Autor Tópico: Astrônomo brasileiro detecta explosão de estrela  (Lida 663 vezes)

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Offline Diego

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Astrônomo brasileiro detecta explosão de estrela
« Online: 12 de Setembro de 2005, 22:06:47 »
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Um brasileiro da Agência Espacial Americana participou da descoberta da explosão mais antiga registrada pelo homem - a de uma estrela distante bilhões de anos luz da terra. Segundo o Jornal Nacional , o astrônomo Eduardo Cipriano, 34 anos, foi o primeiro a confirmar a descoberta.

Desde que o satélite detectou o fenômeno, observatórios de todo o mundo receberam um alerta: era preciso detectar a origem da explosão. De um telescópio construído em parceria entre Brasil e Estados Unidos, no deserto de Atacama, no Chile, o Cipriano observou radiação resultante da explosão cósmica.

Com os dados obtidos por ele e por outros cientistas foi possível identificar que as explosões ocorreram a 13 bilhões de anos luz da terra. Este é o fenômeno deste tipo mais antigo já registrado pela ciência. "Cada vez mais temos que aprofundar o nosso conhecimento de onde a gente vive, porque a gente está aqui, de onde a gente veio. Não é todo dia que isso acontece na vida de um cientista", declarou Cipriano.

A explosão, batizada de Supernova pela equipe do astrônomo brasileiro, foi detectada no dia 4 de setembro ocorreu a mais de 12,5 bilhões de anos-luz de distância, o que significa que foi a explosão mais remota já observada. Um ano-luz tem cerca de 10 trilhões de quilômetros, ou seja, a distância que a luz percorre no período de um ano.

Os astrônomos ainda não sabem o que provoca as explosões de raios gama. Acredita-se que elas ocorram quando uma estrela morre, possivelmente transformando-se num buraco negro, o que criaria um empuxo gravitacional tão forte que nada consegue escapar dele.

Este tipo de evento dura de menos de um segundo a vários minutos, e libera uma quantidade imensa de energia em pouquíssimo tempo. "Algumas explosões de raios gama originam-se nos locais mais distantes, e portanto nas épocas mais remotas, do universo", disse John Nousek, diretor da missão do Swift, satélite que se dedica ao estudo das explosões de raios gama e em sua ligação com os buracos negros.

Segundo os cientistas, a descoberta e o estudo das explosões de raios gama é fundamental para aumentar a compreensão da formação do universo.
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI664322-EI238,00.html

APODman

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Telescópio brasileiro detecta explosão mais distante
« Resposta #1 Online: 13 de Setembro de 2005, 01:30:11 »
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Telescópio brasileiro detecta explosão mais distante do Universo
 
Descoberto por observatório no Chile operado por Brasil e EUA, pulso de raios gama levou 13 bilhões de anos para chegar à Terra


São Paulo - Treze bilhões de anos atrás, quando o Universo ainda era pouco mais do que um recém-nascido, a explosão de uma estrela supermassiva enviou um pulso de raios gama através do espaço. Treze bilhões de anos depois - ou, mais precisamente, no domingo retrasado -, esse pulso chegou à Terra. O sinal foi detectado pelo satélite orbital Swift, da Nasa, que enviou o alerta para astrônomos ao redor do planeta. A descoberta, anunciada nesta segunda-feira, contou com a participação decisiva de pesquisadores brasileiros no Observatório Austral para a Pesquisa em Astronomia (SOAR), inaugurado no ano passado, no Chile.

Segundo os pesquisadores, trata-se da explosão mais distante e mais antiga já identificada no Universo. O telescópio, operado em parceria pelo Brasil e três instituições americanas, foi o primeiro a focalizar a explosão no espectro infravermelho, permitindo que sua distância fosse calculada. “Vários grupos fizeram observações, mas nós temos o mérito de ter feito a descoberta”, disse o astrônomo Eduardo S. Cypriano, residente do SOAR.

O satélite Swift, da Nasa, é projetado especificamente para detectar pulsos de raios gama, mas não tem a instrumentação necessária para analisar as explosões em detalhes. Para isso, envia um sinal para pesquisadores ao redor do mundo, que correm para registrar o fenômeno. No dia 4 de setembro, três horas após a detecção inicial, Cypriano foi contactado por uma equipe da Universidade da Carolina do Norte (uma das parceiras do SOAR) pedindo que ele apontasse o telescópio para as coordenadas enviadas pelo satélite.

“Fico muito satisfeito que o SOAR esteja começando a produzir ciência de fronteira”, comemorou o astrônomo João Steiner, do IAG, principal responsável pelo projeto. “Foi para isso que ele foi projetado e ainda fará muito disso no futuro.”

Outros dois observatórios - no Chile e nos EUA - já haviam tentado registrar a explosão no espectro de luz visível, mas sem sucesso. “Isso já nos dava a dica de que o objeto deveria ser muito distante”, disse o pesquisador brasileiro, que faz pós-doutorado no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP). O conjunto de análises - feitas ainda com o telescópio Gemini Sul, que também tem participação brasileira - mostraria que a explosão ocorreu a 13 bilhões de anos-luz da Terra. O que equivale, em termos técnicos, a um redshift (desvio para o vermelho) de 6,29.

Segundo Cypriano, há pouquíssimos objetos conhecidos mais distantes do que isso. As galáxias mais distantes possuem redshift de 6,57 e o quasar mais distante (o núcleo ativo de uma galáxia contendo um buraco negro super massivo), de 6,42. Um redshift 5 equivale a 12 bilhões de anos. E a idade estimada do Universo é de 13,7 bilhões de anos.

Alta energia - As explosões de raio gama são os eventos mais estrondosos do Universo. Elas ocorrem com freqüência diária no espaço, mas os cientistas ainda não compreendem exatamente a sua origem. A hipótese mais provável é que os pulsos sejam decorrentes de estrelas de massa muito grande, que explodem quando chegam ao fim de suas vidas e transformam-se em buracos negros.

A importância da última descoberta é que ela permite aos cientistas estudar como ocorriam a formação e a morte de estrelas ainda nos primórdios do Universo. As pistas estão na luz emitida pela explosão e nas modificações que ela sofreu durante sua viagem pelo espaço. Para ser visível depois de tanto tempo, a explosão deve ter sido monstruosa. O astrônomo italiano Guido Chincarini, que também observou o evento, estima que a energia liberada pode ter sido “300 vezes maior do que o Sol vai produzir durante toda sua vida de 10 milhões de anos”.

Os raios gama têm o menor comprimento de onda do espectro eletromagnético e são a forma mais energética de radiação. O pulso detectado pelo Swift foi excepcionalmente longo (mais de 3 minutos) e seu afterglow, ou brilho posterior, ficou visível por 3 dias. Foi esse brilho que o SOAR e outros observatórios captaram.



A noticia é interessante e de relevância mas achei estranho o título do artigo pois de acordo com a evolução da notícia da descoberta percebe-se que o SOAR entrou quando já haviam detectado a fonte, eles apenas ajudaram a confirmar:
http://gcn.gsfc.nasa.gov/gcn/gcn3_archive.html


Acho que Folha anda pisando na bola com seus títulos de artigos de ciência.


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