Enquete

Algum tipo de  fujimorização e/ou pinochetização é uma boa opção para o Brasil ?

Sim. Alguma fujimorização é uma boa saída, pois com o Congresso Nacional e com o STF não é possível passar as reformas que considero necessárias.
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Sim. Alguma fujimorização é uma boa saída, pois não é possível liberalizar a economia com o Congresso Nacional atual e com o STF atual.
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Mais ou menos. Em termos, pois a liberalização econômica é positiva e necessária, mas se vier com a perda de liberdade de expressão (e perda de liberdade protestar), então não será bem adequada e bem positiva.
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Não. Pois, não teremos a garantia de que o ministro conseguirá implementar a liberalização da economia.
0 (0%)
Não. Pois, a implementação de um regime autoritário é algo que vai contra o liberalismo num sentido mais amplo que  simplesmente o sentido econômico. E a liberdade de expressão é algo que tem que ser preservada tanto quanto se tem que implementar a econôm
2 (40%)
Não. Pois, além da possível perda de liberdade de expressão, também sou contrário à liberalização da economia.
0 (0%)
Sim. Pois, a fujimorização com uma certa dose de pinochetização é necessária para derrotar as esquerdas no Brasil.
0 (0%)
Sim.Pois, a fujimorização com uma certa dose de pinochetização é necessária e positiva para derrotar o marxismo cultural.
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Sim.Pois, a fujimorização com uma certa dose de pinochetização é necessária e positiva para derrotar o marxismo cultural e o gramscismo no Brasil.
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Não. Pois, sou a favor da liberdade política ampla e da social democracia.
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Sim. Desde que seja aplicado o liberalismo econômico de forma extremamente forte.
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Sim. Desde que seja aplicado o liberalismo econômico forte, mas que seja preservada a liberdade de expressão.
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Não. Pois, sou contra a liberalização econômica, e sou favorável a uma economia mais socialista.
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Não. Pois, sou contra a liberalização econômica, e sou favorável a algum tipo de comunismo.
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Não.  Pois, sou sou favorável a algum tipo de anarquia.
0 (0%)
Não. Pois, sou favorável ao liberalismo econômico, mas com o funcionamento normal das instituições democráticas.
2 (40%)

Votos Totais: 2

enquete encerra: 05 de Outubro de 2046, 10:55:16

Autor Tópico: Fujimorização  (Lida 243 vezes)

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Offline JJ

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Fujimorização
« Online: 21 de Maio de 2019, 09:55:16 »

Tópico para colocar, juízos de fato, juízos de valor, comentários, opiniões, notícias, previsões, estimativas, etc, sobre uma possível fujimorização e/ou pinochetização (em grau light, ou mediano ou hard). E enquete sobre uma possível fujimorização e/ou pinochetização para o Brasil. 


Na enquete cada um pode dar até 8 votos.
« Última modificação: 21 de Maio de 2019, 12:04:40 por JJ »

Offline JJ

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Re:Fujimorização
« Resposta #1 Online: 21 de Maio de 2019, 09:57:34 »

Fujimorização do Brasil: 25 anos atrás, Bolsonaro dizia ao “NYT” que queria ser um ditador
 

Fernando Brito, via Tijolaço em 6/10/2018

O UOL presta um grande serviço à informação – infelizmente a poucos dias apenas da eleição – recuperando a entrevista dada por Jair Bolsonaro em 1993 ao The New York Times (cuja publicação original, em inglês, pode ser conferida aqui).

Nela, o ex-capitão já anuncia seus planos para a tomada do poder: a fujimorização do Brasil, com o fechamento do Congresso, demissão em massa de funcionários e várias medidas autoritárias sob o argumento – velhinho, não é? – de combater a corrupção.

Leia e tome consciência do perigo que este país enfrenta.

UM SOLDADO QUE VIROU POLÍTICO QUER DEVOLVER O BRASIL AO MANDO MILITAR
Aplicando à política a ousadia que certa vez demonstrou como paraquedista do Exército, o congressista Jair Bolsonaro mergulhou em um território inexplorado poucas semanas atrás, quando subiu à tribuna da Câmara dos Deputados e pediu o fechamento do Congresso.

