Tópico: Relatório questiona reforma educacional britânica

[Atheist]

Relatório questiona benefícios de reforma educacional britânica
 
da Efe

Um relatório sobre o estado do ensino no Reino Unido publicado hoje põe em dúvida o sucesso da reforma do setor iniciada pelo primeiro-ministro Tony Blair, que tentou fazer da educação uma das prioridades de seu governo.

Segundo esse relatório oficial, a percentagem de estudantes que entraram nas universidades procedentes das escolas públicas caiu pela primeira vez em cinco anos frente aos que chegaram de escolas particulares.

Isso põe em risco os planos do governo de ampliar o acesso das camadas menos favorecidas ao ensino superior.

O dado é especialmente preocupante, assinalam os especialistas, já que o governo trabalhista gastou cerca de 450 milhões de euros para permitir que as universidades ampliassem seu recrutamento nessas camadas da população.

Não só as universidades mais tradicionais, como Oxford e Cambridge, admitiram um número menor de alunos que o estipulado como meta, mas também foi observada uma queda em outros centros de prestígio, como a London School of Economics, o Imperial College e o Kings College, de Londres.

Ao mesmo tempo, o índice de abandono dos estudos após o primeiro ano na universidade é mais alto do que nunca: cerca de 71 mil universitários não chegarão à graduação, o que representa um desperdício anual de cerca de 750 milhões de euros de dinheiro público.

Esses números indicam que, em muitos casos, os jovens chegam ao ensino superior mal preparados, enquanto em outros os motivos do abandono são econômicos: o endividamento familiar.

O problema do endividamento é especialmente alarmante para muitos devido à iminente e polêmica introdução de matrículas universitárias de até 4.500 euros, o que impede que muitos estudantes continuem seus estudos superiores.

Outro dado preocupante é o elevado número de alunos dos colégios que faltam às aulas --cerca de 55 mil por dia--, apesar das fortes pressões das autoridades sobre seus pais e de o governo ter gastado o equivalente a 1,4 bilhão de euros desde 1997 para conter esse problema.

A publicação do relatório, por outro lado, coincide com o anúncio do titular de Educação Superior, Bill Rammell, de um novo sistema de classificação pela internet que permitirá a um aluno recém-ingressado na universidade ver a nota dada pelos que estão na fase final de seus estudos aos diferentes cursos.

O Serviço de Informação sobre a Qualidade Docente, como se chama esse novo sistema, utiliza dados de mais de 170 mil estudantes de último ano da universidade, que respondem a 21 perguntas sobre a qualidade dos professores, dos recursos do centro e do apoio acadêmico recebido.

Segundo o governo, esse sistema obrigará os responsáveis acadêmicos a melhorar certos cursos impopulares ou a fechá-los.

[Atheist]

E ainda tem pedagogos que acham que os alunos são interessados... E ainda tem gente que acha que reforma universitária começa de cima para baixo e não reforçando o ensino de base...

Vamos lá, copiar estas reformas para ter resultados parecidos no futuro!!!