Colega, qual a TUA concepção de ocultismo?
A minha concepção só serve para mim, assim como só eu posso extrair valor e aprendizado de quaisquer eventuais práticas que eu me disponha a experimentar. O que estou dizendo é que, a ciência oculta, por si, é inerentemente vazia. Por isso, não pode ser nem descartada nem refutada. Você nunca poderá refutar a validez do ocultismo em si, mas pode refutar o "Sistema de Mesmer", ou o "Sistema de Paracelso", ou o "Sistema de Crowley", entre outros, mas só estará refutando a subjetividade daqueles interpretadores da ciência oculta, e nunca ela em si.
Eu não vou refutar as baboseiras de cada ocultista que você citou aí.
Perfeito. As baboseiras são "do ocultista", e não do ocultismo em si, que reflete não mais que a exteriorização do sistema de crenças e background socio+antropo+psicológico de seu praticante. O ocultismo não pode ser pseudociência por ser arte.
Em se tratando de mundo espiritual, nenhum deles provou nada.
E quem disse que deveriam provar? E quem disse, aliás, que acreditavam em um mundo espiritual? Se você leu, eu citei ali dois ocultistas ateus. Ambos não creem em nada espiritual. Quando você associa ocultismo com "mundo espiritual", já está tomando alguns sistemas ocultistas específicos (Kardec, Blavatsky, etc) como a generalização de tudo o que "Magia", "Ocultismo", etc, representam.
Mas quais foram as tuas experiências?
As experiências são as mesmas, mas, no momento em que um ocultista relata sua experiência, o relato vem imbuído de suas distorções, superstições, cultura, background, etc. Dando um exemplo, o caso da experiência de vivenciar coisas enquanto o corpo dorme, como falei anteriormente. Um ocultista de background ateu-materialista, passa por esta experiência chamando-a de "sonho lúcido", e a utiliza como forma de exploração de seu inconsciente. Um new-ager pode acreditar que possui um "corpo sutil" astral que sai e voa por aí. Em outras palavras, o ocultismo por si é uma arte vazia. As experiências e fenômenos são os mesmos, mas sempre explicados de forma muito diferente. Outro exemplo é o caso da Magia. Há ocultistas ateus que praticam rituais de magia apenas por acreditarem acessar e manipular profundas e poderosas forças inconscientes, como no caso do Satanismo de LaVey. Há também quem acredite estar realmente lidando com entidades externas. Toda vez que alguém se mete a "explicar" ou "relatar" um fenômeno, vai espelhar todo o seu interior neste relato. Os relatos de um ocultista dizem mais sobre ele e sua psique do que sobre quaisquer pretensos fenômenos imateriais objetivos.
E quanto aos sonhos lúcidos, eles, exclusivamente, não têm relação com o ocultismo.
Por favor, não tem nada que tenha MAIS relação com ocultismo do que sonhos lúcidos. A própria história do ocultismo se confunde com a história dos sonhos lúcidos, assim como da hipnose e dos estados alterados de consciência. Se você está dizendo isso a sério, depois de todos os exemplos que eu dei, você está desprezando completamente nossa interação, pois te apresentei várias abordagens do fenômeno "sonho lúcido" ao longo das culturas e seu comentário prova que você nem sequer buscou pesquisar.
viagem astral e etc, são outros quinhentos. Outra balela que ninguém provou.
Sua afirmação de agora é a mais perfeita confirmação da hipótese central com a qual abri este tópico - a de que a própria interpretação errônea dos céticos faz do ocultismo essa aberração. Seria o ocultismo uma pseudociência ou seria essa "pseudociência" a interpretação superficial, reducionista e rasa das dimensões mais profundas que a filosofia oculta abarca e representa? Seu comentário confirma minha hipótese. É você mesma que espera, do ocultismo, um teor de objetividade espiritual científica. Você atribui a ele estas características, e então o descarta por não corresponder a expectativa que você mesma criou. É apenas um reflexo do seu interior. O ocultismo que você chama de balela é o da tua própria concepção de ocultismo.