Autor Tópico: Operação Greenfield - Fundos de pensões  (Lida 766 vezes)

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Offline Gaúcho

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Operação Greenfield - Fundos de pensões
« Online: 05 de Setembro de 2016, 11:53:45 »
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PF faz operação em 8 estados e no DF contra fraude em fundos de pensão
Foram expedidos 106 mandados de busca e apreensão e 7 de prisão. 'Greenfield' investiga irregularidades na Funcef, Petros, Previ e Postalis.

Policiais federais foram às ruas nesta segunda-feira (5) em uma operação que investiga irregularidades em quatro dos maiores fundos de pensão do país, todos ligados a estatais. Os desvios são estimados em pelo menos R$ 8 bilhões. Ao todo, são cumpridos 106 mandados de busca e apreensão, 34 mandados de condução coercitiva e 7 mandados de prisão temporária. De acordo com a Polícia Federal, os alvos são 74 pessoas e 38 empresas ou entidades.

Os focos da operação "Greenfield" são a Funcef (fundo de pensão de funcionários da Caixa), a Petros (Petrobras), a Previ (Banco do Brasil) e o Postalis (Correios). A ação da PF conta com auxílio do Ministério Público Federal, da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Os mandados foram expedidos pela 10ª Vara Federal de Brasília. As ações ocorrem em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Amazonas e no Distrito Federal.

Em São Paulo, a PF cumpriu mandados nas empresas Eldorado, Engevix, OAS e WTorre. O ex-diretor da OAS, Léo Pinheiro, foi alvo de condução coercitiva. Ele já estava em prisão domiciliar pela Lava Jato.

"A decisão judicial ainda determinou o sequestro de bens e o bloqueio de ativos e de recursos em contas bancárias de 103 pessoas físicas e jurídicas que são alvos da operação no valor aproximado de R$ 8 bilhões", informou a Polícia Federal.

De acordo com a corporação, as investigações foram motivadas após a revelação da causa de  déficits bilionários de fundos do tipo. "De dez casos, oito são relacionados a investimentos realizados de forma temerária ou fraudulenta pelos fundos de pensão, por meio dos FIPs (Fundos de Investimentos em Participações)", disse a polícia.

Os investigadores observaram a configuração de núcleos criminosos: o empresarial, o dirigente de fundos de pensão, o núcleo de empresas avaliadoras de ativos e o núcleo de gestores e administradores dos fundos de investimentos em participações.

De acordo com a PF, os investigados podem ser indiciados por gestão temerária ou fraudulenta. Também podem responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional.

Ao todo, participaram da operação iniciada pela manhã cerca de 560 policiais federais, 12 inspetores da CVM, 4 procuradores federais da CVM, 8 auditores da Previc e 7 procuradores da República.

Greenfield

O nome da operação faz alusão a investimentos que envolvem projetos incipientes (iniciantes, em construção), ainda no papel, como se diz no jargão dos negócios. No sistema financeiro, o contrário de investimentos Greenfield é o Brownfield. Nesse tipo, os recursos são aportados em um empreendimento/empresa já em operação.

Fundos de Pensão

Um fundo de pensão é uma entidade sem fim lucrativo criada para proporcionar a renda de aposentadoria de trabalhadores de determinada carreira. Ela gere o patrimônio de contribuição de participantes. Os primeiros fundos do tipo surgiram na década de 1960.

A suspeita de irregularidades nessas entidades motivou a criação de uma CPI na Câmara, em agosto de 2015. O relatório final sugeriu ao Ministério Público o indiciamento de 353 envolvidos (entre pessoas e instituições), apontadas como responsáveis por um prejuízo de R$ 6,6 bilhões a quatro fundos de pensão.

O objetivo da CPI era apurar indícios de fraude e má gestão de fundos de previdência complementar de funcionários de estatais e servidores públicos, entre 2003 e 2015, que causaram prejuízos aos seus participantes. Os quatro fundos investigados pela CPI eram Postalis (Correios), Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa).

