Autor Tópico: Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade  (Lida 3723 vezes)

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Offline EuSouOqueSou

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Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade
« Online: 20 de Janeiro de 2016, 21:24:52 »
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Está liberada a maratona de Star Trek para comemorar: estamos chegando no futuro. Pela primeira vez um matemático conseguiu chegar em uma fórmula que pode ser a chave para o controle da gravidade.

A ideia não é utilizar da tecnologia para desligar a gravidade terrestre e sair voando por aí, pelo contrário.

A princípio o plano é tentar aumentar a gravidade em um local controlado.

A alteração seria ínfima, mas o suficiente para que conseguíssemos estudar a força gravitacional e colocar em cheque a teoria da relatividade, proposta por Einstein.

Isso seria possível porque o famoso físico afirma que tanto as energias quando as massas são afetadas de maneira igual pelo campo gravitacional, de maneira que curvas seriam produzidas por campos eletromagnéticos.

O ponto é que os campos produzidos na Terra são muito fracos, e não conseguimos medi-los. Porém, com o aumento da gravidade em determinados pontos, a visualização seria facilitada.

"De alguma maneira, estudar a gravidade é uma atividade contemplativa: físicos se restringiam a analisar o natural, as fontes gravitacionais já existentes. Gerar campos gravitacionais, que poderiam ser ligados ou desligados, é algo que havia sido deixado para a ficção científica", afirma o matemático responsável pela descoberta, André Füzfa, da Universidade de Namur (Bélgica) em seu artigo.

Se funcionar, a tecnologia também traria efeitos práticos. As ondas gravitacionais poderiam substituir as transmissões que hoje são feitas por satélite.

"Até agora, um avanço científico desse porte era um sonho, mas isso poderia abrir caminho para muitas novas ferramentas, como telecomunicações usando ondas gravitacionais, por exemplo" afirmou a universidade em comunicado.

Ainda não se sabe se o projeto vai mesmo rolar. O problema é que, para ser produzido, o equipamento envolveria um custo que pouca gente estaria disposta a assumir.

Afinal, não há provas de que a máquina realmente funcionaria, apenas estimativas e cálculos baseados em teoria.

Se fizerem e der certo, porém, a forma como enxergamos o mundo, e até a ficção científica, pode mudar. O estudo completo está disponível aqui.
http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/matematico-propoe-maneira-de-criar-e-manipular-a-gravidade
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline Cinzu

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Re:Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade
« Resposta #1 Online: 20 de Janeiro de 2016, 21:57:58 »
Um grande passo em nossa jornada de civilização tipo 1.
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Offline Derfel

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Re:Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade
« Resposta #2 Online: 21 de Janeiro de 2016, 10:18:23 »
Vou esperar a opinião dos nossos físicos de plantão.

Offline Peter Joseph

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade
« Resposta #4 Online: 21 de Janeiro de 2016, 11:55:02 »
Se a coisa é tão cara, não deve ser tão provável o uso como forma de telecomunicação. :hein:

Offline FredLC

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Re:Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade
« Resposta #5 Online: 21 de Janeiro de 2016, 18:53:00 »
Modificar gravidade é fácil, basta aumentar a massa ou a velocidade acelerada de um objeto. O que é difícil é afetar o efeito intrínseco da gravidade, que é o que o texto propõe.

Dei uma passada de olho no estudo que o artigo menciona (será que é o completo, com meras 12 laudas, para um efeito tão inovador?) e a matemática é completamente fora da minha realidade. Mas o conceito geral me parece ser o mesmo do motor de Alcubierre; usar uma corrente elétrica para concentrar energia em um ponto causando distorção do espaço tempo. O motor de Alcubierre geraria uma falsa singularidade, e necessitaria de materiais exóticos que (pelo menos ainda) são teóricos, e esse texto expressa que ele não conta com nenhuma física exótica ou tecnologia inexistente, o que é uma grande diferença... Mas me chamou a atenção que logo na primeira linha da ementa ele fala sobre o despejo de quantidades arbitrárias de energia em solenóides causam uma curva no espaço-tempo, e evoca estados exóticos de matéria (como o uso de supercondutores para causar uma mudança de fase nos fótons).

