Autor Tópico: O poder da internet no desenvolvimento da carreira é subestimado?  (Lida 564 vezes)

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Offline -Huxley-

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O poder da internet no desenvolvimento da carreira é subestimado?
« Online: 27 de Novembro de 2016, 21:20:37 »
O poder da internet para alavancar o desenvolvimento da carreira ainda é subestimado? Bill Gates já disse: "Em alguns anos, vão existir dois tipos de empresas: as que fazem negócio pela internet e as que estão fora dos negócios". Ele poderia ter ido mais além e ter dito: "Em alguns anos, vão existir dois tipos de profissionais: os que usam o poder da internet para benefício da carreira e os que estão fora da carreira". Apesar disso, vejam o caso da Riachuelo, a terceira maior loja de vestuário do Brasil. Diferentemente da C & A e da Renner, ela ainda não tem uma loja on-line sequer. E vocês devem conhecer histórias de profissionais autônomos, como dentistas ou personal trainers, que fingem que a internet não existe ou não usam todo o seu poder de alavancagem do marketing e do networking na internet.

Num futuro indefinido, dentre aqueles que vendem um produto ou serviço próprio, fazer marketing na internet não será mais uma opção, mas sim uma obrigação. E aqueles que têm empregadores também poderão fazer isso, pois não conheço patrão ou proprietário de negócio que não gosta de empregado que faz chover clientes.

Ter um espaço na web que converte visitantes em clientes, entender as métricas de tráfego oriundo da internet, etc… Em algum dia, tudo isso será obrigatório para qualquer profissional com visão ampla de desenvolvimento da carreira. Atualmente, fazer propaganda e publicidade na web não é caro. Muitas mídias e redes sociais (YouTube, Facebook, etc.) não cobram nada por publicação do seu conteúdo e oferecem boas oportunidades de viralização do mesmo. A propaganda pay-per-click oferece oportunidade de tráfego direcionado para um site cobrando centavos por clique (falo das palavras-chaves não muito disputadas nos leilões de links patrocinados). Uma pessoa que tem uma mercadoria de 100 reais para vender pode precisar de apenas algumas dezenas de reais para fazer uma venda usando uma ferramenta como Google Adwords, YouTube Adwords, Facebook Ads, Bing Ads, UOL Cliques, etc.

E, vocês, o que acham? Já usam todo o potencial da internet no desenvolvimento de suas carreiras? E o que acham acerca do que outras pessoas fazem sobre isso?   
« Última modificação: 27 de Novembro de 2016, 21:50:49 por -Huxley- »

Offline André Luiz

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Re:O poder da internet no desenvolvimento da carreira é subestimado?
« Resposta #1 Online: 27 de Novembro de 2016, 21:46:57 »
É aquele papo de internet das coisas?

Eu encho os sites que frequento de ad blocks, pra tristeza do Cardozo do meiobit por exemplo

Não existe nada mais chato que propaganda direcionada e bolhas ideológicas/viés de confirmação na timeline de qualquer rede social.

Acho que alguém aqui comentou, até comprar livro pela internet tá chato, tudo é bestseller ou "feito sob medida" mastigado e regurgitado para o público alvo.

O objetivo do marketing é me enganar para eu comprar algo que  nao preciso e não me tratar feito um idiota

Offline -Huxley-

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Re:O poder da internet no desenvolvimento da carreira é subestimado?
« Resposta #2 Online: 27 de Novembro de 2016, 22:07:14 »
É aquele papo de internet das coisas?

Eu encho os sites que frequento de ad blocks, pra tristeza do Cardozo do meiobit por exemplo

Não existe nada mais chato que propaganda direcionada e bolhas ideológicas/viés de confirmação na timeline de qualquer rede social.

Acho que alguém aqui comentou, até comprar livro pela internet tá chato, tudo é bestseller ou "feito sob medida" mastigado e regurgitado para o público alvo.

