Será que, pelo menos dentro do gênero rock, esgotamos todas as possibilidades de combinações melódicas?
Me parece que as combinações são imensas, até mesmo dentro de um só estilo musical.
Vejam esse texto de "Como a mente funciona" do psicólogo e linguista Steven Pinker:
"A imensidão combinatória de estruturas pensáveis é encontrada em muitas esferas da atividade humana.
O jovem John Stuart Mill assustou-se ao descobrir que o número finito de notas musicais, juntamente com a
duração máxima prática de uma composição musical, significava que o mundo em breve ficaria sem melodias.
Na época em que ele se afundava nessa melancolia, Brahms, Tchaikovsky, Rachmaninoff e Stravinsky ainda não
tinham nascido, sem contar gêneros inteiros como ragtime, jazz, musicais da Broadway, electric blues, country,
rock-and-roll, samba, reggae e punk.
Não é provável que tenhamos uma escassez de melodias em breve, pois a música é combinatória: se cada nota
de uma melodia pode ser selecionada, digamos, de oito notas em média, então existem 64 pares de notas,
512 motivos de três notas, 4096 frases de quatro notas e assim por diante, multiplicando-se em trilhões e trilhões
de composições musicais."