Então, de acordo com essa vertente de pensamento, o leão que eu vejo pode não ser um leão para você, então nesse caso a realidade aonde ele te come é apenas fruto da minha mente

Não, Brienne, de forma alguma... explicando melhor-
Pense no oceano. O oceano é formado de inúmeras moléculas de água, por sua vez formadas por inúmeras partículas, por sua vez formadas por inúmeros átomos, etc. O monismo é a ideia de que essa "separação" que nós fazemos das coisas é feita dentro da nossa própria mente, ao invés de ser uma realidade fundamental. Ou seja - é a mente humana que faz uma categorização, uma divisão arbitrária da realidade, que, essencialmente, é una. De acordo com o monismo, todas as coisas e todos os seres, bem como todos os fenômenos, não são separados e são, ao invés disso, diversas manifestações interdependentes e interligadas de um mesmo sistema uno dentro do qual essas configurações se arranjam e rearranjam. O monismo defende que tudo está ligado com tudo, e a única coisa realmente existente é essa totalidade, sendo o resto apenas arranjos e rearranjos efêmeros das substâncias fundamentais que tudo compõem. A sensação de separação experimentada por um ente é um estado passageiro, uma holografia da mente e dos sentidos, que provocam um senso ilusório de individualidade.
O que é uma "artificialidade arbitrária". Exemplos?
Exemplo - quando olhamos para uma floresta. Apesar de também imaginarmos a floresta como composta de inúmeros entes individuais (cada árvore, cada bicho, cada rio, etc), delineamos arbitrariamente uma totalidade a que denominamos "floresta". Podemos também separar cada ente, cada fenômeno, cada processo - distinguir a chuva dos rios, distinguir as cadeias alimentares, distinguir as vegetações, etc, mas, na natureza em si, tudo isso é intrinsecamente ligado, e não há coisa alguma que seja separada e independente do resto. O monismo postula que tudo é um organismo só, um sistema uno. É a mente humana que levanta as barreiras e traça distinções...