O G1 publicou uma reportagem sobre 117 fuzis de assalto M16 ...
Muito intrigante mesmo.
Infelizmente estou sem tempo para conferir as informações do David Borges, como deve fazer um bom cético. E até porque para mim é mais difícil porque eu não entendo tanto de armas quanto ele parece entender.
Mas se esta foto foi mesmo pulicada no GI é um caso intrigante.
Pode ser que tenha sido um erro do G1 e alguém tenha colocado uma imagem que não era dos armamentos apreendidos. Tipo, o cara ouviu que eram M16s e aí colocou uma foto ilustrativa com o que ele achou que fosse um M16. Ou pode ser alguma outra coisa que a gente não está conseguindo imaginar...
Mas é curioso que ontem, ao ver na Globo News um delegado dando explicações sobre o armamento apreendido, notei que ele se referiu a estas armas como "réplicas do M16". Me lembro de ter pensado: "Ué, mas fazem réplicas de M16?". Porque sei que o M16 é um produto da Colt.
É difícil imaginar que nos EUA extraviam armas da Marinha com a mesma facilidade que extraviam aqui da nossa Polícia Federal. ( Se sabe que a munição que matou Marielle e o motorista foi extraviada da PF, e desse mesmo lote a munição usada em uma chacina em SP ).
Também é difícil imaginar que se os EUA tivessem colocando algum plano escuso em marcha no Brasil, por alguma razão mais escusa ainda, iriam enviar armas identificadas da própria marinha.
Em 2004, em cumprimento de uma lei federal, os EUA liberaram documentos classificados que lançaram uma nova luz sobre a participação americana no golpe de 64. Trata-se de áudios e telegramas, a maioria entre a embaixada no Brasil e a Casa Branca.
Estes documentos podem ser conferidos no site do link abaixo:
https://nsarchive2.gwu.edu//NSAEBB/NSAEBB118/index.htm#docsO nsarchive só publica documentos oficiais liberados oficialmente pelo governo americano.
Os EUA tinham um plano de contingência denominado Brother Sam para apoiar os militares golpistas. Incluía até intervenção direta caso as coisas se complicassem. Mas aparentemente calculavam que apenas apoio logístico e material seria suficiente. O plano detalhava que, se necessário, armas e combustível seriam entregues aos militares, telegramas especulam até sobre a possibilidade de submarinos entregarem este material na baía de Santos.
Mas neste mesmo telegrama é feita a observação expressa que nenhum armamento deveria nem mesmo ter origem americana. Ou seja, as armas seriam adquiridas de fornecedores não americanos para encobrir a participação dos Estados Unidos no golpe.
Então veja, esse parece ser um tipo de precaução básica que se toma. Portanto a princípio não dá pra pensar que a Marinha americana enviaria armas a criminosos no Brasil e ainda poria sua marca em cada peça do carregamento.