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Bento XVI abrirá amanhã no Vaticano Sínodo de Bispos
« Online: 01 de Outubro de 2005, 10:33:56 »
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Bento XVI abrirá amanhã no Vaticano Sínodo de Bispos

Cidade do Vaticano - O papa Bento XVI abrirá amanhã com uma missa solene no Vaticano o Sínodo de Bispos, que tem como lema "A Eucaristia fonte e culminação da vida e da missão da Igreja", evento do qual participarão 256 prelados de 118 países. Trata-se do número mais alto de participantes de reunião sinodal, que durará até 23 de outubro, já que da última, de 2001, participaram 247, afirmou hoje Nikola Eterovi, secretário-geral do Sínodo, durante a apresentação da assembléia.

Dos 256 pais sinodais, escolhidos em sua maior parte pelas conferências episcopais, 40 foram nomeados por Bento XVI. Entre os presentes, há 55 cardeais, oito patriarcas, 82 arcebispos, 123 bispos, 36 presidentes de conferências episcopais e 12 religiosos. A Europa é o continente com a maior representação no Sínodo, com 95 prelados, seguida por América, com 59, África, com 50, Ásia, com 44, e Oceania, com 8. Além dos bispos, também assistirão ao evento 32 especialistas.

No "Instrumentum Laboris", o documento de preparação, os prelados expressam sua preocupação com o fato de que muitos católicos comungam e ao mesmo tempo apóiam "opções imorais, como o aborto". Os bispos reiteram que é pecado apoiar um político favorável a "atos graves contra a vida, a justiça e a paz".

Também destacaram que é contraditório invocar a liberdade religiosa ou a liberdade de consciência para não prestar atenção à Igreja. Além disso, lembram que os católicos divorciados e que se casaram de novo pelo civil não podem comungar e advertem que é necessária uma catequese para que os fiéis tenham uma idéia clara sobre o pecado mortal.

Após ressaltar a importância do compromisso moral derivado da Eucaristia, o "Instrumentis laboris" denuncia que "alguns recebem a comunhão ainda negando as doutrinas da Igreja ou sustentando publicamente opções imorais sem pensar que estão cometendo um ato de grave desonestidade pessoal e causando um escândalo". O documento acrescenta que "está em crise" o sentido de pertinência desses católicos à Igreja. Também denuncia que muitos católicos não se distinguem de outras pessoas em aspectos como a corrupção.

Sobre a globalização, os bispos consideram que esta e o progresso técnico não favoreceram a paz e uma maior justiça entre as nações ricas e as pobres e que a fome, a aids e outras doenças continuam afetando amplas camadas da população. Sobre a Eucaristia, o texto ressalta que se assiste um declive da prática da fé e da participação na missa, especialmente dos jovens.

O texto assinala que a pertinência à Igreja é prioritária para aceder aos sacramentos e que não se pode comungar sem antes ter recebido o batismo. O documento analisa os pontos que atentam contra o sentido "do sagrado", entre os quais ressalta a falta de cuidado no uso dos ornamentos litúrgicos, a falta de decência no modo de vestir dos que assistem à Missa, a semelhança de alguns cantos usados na missa com outros profanos, e o "tácito consenso para eliminar alguns gestos litúrgicos por considerá-los muito tradicionais".

O documento ressalta que a presença de Cristo no sacramento da Eucaristia "é real" e que é preciso manter uma série de gestos, como a cuidadosa purificação do cálice e a genuflexão perante o tabernáculo. Além disso, denuncia a decadente qualidade arquitetônica e artística de muitas igrejas, assim como de muitos objetos dedicados ao culto.

No entanto, indica que as Igrejas devem ser sempre lugares de oração e de adoração e que não devem se transformar em museus. O texto ressalta a importância da música nos ritos, mas seguindo os critérios litúrgicos.

O mesmo vale para a hora de incorporar elementos locais como cantos, gestos, danças e vestidos à cerimônia eucarística. Advoga para que eles sejam purificados primeiro e depois incorporados. Além disso, insiste na necessidade de um conhecimento adequado da cultura local para não escandalizar os fiéis. A Igreja considera necessário ainda recuperar o canto gregoriano e o latim.

Esta assembléia do Sínodo, a décima primeira, acontece quatro anos depois da última reunião de bispos, que analisaram, em 2001, o perfil do prelado do terceiro milênio.



fonte: http://www.estadao.com.br/internacional/noticias/2005/out/01/14.htm

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