Lula visitará áreas afetadas pela seca no RSA bordo de um helicóptero, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobrevoará amanhã as regiões do Estado e de Santa Catarina mais afetadas pela seca. Durante a passagem, Lula fará paradas estratégicas nas cidades de Erechim e Coronel Freitas (SC), onde deverá fazer discursos.
Apesar de os produtores estarem aguardando o anúncio de mais medidas de ajuda, o Palácio do Planalto divulgou ontem que o presidente viaja para reafirmar solidariedade aos agricultores gaúchos e catarinenses e confirmar as ações de socorro já anunciadas. Na última sexta-feira, em Brasília, a União divulgou a liberação de R$ 1,2 bilhão para aliviar as perdas dos pequenos agricultores.
Em um avião da FAB, o presidente sai de Brasília às 8h, rumo a Santa Catarina, onde faz a primeira parada, em Coronel Freitas (SC). Sob a coordenação do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Lula visitará a propriedade de um pequeno produtor. Logo depois, embarca em um helicóptero para ver os estragos causados pela estiagem na região.
Perto do meio-dia, Lula, que deverá ser acompanhado pelos ministros da Agricultura, Roberto Rodrigues, e do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, chega a Erechim para participar de um evento com a presença de movimentos sociais. A cidade é uma das mais afetadas pela seca e está racionando água até na zona urbana. O presidente não passará pela região central do Estado.
Clima no Sul está mudandoNos discursos, Lula deverá falar de medidas de combate à seca a médio e longo prazos. Uma revisão do zoneamento agrícola da região - com indicação das melhores épocas de plantio para determinadas culturas -, política de crédito de irrigação, construção de açudes e barragens e aperfeiçoamento do seguro agrícola são ações estudadas pelo governo.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, em sete anos, o Rio Grande do Sul já amargou 10 secas. A expectativa para os próximos 15 anos é de duas secas a cada três anos.
- O clima está mudando na região. Não dá para ser surpreendido pela seca como se fosse uma novidade. Temos de tomar medidas de médio e longo prazos - diz o secretário-executivo do ministério, Guilherme Cassel.
O pacote apresentado na última sexta-feira, não satisfez totalmente os produtores. Em audiência pública ontem, em Passo Fundo, o vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), ouviu reivindicações de produtores. Eles não querem apenas a prorrogação dos débitos, mas também o perdão de dívidas.
Médios e grandes agricultores reclamam mais apoio do governo, principalmente para cobrir os créditos financiados por cooperativas.
Fonte:
Diario de Santa Maria
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