“Sou a favor de uma ditadura”, gritou em um discurso que sacudiu um país que só deixou o regime militar para trás em 1985. “Nós nunca iremos resolver os problemas nacionais sérios com essa democracia irresponsável.”

Falando mais tarde em seu escritório, um cubículo decorado com memorabilia militar e uma grande bandeira brasileira, o esguio congressista do Rio de Janeiro disse estar preparado para a reação que se seguiu: o maior jornal do Rio, O Globo, publicou cartuns na primeira página satirizando-o como um dinossauro de botas, e o presidente da Câmara dos Deputados, Inocêncio de Oliveira, exigiu que a Câmara o cassasse de seu mandato.

Mas duas semanas depois, algo ainda mais interessante aconteceu: o presidente da Câmara fez uma reviravolta abrupta e se reconciliou publicamente com Bolsonaro. Estudante de opinião pública, o líder do Congresso aparentemente leu as colunas de cartas dos jornais brasileiros.

“Em todo lugar que vou, as pessoas me abraçam e me tratam como um herói nacional”, afirmou Bolsonaro. “As pessoas nas ruas estão pedindo o retorno dos militares. Eles perguntam: ‘Quando você voltará?’”

Ele recebeu, disse ele, centenas de telegramas e telefonemas de apoio, e disso ele extrai uma lição que obviamente acolhe. “As pessoas veem a possibilidade de a disciplina militar tirar o país da lama”.

Para deixar tudo claro, os superiores comandantes militares reiteraram sua lealdade ao presidente Itamar Franco, um civil, e a maioria dos colunistas de jornais acredita que o Brasil manterá seu calendário político, que prevê eleições no próximo ano para presidente, representantes do Congresso, governadores estaduais e legisladores estaduais. Mas para muitos defensores da democracia brasileira, o fenômeno Bolsonaro representa uma luz amarela, um sinal de que as pessoas estão impacientes com o fracasso da democracia em conter a inflação e oferecer um estilo de vida melhor, e um aviso de que os políticos autoritários estão ansiosos por aproveitar esse estado de espírito e cultivá-lo.

O modelo de Fujimori
“Na época do regime militar, a economia crescia 6% ao ano, você poderia comprar um carro em 36 meses”, disse Bolsonaro durante a conversa em seu escritório. “Hoje, o país mal cresce 1% ao ano. A inflação é intolerável”. “A verdadeira democracia é a comida na mesa, a capacidade de planejar sua vida, de andar na rua sem ser assaltado”, continuou. De fato, uma recente pesquisa de opinião pública em Recife, uma das cidades costeiras mais pobres do Brasil, relatou que 70% dos entrevistados achavam que a comida era mais importante do que a democracia.

Bolsonaro, que se formou na escola militar em 1973 (o ponto central do último período do regime militar), tem agora 38 anos, um congressista de primeiro mandato com cabelos negros desobedientes que caem sobre a testa. De certa maneira, ele é apenas a mais recente encarnação da longa tentação autoritária do Brasil; no último século, o país viveu sob um regime democrático formal por apenas 25 anos. Mas há uma nova reviravolta. Hoje, um modelo novo e menos odioso para o autoritarismo latino-americano surgiu no presidente do Peru, Alberto Fujimori.

Diante do impasse no Congresso no ano passado, Fujimori, um civil, ordenou ao Exército do Peru que fechasse o Congresso do país e seus tribunais. Um ano depois, Fujimori governa apenas uma Câmara no Congresso, obediente. “Eu simpatizo com Fujimori”, continuou o congressista brasileiro.

Cirurgia política, continuou Bolsonaro, envolveria o fechamento do Congresso por um período de tempo definido e permitiria que o presidente do Brasil governasse por decreto. A justificativa para uma ruptura constitucional, disse ele, seria a “corrupção política” e a inflação do Brasil, que agora está em 30% ao mês.

