que acham?

« Última modificação: 02 de Dezembro de 2015, 22:36:47 por Sergiomgbr »
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Offline Gigaview

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Re:Encantamentos e magias
« Resposta #1 Online: 02 de Dezembro de 2015, 07:20:16 »
Eu acho que você viajou na maionese.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Sergiomgbr

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Re:Encantamentos e magias
« Resposta #2 Online: 02 de Dezembro de 2015, 13:24:55 »
Bom, um pista é olhar não o que está aparente mas para aquilo que pode estar sendo proposto de forma velada. Um exemplo? Alguns "feitiços" que por requererem n ingredientes e peripécias ritualísticas que pela dificuldade em sua obtenção e execução visariam mais o engajamento, o reforçar a intenção visceral do seu contratante para com o objeto a ser enfeitiçado.

É uma possibilidade científica bastante plausível que uma dedicação obstinada a um propósito, ainda mais sacrificando convenções sociais arraigadas, possa ser determinante no êxito de uma empreitada incerta.

Para o feiticeiro o feitiço pode se uma obra estritamente científica, ironicamente usando o misticismo do contratante como a possivelmente única poção realmente "mágica" no processo.
« Última modificação: 02 de Dezembro de 2015, 13:31:26 por Sergiomgbr »
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Offline Brienne of Tarth

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Re:Encantamentos e magias
« Resposta #3 Online: 02 de Dezembro de 2015, 16:33:58 »
Meh. Pois eu tenho "O Diário do Diabo", autografado pelo próprio Nicholas Satan, tá? Contem informações e dicas muito úteis.
Quem vocês acham que está financiando o Terror? Em? Em? Em? :twisted:
GNOSE

Offline Gigaview

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Re:Encantamentos e magias
« Resposta #4 Online: 02 de Dezembro de 2015, 17:01:18 »
Bom, um pista é olhar não o que está aparente mas para aquilo que pode estar sendo proposto de forma velada. Um exemplo? Alguns "feitiços" que por requererem n ingredientes e peripécias ritualísticas que pela dificuldade em sua obtenção e execução visariam mais o engajamento, o reforçar a intenção visceral do seu contratante para com o objeto a ser enfeitiçado.

É uma possibilidade científica bastante plausível que uma dedicação obstinada a um propósito, ainda mais sacrificando convenções sociais arraigadas, possa ser determinante no êxito de uma empreitada incerta.

Para o feiticeiro o feitiço pode se uma obra estritamente científica, ironicamente usando o misticismo do contratante como a possivelmente única poção realmente "mágica" no processo.

Juro que pensei que iria ler alguma coisa estritamente científica nessa viagem como o uso da mecânica quântica na feitiçaria.
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Offline Sergiomgbr

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Re:Encantamentos e magias
« Resposta #5 Online: 02 de Dezembro de 2015, 19:16:29 »
Meh. Pois eu tenho "O Diário do Diabo", autografado pelo próprio Nicholas Satan, tá? Contem informações e dicas muito úteis.
Quem vocês acham que está financiando o Terror? Em? Em? Em? :twisted:
"Pactos com Satan" não são por definição agendas de terror muito menos intrinsecamente do mal, são apenas uma forma do contratante se libertar de pudores psicológicos de toda natureza. Mas não nada é simples, há sempre um joio a ser separado do trigo. A ideia aqui inclusive era explorar possibilidades além de obviedades. Quem sabe o Terry Silverman queira dar pitacos...
« Última modificação: 02 de Dezembro de 2015, 19:18:43 por Sergiomgbr »
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Offline Brienne of Tarth

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Re:Encantamentos e magias
« Resposta #6 Online: 03 de Dezembro de 2015, 09:57:06 »
Sergio, estudei diversos tipos de religiões e seitas, e passei obviamente pela Wicca, com uma pitada de Helena Blavastky e Castañeda, passando pelo vodu haitiano e os usuais tarô, numerologia, astrologia, e demais pseudociências; se fosse escolher uma delas para seguir, seguiria a wicca, pela sua comunhão com a natureza, e o entendimento do ser humano como parte dela, e não como seu inimigo.