VEJA ONDE SÃO CUMPRIDOS OS MANDADOS

DF: 20 mandados de busca e apreensão, 6 conduções coercitivas e 5 mandados de prisão temporária

São Paulo - 44 mandados de busca e apreensão, 17 conduções coercitivas e 1 prisão temporária

Campinas - um mandado de busca e apreensão e um de condução coercitiva;

Santos - um mandado de busca e apreensão

Rio de Janeiro - 28 mandados de busca e apreensão, 7 conduções coercitivas e 1 prisão temporária

Niterói: três mandados de busca e apreensão e um de condução coercitiva

Vila Velha - um mandado de busca e apreensão e um prisão temporária

Salvador - um mandado de busca e apreensão e um condução coercitiva

Ilhéus - um mandado de busca e apreensão

Curitiba - um mandado de busca e apreensão;

Porto Alegre - dois mandados de busca e apreensão e um de condução coercitiva

Florianópolis - três mandados de busca e apreensão, um de condução coercitiva e um mandado de prisão temporária

Manaus - dois mandados de busca e apreensão

Segundo a Polícia Federal, o número de mandados (de busca e apreensão, condução coercitiva e prisão) é diferente do numero total de alvos porque parte deles teve medidas cumpridas em mais de um endereço.

http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2016/09/operacao-contra-fraude-em-fundos-de-pensao-leva-pf-8-estados-e-df.html

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PF investiga crimes contra fundos de pensão que podem chegar a R$ 50 bi
Justiça determina também bloqueio de bens e ativos no total de R$ 8 bi

BRASÍLIA - A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta segunda-feira a Operação Greenfield em oito estados e no Distrito Federal para apurar crimes de gestão temerária e fraudulenta contra Funcef, da Caixa Econômica Federal; Petros, da Petrobras; Previ, do Banco do Brasil; e Postalis, dos Correios — quatro dos maiores fundos de pensão do país. O Ministério Público calcula que o rombo provocado pelas fraudes chegue a R$ 50 bilhões. O cálculo é baseado em informações da Previdência.

Cerca de 560 policiais estão nas ruas para cumprir um total de 127 mandados judiciais expedidos pela 10ª Vara Federal de Brasília. Sete deles são de prisão temporária, 106 de busca e apreensão e 34 de condução coercitiva nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Amazonas, além do Distrito Federal.

A Justiça determinou também o sequestro de bens e o bloqueio de ativos e de recursos em contas bancárias de 103 pessoas físicas e jurídicas no valor aproximado de R$ 8 bilhões. Além dos policiais, 12 inspetores da CVM, quatro procuradores federais da CVM, oito auditores da Previc e sete procuradores da República também participam da operação desta segunda-feira.

O empresário Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS, foi um dos alvos de mandado de condução coercitiva em meio às investigações da Operação Greenfield. Paralelamente, Pinheiro foi detido em São Paulo, onde cumpria prisão domiciliar. A detenção foi expedida pela 13ª Vara Federal de Curitiba, como parte da Operação Lava-Jato.

De acordo com o G1, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto também foi alvo da Operação Greenfield. Contra ele haveria um mandado de busca e apreensão.

EXECUTIVOS DA JBS

A Justiça Federal também determinou a condução coercitiva dos empresários Joesley Batista e Wesley Batista, donos do grupo J&S, que detém empresas como a JBS, Vigor e Alpargatas. Wesley já estaria na PF de São Paulo, mas Joesley está no exterior, segundo a empresa.

A operação da PF inclui as empresas J&F Investimentos e Eldorado Celulose. Wesley é membro da família Batista, controladora da J&F, que por sua vez controla a Eldorado Celulose. Representantes da J&F afirmaram que a operação da PF não envolve a processadora de carne JBS, da qual Wesley é presidente-executivo.