Com o Congresso muitas vezes travado em batalhas entre seus 21 partidos, a imprensa do Brasil tem demonstrado um fascínio crescente com o modelo de Fujimori. No mês passado, jornais, revistas e programas de notícias televisivas brasileiros realizaram longas entrevistas com o líder peruano.

“Fujimori colocou 400 mil funcionários públicos na rua”, afirmou Bolsonaro. “Como poderíamos fazer isso aqui?”

Quando detiveram o poder nas décadas de 1960 e 1970, as Forças Armadas brasileiras expandiram vastamente o setor estatal do Brasil, implantando uma confusão de empresas estatais e monopólios. Hoje, disse Bolsonaro, os líderes das Forças Armadas preferem trazer o Estado de volta ao básico: defesa, educação e saúde.

“Eu voto em todas as leis de privatização que posso”, disse Bolsonaro. “É a esquerda que se opõe à privatização. Eles só querem preservar seus empregos no governo”.

A trilha da campanha
Sua campanha não se limita ao Congresso. Ele também circula de cidade em cidade, levando sua receita de mudança autoritária para públicos que são ostensivamente compostos por reservistas e aposentados militares. “Eu só viajo para cidades militares”, disse ele. “Não estamos conspirando, porque não há agentes ativos presentes.”

Defensores da democracia suspeitam que há algo mais sinistro acontecendo fora da vista do público. Essas viagens são anunciadas como simples esforços para lançar as candidaturas de um bloco de candidatos militares de reserva de 12 A Fujimorização é a saída para o Brasil. Estados nas eleições do próximo ano para o Congresso. Todos os candidatos concorrem em listas controladas pelo partido de Bolsonaro, o Partido Progressista Reformador (PPR).

Na conversa, Bolsonaro previu que a opinião popular apoiaria esmagadoramente a suspensão do Congresso. Nesse estágio, isso pode ser apenas uma ilusão – outros acham que o país está perto de um consenso para o regime militar –, mas reflete um fato básico da vida política: qualquer restauração do regime militar só seria possível com civis sólidos. Apoio, suporte. Isso porque as Forças Armadas brasileiras somam 300 mil membros, o que dificilmente é suficiente para controlar uma nação continental de 150 milhões de habitantes apenas pela força.

Até agora, o presidente Itamar Franco descartou categoricamente qualquer ambição de ser um Fujimori brasileiro e se refere a campanhas como a de Bolsonaro como golpes de Estado incipientes. No entanto, Bolsonaro pode se inspirar em reportagens de jornais sobre reuniões fechadas entre empresários de São Paulo e oficiais do Exército, e na publicação de outdoors em uma favela do Rio de Janeiro protestando contra a alta taxa de sequestro do Rio e terminando com o apelo direto: “Forças Armadas, assumam o Poder”.

Em outras palavras, se está certo ou não, Bolsonaro acredita que o tempo está agora do seu lado. Ele está convencido de que em outubro os brasileiros enfrentarão o fracasso dos esforços anti-inflacionários de Fernando Henrique Cardoso, o quarto ministro da Fazenda do Brasil em um ano.

Enquanto isso, ele diz: “Estou arando os campos”.

Tradução: Thiago Varella.

E o Boris Casoy falando de uma hipotética vitória do Bolsonaro e chamando-o de "nosso capitão"? https://t.co/drdY4m2rr7

— Pablo Villaça (@pablovillaca) October 6, 2018

Opinião | "O principal destaque da condescendente entrevista não foi o conteúdo, e sim a encenação", escreve Javier Lafuente https://t.co/uCYFcts8fD

— EL PAÍS Brasil (@elpais_brasil) October 5, 2018

https://limpinhoecheiroso.com/2018/10/06/fujimorizacao-do-brasil-25-anos-atras-bolsonaro-dizia-ao-nyt-que-queria-ser-um-ditador/

Offline JJ

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Re:Fujimorização
« Resposta #2 Online: 21 de Maio de 2019, 11:58:20 »

Clube Militar convoca sócios para atos pró-Bolsonaro

Fábio Grellet, O Estado de S.Paulo

20 de maio de 2019 | 23h33

RIO - O Clube Militar, entidade que reúne oficiais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, convocou seus sócios para participarem das manifestações no próximo domingo, 26, em defesa do
presidente Jair Bolsonaro.