Esse estudo me permitiu entender melhor as maneiras pela qual as pessoas seguem rituais e cânones durante suas vidas, às vezes sem nem mesmo cogitar sobre o assunto; conhecer outras cosmovisões foi como entrar em cada mundo, absorvendo seus conceitos e, como dizia Oswald, o de Andrade, "antropofagizar" e produzir algo novo em mim, ampliando minha compreensão.

A magia na verdade nunca acaba, ela é produto da riqueza da imaginação e da criatividade, devendo ser alimentada sempre com o maravilhar-se conosco e com o que nos cerca, ainda que o Eduardo Cunha seja um safado FDP e a Dilma esteja se defendendo daquilo que não foi acusada. :P
GNOSE

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Re:Encantamentos e magias
« Resposta #7 Online: 03 de Dezembro de 2015, 13:39:07 »
Sergio, estudei diversos tipos de religiões e seitas, e passei obviamente pela Wicca, com uma pitada de Helena Blavastky e Castañeda, passando pelo vodu haitiano e os usuais tarô, numerologia, astrologia, e demais pseudociências; se fosse escolher uma delas para seguir, seguiria a wicca, pela sua comunhão com a natureza, e o entendimento do ser humano como parte dela, e não como seu inimigo.

Esse estudo me permitiu entender melhor as maneiras pela qual as pessoas seguem rituais e cânones durante suas vidas, às vezes sem nem mesmo cogitar sobre o assunto; conhecer outras cosmovisões foi como entrar em cada mundo, absorvendo seus conceitos e, como dizia Oswald, o de Andrade, "antropofagizar" e produzir algo novo em mim, ampliando minha compreensão.

A magia na verdade nunca acaba, ela é produto da riqueza da imaginação e da criatividade, devendo ser alimentada sempre com o maravilhar-se conosco e com o que nos cerca, ainda que o Eduardo Cunha seja um safado FDP e a Dilma esteja se defendendo daquilo que não foi acusada. :P
Ao que parece, você tá depondo sobre o conceito misticismo pelo senso comum, o do que ele é ou  não, pelo que as pessoas depõem a respeito. Religiosos crendo, e céticos desdenhando e cristalizando a ideia central de que se trata de algo inválido. Ao menos é o que você e o Gigawiew parecem apontar.
 
Eu não estou negando nem a visão cética dos que acham que misticismo é uma forma de wishful thinking nem a visão religiosa dos que dizem que há alguma ação mágica, mas sim, apontando o aspecto hermetista do misticismo onde pode ser que existam propósitos específicos obtíveis por engendramentos específicos de forma científica(o processo em si), mas não só não visíveis pelos crentes, mas funcionais(o efeito placebo místico) por causa as vezes de o próprio crente ser um crente. 
« Última modificação: 03 de Dezembro de 2015, 16:43:56 por Sergiomgbr »
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Offline Brienne of Tarth

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Re:Encantamentos e magias
« Resposta #8 Online: 03 de Dezembro de 2015, 15:13:58 »
Tu fizeste algo que funcionou?
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Offline Sergiomgbr

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Re:Encantamentos e magias
« Resposta #9 Online: 03 de Dezembro de 2015, 15:24:43 »
Tu fizeste algo que funcionou?
Sim. Eu já rezei, por exemplo, para um papai do céu hipotético quando era criança e isso foi capaz de apaziguar  profundamente meu estado geral de ansiedade e aflição em várias ocasiões.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Encantamentos e magias
« Resposta #10 Online: 03 de Dezembro de 2015, 16:25:19 »
O que suscita uma questão interessante, inversa àquela recente de "medo de provocar Deus".

Se ateus convictos obteriam algum grau de relaxamento rezando para Deus por uma mãozinha divina em algo que os aflija. E comparações com outros rituais que também não acreditem, como simpatias e etc.

