Autor Tópico: roberto campos  (Lida 708 vezes)

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Offline Rodion

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roberto campos
« Online: 03 de Outubro de 2005, 15:11:28 »
Repetindo o óbvio

Aceito o risco de parecer repetitivo. Diante das grandes questões que preocupam mais no nosso país, a originalidade do articulista fica em segundo lugar. Estamos atravessando dias pesados, um ambiente de insatisfações e sombras. Os mais jovens sentem-se angustiados diante das incertezas do futuro, da ameaça de desemprego, de falta de horizontes. Os mais velhos tentam lembrar-se daqueles períodos em que o Brasil não atravessava um estado de crise permanente. Salvo alguns breves anos do começo do Plano Real, parte da Era Kubitschek e o otimismo do "milagre econômico" do fim dos anos 60 - que, no entanto, foi tisnado pela situação política de exceção -, todo o resto de nossa História contemporânea é um confuso mosaico de problemas e condições institucionais instáveis.

Não chegamos felizmente ao extremo dos gulags, campos de extermínio, "limpezas étnicas" e coisas que tais. Nossos chamados "anos de chumbo", comparados às experiências de outras nações (e certamente aos "anos de aço" dos regimes comunistas), pareceriam antes de papel de cigarro metalizado. Se afundamos numa situação crítica injustificável, é por nossa própria culpa, por falta coletiva de bom senso e de responsabilidade.

O público exprime sua perplexidade naquela conhecida anedota de como Deus, tendo presenteado nossa geografia com uma abundância de vantagens materiais, colocou no Brasil, como contrapeso, um "povinho ruim". Essa autodepreciação está errada. O trabalhador brasileiro, ainda que subinstruído, é diligente e flexível, como as empresas estrangeiras são as primeiras a reconhecer. Os engenheiros e gerentes especializados têm em alguns casos nível bastante alto. Somos a oitava economia do mundo e temos conseguido adaptar-nos a mudanças tecnológicas complexas. Falta-nos reduzir os excessivos contrastes em matéria de educação, informação e saúde - demanda social justa, mas não um impedimento real ao nosso desenvolvimento tecnológico ou industrial.

A verdade é que nosso grave subdesenvolvimento não é só econômico ou tecnológico. É político. Somos um gigante preso por caguinchas dentro de estruturas disfuncionais. A máquina político-administrativa que rege hoje nossos destinos é uma fábrica de absurdas distorções cumulativas. O regime presidencialista e o voto puramente proporcional, cada um dos quais, já de si, dificilmente funcionam bem, transformam-se, quando combinados, numa crise quase ininterrupta. O presidencialismo americano, que nos serviu de modelo, é conjugado ao voto distrital, e a federação é autêntica, porque foram os Estados que a criaram, enquanto que no Brasil estes resultaram do desfazimento do império unitário.

Não é que os políticos só pensem em si ou sejam "corruptos" de nascença. Essa é uma visão popular deformada. A maioria é dedicada e séria. Mas o deputado, o senador, o prefeito, o governador e, obviamente, o presidente têm de ser eleitos, ponto de partida do qual não há escapatória. Nas eleições proporcionais de hoje, os deputados são obrigados a catar votos por todo o Estado, garimpando aqui e ali - um processo caro e tremendamente incerto, porque eleitor em geral não sabe como discriminar entre dezenas de representantes eleitos. Como é que o eleitor médio vai se lembrar de quem propôs medidas ou leis, para poder avaliar quem merece o seu voto? Um americano ou um inglês pode falar no "seu" deputado: sabe exatamente quem ele elegeu e tem como cobrar respostas ao representante do "seu" distrito. O alemão, com um sistema misto, tem o "seu" deputado distrital e também o da lista do seu partido. E, como o regime é parlamentarista, pode cobrar de ambos.

No Brasil, cobrar o quê? De quem? Mal acaba de ser eleito por um partido, o deputado ou senador se sente à vontade para mudar de partido. Não existe sanção. A eleição presidencial então é sempre um trauma violento, agravado pela percepção de que o vencedor passará a controlar a máquina pública, os mecanismos de dar ou negar favores. Gerir a coisa pública é, entre nós, um contínuo varejo. Dá para estranhar que, desde o início da República, raros tenham sido os governos que não se envolveram em conflitos com o Congresso, com riscos de descontinuidade institucional? Contra um sistema tão ruim, tanto faz se os políticos são santos ou bandidos. Num ônibus sem freios, o perigo de desastre é o mesmo para todos.
Há perto de três séculos e meio, Colbert, o famoso ministro protecionista da França monárquica, assim se lamentava na Carta de Luís XIV aos funcionários e ao povo de Marselha (26 de agosto de 1764):

