Aquelas Notáveis Formações Rochosas Flutuantes
A regra básica da estratigrafia é que as formações rochosas sedimentares que se encontram em baixo são mais antigas do que as formações de superfície.
As rochas sedimentares são formadas pela erosão, transporte .e depósito de sedimentos, e nada poderia ser mais óbvio do que o fato dos depósitos da
superfície terem sido depositados depois dos sedimentos que se encontram por baixo deles.
Contudo
,esta regra de bom senso, freqüentemente, parece não funcionar.
"Em muitos locais, os sedimentos oceânicos, dos quais as montanhas são formadas, encontram-se invertidos,
com sedimentos mais antigos por cima dos mais jovens."1
Neste caso, como as autoridades no assunto podem decidir que as rochas do fundo são mais jovens? A resposta é a seguinte:
"...Os fósseis forneceram, através do seu registro da evolução da vida neste planeta, uma chave espantosamente eficiente para o posicionamento das camadas..."2Para aqueles que realmente crêem na evolução, talvez seja lógico datar as rochas dessa maneira, ainda que isto exija a criação de um método para explicar como os sedimentos saíram de sua ordem.
Como, entretanto, 3 não observamos a evolução acontecendo atualmente, podemos perguntar como eles podem confiar tanto na evolução do passado.
A resposta é que a história evolutiva da vida encontra-se revelada pelo registro dos fósseis nas rochas sedimentares. O Dr. Pierre É. Grassé, que durante 30 anos ocupou a Cadeira da Evolução na Sorbone em Paris, observou este fato:
"Os naturalistas devem lembrar-se de que o processo da evolução se encontra revelado apenas através das
formas fósseis."4
Isto é, as rochas antigas contêm fósseis de organismo sem um estado primitivo de evolução; rochas mais jovens contêm fósseis representando um estágio mais avançado da evolução. Sabemos, naturalmente, quais
as rochas que são antigas, porque elas se encontram por baixo e quais as que são jovens, porque se encontram por cima.
Mas, então, já notamos que em muitos lugares esta ordem foi invertida. Sabemos que está invertida por causa do estágio evolucionário dos seus respectíveis fósseis
.
Ora, se alguém sente uma tontura neste ponto, é porque está andando em círculos

. Talvez ajude a resolver a nossa sensação de enjôo se encontrarmos alguma evidência física real de que esses gigantescos blocos de rochas antigas realmente deslizaram por sobre os mais jovens. Neste caso, esperamos encontrar uma tremenda quantidade de rupturas (brechas) e pó de rocha remexido entre as camadas, com profundos sulcos
e ranhuras (estrias) ao longo das superfícies, e uma mistura geral das rochas superiores e inferiores ao longo do plano de falhas.
E é isto que encontramos?

Não geralmente. Geralmente o contato das superfícies é nítido e bem definido, com as rochas mais antigas por cima das mais jovens, geralmente com muitos "períodos" ausentes entre as mesmas.
"As seguintes observações sobre os dobramentos parecem ter validade universal:
O contato geralmente é nítido e nada impressionante à vista da grande quantidade de deslocamento... 5.
A ocorrência de pequenas dobras e falhas pode ser geralmente notada em ambos, nos dobramentos das camadas e nas rochas subjacentes. A intensidade de tais deformações, em geral, é comparativamente fraca,
pelo menos à vista dos grandes deslocamentos que essas camadas tiveram de sofrer."
5
Naturalmente, algumas dessas "sobreposições" apresentam evidências de rupturas e outras indicações de movimentos relativos. Será que isto não prova que houve realmente inversões?
De maneira nenhuma!, pelo menos não necessariamente. Muitos tipos de movimentos podem ocorrer além
das sobreposições.
"Deformações recentes, particularmente através de falhas normais, encontram-se em muitos dobramentos. Deveriam ser reconhecidas pelo que são: características de camadas pós-deslizamento não relacionadas
com a posição das camadas invertidas.
Então quais deformações podem ser identificadas com segurança como provocadas pela inversão
propriamente dita? O autor, acima citado, diz que as "línguas basais" da camada inferior são geralmente injetadas na base da camada sobreposta, e que estas, às vezes, se aglutinam. Também dobramentossecundários "chanfrados" podem ser encontrados.
Mas, agora, imagine que todos estes fenômenos físicos (rupturas, pó de rochas, estrias, "lingüetas basais", dobramentos chanfrados, etc.) que uma verdadeira sobreposição poderia produzir, estejam realmente
presentes, será que finalmente comprovaram que as rochas foram removidas de sua original ordem sedimentar?
Claro que não! Tais fenômenos simplesmente provam que o bloco superior mudou de posição com referência ao bloco inferior.
