Cooperativismo, ou se quer insistir, "práticas comunais", não são doutrina ideológica com um fim utópico, não há uma quebra da ordem vigente, só pode se dizer serem uma variação dela.
O comunismo então aqui referido é no sentido mais clássico/estrito (estatização geral (ou no mínimo dirigismo que seja efetivamente estatizante, embora isso possa ocorrer também no fascismo, sob um discurso anti-comunista), talvez almejando uma futura e longínqua abolição do estado em si), sem essas de "ateísmo com livre-mercado comunista", ou "imposto é comunismo". Okay, bem melhor.
Como disse, acharia interessante que de alguma forma o sistema fosse legalmente "impermeável" tanto a um comunismo "súbito", a Vera Lúcia se eleger e decretar estatização geral, quanto talvez algo pretendendo prevenir uma progressão gradual, embora devessem ser excepcionalmente admissíveis estatizações e criações de estatais.
Mas acho complicado falar em banimento, como censura e criminalização. Enquanto o nazismo tem problemas bem mais diretos, "as raças inferiores são pragas a serem exterminadas", um banimento do comunismo vai se aproximando de algo como um banimento do cristianismo.
O que é possível é o "banimento de crimes", talvez tendo como agravante uma motivação/organização comunista/cristã/ideológica, ou talvez de vertentes e organizações mais expressamente radicais dessas ideologias, pregando levantes armados.
Mas a promoção de mesmo algo bastante explícito, nas linhas de, "vamos gradual e democraticamente conquistando legalmente das instituições, mudando a legislação, e estabelecendo aquilo que a nossa ideologia cristã/comunista dá como correto", é algo cujo "banimento" legal não é compatível com os ideais de liberdade e democracia, mesmo que visando preservá-los. Essa preservação teria que se dar também no campo das idéias, ou no máximo de legislações talvez "pétreas" relativas aos pontos mais críticos de ameaça comunista/cristã/fascista/outra.