Não ainda um tópico para as Operações da Lava-Jato.
As notícias dos últimos dias estão pipocando e causando uma grande onda de perplexidade, esperança e animação frente à possibilidade de, finalmente, expurgar essa quadrilha que se instalou no poder.
A prisão do marqueteiro do PT João Santana e sua esposa no começo da semana trouxe um vendaval que tem deixado a petezada em polvorosa.
Confesso que não resisto e tenho frequentado os comentários das páginas do
Safado Amorim.
Não tem seriado ou entretenimento mais divertido do que assistir o alvoroço e o desespero que toma conta da PTrouxada.
Muitos já haviam enterrado e jogado ao sal o ministro do partido PT, Cardozo.
Agora, a onda por lá é jogar também ao sal a própria Duchefe por causa de um suposto "acordo que o Planalto fez com o PSBD para entregar de bandeja o Pré-Sal à Chevron".
É hilariante acompanhar os debates.
Acho que nunca ri tanto.
Assistindo à Lava-Jato chegar em Lula e DilmaEXCLUSIVO: Odebrecht pagou R$ 4 milhões para João Santana no Brasil em 2014, diz PF
Planilha apreendida na Lava Jato indica sete repasses feitos pela construtora para "Feira" durante a campanha da presidente Dilma Rousseff
THIAGO BRONZATTO
26/02/2016 - 09h34 - Atualizado 26/02/2016 09h42
O jornalista e marqueteiro João Santana e sua mulher, Monica Moura, presos durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, chegam ao Instituto Médico Legal (IML) para realização de exame de corpo de delito, em Curitiba, na tarde desta terça-feira (23) (Foto: Guilherme Artigas / Fotoarena / Ag. O Globo)
A construtora Odebrecht realizou pagamentos no valor de R$ 4 milhões para o marqueteiro João Santana no Brasil entre outubro e novembro de 2014, no auge das eleições, segundo documentos encontrados pela Polícia Federal. Esse dinheiro, de acordo com os investigadores, seria oriundo de contratos firmados entre a empreiteira e a Petrobras. Naquele ano, Santana trabalhou na reeleição da presidente Dilma Rousseff.
>> Vídeo: Entenda a Operação Acarajé e a prisão de João Santana
Uma planilha apreendida na Odebrecht, com o título "Feira-evento 14", lista sete pagamentos na cidade de São Paulo que somam R$ 4 milhões. Em 7 de novembro de 2014, logo após a vitória apertada de Dilma sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o documento registra um repasse de R$ 1 milhão para "Feira". Segundo a PF, "Feira" é o apelido de João Santana, dado por Marcelo Odebrecht. O publicitário nasceu em Tucano, na Bahia, a 150 quilômetros do município de Feira de Santana.
Outro documento encontrado pelos investigadores que reforça a suspeita de que Feira é, na verdade, João Santana é uma anotação feita supostamente por Maria Lúcia Guimarães Tavares, secretária da empreiteira e responsável por controlar pagamentos de propinas, segundo a PF. A funcionária da construtora foi presa temporariamente na Lava Jato.
Conforme revelou a edição on-line de ÉPOCA na última segunda-feira, o manuscrito faz referência a “Feira”, entre aspas, e a alguns números de celulares empilhados e listados ao lado direito do nome. Alguns deles estão ligados a Monica Moura, mulher de João Santana. Logo abaixo do registro, está escrito "Daniel Requião (Filho)", com o número do celular do filho do marqueteiro, e "(Monica X João Santana)". Há, ainda, uma referência ao apartamento do casal em Nova York.
João Santana e Mônica Moura negaram na quinta-feira, em depoimento à PF, que o apelido "Feira" tenha a ver com o marqueteiro. Os dois confirmaram, porém, que receberam dinheiro de caixa 2 no exterior, em campanhas eleitorais na Venezuela e Angola, mas não admitiram nenhuma transação no Brasil.
Em seu pedido de manutenção da prisão do casal que será entregue nesta sexta-feira ao juiz federal Sergio Moro, responsável por conduzir os processos em primeira instância da Lava Jato em Curitiba, a PF irá sustentar que há indícios fortes de que João Santana tenha recebido recursos de contratos celebrados entre a Odebrecht e a Petrobras.
Com essa notícia bomba, a coisa complicou de vez para a campanha de DuChefe.
A semana foi quentíssima, mas os próximos dias e semanas prometem ser ainda melhores.