Isto é bastante comum, mesmo com formações na sua ordem sedimentar "correta", devido às propriedades físicas diferentes e os períodos dos depósitos das duas formações, e não prova
absolutamente nada acerca das sobreposições.****
É preciso admitir que tais fenômenos não excluem a possibilidade das sobreposições, como a sua ausência poderia fazer. São condições necessárias, mas não suficientes, para as sobreposições. Mais evidências são necessárias, exatamente, evidências das "raízes" das quais o bloco invertido supostamente derivou, junto com evidências de que sua incrível viagem foi fisicamente possível.
Será que as fontes das camadas sobrepostas são geralmente discerníveis? Apenas raramente, e com muita especulação. Além disso, em muitos casos, não existem evidências de qualquer sobreposição.
"Diferentes unidades litológicas, geralmente com separação estratigráfica, medida em quilômetros, encontram-se em justaposição com um contato nítido, geralmente não mais impressionantes que uma base
de deposição.”
7
Por que então não poderia ser uma simples base de deposição? E como os geólogos explicam as tremendas forças e movimentos na terra que podem realizar o notável feito de transportar uma gigantesca massa de
rocha a grandes distâncias, para cima e por cima de outras grandes formações rochosas?
É preciso que tremendas forças compressivas e potências rochosas sejam geradas, e tremendas forças de atrito sejam geradas, para que tal operação seja realizada. O mecanismo do fenômeno sempre foi misterioso, e alguns
dos mais competentes geofísicos afirmaram que seria impossível.
A IDÉIA
Em 1959, contudo, William Rubey e M. King Hubbert sentiram que haviam resolvido o problema,8 propondo que a água aprisionada nos poros dos sedimentos, gradualmente depositados, ficou tão comprimida com uma
sobrecarga acumulada, que desenvolveu pressões "geostáticas", realmente capazes de fazer flutuar a formação de cima para outro local.
Esta sugestão foi entusiasticamente aceita pela maioria dos geólogos

e, por mais de duas décadas, tem sido a solução mais amplamente adotada para o problema das sobreposições. Contudo, os criacionistas imediatamente apontaram para sérias dificuldades nisso,9 e agora elas estão sendo reconhecidas e admitidas de um modo geral.
Está óbvio, por exemplo, que essas pressões muito elevadas dos poros só poderiam ser mantidas
(1) se os poros na seção rochosa, perto da superfície comum, estivessem ligados entre si, para que a pressão fosse aplicada sobre toda a base da camada flutuante;
(2) se a permeabilidade da cobertura da rocha fosse tão
pequena que 'fornecesse um selo eficaz contra o escape da água sob a alta pressão gradiente, à qual estivesse sujeita.
Esta é uma combinação de circunstâncias altamente improvável, e alguns geólogos o perceberam."A pressões e temperaturas bastante elevadas, o fluxo plástico certamente vai reduzir o espaço poroso interconectado; não está claro se este é sempre o caso durante o metamorfismo... Nossos resultados
preliminares sugerem que a permeabilidade eficaz da camada superior deveria ser da ordem (de 10 mD ou - 3 ) menos para que o deslizamento de gravidade seja exeqüivel. De outra forma, o fluido vai escapar da região do descolamento antes que a pressão dos poros possa alcançar os níveis necessários para o deslizamento de gravidade.
Embora as permeabilidades rochosas in situ sejam pouco conhecidas, as poucas medidas existentes, dão a idéia de que permeabilidades eficazes tão baixas quanto 10 mD são raras na coluna - 3geológica..." Mas suponha que, em alguns casos, rochas tais como xistos e evaporitos tenham realmente
10 permeabilidades suficientemente baixas para isolar a região da alta pressão.
Agora o problema é o da força da rocha: as pressões se tornam tão elevadas que fraturam as rochas!" ... Quando a pressão do fluido dos poros excede a menor tensão compressiva, as fraturas vão formar-se normalmente na direção dessa tensão... Achamos que a pressão nos poros jamais poderia atingir um ponto suficiente para permitir o deslizamento por gravidade conforme imaginado por Hubbert e Rubey..."1 1Naturalmente, se as fraturas aparecem, isto aumenta a permeabilidade e a água flui, diminuindo a pressão e interrompendo qualquer flutuação incipiente.
Além disso, simplesmente seria inconcebível que aquelas imensas camadas de rochas (algumas vezes, de muitos quilômetros de comprimento, largura e espessura) pudessem transpor distâncias tão longas necessárias sem que fraturas se desenvolvessem oriundas também de outras causas. Parece que não há jeito de evitar a saída de água dos poros através de pelo menos
algumas fraturas. :-{
Pela lei de Pascal, se a pressão é diminuída em algum ponto, num certo corpo contínuo de água, ela diminui da mesma forma em todo o
conjunto. Todo o cenário parece hidraulicamente impossível em quaisquer distâncias significativas.