9 Clube Militar convoca sócios para atos pró-Bolsonaro - Política - Estadão

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,clube-militar-convoca-socios-para-atos-pro-bolsonaronaro,70002836963 2/6


Em texto postado no site da entidade na noite desta segunda-feira, 20, o clube afirma que "tradicionalmente preocupado com os assuntos atinentes ao desenvolvimento da nação brasileira", a
entidade "vem convocar seu quadro social e convidados a participarem das manifestações a serem levadas a efeito em todo o território nacional, apoiando o governo federal na implementação das
reformas necessárias à governabilidade. Participe em sua cidade!", conclui o texto, que tem como título a frase "Brasil acima de tudo", parte do slogan de campanha de Bolsonaro.

Um núcleo de fiéis apoiadores também usa as redes sociais para pedir adesão popular às manifestações.

Embora o texto só forneça informações sobre a manifestação prevista para o Rio, cuja concentração deve ocorrer em Copacabana, a partir das 10h, a convocação é para que os sócios que morem em outras cidades também participem das manifestações.

Fundado em 19887 e sediado no Rio, o Clube Militar tem, em todo o Brasil, cerca de 38 mil sócios, entre oficiais da ativa, da reserva de primeira classe e reformados das Forças Armadas, além de
aspirantes a oficial do Exército e da Aeronáutica e guardas-marinhas.

Capitão reformado do Exército, Bolsonaro se elegeu com apoio dos militares e levou ao governo vários integrantes da classe. A ala "ideológica" liderada por Olavo de Carvalho, no entanto, faz intensas críticas aos militares


https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,clube-militar-convoca-socios-para-atos-pro-bolsonaronaro,70002836963


Offline JJ

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Re:Fujimorização
« Resposta #3 Online: 21 de Maio de 2019, 15:15:37 »
Era  Fujimori



28.jul.90 - Fujimori assume a presidência no lugar de Alan Garcia, após derrotar no segundo turno o escritor Mário Vargas Llosa

8.ago.92 - Fujimori baixa um pacote de medidas econômicas chamado ‘Fujishock‘, para frear uma hiperinflação com taxa anual superior a 7.000%.

5.mar.92 - O presidente fecha o Congresso e os tribunais de Justiça com o apoio das Forças Armadas em um ‘autogolpe‘. Passa a ter poderes ditatoriais.

9.jun.92 - Em um golpe para a subversão, Victor Polay, líder do MRTA (Movimento Revolucionário Tupac Amaru), é capturado.

12.set.92 - Cai Abimael Guzman, líder do grupo subversivo Sendero Luminoso, em uma ação considerada um sucesso fundamental do governo para frear uma luta armada que custou ao país mais de 25 mil vidas.

13.nov.92 - Fujimori conspira um golpe militar encabeçado pelo general Jaime Salinas.

29.dez.93 - É promulgada uma nova Constituição, que abre o caminho para a segunda reeleição de Fujimori. Fevereiro de 1995 - Começa o conflito com o Equador sobre limites de fronteira.

28.jul.95 - Fujimori assume a presidência pela segunda vez consecutiva ao ganhar as eleições contra o ex-secretário-geral da ONU Javier Perez de Cuellar.

1996 - Fujimori se divorcia de sua esposa, Susana Higuchi. A filha mais velha, Keiko, assume as funções de primeira-dama.

17.dez.96 - Membros do MRTA tomam a residência do embaixador do Japão e fazem quase 500 pessoas como reféns, que vão libertando gradualmente até ficarem com apenas 72, incluindo o chanceler Francisco Tudela.

22.abr.97 - Após 126 dias de tensão, comandos das Forças Armadas entram na residência e libertam os reféns. A popularidade de Fujimori sobe para 67%.

13.jul.97 - O governo retira a nacionalidade peruana do empresário israelense Baruch Ivcher, depois que sua televisão transmite denúncias de violações dos direitos humanos por parte dos militares. A popularidade de Fujimori começa a cair. Em dezembro, a inflação registra pela primeira vez uma taxa anua de um dígito, 6,5%.