"Como desde a morte de Henrique IV temos tido só exemplos de carências e necessidades, precisamos determinar como aconteceu que, durante tão longo tempo, não tenhamos tido, se não abundância, pelo menos uma renda toleravelmente satisfatória..." Colbert põe a culpa no sistema fiscal e afirma que piores do que os muitos corruptos foram aqueles altos funcionários "cuja incompetência prejudicou mais o Estado e o povo do que os roubos pessoais". Entre os vícios da burocracia fiscal da época, Colbert lista os seguintes: "Consumir com despesas correntes as receitas ordinárias e extraordinárias dos dois próximos anos..." e "negligenciar as receitas gerais ordinárias afazendadas, dedicando-se ativamente à busca de fontes de renda extraordinárias..."

Colbert se revelou um reformista e desenvolvimentista avant la lettre. Mas a França já estava politicamente entalada, e ele não conseguiu realizar sua "reforma fiscal". O mundo está cansado de esperar pelas "reformas" brasileiras. E de ouvir lamentações sobre a nossa pobreza. Há muito, exceto em regiões desérticas da África ou gravemente sobrepovoadas da Ásia, a pobreza deixou de ser uma fatalidade. É um acidente histórico de povos que preferem externalizar a culpa em vez de fabricar seu próprio destino.

me lembraram dele aqui esses dias, então decidi ir atrás de uns textos. tem mais aqui: http://www.clicrbs.com.br/clicrbs/especiais/diversos/roberto_campos.htm#arroiot


morre cedo quem os deuses amam  :cry:
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Marcelo Terra

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Re: roberto campos
« Resposta #1 Online: 03 de Outubro de 2005, 16:09:18 »
Citação de: bruno
Aceito o risco de parecer repetitivo. Diante das grandes questões que preocupam mais no nosso país, a originalidade do articulista fica em segundo lugar. Estamos atravessando dias pesados, um ambiente de insatisfações e sombras. Os mais jovens sentem-se angustiados diante das incertezas do futuro, da ameaça de desemprego, de falta de horizontes.


Acho que você era muito novo na década de 80. Aquilo sim era angustiante. Alguém aqui pode falar pelas décadas anteriores?

Citação de: bruno
Os mais velhos tentam lembrar-se daqueles períodos em que o Brasil não atravessava um estado de crise permanente.


Bem, eu sou um pouco mais velho e não me lembro de nada diferente de um estado em crise permanente. O que o pessoal de 40 e poucos e 50 e poucos pode nos dizer das "épocas" anteriores?

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Salvo alguns breves anos do começo do Plano Real,


O que mudou para pior do começo do Plano Real para agora?

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parte da Era Kubitschek e o otimismo do "milagre econômico" do fim dos anos 60 - que, no entanto, foi tisnado pela situação política de exceção -, todo o resto de nossa História contemporânea é um confuso mosaico de problemas e condições institucionais instáveis.


E nessas épocas citadas não era assim? Acho que há um problema aqui... Problemas institucionais aparecem e somem e curtos períodos de tempo?

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Não chegamos felizmente ao extremo dos gulags, campos de extermínio, "limpezas étnicas" e coisas que tais.


Apelo às consequências. Terrorismo emocional.

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Nossos chamados "anos de chumbo", comparados às experiências de outras nações (e certamente aos "anos de aço" dos regimes comunistas), pareceriam antes de papel de cigarro metalizado.


Por que teríamos que comparar os nossos "anos de chumbo" (termo infeliz, quero ver usar isso num discurso falado, hehehe) com os regimes comunistas?

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Se afundamos numa situação crítica injustificável, é por nossa própria culpa, por falta coletiva de bom senso e de responsabilidade.


E quando não é?

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O público exprime sua perplexidade naquela conhecida anedota de como Deus, tendo presenteado nossa geografia com uma abundância de vantagens materiais, colocou no Brasil, como contrapeso, um "povinho ruim".


Nunca tinha percebido que essa piada reflete a perplexidade do povo.

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Essa autodepreciação está errada. O trabalhador brasileiro, ainda que subinstruído, é diligente e flexível, como as empresas estrangeiras são as primeiras a reconhecer.


Quem tá sendo chamado de gado?

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Os engenheiros e gerentes especializados têm em alguns casos nível bastante alto. Somos a oitava economia do mundo e temos conseguido adaptar-nos a mudanças tecnológicas complexas. Falta-nos reduzir os excessivos contrastes em matéria de educação, informação e saúde - demanda social justa, mas não um impedimento real ao nosso desenvolvimento tecnológico ou industrial.


hahahahaha "só falta reduzir os excessivos contrastes em matéria de educação, informação e saúde". Essa é ótima, "só" falta isso, que moleza, mas... quem é mesmo que vai resolver isso?

