Autor Tópico: Realidade escandinava.  (Lida 1924 vezes)

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Offline Aronax

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Realidade escandinava.
« Online: 05 de Outubro de 2005, 22:40:55 »
REALIDADE ESCANDINAVA

por Rodrigo Constantino, economista
"The matter of knowledge and discovery is not so much in dealing with what we know, as in dealing with what we do not know." (Karl Popper)

A idolatria ao deus Estado é uma doença grave, e infelizmente muito comum. Normalmente fruto de uma lavagem cerebral comunista e marxista quando jovem, ela pode acompanhar a vítima para sempre. O dogmatismo ideológico impede que a lógica exerça influência no cérebro, e fatos contraditórios à teoria machucam, sendo devidamente ignorados. Tal dissonância cognitiva, que costuma virar rigidez com o tempo, explica a reação dos comunistas com a queda do Muro de Berlim e império soviético. Desamparados, desiludidos, muitos trocaram o vermelho do sangue da foice comunista pelo vermelho desbotado da social democracia. Muitas vezes, tal nome não passa de eufemismo para Estado autoritário. Coletivistas que detestam a liberdade individual e o sistema de livre mercado, com trocas voluntárias, buscaram abrigo no sucesso dos países escandinavos, pregando que o welfare state foi a causa da riqueza deles. Algo bem longe da verdade...

Como o desejo que guia essa gente não é a busca sincera pela verdade, mas sim uma patológica necessidade de preservar uma crença dogmática, fazem como os crentes fanáticos, que abominam qualquer questionamento sério. Precisam “provar” que o Estado interventor é a razão do sucesso escandinavo, e desta forma não tentam refutar tal hipótese, como ensinaria Popper, mas sim achar qualquer correlação espúria, e ponto final. Correlação passa a ser o mesmo que causalidade. Não importa que tal linha de “raciocínio” possa levar à conclusão de que água mata, já que todos que bebem água um dia morrem. Ou então que o frio gera riqueza, já que muitos países ricos são frios. Como já foi dito, a lógica não tem nada a ver com as análises dessas pessoas. Mas vamos então aplicar os ensinamentos de Popper, e tentar refutar a hipótese de que foi o welfare state que permitiu o avanço escandinavo.

Em primeiro lugar, teríamos que selecionar os países ricos, com baixa miséria e bons indicadores sociais, e buscar o denominador comum deles. Veríamos que no topo da lista de IDH, estão também países como Suíça, Estados Unidos, Austrália, Cingapura e Taiwan. Não são, nem de perto, ícones do modelo de welfare state. Curiosamente, são os mesmos países que lideram o ranking de liberdade econômica, abertura comercial, competitividade e ambiente de negócios. O que existe em comum nos vencedores não é o Estado inchado e interventor ao extremo, mas o império da lei, o capitalismo, a abertura comercial e a razoável liberdade econômica.

Além disso, veríamos outras duas coisas interessantes. Primeiro, que os escandinavos já eram ricos antes do welfare state. Na verdade, eram ainda mais ricos em termos relativos, e perderam posição no ranking. Segundo, que vários outros países com Estado grande e “babá” estão no final da fila em termos de riqueza e indicadores sociais. Basta lembrar que Cuba tem um Estado ultra interventor, com pesados investimentos em educação e foco “social”. Até mesmo o Brasil conta com um Estado bastante interventor, com elevados gastos sociais. Ou seja, inúmeros países que adotaram o welfare state ficaram para trás, miseráveis. São países que não adotaram o capitalismo, o livre comércio e o império da lei. Como fica evidente, o welfare state não é causa de sucesso, mas conseqüência. E os escandinavos não são ricos por causa do Estado grande, mas a despeito dele. Vamos ver agora alguns detalhes específicos.

A Suécia, apesar de benefícios extensos pelo Estado, conta com um capitalismo high-tech, e as empresas do setor privado são responsáveis por cerca de 90% da indústria nacional. O governo vem mostrando compromisso com a disciplina fiscal, buscando um grande superávit. Em educação, foi adotado o modelo de vouchers, proposto pelo liberal Milton Friedman, de Chicago. Quem acha que a Suécia é o ícone da esquerda, está bastante enganado. Um Carlos Lessa não teria voz por lá. Ainda assim, não custa lembrar que a Suécia tem renda per capita menor que a dos negros americanos, grupo com menor índice nos Estados Unidos. O peso do Estado...