Apesar disso, a JBS tinha a maior queda do Ibovespa, principal índice da Bolsa de São Paulo, após Wesley Batista ser conduzido para depor em operação da PF. As ações da empresa na Bolsa de São Paulo recuavam pouco mais de 4% às 11h15.

Além de PF e Ministério Público Federal, a ação conta com o auxílio técnico da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

De acordo com a PF, a ação é baseada em dez casos revelados a partir do exame dos déficits bilionários dos fundos de pensão. Oito casos são relacionados a investimentos feitos de forma temerária ou fraudulenta pelos fundos de pensão por meio de Fundos de Investimentos em Participações (FIPs).

Nas investigações, foram identificados um núcleo empresarial, um núcleo dirigente de fundos de pensão, um núcleo de empresas avaliadoras de ativos e um núcleo de gestores e administradores dos FIPs. Segundo a PF, os investigados podem responder por gestão temerária ou fraudulenta, além de outros crimes contra o Sistema Financeiro Nacional previstos na lei nº 7.492/86.

Em junho deste ano, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal já haviam deflagrado uma operação para investigar suspeita de desvio de recursos dos fundos de pensão Petros e Postalis na aquisição de debêntures do Grupo Galileo, com mandados de prisão para sete pessoas, incluindo o ex-diretor financeiro do Postalis Adilson Florêncio da Costa.

O nome da operação, Greenfield, faz menção a investimentos que envolvem projetos iniciais, ainda no papel, como se diz no jargão dos negócios. Um empreendimento já em operação, por outro lado, é chamado de brownfield.

BUSCAS POR ESTADOS

Para investigados no Rio, há 28 mandados de busca e apreensão, sete de condução coercitiva e um de prisão temporária. Em Niterói, são três mandados de busca e apreensão e um de condução coercitiva.

Para o Distrito Federal, foram emitidos 20 mandados de busca e apreensão, seis conduções coercitivas e cinco mandados de prisão temporária.

Na capital de São Paulo, os policiais têm em mãos 44 mandados de busca e apreensão, 17 conduções coercitivas e uma prisão temporária; em Campinas (SP), há um mandado de busca e apreensão e um de condução coercitiva; enquanto em Santos (SP) há um mandado de busca e apreensão.

Em Vila Velha, no Espírito Santo, os policiais têm um mandado de busca e apreensão e um de prisão temporária. Em Salvador, há um mandado de busca e apreensão e outro de condução coercitiva e em Ilhéus (BA), há um mandado de busca e apreensão.

Em Curitiba (PR), os policiais detêm um mandado de busca e apreensão. Em Porto Alegre (RS), são dois mandados de busca e apreensão e um de condução coercitiva. Em Florianópolis (SC), há três mandados de busca e apreensão, um de condução coercitiva e um de prisão temporária. Já em Manaus (AM), há dois mandados de busca e apreensão.

O número de mandados em termos absolutos diverge do número total de alvos por que vários alvos tiveram medidas cumpridas em mais de um endereço.

http://oglobo.globo.com/economia/2016/09/05/2270-pf-investiga-crimes-contra-fundos-de-pensao-que-podem-chegar-50-bi

Parece que teremos o Petrolão 2.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline nikita

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Re:Operação Greenfield - Fundos de pensões
« Resposta #1 Online: 05 de Setembro de 2016, 12:20:26 »
Ou Fundão 1.

Tomara que recuperem uma boa parte do dinheiro roubado/desviado/fraudado.  Muitos funcionários das empresas já estão tendo de arcar com esses prejuízos enormes.

Offline Jack Carver

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Re:Operação Greenfield - Fundos de pensões
« Resposta #2 Online: 05 de Setembro de 2016, 17:18:30 »
Alguém ainda não suspeita de que possa haver fraude nas loterias da Caixa também, nos maiores prêmios?
O Brasil é um país de sabotadores profissionais.

