Estou convencido de que alguns argumentos a favor da existência de almas, ora da alma divina ora da alma humana, são um contraponto necessário para quem se interessa acerca desse assunto. Em especial aqui, quero lançar quatro tipos de raciocínio traçados sem negligenciar o sentido também teológico, fora o primeiro tratado no último tópico (aberto pelo forista Ferir). Não me alongarei nos argumentos ou possíveis objeções levantadas. Desde já, admiti por fonte o livro "Questões disputadas sobre a Alma", Tomás de Aquino; o livro "Alcibíades", Platão; o livro "Confissões", Agostinho; o "Sermão quarta-feira de cinzas", Pe. Antônio Vieira; e "Ortodoxia", Chesterton. Seguem dispostos abaixo:
1) Pe.
Antonio Vieira:
"Há quem defina homens e humanos como fossemos pura carne, cuja essência não há, não mais celestes do que poeira das estrelas; O homem é um ser vivente, sensório e racional. A poeira vive? Não. Pois como pode a poeira ser vivente? A poeira sente? Não. Pois como pode poeira sentir? A poeira compreende ou debate? Não. Pois como pode a poeira ser racional? Céticos!! Posto contra parte nenhuma discordam que sou homem, como me podem defender que sou só pó das estrelas?"
2)
Agostinho:
"Objeto físico pressupõe ter comprimento, largura, altura e profundidade. A mente per se não tem nada disso."
3)
Platão:
"Por Zeus! O fato de haver diferenças materiais específicas entre seu objeto e sua mão não explica o motivo deste manejar àquele. Pelo contrário, o controle de um sobre outro principalmente demanda também diferenças formais. Porque aquilo que é controlado não é, no mesmo grau e poder, igual de quem controla. Sua mão é tão usada pelo seu cérebro como seu cérebro por sua alma. É por isso que não se confundem nem estruturalmente nem materialmente.
4)
Chesterton:
"Imagine só não existir nenhum arquiteto ou inteligência do universo, nenhuma mente guiadora. Nessa hipótese, nada estruturou meu cérebro com a função de pensar. Apenas são átomos se interagindo dentro do meu crânio. Por razões químicas e físicas, e por um certo arranjo, isto me dá, como subproduto, tal sensação de estar escrevendo. Mas, se isso é verdade, como posso ter certeza sobre teu próprio pensar?".
*Nego compromisso parapsicologico.