O objetivo do marketing é me enganar para eu comprar algo que  nao preciso e não me tratar feito um idiota

O objetivo do tópico não era perguntar sobre o que vocês acham da ética do marketing, mas sim se o poder da internet para o desenvolvimento da carreira (o que inclui o marketing na internet) é subestimado. Se você acredita na proposição "Se seu produto requer publicidade ou vendedores para ser vendido, não é suficientemente bom" ou em "Concentre-se nos produtos, não nas vendas" não faz diferença, pois é bom lembrar que, goste ou não disto, o mercado indica outra proposição como mais provavelmente correta: "As vendas importam tanto quanto o produto".
« Última modificação: 27 de Novembro de 2016, 22:13:18 por -Huxley- »

Offline Geotecton

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Re:O poder da internet no desenvolvimento da carreira é subestimado?
« Resposta #3 Online: 28 de Novembro de 2016, 00:12:09 »
[...]
E, vocês, o que acham? Já usam todo o potencial da internet no desenvolvimento de suas carreiras? E o que acham acerca do que outras pessoas fazem sobre isso?   

Há especificidades. No caso dos geólogos e dos contadores, por exemplo, é expressamente proibida qualquer tipo de propaganda que possa resultar no aliciamento da clientela de outros profissionais.

Eu particularmente não uso nenhum recurso propagandístico na internet com exceção de sites institucionais. Não estou no LinkedIn e nem no Facebook, sendo que desprezo completamente o segundo. Há pouco tempo entrei no WhatsApp, apenas pela necessidade de rápida comunicação com algumas pessoas.

 
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Offline Pedro Reis

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Re:O poder da internet no desenvolvimento da carreira é subestimado?
« Resposta #4 Online: 28 de Novembro de 2016, 04:57:00 »
Por falar em carreira, como vocês enxergam o papel da internet na formação do profissional?

Será que entrega tudo que promete?

Eu tenho lido e ouvido opiniões contraditórias sobre EAD ( ensino à distância ), alguns dizem que é o futuro, outros que é porcaria. O aluno médio simplesmente não aprende.

Tenho muita esperança que internet assim como outros recursos digitais possam ser utilizados para massificar, baratear custos e aprofundar sensivelmente a absorção do conteúdo. Mas isso é algo que já se fala há algum tempo, e os resultados ainda estão aquém do almejado.

Porque há, na minha opinião, uma profunda crise na pedagogia moderna. Em quase todos os níveis, pelo menos do fundamental até a graduação, as pessoas não estão aprendendo quase nada de verdade. A minha impressão é que o profissional geralmente só começa a aprender de fato depois da graduação. Considerando o investimento de tempo e dinheiro que os indivíduos hoje despendem em educação essa ineficiência é anacrônica em um mundo que hoje busca "qualidade total" em todos os processos.

Afinal são quase 20 anos de dedicação exclusiva ao estudo, todos os dias, 6 a 8 horas por dia, fora as atividades extra-curriculares. E quando o cara sai da faculdade é desconcertante perceber que a maioria está mal preparada.

Entre todos os nossos problemas talvez a qualificação profissional seja o mais grave no Brasil.

Me lembro, por exemplo, de uma pessoa que se formou em engenharia de produção por uma universidade pública considerada até boa, e o seu primeiro emprego foi trabalhar fazendo relatórios de perícia para uma
empresa, nos casos de acidentes.

Basicamente o treinaram para operar uma máquina digital para registrar o ocorrido e preencher um formulário, assim como emitir um parecer.

Não me parece que seja preciso formar engenheiros pra isso. Um peão daria conta do serviço. Mas no Brasil todos estão etapa abaixo, e isso é uma tragédia: o peão não sabe ler o manual da máquina, quem tem o fundamental completo não é capaz de redigir um parecer, o engenheiro graduado não tem capacidade de fazer engenharia e é aproveitado em cargos técnicos burocráticos, e assim por diante.

Só dos poucos que fazem pós doutorado se espera a proficiência que deveria se esperar de um graduando.

E enquanto isso na China, na Rússia... melhor nem comparar.

Mas educação é caro e não há dinheiro. Por que ainda não desenvolveram ferramentas de auto-aprendizado eficientes? Ou já existe?

Offline JJ

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Re:O poder da internet no desenvolvimento da carreira é subestimado?
« Resposta #5 Online: 28 de Novembro de 2016, 11:22:48 »

[...], pois é bom lembrar que, goste ou não disto, o mercado indica outra proposição como mais provavelmente correta: "As vendas importam tanto quanto o produto".


