Bem, quem já leu "O Universo Numa Casca de Noz" de Stephen Hawking ou "Tecido do Cosmos" de Brian Greene sabe.Um acelerador de partículas gigantesco estará pronto em 2007 e possibilitará sabermos se existem mais que 3 dimensões espaciais no nosso Universo.Greene em seu livro diz que uma maneira de saber se existem dimensões adicionais é saber se a lei do quadrado do inverso fracassa em distâncias infinitesimais.Em caso afirmativo, ponto para a Teoria das Supercordas/teoria M.Agora, o que eu não entendi direito foi aquela afirmação que as dimensões adicionais poderiam ser de um tamanho muito maior que o comprimento de Planck.Além disso, Greene fala em seu livro que uma das possibilidades é que não detecatamos essas dimensões porque a força eletromagnética está confinada na nossa brana e os fótons são cordas do tipo aberta.E como dependemos dela para enxergar, estaria a razão porque não a detectamos.
O que vocês acham?
Imagine uma folha de papel. Ela é bidimensional (tá bom ela tem uma espessura bem pequena, mas vamos desconsiderar). Agora enrole a folha de forma a gerar um cilindro de papel. Enrole cada vez mais, diminuindo progressivamente o raio do cilindro. quando o raio estiver tão pequeno quanto possível coloque a folha no chão e imagine-se olhando-a de longe. Você vê uma etrutura bidimensional? Não, você vê algo que parece uma linha unidimensional!
Quanto à questão da força eletromagnética confinada em nossa brana é o seguinte: em teoria de cordas, as partículas correspondem a vibrações de cordas. Existem dois modelos de cordas, as fechadas e as abertas. A questão é que as cordas abertas poderiam "vazar" energia por suas pontas, o que seria um problema do ponto de vista do princípio da conservação de energia. Assim surgiram as branas, "superfícies" às quais estariam presas às cordas abertas, uma condição para que não se violasse a conservação de energia. Porém as cordas fechadas não estão presas às branas e poderiam passar de uma brana a outra sem problema.
Os fótons, responsáveis pela força eletromagnética são vibrações de cordas abertas e estão presos às branas. Já os (hipotéticos) grávitons são vibrações de cordas fechadas e podem "atravessar" branas. Assim como poderíamos detectar variações ligadas aos grávitons se não pudermos "enxergar" essas variações acontecendo, já que os fótons tem de estar presos à suas branas?
Interessante é que isso fornece um motivo razoável para o por que de a gravidade ser tão mais fraca do que as outras interações fundamentais: Sendo resultado de cordas fechadas, ela poderia "vazar" por entre as branas, enquanto as outras sendo resultado de cordas abertas estão sempre confinadas à mesma brana.