Não tenho condição de avaliar a plausibilidade (embora eu consiga avaliar quão fantástico seria esse resultado), mas estou curioso para saber a avaliação dos físicos do fórum tb.
« Última modificação: 21 de Janeiro de 2016, 18:55:14 por FredLC »
…There would be no atheism if there were no god…"

G.K. Chesterton.

"Deal"

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Offline Pregador

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Re:Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade
« Resposta #6 Online: 22 de Janeiro de 2016, 09:34:18 »
pois é, alguém que entenda melhor disso poderia ler e comentar?
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Offline Peter Joseph

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Re:Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade
« Resposta #7 Online: 22 de Janeiro de 2016, 11:07:33 »
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Projetado aparelho para produzir e controlar gravidade

Controle da gravidade

Carros sem rodas que flutuam no ar e naves espaciais que saem voando sem o fogo e a fumaceira dos foguetes ainda são coisa de ficção científica.

Talvez não por muito tempo.

O professor André Füzfa, da Universidade de Namur, na Bélgica, encontrou um caminho prático para produzir e detectar campos gravitacionais que aponta para a possibilidade de transformar essas ficções em realidade.

Füzfa projetou um dispositivo experimental que permitirá criar campos gravitacionais usando campos magnéticos. Devidamente controlados, esses campos magnéticos terão o mesmo efeito de curvatura do espaço-tempo que as grandes massas dos corpos celestes.

Princípio da equivalência

"Gerar campos gravitacionais artificiais, que podem ser ligados ou desligados à vontade, é uma questão capturada ou deixada a cargo da ficção científica.

"No entanto, o princípio da equivalência, no coração da Relatividade Geral de Einstein, afirma que todos os tipos de energia produzem e são influenciados pela gravitação do mesmo modo.

"A fonte mais comum de gravitação é a massa inercial, que produz campos gravitacionais permanentes. Ao contrário, campos eletromagnéticos podem ser usados para gerar campos gravitacionais artificiais, ou feitos pelo homem, que podem ser ligados ou desligados à vontade, dependendo se os seus progenitores eletromagnéticos estão presentes ou não," explica o físico.

Domínio da força da gravidade

O dispositivo é baseado em eletroímãs supercondutores, como os usados, por exemplo, no acelerador de partículas LHC, no reator de fusão ITER ou nos aparelhos de tomografia.

Embora fabricar um protótipo do aparelho vá exigir grandes recursos e, provavelmente, uma cooperação internacional, se realizado com sucesso ele pode não apenas dar início a uma nova era industrial, mas também alterar nossa compreensão do Universo.

A capacidade para produzir, detectar e, em última análise, controlar campos gravitacionais, permitiria produzir interação gravitacional da mesma forma que já se explora as outras três interações fundamentais - o eletromagnetismo e as forças nucleares forte e fraca.

Isso permitiria alterar radicalmente a matriz energética, eventualmente dando um adeus à era do petróleo. Carros sem pneus e sem motores a combustão, aviões silenciosos, rápidos e de baixo custo, uma porta definitivamente aberta para o espaço, poderiam representar um novo nível de globalização.

E não apenas para a mobilidade humana e de bens, mas também para as informações: o domínio das ondas gravitacionais, permitiria, por exemplo, fazer telecomunicações com ondas gravitacionais, sem depender de satélites espaciais ou cabos de fibras ópticas.

Da ficção para a teoria

Ainda será necessário esperar uma avaliação da proposta em termos de factibilidade e de custos. Mas agora é uma questão de passar da teoria para a prática, e não mais do salto eventualmente infinito entre ficção e realidade.

Se tudo funcionar como previsto, deverão ser campos gravitacionais extremamente fracos, adequados para pesquisas fundamentais, mas dificilmente aplicáveis na prática. Mas pode ser um começo.

Füzfa acredita que, ao menos em termos de mudar a concepção da Física, eventualmente mudando a compreensão da gravidade conforme ela foi descrita por Einstein em sua Teoria da Relatividade, sua proposta está pronta para ser posta em prática.

"Finalmente nós propomos uma configuração experimental possível com a tecnologia atual de bobinas supercondutoras, que produz um desvio de fase da luz da mesma ordem de grandeza que os sinais astrofísicos em observatórios terrestres de ondas gravitacionais," escreve ele.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=aparelho-pratico-controlar-gravidade&id=010130160122
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade
« Resposta #8 Online: 22 de Janeiro de 2016, 13:21:02 »
Citação de: inovação tecnológica
Carros sem rodas que flutuam no ar e naves espaciais que saem voando sem o fogo e a fumaceira dos foguetes ainda são coisa de ficção científica.