A Islândia tem uma economia basicamente capitalista, ainda que com extensivo welfare state. As medidas políticas incluem a redução do déficit fiscal, a limitação do endividamento do governo, o combate à inflação e a privatização das empresas estatais. A Finlândia conta com uma grande economia de livre mercado, e desponta na lista de competitividade empresarial. A Noruega combina intervenção estatal com livre mercado, mas seu sucesso recente vem mesmo do petróleo, já que o pequeno país é o terceiro maior exportador do mundo. A economia estava estagnando antes da alta do petróleo, e o governo, preocupado com a queda das reservas, vem mantendo o programa de privatização. A Dinamarca, por fim, tem uma moderna economia de mercado, com alta dependência do comércio externo. Os objetivos do governo são atacar a burocracia e privatizar novos ativos estatais.

As conclusões são claras, para quem não sofre de rigidez cognitiva. Não é o welfare state o responsável pelo sucesso escandinavo. Esses países já eram ricos antes, contam com razoável abertura comercial e economia de mercado, e ainda vem, cada vez mais, reduzindo o papel do Estado, pelo fardo que este representa. Mas não adianta explicar isso tudo para um crente estatólatra. Ele não vai buscar o que deu certo na maioria dos casos. O denominador comum será um detalhe ignorado. Ele quer apenas copiar os fracassos, e toda a sua análise tem um só objetivo: enaltecer o papel do Estado. A razão não tem vez contra a patologia. E como Popper nos ensinou, "não é possível discutir racionalmente com alguém que prefere matar-nos a ser convencido pelos nossos argumentos". Nos resta apenas lamentar...

Publicado em 03/10/2005

http://www.diegocasagrande.com.br/
Uma verdade ou um ser podem ser vistos de vários pontos, porém a verdade e o ser estão acima de pontos de vista.

Offline Hold the Door

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Re.: Realidade escandinava.
« Resposta #1 Online: 06 de Outubro de 2005, 00:08:44 »
Movido para Laicismo e Política.
Hold the door! Hold the door! Ho the door! Ho d-door! Ho door! Hodoor! Hodor! Hodor! Hodor... Hodor...

Rhyan

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Re.: Realidade escandinava.
« Resposta #2 Online: 06 de Outubro de 2005, 00:23:33 »
Pena que no Brasil não há nenhum partido que pense assim. O motivo é óbvio.

Este Rodrigo Constantino está sempre discutindo no orkut, na comunidade Economia Brasileira.

Offline Rodion

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Re.: Realidade escandinava.
« Resposta #3 Online: 06 de Outubro de 2005, 00:39:51 »
nem no brasil, nem lá fora, que eu saiba....
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Rhyan

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Re: Re.: Realidade escandinava.
« Resposta #4 Online: 06 de Outubro de 2005, 08:22:50 »
Citação de: bruno
nem no brasil, nem lá fora, que eu saiba....

Sério? Nem o partido do primeiro ministro do Japão pode ser considerado?

Offline Roberto

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Re: Re.: Realidade escandinava.
« Resposta #5 Online: 06 de Outubro de 2005, 09:57:04 »
Citação de: bruno
nem no brasil, nem lá fora, que eu saiba....


Há partidos de orientação liberal bastante fortes na própria Suécia, na Dinamarca, na Austrália (está no governo), na Alemanha.
Se eu disser ou escrever hoje algo que venha a contradizer o que eu disse ou escrevi ontem, a razão é simples: mudei de idéia.

Offline Roberto

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Re: Re.: Realidade escandinava.
« Resposta #6 Online: 06 de Outubro de 2005, 09:58:31 »
Citação de: Rhyan
Este Rodrigo Constantino está sempre discutindo no orkut, na comunidade Economia Brasileira.


Você precisa ver os arranca-rabos dele (que é ateu) com outro economista, o Nivaldo Cordeiro (que é católico do tipo místico) na RedeLiberal3.
Se eu disser ou escrever hoje algo que venha a contradizer o que eu disse ou escrevi ontem, a razão é simples: mudei de idéia.

