Fato indiscutível é que com a expansão dos meios de comunicação, houve também o surgimento da modalidade de ensino superior à distância. Contamos hoje com diversas faculdades à distância, principalmente de licenciatura, e inclusive alguns bacharelados.
O problema é que, muitas destas faculdades não garantem o amparo mínimo para que o estudante se forme com uma instrução básica referente à sua profissão. A popularização destes tipos de cursos é absurda, alguns deles sequer possuem avaliações, mas apenas entrega de atividades simples. E o mais curioso é que o MEC aprova esses tipos de cursos.
Com a dificuldade de deslocar-se e a facilidade de realizar cursos à distância, a tendência é que essa modalidade de ensino cresça cada vez mais, e a partir disso venho questioná-los: vocês acham que isso pode representar um risco (ainda maior) à nossa educação?
Faço essa pergunta pois até o momento de minha graduação, aprendi muito com atividades práticas, trabalhos em grupos, apresentações de seminários, conversas com palestrantes e profissionais da área, projetos de pesquisa, participação em congressos, visitas técnicas em grupo e acima de tudo, dentro da sala de aula, tirando dúvidas com colegas e ajudando colegas com dificuldades. Enfatizo ainda, o fato de questionar o professor no momento da dúvida e inclusive aprender com questionamentos de colegas, onde durante o andamento da aula, fizeram-me refletir muito com conceitos que o professor deixou passar batido, ou simplesmente não abordou.
Imagino que tudo isso que citei anteriormente, contribui não apenas para o desenvolvimento do conhecimento, mas também para o amadurecimento de um estudante, onde ele tem um contato físico com o meio acadêmico e a universidade. O estudante de um curso 100% à distância não terá a maior parte dessa experiência (ou talvez, nenhuma delas). Apesar disso, confesso que em determinados momentos o ensino presencial apresenta suas desvantagens, como é o caso do tempo perdido deslocando-se ao local de estudo, professores ruins que desperdiçam suas aulas (tempo este, que poderia ser melhor aproveitado caso ficasse em casa estudando sozinho), entre outros problemas.
Algumas de minhas melhores experiências (no quesito aprendizado) foi a participação de cursos semipresenciais, onde você participava do curso, interagia, o professor explicava como funcionava a metodologia e o que deveria ser feito, e os estudantes em casa desenvolviam uma atividade, mas o professor sempre estava disposto a tirar dúvidas a qualquer momento durante um grupo no WhatsApp, e haviam encontros periódicos para o professor avaliar o andamento das atividades e sugerir novas alterações.
No meu ponto de vista, o ensino semipresencial talvez seja um avanço. Mas não consigo enxergar o ensino à distância como positivo. Posso estar errado, por isso gostaria de conhecer melhor outros pontos de vista.
Minha opinião pessoal:
Para o bom aluno, que aprende fácil e está disposto a buscar informações e conhecimentos, a EaD pode ser uma facilitadora, haja visto que ele tem acesso a mais conteúdo e de forma mais rápida. Infelizmente, este tipo de aluno é minoria, já que boa parte dos estudantes são desinteressados e apenas cumprem o necessário para obterem aprovação (muitas vezes nem isso).