Autor Tópico: Só há um jeito do Brasil sair da maior crise de sua história.  (Lida 487 vezes)

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Rhyan

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Só há um jeito do Brasil sair da maior crise de sua história.
« Online: 12 de Abril de 2016, 17:02:02 »
Só há um jeito do Brasil sair da maior crise de sua história. E é diminuindo o tamanho do Estado.
Economia 9 de abril de 2016
Rodrigo da Silva


O Brasil vive a maior crise econômica de sua história. Todos os dias nossos noticiários são inundados com as manchetes mais pessimistas possíveis, condenando a atual presidente a um capítulo negro na construção do país. E não por acaso. A crise diminui o poder de consumo da população, aumenta a desigualdade e o desemprego, endivida os mais pobres e os condena a permanecerem na mesma posição social. Encontrar uma solução definitiva para tantos problemas é a pergunta de um milhão de dólares. Mas, apesar dos inúmeros planos mirabolantes que visam construir verdadeiros experimentos sociais, a solução está na nossa frente, através de uma palavrinha que não raramente é encarada como a grande culpada por tudo que acontece de errado por aqui.

Capitalismo. Poucas palavras geram tamanha comoção quanto essa. Parte do mundo a trata como a representação do lado mais perverso da humanidade: guerras, destruição do meio ambiente, egoísmo, desigualdade, injustiça. Para outra parte é o pior sistema econômico já inventado à exceção de todos os outros. O que ele escancara de forma inegável, seja você liberal, de esquerda ou de direita, é que permite ao mundo alguns países muito mais ricos do que outros. Há míseros três séculos, por exemplo, Estados Unidos e Canadá se equivaliam economicamente ao Brasil e à Argentina. Hoje, há um abismo entre as duas regiões. Por que? Afinal, o que faz um país ser tão mais rico do que outro no mundo capitalista? E fundamentalmente: por que o capitalismo não deu certo no Brasil, permitindo com que crises como a atual exponham a tamanha fragilidade da nossa economia?

Antes, porém, de responder essa pergunta, é preciso enxergar o quadro geral. Se estamos dispostos a discutir os efeitos da economia capitalista em nosso país, e encontrar maneiras de encarar a atual crise econômica, precisamos entender quais foram os efeitos do capitalismo no mundo moderno. Sem reconhecermos o que conquistamos e perdemos como espécie ao longo dos últimos séculos, e como chegamos até aqui, não conseguiremos encontrar uma resposta para essas perguntas.

Nós vivemos no período mais espetacular da história da nossa espécie.



Talvez você não tenha se dado conta disso ainda, mas nós vivemos no momento mais espetacular da história da raça humana. A nossa espécie nunca esteve tão bem alimentada, tão segura, tão protegida do frio e do calor e nunca teve tamanho acesso à informação. E isso ainda não diz tudo. Ao contrário do que propaga parte considerável dos nossos formadores de opinião, se compararmos há poucos séculos, nós nunca respeitamos tanto os direitos dos homossexuais e transexuais, dos negros, das mulheres, das crianças, dos idosos e dos animais. Em termos gerais, é muito mais fácil fazer parte de uma minoria no século 21 do que em qualquer outro momento da história da civilização. E isso foi possível não apenas porque criamos leis mais robustas que combatem a violência contra esses grupos ao redor do mundo (e ela certamente ainda existe, em menor ou maior grau, dependendo do país e da minoria em questão), como porque passamos por um processo civilizatório ocasionado graças a essa evolução socioeconômica. E essa correlação é simples de explicar: quanto maior é a nossa capacidade de experimentar bem estar, maior é o nosso respeito pela vida humana.

Esse salto, como é possível testemunhar no gráfico abaixo, aconteceu num período especial na trajetória do homem moderno – quando nós finalmente conseguimos criar uma explosão de bem estar no mundo. Quando isso aconteceu? Nos últimos dois séculos, durante o desenvolvimento da Revolução Industrial e da tal palavrinha maldita: o capitalismo.


Em dólares internacionais de 1990. Angus Maddison Project.

Continua no link: http://spotniks.com/so-ha-um-jeito-do-brasil-sair-da-maior-crise-de-sua-historia-e-e-diminuindo-o-tamanho-do-estado/

Offline Gauss

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Re:Só há um jeito do Brasil sair da maior crise de sua história.
« Resposta #1 Online: 15 de Abril de 2016, 00:09:24 »
Perfeito texto. E o caso da Argentina é o mais deplorável de todos. Eram um país de Primeiro Mundo que virou Terceiro, tudo graças ao Caudilhismo, Peronismo e ditaduras militares.
Creio que o caso mais clássico de uma economia se reerguer é o da Coreia do Sul. Saíram de um país extremamente pobre e desolado pela Guerra Civil, para uma potência industrial e tecnológica, tudo através de baixíssima intervenção estatal e incentivo a livre-concorrência na economia, principalmente a partir dos anos 90, quando foi instaurada a democracia.
« Última modificação: 15 de Abril de 2016, 00:11:33 por Gauss »
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Rhyan

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Re:Só há um jeito do Brasil sair da maior crise de sua história.
« Resposta #2 Online: 15 de Abril de 2016, 20:31:54 »
Gauss,

Sobre a Argentina, recomendo:

Cambalache - a história do colapso econômico da Argentina
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1562

Sobre a Coreia do Sul:

O experimento keynesiano da Coréia do Sul se torna global
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2035

Offline Gauss

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Re:Só há um jeito do Brasil sair da maior crise de sua história.
« Resposta #3 Online: 16 de Abril de 2016, 11:56:40 »
Nossa, tinha uma visão completamente diferente da Coreia.Hahahaha.

Mas quanto à Argentina, é isso mesmo. Crises, populismo, regimes militares e incompetência administrativa levaram a Argentina ao caos. Espero que o Macri consiga botar os hermanos no eixo novamente.

Agora, uma dúvida: qual seriam as consequências de transformar o Banco Central do Brasil em uma Currency  Board? Teríamos que trocar de moeda? Ou somente tentar igualar o Dólar com o Real já é viável?
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

 

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