Rhyan

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Re: Re.: Realidade escandinava.
« Resposta #7 Online: 06 de Outubro de 2005, 10:25:36 »
Citação de: Roberto
Você precisa ver os arranca-rabos dele (que é ateu) com outro economista, o Nivaldo Cordeiro (que é católico do tipo místico) na RedeLiberal3.

Sobre religião ou economia?

Quando eu vi que ele era ateu, pensei em perguntar porque ele não rebate as críticas do MSM, já que ele escreve pra lá.

Eu vi um texto dele defendendo o fundamentalismo do Bush. Nem parece que o autor é ateu.
Está aqui!
Usa tu quoque, esquece de comentar sobre o criacinismo, e algumas outras falhas.

Offline Rodion

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Re: Re.: Realidade escandinava.
« Resposta #8 Online: 07 de Outubro de 2005, 04:56:59 »
Citação de: Rhyan
Citação de: bruno
nem no brasil, nem lá fora, que eu saiba....

Sério? Nem o partido do primeiro ministro do Japão pode ser considerado?


não sei. isso por causa da privatização dos correios, né? por esse prisma também dá pra considerar o psdb, que privatizou várias empresas.

nivaldo cordeiro escreveu uma vez um artigo péssimo sobre ateus, e acho até que foi o roberto(raveiga) que rebateu. não foi?
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Roberto

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Re: Re.: Realidade escandinava.
« Resposta #9 Online: 07 de Outubro de 2005, 08:54:04 »
Citação de: Rhyan
Sobre religião ou economia?


Que dúvida... religião, claro!  :lol:

Citação de: Rhyan
Quando eu vi que ele era ateu, pensei em perguntar porque ele não rebate as críticas do MSM, já que ele escreve pra lá.


Possivelmente, pra manter o espaço.

Citação de: Rhyan
Eu vi um texto dele defendendo o fundamentalismo do Bush. Nem parece que o autor é ateu.


O fundamentalismo do Bush ou o Bush?
Se eu disser ou escrever hoje algo que venha a contradizer o que eu disse ou escrevi ontem, a razão é simples: mudei de idéia.

Offline Roberto

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Re: Re.: Realidade escandinava.
« Resposta #10 Online: 07 de Outubro de 2005, 08:55:10 »
Citação de: bruno
nivaldo cordeiro escreveu uma vez um artigo péssimo sobre ateus, e acho até que foi o roberto(raveiga) que rebateu. não foi?


Foi.
Se eu disser ou escrever hoje algo que venha a contradizer o que eu disse ou escrevi ontem, a razão é simples: mudei de idéia.

Rhyan

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Re: Re.: Realidade escandinava.
« Resposta #11 Online: 07 de Outubro de 2005, 09:26:12 »
Citação de: bruno
não sei. isso por causa da privatização dos correios, né? por esse prisma também dá pra considerar o psdb, que privatizou várias empresas.

É, sei lá. Vi um pessoal comemorando como se fosse uma vitória para o liberalismo no mundo.

Rhyan

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Re: Re.: Realidade escandinava.
« Resposta #12 Online: 07 de Outubro de 2005, 09:38:59 »
Citação de: Roberto
Que dúvida... religião, claro!  :lol:

Ah tá. Não conheço esse tal de Nivaldo.

Citação de: Roberto

Possivelmente, pra manter o espaço.

Talvez, para não arrumar discuções.
Conhece este texto do MSM?

Citação de: Roberto

O fundamentalismo do Bush ou o Bush?

A impressão que tive foi que ele defende o Bush, inclusive seu fundamentalismo, de certa forma.

Offline Roberto

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Re: Re.: Realidade escandinava.
« Resposta #13 Online: 07 de Outubro de 2005, 10:02:51 »
Citação de: Rhyan

Talvez, para não arrumar discuções.
Conhece este texto do MSM?


Conheço. Sou o autor dele.
Se eu disser ou escrever hoje algo que venha a contradizer o que eu disse ou escrevi ontem, a razão é simples: mudei de idéia.