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A verdade é que nosso grave subdesenvolvimento não é só econômico ou tecnológico. É político.


Gênio! O_o

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Somos um gigante preso por caguinchas dentro de estruturas disfuncionais.


Cantem comigo: O Brasil é o país do futuro!

O resto do texto parece ser o ponto a que o autor realmente queria chegar. Pra que tantos rodeios? Depois eu comento a parte do sistema eleitoral, essa sim um assunto interessante a ser discutido.

Offline Rodion

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Re.: roberto campos
« Resposta #2 Online: 03 de Outubro de 2005, 16:13:38 »
não é meu, é Dele  :P
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Marcelo Terra

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Re: Re.: roberto campos
« Resposta #3 Online: 03 de Outubro de 2005, 16:25:47 »
Citação de: bruno
não é meu, é Dele  :P


OK. E só por causa da sua careta eu tirei a minha pergunta e deixei a sua resposta no vácuo. :twisted: Esqueci de ligar o título do tópico ao texto, já que não estava quotado. :P

Offline Rodion

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roberto campos
« Resposta #4 Online: 03 de Outubro de 2005, 16:30:04 »
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Bem, eu sou um pouco mais velho e não me lembro de nada diferente de um estado em crise permanente. O que o pessoal de 40 e poucos e 50 e poucos pode nos dizer das "épocas" anteriores?

que eu saiba, houve um otimismo generalizado nesses pequenos intervalos de tempo.
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O que mudou para pior do começo do Plano Real para agora?

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E nessas épocas citadas não era assim? Acho que há um problema aqui... Problemas institucionais aparecem e somem e curtos períodos de tempo?

ué, a esperança já não é a mesma. o entusiasmo passou. fala-se de épocas em que todos esses problemas pareciam poder ser vencidos, ou pelo menos diminuídos, como inícios de uma nova fase. é como entendi.
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Apelo às consequências. Terrorismo emocional.

não necessariamente. aqui ele não está te falando de como seria terrível uma sovietização do brasil, não é nem disso que o texto trata! isso foi posto em contraponto aos anos de chumbo que vêm logo a seguir.
(isso de citar linha por linha às vezes mata o texto)
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E quando não é?

quando não é? assista aulas de história de 2o grau e verá que ("eles" acham que) "não é" durante o tempo todo.
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Quem tá sendo chamado de gado?

vá lá marcelo, brasileiro constantemente se auto-deprecia. e se conforma.
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hahahahaha "só falta reduzir os excessivos contrastes em matéria de educação, informação e saúde". Essa é ótima, "só" falta isso, que moleza, mas... quem é mesmo que vai resolver isso?

cabe, de uma maneira ou de outra, ao estado. seja investindo diretamente (na visão de alguns), seja gerando um ambiente competitivo e propício (em outros casos).

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Gênio! O_o

a obviedade está justificada pelo título. ainda assim, pra uns (pra muitos!) não é tão óbvio...
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Offline Marcelo Terra

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roberto campos
« Resposta #5 Online: 03 de Outubro de 2005, 16:55:10 »
Citação de: bruno
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Bem, eu sou um pouco mais velho e não me lembro de nada diferente de um estado em crise permanente. O que o pessoal de 40 e poucos e 50 e poucos pode nos dizer das "épocas" anteriores?

que eu saiba, houve um otimismo generalizado nesses pequenos intervalos de tempo.


Eu, pelo menos, acho que períodos de euforia são irrelevantes para analisar se a sociedade estava ou não em crise em um período. Um ligeiro período de FÉ em um plano qualquer não muda a realidade de uma crise que esses planos falharam em resolver. Vivi num período onde diversos planos injetaram um ânimo que foi esfriado pouco tempo depois pelo fracasso do plano. Não vejo no que esse período é melhor que agora.

Citação de: bruno
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E nessas épocas citadas não era assim? Acho que há um problema aqui... Problemas institucionais aparecem e somem e curtos períodos de tempo?

ué, a esperança já não é a mesma. o entusiasmo passou. fala-se de épocas em que todos esses problemas pareciam poder ser vencidos, ou pelo menos diminuídos, como inícios de uma nova fase. é como entendi.


Superamos muitos problemas mas ainda restam muitos outros. O que é muito melhor que na década de 80 quando NENHUM problema foi superado.