"Suspeitamos que sobre áreas de imensos lençóis de falhas de compressão, tais como as existentes nos Apalaches ou na Cordilheira Ocidental, as permeabilidades efetivas teriam sido muito grandes para permitir o
deslizamento de gravidade, mesmo com calotas rochosas de xistos ou evaporitos."12
Assim começa a parecer que a sobreposição por flutuação é impossível em qualquer escala digna de nota. Mas este não é o último recurso daqueles que precisam salvar a ordem evolutiva a qualquer custo.
"Simples deslizamento de gravidade sob a influência de elevada pressão de poros não pode explicara falha da Montanha do Coração... Pierce sugeriu uma catastrófica gênese para o alóctone da Montanha do Coração."13
William Pierce tem estudado a "sobreposição" da Montanha do Coração (camada paleozóica sobre a eocena) durante muitos anos. Originalmente, ele pensava que fora causada por simples deslizamento de gravidade,
mas isto se comprovou mecanicamente impossível. Então ele sugeriu que o mecanismo poderia ter envolvido o conceito da pressão fluídica de Hubbert e Rubey. Agora que ele descobriu que isso também não funcionaria :-{ , invocou uma catástrofe

: e uma catástrofe de grandes dimensões, declarando uma explosiva transposição dos blocos!" Contudo, acontecimentos catastróficos obviamente não podem ser observados no 14seu processo, nem criados no laboratório.
"Os processos catastróficos estão além do alcance desta análise.”15
Naturalmente a pessoa pode crer nas sobreposições catastróficas quando a sua motivação é suficientemente forte. Contudo, se os evolucionistas querem reter suas queridas seqüências evolucionárias, têm de fazê-lo
apenas pela fé nas catástrofes. Formações de rochas flutuantes não flutuam!
REFERÊNCIAS
1.B. P. Ryan, "Mountain -building in the Mediterranean" (Formação de montanhas no Mediterrâneo), Science
News, V. 98, 17/Outubro/ 1970, pág. 316.
2.H. D. Hedberg, "The Stratigraphic Panorama" (0 Panorama Estratigráfico), Bulletin of the Geological Society
of America, V. 72, Abril/1961, pág. 499.
3.Em alguns poucos casos e em pequena escala, as camadas podem realmente ser encontradas de tal forma
que indiquem que as rochas foram fisicamente desalojadas de sua seqüência posicional original pelo
dobramento ou falhas, mas essa não 6 a situação normal.
4.Pierre P. Grassé, Evolution of Living Organisms (Evolução dos Organismos Vivos) (New York, Academic
Press, 1977), pág. 4.
5.P. E. Gretener, "On the Character of Thrust Faults with Particular Reference to the Basal Tongues" (Sobre o
Caráter das Falhas de Compressão com Referência Particular As Línguas Basais), Bulletin of Canadian
Petroleum Geology, V. 25. 1977, pág. I 10.
6.Ibid.
7.P. E. Gretener, op. cit., pág. 111.
8.M. King Hubbert e Wm. W. Rubey, "Role Fluid Pressure in Mechanics of Overthrust Faulting" (0 Papel da
Pressão Fluída no Mecanismo das Falhas Sobrepostas), Bulletin of Geological Society of America, V. 70,
Fevereiro/1979, págs. 155-166.
9.John Whitcomb e Henry M. Morris, The Genesis Flood (0 Dilúvio do Gênesis), (Philadelphia. Presbyterian
and Reformed, 1961), pigs. 196-200.
10. J. H. Willemin, P. L. Guth e K. V. Hodges, "Comment and Reply on 'High Fluid Pressure, Isothermnal
Surfaces, and the Initiation of Nappe Movement'." Geology, V.8, Setembro/1980, pag. 405.
11.Ibid., pig. 406
12.Peter L. Guth, L. V. Hodges e J. H. Willemin, "Limitations on the Role of Pore Pressure in Gravity Sliding"
(Limitações do Papel da Pressão dos Poros no Deslizamento de Gravidade), Geological Society of America
Bulletin, V. 93, Julho/1982, pág. 611.
13.Ibid.
14.William G. Pierce, lastic Dykes of Heart Moutain Fault Breccia, Northwestern Wyoming, and their
Significance (Filões Clássicos da Falha da Montanha do CoraqEio, no Noroeste do Wyoming, e o seu
Significado), (Washington U. S. Geological Survey Professional Paper 1133, 1979), 25 páginas.
15.Guth, Hodges e Willemin, op. cit. pág. 611.
Henry M. Morris, Ph.D.
Copyright © 1999
Sociedade Origem & Destino
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