Talvez não por muito tempo.

Er... o que do resto das informações sugere "não por muito tempo", em vez de "talvez nunca"? :hein:

Para fazer campos "anti-gravitacionais" seria só ligar o eletro-ímã no sentido contrário, ou usar um positro-ímã, ou ainda, existe algo como "anti-magnetismo" para fazer "o contrário", e eu nem sabia?



...

Putz, nem sabia que já estava se avançando tanto na levitação eletromagnética de sapos:

<a href="https://www.youtube.com/v/A1vyB-O5i6E" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/A1vyB-O5i6E</a>



Isso a globo não mostra:

<a href="https://www.youtube.com/v/u36QpPvEh2c" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/u36QpPvEh2c</a>

Offline Peter Joseph

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« Resposta #9 Online: 22 de Janeiro de 2016, 13:24:56 »
Citação de: inovação tecnológica
Carros sem rodas que flutuam no ar e naves espaciais que saem voando sem o fogo e a fumaceira dos foguetes ainda são coisa de ficção científica.

Talvez não por muito tempo.

Er... o que do resto das informações sugere "não por muito tempo", em vez de "talvez nunca"? :hein:


Você "esqueceu" que antes de "não por muito tempo", assim como em "talvez nunca", existe a palavra TALVEZ.
« Última modificação: 22 de Janeiro de 2016, 13:27:08 por Peter Joseph »
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Re:Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade
« Resposta #10 Online: 22 de Janeiro de 2016, 13:51:09 »
A frase antecedente poderia ser então sobre "viagem no tempo", "imortalidade", "telepatia", "regeneração de membros inteiros", se é para falar sobre algo que "talvez não por muito tempo" seja apenas ficção científica, mas que não tem nada a ver com o resto do texto.


No começo do primeiro texto postado no tópico:

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A ideia não é utilizar da tecnologia para desligar a gravidade terrestre e sair voando por aí, pelo contrário.

A princípio o plano é tentar aumentar a gravidade em um local controlado.

Offline SnowRaptor

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Re:Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade
« Resposta #11 Online: 22 de Janeiro de 2016, 13:58:03 »
Putz, nem sabia que já estava se avançando tanto na levitação eletromagnética de sapos:

<a href="https://www.youtube.com/v/A1vyB-O5i6E" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/A1vyB-O5i6E</a>

Você brinca, mas o autor desse trabalho ganhou um IgNobel por causa desse trabalho. Dez anos depois ganhou um Nobel. É a única pessoa do mundo a acumular os dois prêmios.
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

-- François Jacob, 1997


Offline Peter Joseph

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Re:Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade
« Resposta #13 Online: 22 de Janeiro de 2016, 16:37:11 »
A frase antecedente poderia ser então sobre "viagem no tempo", "imortalidade", "telepatia", "regeneração de membros inteiros", se é para falar sobre algo que "talvez não por muito tempo" seja apenas ficção científica, mas que não tem nada a ver com o resto do texto.


No começo do primeiro texto postado no tópico:

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A ideia não é utilizar da tecnologia para desligar a gravidade terrestre e sair voando por aí, pelo contrário.

A princípio o plano é tentar aumentar a gravidade em um local controlado.

Então quer dizer que a eventual capacidade de produzir campos gravitacionais, não seria extremamente significativo no sentido de facilitar bastante sua detecção e seu estudo, abrindo a possibilidade de conseguir algum controle sobre eles e por isto, talvez, também conseguir uma forma de anular ou diminuir a gravidade, seja ela de origem artificial ou não? Pelo contrário, entendo que seria uma descoberta nada indiferente para este possível tipo de aplicabilidade.
« Última modificação: 22 de Janeiro de 2016, 16:39:29 por Peter Joseph »
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Re:Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade
« Resposta #14 Online: 22 de Janeiro de 2016, 17:27:34 »
Acho que não abre esse tipo de "possibilidade", da "mesma forma" que os avanços teóricos sobre o átomo que possibilitaram a bomba nuclear, ou explosivos em geral, não parecem ter gerado conhecimentos de "anti-explosões" ou de explosões com temperatura negativa, etc. Mas não conheço realmente do assunto com a menor profundidade.

