Achava que já estivesse em domínio público antes.
Não havia edições brasileiras legais até então? A família Hitler ainda ganha royalties?
Acho que talvez fosse interessante alguma coisa no sentido de coibir sua produção e venda como propaganda mesmo, isso é, por editorinhas neonazistas, mas por outro lado tem o valor histórico e tudo mais. Senão, sei lá, em trabalhos de faculdade e etc sobre o tema vão ter que abordar o livro como se fosse uma espécie de lenda, "aqueles que alegam já ter lido, dizem que o livro fala coisas como..."
Parece que tem alguns senhores indo apreender e-books em livrarias nessa confusão.
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2016/02/1737225-e-preciso-conhecer-a-ideia-de-hitler-na-fonte-para-combate-la.shtml
[...] Um deputado afirma que "o erro da ditadura foi torturar; devia ter matado". Outro, pastor, insulta homossexuais. Milhares de jovens iletrados vão às ruas pedindo a volta da ditadura. A intolerância prolifera nas redes sociais.
Existe o temor de que se esses radicais tiverem acesso ao texto de Hitler poderão se inspirar nele para perturbar a democracia. Nada mais falso. Um editorial do "The New York Times" observou que "a inoculação da geração mais jovem contra o bacilo nazista será mais eficiente com a confrontação aberta às palavras de Hitler do que manter seu panfleto revoltado nas sombras da ilegalidade". [...]
Essa questão de liberdade de expressão é complicada. Embora de modo geral seja "quanto mais, melhor", acho que para certas coisas pode-se conseguir um efeito preventivo. Isso poderia incluir mesmo censura a extremismo religioso, por exemplo. Talvez, se países que hoje sofrem com terroristas religiosos nativos (na maioria são nativos) tivessem estudado formas de censurar o radicalismo religioso, hoje o problema fosse menor. Não que fosse o único fator, mas deve ser significativo na propagação do meme.