Citação de: bruno
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Apelo às consequências. Terrorismo emocional.

não necessariamente. aqui ele não está te falando de como seria terrível uma sovietização do brasil, não é nem disso que o texto trata! isso foi posto em contraponto aos anos de chumbo que vêm logo a seguir.
(isso de citar linha por linha às vezes mata o texto)


Bah! O medo dele da sovietização do Brasil, na época seja qual for, é irrelevante agora. Mas isso não muda o fato de que ele apelou às consequências sem demonstrar que elas seriam uma possibilidade real e logicamente decorrente de qual seja o movimento, da época, que ele pretendia criticar. Irrelevante.

Citação de: Bruno
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Se afundamos numa situação crítica injustificável, é por nossa própria culpa, por falta coletiva de bom senso e de responsabilidade.

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E quando não é?

quando não é? assista aulas de história de 2o grau e verá que ("eles" acham que) "não é" durante o tempo todo.


Agora fui eu quem se embananou com a citação linha a linha. hehehe... O fato de alguém "achar" que a situação crítica seja não seja causada pela  "falta coletiva de bom senso e de responsabilidade" não muda o fato de ter sido por ela causada. Por isso perguntei, "e quando não é?".

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Quem tá sendo chamado de gado?

vá lá marcelo, brasileiro constantemente se auto-deprecia. e se conforma.




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hahahahaha "só falta reduzir os excessivos contrastes em matéria de educação, informação e saúde". Essa é ótima, "só" falta isso, que moleza, mas... quem é mesmo que vai resolver isso?

cabe, de uma maneira ou de outra, ao estado. seja investindo diretamente (na visão de alguns), seja gerando um ambiente competitivo e propício (em outros casos).


Quem bom, "cabe ao estado" há décadas. Quero saber como se resolve, qual seria o caminho para se começar a resolver. Que ambiente competitivo propício resolveria os problemas de educação, informação e saúde?

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A verdade é que nosso grave subdesenvolvimento não é só econômico ou tecnológico. É político.

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Gênio! O_o

a obviedade está justificada pelo título. ainda assim, pra uns (pra muitos!) não é tão óbvio...


Mas esse é um óbvio tão óbvio que o título então deveria ser "Repetindo de novo o óbvio mais uma vez".

Offline Rodion

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roberto campos
« Resposta #6 Online: 03 de Outubro de 2005, 17:08:53 »
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Superamos muitos problemas mas ainda restam muitos outros. O que é muito melhor que na década de 80 quando NENHUM problema foi superado.

80 foi a década perdida, tanto no brasil quanto em boa parte do mundo. a diferença de lá pra cá, ao meu ver, é a seguinte: lá estavam todos ferrados. aqui estamos nós ferrados, enquantos vemos alguns chegando mais perto do sol, saindo da lama em que ainda estamos presos. estamos ficando pra trás, essa é a angústia.

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Agora fui eu quem se embananou com a citação linha a linha. hehehe... O fato de alguém "achar" que a situação crítica seja não seja causada pela "falta coletiva de bom senso e de responsabilidade" não muda o fato de ter sido por ela causada. Por isso perguntei, "e quando não é?".

pois bem, o texto foi escrito em resposta a todo um monte de gente que não pensa como você. se você não comunga do vitimismo até hoje muito freqüente no brasil, então a mensagem não foi pra você.

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Quem bom, "cabe ao estado" há décadas. Quero saber como se resolve, qual seria o caminho para se começar a resolver. Que ambiente competitivo propício resolveria os problemas de educação, informação e saúde?

falamos de soluções práticas?
em se tratando de educação, tem os vouchers que eu vivo alardeando. em se tratando de informação, já é algo que deve se desenvolver junto com a educação. aliás, um ponto interessante. muitos falam de "exclusão digital" no brasil, mas me atrevo a dizer o contrário. hoje por pouco mais de um real dá pra desfrutar de uma hora em um cyber café. (eles estão em todas as esquinas).
já a saúde... bom, acredite ou não, o sistema de vouchers também funciona pra saúde, mas não o tomo por panacéia. deve haver outras soluções, isso fica pros especialistas. (os conselhos municipais de saúde, da década passada, foram uma boa pedida, ao que parece. ex: vitória da conquista).
o que não pode é continuar como está.

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Mas esse é um óbvio tão óbvio que o título então deveria ser "Repetindo de novo o óbvio mais uma vez".

e eu repito também que, pra muita gente, não é óbvio. quando ele enfatiza que o atraso também é político, não está falando (somente) das instituições, mas das ideologias e ismos predominantes aqui durante o século passado inteiro (embora nosso amigo com avatar de lênin teime em dizer o contrário).
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

 

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