Offline Peter Joseph

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Re:Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade
« Resposta #15 Online: 22 de Janeiro de 2016, 17:42:12 »
Acho que não abre esse tipo de "possibilidade", da "mesma forma" que os avanços teóricos sobre o átomo que possibilitaram a bomba nuclear, ou explosivos em geral, não parecem ter gerado conhecimentos de "anti-explosões" ou de explosões com temperatura negativa, etc. Mas não conheço realmente do assunto com a menor profundidade.

Podemos criar escudos para outros campos, como o campo eletromagnético. E isto foi possível graças a possibilidade de cria-lo e assim estudá-lo mais detalhadamente.

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conhecimentos de "anti-explosões"

 :hein:
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade
« Resposta #16 Online: 22 de Janeiro de 2016, 17:53:56 »
Não entendi a primeira colocação.

Anti-explosão seria uma "possibilide" análoga a anti-gravidade ou anti-magnetismo, mas que também talvez seja só "possível" na ficção científica, por mais que se estude a física de ondas em explosões. Assim como os equivalentes para ondas em campos magnéticos ou gravitacionais também não aparentemente "sugerem" a possibilidade de criar os respectivos "anti-campos".

Acho que só soa mais estranho por não ser, tanto quanto sei, matéria de ficção científica. Mas cientificamente apenas, não deve ser "pior".

Offline Peter Joseph

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Re:Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade
« Resposta #17 Online: 22 de Janeiro de 2016, 18:37:17 »
Não entendi a primeira colocação.

Como já podemos construir escudos protetores contra campos eletromagnéticos, por exemplo, em muito por que podemos criá-los e estudá-los em laboratório, não vejo por que não poderia ocorrer o mesmo com os campos gravitacionais.
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Offline EuSouOqueSou

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Re:Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade
« Resposta #19 Online: 25 de Janeiro de 2016, 12:45:12 »
É impressão minha ou o Inovação Tecnológica deturpou completamente o fato?
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline Cinzu

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Re:Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade
« Resposta #20 Online: 25 de Janeiro de 2016, 13:42:24 »
Pedi em um grupo de física um resumo para leigos:

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Interessante o artigo. O problema (não do artigo, mas da divulgação na Exame, para variar) é o tamanho do effeito. Como o próprio resumo do artigo sugere, só agora é que potencialmente temos tecnologia para medir os efeitos calculados nele.

O que o autor faz é calcular numericamente o efeito gravitacional do campo eletromagnético (EM) gerado por um "loop" de corrente elétrica e por um solenoide, e mostrar que o efeito em princípio pode ser produzido em laboratório com intensidade suficiente para ser observado com a tecnologia atual, usada para observações astrofísicas.

A deformação da geometria do espaço-tempo causada por um campo EM é descrita localmente pelas equações de Maxwell (que descrevem o comportamento do campo EM) acopladas às equações de Einstein (que dão a descrição relativística da gravitação). Em particular, essa deformação causa uma deformação da trajetória dos raios de luz e um desvio na fase de um campo EM oscilante que não pode ser explicado sozinho pela ação do campo magnético do solenoide (i.e. usando apenas as equações de Maxwell). O cálculo é muito complicado para ser feito analiticamente por causa do caráter não-linear das equações, então precisa ser feito por aproximações numéricas em computador.
« Última modificação: 25 de Janeiro de 2016, 13:45:38 por Cinzu »
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Offline Pedro Reis

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Re:Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade
« Resposta #21 Online: 27 de Janeiro de 2016, 06:45:48 »
Palpito que por serem coisas meio fundamentalmente diferentes, magnetismo e a geometria do espaço.

Eu palpito que sejam fundamentalmente a mesma coisa. Mas é só palpite mesmo.