26.out.98 - Um acordo de paz é firmado com o Equador, abrindo o caminho para a instalação dos novos limites de fronteira na Cordilheira do Condor

13.nov.99 - Peru e Chile assinam uma ata que termina com os assuntos pendentes do Tratado de 1929, feito após a Guerra do Pacífico no fim do século 19.

27.dez.99 - Fujimori anuncia sua decisão de concorrer a Presidência pela terceira vez.

31.jan.2000 - Fujimori declara que manteve contato com militantes do Sendero Luminoso, que o ajudaram a capturar seus líderes.

5.abr.2000 - Jenny Vargas, chefe da Onpe (órgão responsável pela organização das eleições) de Chachapoyas, capital do Departamento de Amazonas, renuncia ao seu cargo por não concordar com supostas irregularidades que estariam ocorrendo para beneficiar o presidente Alberto Fujimori, candidato à ‘re-reeleição‘.

5.abr.2000 - A OEA (Organização dos Estados Americanos) declara irregularidades no processo eleitoral dois dias antes do primeiro turno da eleição. ‘(A eleição) Exibe um quadro reiterado de insuficiências, obstáculos, irregularidades e abusos que impediram os cidadãos de contar com as condições suficientes para uma competição eleitoral de acordo com os fundamentos e práticas de um exercício efetivo da democracia.‘

9.abr.2000 - Fujimori vence com 49,87% dos votos validos, Toledo obtém 40,24%. A oposição e observadores internacionais denunciam fraude generalizada pró-Fujimori.

28.mai.2000 - Sem concorrentes, Alberto Fujimori conquista seu terceiro mandato consecutivo como presidente do Peru. A votação no segundo turno foi marcada por forte abstenção por parte dos eleitores, violentos distúrbios e novas denúncias de fraude.

30.mai.2000 - Toledo convocou uma marcha nacional para o dia 26 de julho para, segundo ele, ‘impedir a posse de Fujimori‘, marcada para o dia 28.

28.jul.2000 - Fujimori assume seu terceiro mandato consecutivo na Presidência do Peru, enfrentando manifestações da oposição e muitas dúvidas sobre o futuro político e econômico do país.

14.set.2000 - Uma rede de TV peruana exibe uma gravação em vídeo na qual Vladimiro Montesinos, braço direito do presidente peruano, Alberto Fujimori, entrega dinheiro a um oposicionista que passou para o lado do governo. Um grupo da oposição pediu a prisão de Montesinos e a renúncia de Fujimori, reeleito para seu terceiro mandato consecutivo em 28 de maio.

15.set.2000 - Fujimori faz reunião de emergência com ministros por causa do vídeo. Estados Unidos pedem medidas enérgicas contra a corrupção. A Igreja católica considera o caso vergonhoso, e a oposição suspende o diálogo com o governo até que afaste Montesinos.

16.set.2000 - A Igreja pede a saída de Montesinos para a "saúde moral" do Peru. A OEA exige o afastamento do assessor de Fujimori. O presidente convoca novas eleições gerais.

17.set.2000 - Fujimori anuncia que vai convocar eleições gerais "o mais breve possível" e diz que não vai participar delas.

22.out.2000 - Ministro da Justiça apresenta um "plano nacional de reconciliação", que inclui anistia a militares envolvidos em casos de abuso aos direitos humanos em ações contra o terrorismo e o narcotráfico.

22.out.2000 - Montesinos desembarca em um aeroporto militar peruano. Fujimori ordena uma busca de seu ex-assesssor.

25.out.2000 - Fujimori manda prender Montesinos

11.nov.2000 - Fujimori convoca eleições para o dia 8 de abril de 2001

01.nov.2000 - Congresso corta mandato de Fujimori e abre caminho para convocação de eleições

19.nov.2000 - No Japão, Fujimori anuncia renúncia

22.nov.2000 Congresso do Peru destitui Fujimori por "incapacidade moral" e empossa no cargo o presidente da Casa, o moderado Valentín Paniagua

24.nov.2000 - O procurador peruano José Ugaz anuncia que instaurou um inquérito contra Fujimori sob a acusação de enriquecimento ilícito

01.dez.2000 - Fujimori diz à agência de notícias Kyodo que não tem a intenção de voltar a seu país, mesmo que sua presença seja requisitada pela Justiça.