Ateus que tivessem sido crentes mais praticantes disso talvez possam ter um efeito pavloviano bastante forte.

Mas talvez mesmo com aqueles que passaram por uma fase mais "deísta", de deus indiferente, ainda haja algum efeito placebo, só pela sugestão. Curioso seria medir se seria mais efetivo do que algo como só imaginar vividamente o alívio da situação completamente sanada e deixada para trás.

Offline Sergiomgbr

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Re:Encantamentos e magias
« Resposta #11 Online: 10 de Dezembro de 2015, 14:19:57 »
Meditação aliviaria a dor bem mais que placebo, segundo estudo.

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This is significant because placebo-controlled trials are the recognized standard for demonstrating the efficacy of clinical and pharmacological treatments.

The research, published in the Journal of Neuroscience, showed that study participants who practiced mindfulness meditation reported greater pain relief than placebo. Significantly, brain scans showed that mindfulness meditation produced very different patterns of activity than those produced by placebo to reduce pain.
 

“We were completely surprised by the findings,” said Fadel Zeidan, Ph.D., assistant professor of neurobiology and anatomy at Wake Forest Baptist and lead investigator of the study. “While we thought that there would be some overlap in brain regions between meditation and placebo, the findings from this study provide novel and objective evidence that mindfulness meditation reduces pain in a unique fashion.”

The study used a two-pronged approach – pain ratings and brain imaging – to determine whether mindfulness meditation is merely a placebo effect. Seventy-five healthy, pain-free participants were randomly assigned to one of four groups: mindfulness meditation, placebo meditation (“sham” meditation), placebo analgesic cream (petroleum jelly) or control.
 

Pain was induced by using a thermal probe to heat a small area of the participants’ skin to 49 degrees Centigrade (120.2 degrees Fahrenheit), a level of heat most people find very painful. Study participants then rated pain intensity (physical sensation) and pain unpleasantness (emotional response). The participants’ brains were scanned with arterial spin labeling magnetic resonance imaging (ASL MRI) before and after their respective four-day group interventions.

The mindfulness meditation group reported that pain intensity was reduced by 27 percent and by 44 percent for the emotional aspect of pain. In contrast, the placebo cream reduced the sensation of pain by 11 percent and emotional aspect of pain by 13 percent.
 

“The MRI scans showed for the first time that mindfulness meditation produced patterns of brain activity that are different than those produced by the placebo cream,” Zeidan said.

Mindfulness meditation reduced pain by activating brain regions (orbitofrontal and anterior cingulate cortex) associated with the self-control of pain while the placebo cream lowered pain by reducing brain activity in pain-processing areas (secondary somatosensory cortex).
 

Another brain region, the thalamus, was deactivated during mindfulness meditation, but was activated during all other conditions. This brain region serves as a gateway that determines if sensory information is allowed to reach higher brain centers.  By deactivating this area, mindfulness meditation may have caused signals about pain to simply fade away, Zeidan said.

Mindfulness meditation also was significantly better at reducing pain intensity and pain unpleasantness than the placebo meditation.  The placebo-meditation group had relatively small decreases in pain intensity (9 percent) and pain unpleasantness (24 percent). The study findings suggest that placebo meditation may have reduced pain through a relaxation effect that was associated with slower breathing.
 

“This study is the first to show that mindfulness meditation is mechanistically distinct and produces pain relief above and beyond the analgesic effects seen with either placebo cream or sham meditation,” Zeidan said.

“Based on our findings, we believe that as little as four 20-minute daily sessions of mindfulness meditation could enhance pain treatment in a clinical setting. However, given that the present study examined healthy, pain-free volunteers, we cannot generalize our findings to chronic pain patients at this time.”

http://www.wakehealth.edu/News-Releases/2015/Mindfulness_Meditation_Trumps_Placebo_in_Pain_Reduction.htm
Até onde eu sei eu não sei.

 

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