Offline JJ

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Re:Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade
« Resposta #22 Online: 22 de Maio de 2016, 15:27:42 »


Cientista holandês confronta Newton e diz que a gravidade não existe

[Ou a gravidade não seria uma força fundamental como as forças fraca, forte e eletromagnética]


 13/07/2010 - 00h19 | do UOL Notícias Aumentar tamanho da letra Diminuir tamanho da letra Compartilhar Imprimir Luce Kirsten/The New York Times



O físico holandês Erik Verlinde, professor da Universidade de Amsterdam, diz em um estudo recente que a ciência tem olhado para a gravidade da maneira errada. "Para mim, a gravidade não existe", diz Verlinde Dennis Overbye George El Khouri Andolfato É difícil imaginar um aspecto mais fundamental e ubíquo da vida na Terra do que a gravidade, desde o momento em que você dá o primeiro passo e cai de traseiro sobre a fralda até o lento desenvolvimento da flacidez da carne.

Mas e se tudo fosse apenas uma ilusão, uma espécie de enfeite cósmico, ou um efeito colateral de algo mais que se passa nos níveis mais profundos da realidade?

 Assim diz Erik Verlinde, 48 anos, um respeitado teórico das cordas e professor de física da Universidade de Amsterdã, cuja alegação de que a gravidade é na verdade uma ilusão tem causado agitação entre os físicos, ou pelo menos entre aqueles que professam entendê-la.
Revertendo a lógica de 300 anos de ciência, ele argumentou em um recente trabalho, intitulado “Sobre a Origem da Gravidade e as Leis de Newton”, que a gravidade é uma consequência das veneráveis leis da termodinâmica, que descrevem o comportamento do calor e os gases.

 “Para mim a gravidade não existe”, disse Verlinde, que esteve recentemente nos Estados Unidos para se explicar. Não que ele não possa cair, mas Verlinde está entre um grupo de físicos que dizem que a ciência esteve olhando para a gravidade de forma errada e que há algo mais básico, a partir da qual a gravidade “surge”, assim como os mercados de ações surgem do comportamento coletivo dos investidores individuais e a elasticidade surge da mecânica dos átomos.

Olhar para a gravidade desse ângulo, eles dizem, poderia jogar alguma luz às questões cósmicas problemáticas do momento, como a energia escura, uma espécie da antigravidade que parece estar acelerando a expansão do universo, ou a matéria escura, que supostamente é necessária para manter unidas as galáxias.

O argumento de Verlinde se assemelha a algo possível de ser chamado de teoria “dia de cabelo ruim” da gravidade.

É mais ou menos assim: seu cabelo encrespa no calor e umidade, porque há mais formas de seu cabelo ficar curvado do que reto, e a natureza gosta de opções. Logo, é necessária uma força para deixar o cabelo reto e eliminar as opções da natureza. Esqueça o espaço curvo ou a atração a uma distância, descrita bem o suficiente pelas equações de Isaac Newton para nos permitir navegar pelos anéis de Saturno. A força que chamamos de gravidade é simplesmente um subproduto da tendência da natureza de maximizar a desordem.

Alguns dos melhores físicos do mundo dizem não entender o trabalho de Verlinde e muitos são assumidamente céticos. Mas alguns desses mesmos físicos dizem que ele forneceu um novo ponto de vista para algumas das questões mais profundas da ciência, o por que da existência do espaço, tempo e gravidade –apesar dele ainda não tê-las respondido.


 “Algumas pessoas disseram que não pode estar certo, outras que está certo e já sabíamos –que é certo e profundo, certo e trivial”, disse Andrew Strominger, um teórico de cordas de Harvard.

“O que é preciso dizer”, ele prossegue, “é que inspirou muitas discussões interessantes. É simplesmente uma coleção muito interessante de ideias que toca em coisas que em grande parte não entendemos a respeito de nosso universo. É por isso que gosto”.

Verlinde não é um candidato óbvio para ir muito longe em algo assim. Ele e seu irmão Herman, um professor de Princeton, são gêmeos célebres conhecidos mais pelo domínio da matemática da teoria das cordas do que por voos filosóficos.

Nascidos em Woudenberg, Holanda, em 1962, os irmãos foram inspirados por dois programas de televisão dos anos 70 sobre física de partículas e buracos negros. “Eu fui completamente fisgado”, lembrou Verlinde. Ele e seu irmão obtiveram Ph.D.s na Universidade de Utrecht juntos em 1988 e então foram para Princeton, Erik para o Instituto de Estudos Avançados e Herman para a universidade. Após cruzarem frequentemente o oceano, eles foram efetivados em Princeton. E se casaram e se divorciaram de irmãs. Erik deixou Princeton e foi para Amsterdã para ficar próximo de seus filhos.

