Os romanos escreveriam descrições do evento, que seriam mais ou menos consistentes entre si (uma nave pairou sobre Roma no dia X, alguns seres de cor Y desceram dela, esses seres tinham Z braços, e interagiram com os romanos por W minutos/horas/dias). Mais tarde, outros escreveriam *sobre* essas descrições dos eventos, relatos secundários cada vez menos fidedignos que incluem, tiram e mudam coisas, mas filologia permite descobrir quando um texto é feito em base de outro, e quando é fonte primária.
Outra coisa que esse relato estaria embutido entre diversos outros relatos de coisas que aconteceram naquela época. Tipo, "no ano do consulado de Bulbo e Buteão, Ptolomeu III conquista Susa, uma nave desceu sobre Roma, Apolônio de Rodes morreu...", especialmente entre relatos históricos.
Se *um* desses relatos chegasse até nós, a gente poderia dizer que era coisa de pirado/religioso/bêbado. Especialmente se for relato secundário. Mas se várias fontes primárias chegam até nós, consistentes entre si na narração dos eventos, e uma não foi visivelmente feita em base da outra, aí tem coisa.