Rhyan

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Re: Re.: Realidade escandinava.
« Resposta #14 Online: 07 de Outubro de 2005, 10:44:59 »
Citação de: Roberto
Conheço. Sou o autor dele.

 :parede:
:histeria:
Por essa eu não esperava! Mania de não ler o nome do autor...

Você critica a militância ateísta da STR ou só comenta?

Offline Rodion

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Re: Re.: Realidade escandinava.
« Resposta #15 Online: 07 de Outubro de 2005, 13:32:18 »
Citação de: Rhyan
Citação de: bruno
não sei. isso por causa da privatização dos correios, né? por esse prisma também dá pra considerar o psdb, que privatizou várias empresas.

É, sei lá. Vi um pessoal comemorando como se fosse uma vitória para o liberalismo no mundo.


e será, de certa forma (ainda não aconteceu, que eu saiba).
no caso do brasil, não privatizamos nenhuma empresa de maior importância para o país.
já os correios japoneses não são simplesmente correios, mas também onde a maior parte dos japoneses põe suas poupanças. me lembro de ter lido em algum lugar que, caso privatizado, será o maior banco do mundo (se estiver errado, me corrijam), além de ser a única empresa que chega em muitos vilarecos japoneses. é um gigante, nada comparado com uma de nossas empresas telefonicas ou companhias de mineração.


outra coisa; mesmo sendo democraticamente eleito, o psdb realizou as reformas meio que a despeito da população. vá lá, quantos brasileiros tinham idéia do que vinha a ser uma privatização e o que ela significava? já no japão, a reeleição de koizumi (ou kozumi?) provou que boa parte da população japonesa, bem instruída, aprovava de fato a privatização e as propostas do primeiro-ministro.
e também temos de lembrar que o brasil é um país periférico, e que o japão é o japão.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Roberto

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Re: Re.: Realidade escandinava.
« Resposta #16 Online: 07 de Outubro de 2005, 13:40:59 »
Citação de: Rhyan
Citação de: Roberto
Conheço. Sou o autor dele.

 :parede:
:histeria:
Por essa eu não esperava! Mania de não ler o nome do autor...

Você critica a militância ateísta da STR ou só comenta?


Na verdade, critico é o Nivaldo Cordeiro, que diz haver uma militância ateísta que vem sistematicamente corroendo os valores tradicionais cristãos e que, por conta disso, tal militância representa uma ameaça pra essa tal de "civilização ocidental".
Se eu disser ou escrever hoje algo que venha a contradizer o que eu disse ou escrevi ontem, a razão é simples: mudei de idéia.

Rhyan

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Re: Re.: Realidade escandinava.
« Resposta #17 Online: 07 de Outubro de 2005, 17:20:08 »
Citação de: bruno

já os correios japoneses não são simplesmente correios, mas também onde a maior parte dos japoneses põe suas poupanças.

Não sabia.

Citação de: bruno

outra coisa; mesmo sendo democraticamente eleito, o psdb realizou as reformas meio que a despeito da população. vá lá, quantos brasileiros tinham idéia do que vinha a ser uma privatização e o que ela significava? já no japão, a reeleição de koizumi (ou kozumi?) provou que boa parte da população japonesa, bem instruída, aprovava de fato a privatização e as propostas do primeiro-ministro.
e também temos de lembrar que o brasil é um país periférico, e que o japão é o japão.

É verdade! A maioria imagina que privatização é "dar para os estrangeiros".

Offline Rodion

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Re.: Realidade escandinava.
« Resposta #18 Online: 07 de Outubro de 2005, 17:23:39 »
Citar

É verdade! A maioria imagina que privatização é "dar para os estrangeiros".


claro, é melhor tomar prejuízo do que dar lucro pra gringo...  :roll:
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Rhyan

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Re: Re.: Realidade escandinava.
« Resposta #19 Online: 07 de Outubro de 2005, 17:27:32 »
Citação de: Roberto
Na verdade, critico é o Nivaldo Cordeiro, que diz haver uma militância ateísta que vem sistematicamente corroendo os valores tradicionais cristãos e que, por conta disso, tal militância representa uma ameaça pra essa tal de "civilização ocidental".

Entendi.

 

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