 Concordo 100 % com isso.  Saber e fazer uma boa venda, e além disso conquistar  um cliente e fidelizá-lo são coisas fundamentais para alguém que queira empreender ou que já empreenda e queira manter e ampliar o seu negócio.



Offline -Huxley-

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Re:O poder da internet no desenvolvimento da carreira é subestimado?
« Resposta #6 Online: 28 de Novembro de 2016, 23:48:38 »

Há especificidades. No caso dos geólogos e dos contadores, por exemplo, é expressamente proibida qualquer tipo de propaganda que possa resultar no aliciamento da clientela de outros profissionais.
 

 :o Por um momento, pensei que estivesse num fórum de Cuba e lendo sobre as regulamentações profissionais em tal país.

Citar

Por falar em carreira, como vocês enxergam o papel da internet na formação do profissional?

Será que entrega tudo que promete?

Eu tenho lido e ouvido opiniões contraditórias sobre EAD ( ensino à distância ), alguns dizem que é o futuro, outros que é porcaria. O aluno médio simplesmente não aprende.

Tenho muita esperança que internet assim como outros recursos digitais possam ser utilizados para massificar, baratear custos e aprofundar sensivelmente a absorção do conteúdo. Mas isso é algo que já se fala há algum tempo, e os resultados ainda estão aquém do almejado.

Porque há, na minha opinião, uma profunda crise na pedagogia moderna. Em quase todos os níveis, pelo menos do fundamental até a graduação, as pessoas não estão aprendendo quase nada de verdade. A minha impressão é que o profissional geralmente só começa a aprender de fato depois da graduação. Considerando o investimento de tempo e dinheiro que os indivíduos hoje despendem em educação essa ineficiência é anacrônica em um mundo que hoje busca "qualidade total" em todos os processos.

Afinal são quase 20 anos de dedicação exclusiva ao estudo, todos os dias, 6 a 8 horas por dia, fora as atividades extra-curriculares. E quando o cara sai da faculdade é desconcertante perceber que a maioria está mal preparada.

Entre todos os nossos problemas talvez a qualificação profissional seja o mais grave no Brasil.

Me lembro, por exemplo, de uma pessoa que se formou em engenharia de produção por uma universidade pública considerada até boa, e o seu primeiro emprego foi trabalhar fazendo relatórios de perícia para uma
empresa, nos casos de acidentes.

Basicamente o treinaram para operar uma máquina digital para registrar o ocorrido e preencher um formulário, assim como emitir um parecer.

Não me parece que seja preciso formar engenheiros pra isso. Um peão daria conta do serviço. Mas no Brasil todos estão etapa abaixo, e isso é uma tragédia: o peão não sabe ler o manual da máquina, quem tem o fundamental completo não é capaz de redigir um parecer, o engenheiro graduado não tem capacidade de fazer engenharia e é aproveitado em cargos técnicos burocráticos, e assim por diante.

Só dos poucos que fazem pós doutorado se espera a proficiência que deveria se esperar de um graduando.

E enquanto isso na China, na Rússia... melhor nem comparar.

Mas educação é caro e não há dinheiro. Por que ainda não desenvolveram ferramentas de auto-aprendizado eficientes? Ou já existe?

Eu acho que, em cursos universitários ou profissionalizantes em que as aulas de campo e/ou de laboratório não existem ou são dispensáveis, se houver deficiência educacional da EAD, não seria culpa da distância. A razão é que a tecnologia atual é bastante eficiente em gerar interatividade à distância (vide Google Hangouts e outras tecnologias de teleseminário).

Ademais, em grande parte das profissões, "brigas na rua" são mais importantes do que ter uma biblioteca pessoal em casa. A internet permite que pessoas com uma especialidade técnica encontrem um público pequeno e estável. Assim, uma pessoa pode diluir o risco da dependência financeira entre vários empregadores, ao invés de concentrar todo o risco na dependência de uma única empresa para descobrir, quando dispensado, que deixou de estar apto de fazer qualquer outra coisa.

 

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