Isso tem até algo a ver com a origem mais fundamental dos termos.
Radicalismo pró-igualdade/anti-opressão é naturalmente algo mais bem-intencionado do que radicalismo pró-status quo e/ou agravamento de desigualdade.
"Temos que tomar tudo isso a força para fazer justiça, trazer dignidade a todo esse povo pobre que só faz sofrer, e que realmente sustenta a todas essas regalias dos privilegiados que os exploram cruelmente" versus "temos que acabar com esses parasitas invasores, miseráveis vagabundos, degenerados, e com as castas inferiores, que ameaçam a pureza da nossa nação-raça, destinada a um futuro glorioso, a reinar sobre todos demais."
Talvez dê para eufemizar e deixar mais "politicamente correto" o radicalismo direitista, com mais foco "valores," "bons costumes," etc, mas é mais difícil. E até vai perdendo o radicalismo propriamente dito, que muitas vezes será explícito nesse aspecto mais deplorável, de sub-humanização do "outro," embora o marketing ideal seja algo mais velado, que pessoas possam ouvir e não fazer necessariamente esse tipo de associação, dando uma negabilidade plausível.