Ele começou a se destacar na pós-graduação, quando inventou a Álgebra Verlinde e a fórmula Verlinde, que são importantes na teoria das cordas, a chamada teoria de tudo, que diz que o mundo é feito de minúsculas cordas vibrantes.

Você pode se perguntar por que um teórico de cordas está interessado nas equações de Newton. Afinal, Newton foi derrubado há um século por Einstein, que explicou a gravidade como dobras no espaço-tempo, e que alguns teóricos acham que poderá ser derrubado pelos teóricos das cordas.


Nos últimos 30 anos a gravidade está sendo “despida”, nas palavras de Verlinde, do status de força fundamental. Esse despojamento teve início nos anos 70 com a descoberta de Jacob Bekenstein, da Universidade Hebraica de Jerusalém, e de Stephen Hawking, da Universidade de Cambridge, entre outros, de uma ligação misteriosa entre os buracos negros e a termodinâmica, culminando na descoberta por Hawking em 1974 de que quando os efeitos quânticos são levados em consideração, os buracos negros brilhariam e no final explodiriam.


Em um cálculo provocante em 1995, Ted Jacobson, um teórico da Universidade de Maryland, mostrou que dadas algumas dessas ideias holográficas, as equações da relatividade geral de Einstein são apenas outra forma de declarar as leis da termodinâmica.



Essas explosões de buracos negros (pelo menos na teoria –nenhuma ainda foi observada) expuseram uma nova estranheza na natureza. Os buracos negros, na verdade, são hologramas –como imagens 3D que você vê nos cartões de banco. Toda a informação sobre o que foi perdido dentro deles está codificada em suas superfícies. Os físicos se perguntam desde então sobre como esse “princípio holográfico” –de que talvez sejamos apenas sombras em um muro distante– se aplica ao universo e de onde ele vem.

Em um exemplo notável de um universo holográfico, Juan Maldacena, do Instituto para Estudos Avançados, construiu um modelo matemático de um universo “lata de sopa”, onde o que acontece dentro da lata, incluindo a gravidade, está codificado no rótulo no lado de fora da lata, onde não há gravidade, assim como uma dimensão espacial a menos. Se as dimensões não importam e a gravidade não importa, quão reais podem ser?



Lee Smolin, um teórico de gravidade quântica do Instituto Perimeter para Física Teórica, chamou o trabalho de Jacobson de “um dos trabalhos mais importantes dos últimos 20 anos”.


Mas ele recebeu pouca atenção inicialmente, disse Thanu Padmanabhan, do Centro Interuniversitário para Astronomia e Astrofísica em Pune, Índia, que tratou do tema da “gravidade emergente” em vários trabalhos nos últimos anos. Padmanabhan disse que a ligação com a termodinâmica se aprofundou mais do que apenas as equações de Einstein e outras teorias da gravidade. “A gravidade”, ele disse recentemente em uma palestra no Instituto Perimeter, “é o limite termodinâmico da mecânica estatística” dos átomos do espaço-tempo.


Verlinde disse que leu o trabalho de Jacobson muitas vezes ao longo dos anos, mas que ninguém parece ter entendido a mensagem. As pessoas ainda falam da gravidade como uma força fundamental. “Nós claramente temos que levar estas analogias a sério, mas aparentemente ninguém leva”, ele se queixou.


Seu trabalho, publicado em janeiro, lembra o de Jacobson de muitas formas, mas Verlinde se irrita quando as pessoas dizem que ele não acrescentou nada de novo à análise de Jacobson. O que é novo, ele disse, é a ideia de que diferenças na entropia podem ser o mecanismo por trás da gravidade, de que a gravidade é, como ele coloca, uma “força entrópica”.


Ele teve essa inspiração por cortesia de um ladrão.

Quando estava prestes a voltar para casa de férias no sul da França em meados do ano passado, um ladrão entrou em seu quarto e roubou seu laptop, chaves, passaporte, tudo. “Eu tive que permanecer mais uma semana”, ele disse, “e tive essa ideia”.