11.dez.2000 - Governo do Japão afirma que Fujimori é cidadão japonês

12.dez.2000 - Fujimori afirma que se sente peruano e que não renunciará a isso. Disse, porém, que a sua nacionalidade japonesa será "um escudo contra a perseguição política" que ele diz sofrer no Peru.

22.dez.2000 - O governo peruano promulga uma lei anistiando os militares e civis que no final de outubro se rebelaram nos Andes contra Fujimori.

27.dez.2000 - Fujimori se diz vítima de "inquisição" em artigo para maior jornal japonês

13.fev.2001 - Fujimori é formalmente acusado de enriquecimento ilícito e malversação de recursos públicos pela procuradora-geral do Peru, Nelly Calderón

23.fev.2001 - O Congresso peruano aprova a cassação da imunidade que Alberto Fujimori tinha como ex-presidente e o torna inelegível por dez anos, por "abandono de seus deveres"

02.mar.2001 - O juiz Miguel Castañeda, da Corte Suprema do Peru, ordena que Fujimori compareça à Justiça para responder às acusações de abandono do cargo e não-cumprimento de suas obrigações como chefe de Estado

24.mai.2001 - Procuradora-geral do Peru, Nelly Calderón, apresenta ao Congresso denúncia contra Fujimori, a quem acusa de "homicídio qualificado" por seu suposto envolvimento no massacre de 15 pessoas por um esquadrão da morte militar em 1991

23.jun.2001 - Vladimiro Montesinos, ex-braço direito de Fujimori é preso aem Caracas (Venezuela)

25.jun.2001 - Governo do Japão descarta extradição de Fujimori

02.ago.2001 - Justiça do Peru emite uma ordem de prisão internacional contra Fujimori, após declará-lo "réu ausente" por não ter prestado depoimento no processo pelo delito de abandono de cargo

28.ago.2001 - O Congresso peruano acusa formalmente Fujimori de crimes contra a humanidade cometidos no início dos anos 90.

13.set.2001 - A Suprema Corte do Peru pede a prisão do ex-presidente Alberto Fujimori

05.out.2001 - Fujimori é denunciado por enriquecimento ilícito, peculato e desvio de fundos por uma comissão parlamentar.

30.out.2001 - Congresso acusa Fujimori de desvio de verba

20. nov 2001 - Justiça bloqueia bens de Fujimori

25.fev.2002 - Foragido no Japão, Fujimori lança livro sobre combate ao terrorismo. Em ‘"Alberto Fujimori Combate o Terrorismo", ele relata suas experiências em 15 anos de combate à violência rebelde esquerdista

30.mai.2002 - A Suprema Corte do Peru abre o caminho para que o governo peça ao Japão a extradição de Fujimori

14.jun.2002 - O governo do Peru aprova resolução para pedir ao Japão a extradição de Fujimori

19. nov 2002 - Fujimori anuncia, no dia em que sua destituição do poder completou dois anos, que voltará ao Peru e que será candidato à Presidência
04.jan.2003 -A Corte Suprema peruana declara inconstitucionais quatro decretos de Fujimori que impediam plenas garantias de defesa no julgamento de réus suspeitos de terrorismo

09. mar.2003 - Por meio da Interpol (polícia internacional), o Peru renova o pedido para que Fujimori seja preso e extraditado devido a acusações sobre sua ligação com a morte de 15 pessoas, em 1991

15. mai.2003 - Ministro da Justiça Fausto Alvarado diz que Peru irá ao Tribunal Internacional de Justiça de Haia para provar a nacionalidade peruana do ex-presidente Alberto Fujimori se o Japão rejeitar seu pedido de extradição.



https://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/2001-fujimori-era.shtml


 

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