“Dêem-me controle sobre o dinheiro de uma nação e não me importa quem faz as suas leis. - Mayer Amschel Rothschild

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Operação Greenfield - Fundos de pensões
« Resposta #3 Online: 05 de Setembro de 2016, 17:30:22 »
Alguém ainda não suspeita de que possa haver fraude nas loterias da Caixa também, nos maiores prêmios?

Não no sorteio, o que faziam no tempo do João  Alves era encontrar o ganhador legítimo  E oferecer um valor maior que o prêmio para esquentar a origem de dinheiro roubado.

E então  deixavam a bomba nas mãos  do otário  que aceitou e depois não  teria como comprovar a origem se comprasse algum bem.

Offline O Grande Capanga

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Re:Operação Greenfield - Fundos de pensões
« Resposta #4 Online: 06 de Setembro de 2016, 06:48:08 »
Ouvíamos falar das fraudes dos fundos de pensões e achávamos que estava havendo alguma apuração secundária pelo MPF. E quando menos esperávamos, tem uma linha de investigação própria que já na primeira operação ostensiva demonstrou ser maior que o Petrolão.

Quem sabe não esteja em curso uma mega-operação de investigação do BNDES. Pode estourar daqui 1ou 2 anos, mas deve sair alguma coisa.

O auge será a prisão dos irmãos Batista.

Offline Gaúcho

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Re:Operação Greenfield - Fundos de pensões
« Resposta #5 Online: 06 de Setembro de 2016, 10:25:52 »
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UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA INFILTRADA

No relatório da Operação Greenfield, obtido por O Antagonista, os procuradores dizem que há "indícios de existência de uma organização criminosa (formada por dezenas de pessoas) infiltrada em diversos Fundos de Pensão".

Segundo o MPF, a Orcrim "é perigosa não somente pelos métodos sofisticados que emprega e pela rede de network empresarial que acessa, mas também por ter em seu poder, para gestão a incrível quantia de quase R$ 300 bilhões."

Isso só considerando os quatro maiores fundos: Previ, Petros, Funcef e Postalis. No cálculo dos procuradores, foram prejudicados mais de 417 mil servidores ativos e mais de 1 milhão de dependentes.

"A má gestão desses recursos garantidores de benefícios dos quatro mencionados Fundos de Pensão é a causa principal do rombo acumulado que já ultrapassou, no ano passado, a faixa dos R$ 50 bilhões de reais."



http://www.oantagonista.com/posts/uma-organizacao-criminosa-infiltrada

300 fucking bilhões de reais. Só metade do PIB da Argentina a quadrilha tinha à disposição.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Operação Greenfield - Fundos de pensões
« Resposta #6 Online: 09 de Setembro de 2016, 23:33:04 »
Eu dizia que um bandido furaria os olhos dos outros quando a coisa apertasse para valer e já  tem preso da Greenfeld querendo acordo de delação.


http://epoca.globo.com/tempo/expresso/noticia/2016/09/alvo-da-greenfield-sinaliza-delacao.html

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Alvo da Greenfield sinaliza delação
Um dos investigados pela operação, detido em São Paulo, deve ser o primeiro a colaborar com o Ministério Público

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Vem delator novo aí. Um dos alvos da operação Greenfield, detido em São Paulo, sinalizou, já no primeiro depoimento, que pretende colaborar com as investigações e fazer acordo de delação premiada. O Ministério Público Federal também aposta nas informações a serem fornecidas por Carlos Alberto Caser, ex-presidente do Funcef, fundo de pensão dos trabalhadores da Caixa, contra os presos pela Operação Lava Jato, em especial o ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro João Vaccari Neto e outros petistas graúdos em um escândalo de bilhões de reais

E para colocar a cereja no bolo,  na mesma fonte afirmam que o Moro vai ouvir o Delubio sobre o empréstimo que o PT  fez para calar a boca do Ronan Maria Pinto no caso Celso Daniel.

 

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