Na praia, seu irmão recebeu uma série de e-mails primeiro dizendo que teria que prolongar sua estadia, depois dizendo que ele teve uma nova ideia e, finalmente, no terceiro dia, dizendo que ele sabia como derivar as leis de Newton a partir dos primeiros princípios, a ponto de Herman lembrar de ter pensado: “O que está acontecendo? O que ele anda bebendo?”

Pense no universo como uma caixa de letras do jogo Scrabble (palavras cruzadas). Há apenas uma forma de arranjar as letras para soletrar Gettysburg, em comparação a um número astronômico de formas para soletrarem baboseiras. Sacuda a caixa e ele tenderá à coisas sem sentido, a desordem aumentará e a informação será perdida à medida que as letras se misturam na direção de suas configurações mais prováveis. Seria isso a gravidade?

Como uma metáfora de como isso funcionaria, Verlinde usou o exemplo de um polímero –um filamento de DNA, digamos, um macarrão noodle ou um cabelo– enrolando.

“Eu levei dois meses para entender os polímeros”, ele disse.

O trabalho resultante, como reconhece Verlinde, é um pouco vago.

“Esta não é a base de uma teoria”, explicou Verlinde. “Eu não finjo que isto é uma teoria.
As pessoas devem ler as palavras que estou dizendo e não os detalhes das equações.”


Padmanabhan disse que vê pouca diferença entre os trabalhos de Verlinde e de Jacobson e que o novo elemento de força entrópica carece de rigor matemático. “Eu duvido que essas ideias resistam ao teste do tempo”, ele escreveu em uma mensagem por e-mail da Índia. Jacobson disse que não conseguiu entendê-la.


John Schwarz, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, um dos pais da teoria das cordas, disse que o trabalho é “muito provocador”.

Smolin o chamou de “muito interessante e também muito incompleto”.

Em um workshop no Texas neste ano, foi pedido a Raphael Bousso, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, que liderasse uma discussão a respeito do trabalho. “O resultado final foi que ninguém entendeu, incluindo pessoas que inicialmente achavam que ele fazia sentido”, ele disse por e-mail.


“De qualquer forma, o trabalho de Erik chamou atenção para uma pergunta genuinamente profunda e importante, o que é bom”, prosseguiu Bousso, “eu apenas não acho que nos aproximamos de uma resposta após o trabalho de Erik. Há muitos trabalhos sobre o assunto, mas diferente de Erik, eles nem mesmo entendem o problema”.


Os irmãos Verlinde agora estão tentando reapresentar essas ideias em termos mais técnicos da teoria das cordas, e Erik tem viajado um bocado, indo em maio ao instituto Perimeter e à Universidade Stony Brook, em Long Island, para falar sobre o fim da gravidade. Michael Douglas, um professor de Stony Brook, descreveu o trabalho de Verlinde como “um conjunto de ideias que encontra apoio na comunidade, acrescentando que “todos estão aguardando para ver se é possível tornar isso mais preciso”.


Até lá, o júri dos pares de Verlinde não chegará a uma decisão.

Em um almoço em Nova York, Verlinde avaliou suas experiências dos últimos seis meses. Ele disse que ele simplesmente se rendeu à sua intuição. “Quando me veio essa ideia, eu fiquei realmente empolgado e eufórico”, disse Verlinde. “Não é com frequência que alguém tem a chance de dizer algo novo sobre as leis de Newton. No momento eu não vejo que estou errado. Isso basta para seguir em frente.”


Ele disse que amigos o encorajaram a ir fundo e ele não lamenta. “Se ficar provado que estou errado, de qualquer forma algo será aprendido. Ignorar isso seria errado.”


No dia seguinte, Verlinde deu uma palestra mais técnica para um punhado de físicos na cidade. Ele lembrou que alguém tinha lhe dito que a história da gravidade parecia a das novas roupas do imperador.


“Nós sabemos há algum tempo que a gravidade não existe”, disse Verlinde. “É hora de gritar isso.”

Leia mais em: http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2010/07/13/cientista-holandes-confronta-newton-e-diz-que-a-gravidade-nao-existe.jhtm



Offline JJ

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Re:Matemático propõe maneira de criar e manipular a gravidade
« Resposta #23 Online: 22 de Maio de 2016, 15:29:29 »

O título da matéria jornalística é sensacionalista, mas o que o físico afirma é que a gravidade não seria uma força fundamental e sim um efeito termodinâmico.




 

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