O estudo sugere que pode-se reduzir as tendências ao "pensamento mágico" apresentando e processando a informação noutro idioma.
Não acho que a causa seja a língua na qual a informação é apresentada e processada, se nativa ou L2. Acho que a causa é mais profunda - as associações que o falante faz com cada um desses idiomas gerando atitudes diferentes em relação à informação.
Por exemplo. O dia-a-dia dum falante nativo de italiano girará em torno da língua italiana: contar piada em italiano, falar da parmigiana da vó em italiano, xingar o cachorro em italiano... ele vai associar a língua italiana com todas essas coisinhas do dia-a-dia, que incluem as superstições e o "pensamento mágico".
Daí se esse mesmo sujeito aprende alemão, usará (e portanto associará) o alemão com contextos muito específicos, como o trabalho ou leitura de filosofia. Ou mesmo com a interação com desconhecidos em ambientes formais. Tais situações exigem muito mais racionalidade do que o dia-a-dia; portanto, o sujeito associará o alemão com uma mentalidade mais racional, e isso o fará interpretar a info de forma diferente.
Se essa minha hipótese estiver correta, o aumento ou a redução do "pensamento mágico" dependerá dos motivos pelos quais aprendeu-se e fala-se a L2.